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Este microbook é uma resenha crítica da obra: How to love
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-220-3238-9
Editora: Martins Fontes
Imagine adicionar uma colher de sal a um copo de água. Isso deixará a água intragável, não é mesmo? Mas, e se você adicionar a mesma quantidade de sal em um rio? O impacto será praticamente irrelevante. O amor é um pouco assim.
Se nossos corações forem pequenos, as menores falhas e defeitos daqueles que nos rodeiam podem nos enfurecer. No entanto, se expandirmos nossos corações, nos tornaremos capazes de tratar os outros com empatia e compaixão.
Assim, o que fazer para se tornar mais amoroso? O amor precisa de sustento. Precisa de alegria. Isso porque o amor é uma coisa viva e, como qualquer outro ser, deve ser nutrido.
A alegria é o alimento do amor. Quando você é alegre e feliz, torna-se capaz de amar a si mesmo e aos outros. Mas, isso levanta a questão: o que é a felicidade e a alegria? O zen-budismo pode nos fornecer algumas respostas.
A felicidade e a verdadeira alegria não podem ser alcançadas por meio da satisfação de desejos superficiais: elas são o fruto da “atenção plena (ou mindfulness)”. O autor convida os leitores a caminhar em direção a esse grande objetivo.
Segundo ele, se você puder concentrar toda a sua atenção em seus movimentos corporais, esquecendo seu destino e o motivo pelo qual está indo para lá, então, começará a entender o que é a felicidade.
Dito de outra forma, a “atenção plena” consiste em experimentar e apreciar o momento presente. Quando estamos focados no presente, somos capazes de perceber quanta beleza existe no mundo.
Nesse sentido, podemos realmente apreciar as alegrias advindas das coisas mais simples, como o desabrochar de uma flor. Porém, não guarde isso apenas para si mesmo.
A beleza, como o amor, a alegria e a felicidade são feitos para serem compartilhados. Praticar a atenção plena é uma excelente forma de aprender a compartilhar esses presentes com outras pessoas.
Considere ir passear com um amigo que esteja extremamente preocupado com alguma coisa. Você pode trazer felicidade e amor aos pensamentos conturbados dele apenas chamando a atenção às coisas que aquecem seu coração, seja o brilho do luar ou o dançar das nuvens no claro azul do céu.
O que você pensa quando ouve a palavra “amor”? Muitos a associam a um conceito específico de parceiro desejável – principalmente, uma pessoa parecida conosco e que seja bem-sucedida.
Todavia, isso não é amor verdadeiro. De acordo com Hanh, para entender isso, é preciso, inicialmente, entender a natureza do amor. O verdadeiro amor não diz respeito ao que você deseja obter, mas sobre o reconhecimento e a compreensão do sofrimento dos outros.
O amor permite que vislumbremos a perspectiva do outro, isto é, desenvolve a nossa empatia. Em termos práticos, não é difícil reconhecer o amor verdadeiro quando o encontra.
Nosso autor descreve esse encontro como revelador de um mundo de beleza e solidez, capaz de oferecer uma intensa sensação de liberdade, tranquilidade e alegria a ambas as partes.
Se você pensa que pode estar apaixonado, olhe para dentro de si mesmo e confira se está repleto de uma sensação de pura alegria. Caso não se sinta assim, é provável que não seja amor verdadeiro.
A alegria é complementada pela reverência. Em muitas partes da Ásia, existe o costume de que os cônjuges sejam tratados como convidados uns dos outros. Essa é uma parte importante da manutenção de bons relacionamentos. Segundo o autor, até mesmo os parceiros de longo prazo devem se tratar com o mesmo profundo respeito.
O atributo final do amor verdadeiro é sua expansividade. No começo, o amor é focado em uma única pessoa. Mas, com o passar do tempo, o sentimento cresce e passa a se expandir, abrangendo todos os seres vivos.
Logo, para reconhecer o amor verdadeiro, você deve prestar atenção aos seus 4 atributos essenciais: bondade, compaixão, alegria e equanimidade. Agora que chegamos à metade da leitura, vamos examinar esses conceitos mais de perto e, depois, abordar a importância de rever nossos preconceitos acerca dos relacionamentos.
Não seria legal se você tivesse um sábio duende empoleirado em seu ombro, que pudesse sussurrar-lhe as palavras certas a cada ocasião? Como todos que já tenham entrado sem querer em uma briga por escolher as palavras erradas sabem que isso seria especialmente útil para evitar conflitos.
Felizmente, há 3 frases que você pode memorizar, a fim de utilizá-las em situações difíceis com o seu parceiro ou parceira:
Ter um plano como esse para recorrer pode ser provar uma ferramenta inestimável para gerenciar o seu relacionamento. Contudo, isso ainda não é o suficiente. Para nosso autor, o verdadeiro amor é o resultado de uma mente aberta.
Dito de outra forma, você deve estar pronto para questionar as suas ideias preconcebidas sobre relacionamentos. Pense, por um instante, no pôr do sol: ao contemplá-lo, estamos convencidos de que o astro ainda está no firmamento.
Entretanto, pergunte a um cientista e ele dirá que o que realmente vemos é a imagem de onde o sol estava há 8 minutos, em decorrência da velocidade da luz e de sua distância em relação ao nosso planeta.
Nossas percepções e suposições são frequentemente similares a esse exemplo. Com efeito, frequentemente cometemos esse tipo de erro. É por isso que o melhor a fazer é ser humilde, questionando sempre as suas percepções.
Em muitas ocasiões, nos magoamos com as coisas que sentimos que o nosso parceiro ou parceira fez de propósito. Mas, se olharmos atentamente, logo perceberemos que ele ou ela também estava ressentido com algo que fizemos.
Cumpre ressaltar, por fim, que o amor não pode ser resumido ao sexo, aos romances ou a encontrar o seu par perfeito. O verdadeiro amor consiste em estar realmente presente, aprendendo a ouvir e a experimentar o sofrimento do seu próximo.
Um dos mais importantes ensinamentos de Hanh refere-se ao fato de que, ao nos habituar à atenção plena, seremos capazes de exercer uma profunda compaixão e empatia. Com efeito, essa é o fundamento de uma vida amorosa, baseada no respeito e na verdadeira intimidade.
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