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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Why we get the wrong politicians
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-178239-974-2
Editora: Atlantic Books
Profissionais como agentes imobiliários e advogados podem não ser populares entre o público, mas, estão longe de serem tão desprezados quanto os políticos. Os cidadãos mais radicais não têm problemas em instigar a fúria contra a classe política, fortalecendo a ideia de que tudo o que os parlamentares fazem é roubar sem pensar nas consequências negativas para o povo.
Segundo a autora, embora isso possa parecer um paradoxo, nós “amamos odiar” os nossos representantes eleitos. Hardman, que já lidou com muitos parlamentares britânicos como jornalista política, lembra aos leitores como é difícil ser eleito e fazer parte do Congresso.
Vale lembrar que as reflexões de nossa autora se baseiam em sua experiência com a política inglesa, de modo que apenas indiretamente suas conclusões se aplicam ao sistema brasileiro, que não é uma monarquia parlamentarista, mas, como você sabe, vive em um regime presidencialista – ou “presidencialismo de coalizão”, como preferem alguns cientistas políticos.
Com isso em mente, podemos prosseguir com sua afirmação de que o sistema político é formatado para dificultar ao máximo a participação de cidadãos sem muito dinheiro, tempo livre e contatos em Westminster (o equivalente inglês ao nosso “Palácio do Planalto”).
Os critérios a serem cumpridos para ser selecionado como candidato são tão complexos que muitos aspirantes a parlamentares acabam pagando por assessoria profissional para desvendar tantos meandros e burocracias.
Além disso, o sistema também incentiva os aventureiros, uma vez que os candidatos que não podem representar seus distritos de origem levam suas ambições políticas para outras localidades.
A autora revela que um parlamentar – atualmente eleito – tentou convencer os eleitores de um distrito a escolhê-lo como candidato alegando que seu amado cavalo habitava em um estábulo local.
Após a seleção, as complicações só aumentam. Os candidatos devem se lançar, para valer, na campanha. Eles não recebem nada em troca de seu tempo, o que é um peso para aqueles que não têm milhares de libras economizadas.
Entretanto, caso se esquivem das obrigações partidárias, podem esperar severas repreensões do comitê central. Hardman relata que famílias são deixadas de lado, casamentos são arruinados e pequenos negócios são abandonados.
Isso tudo sem contar o achincalhamento público a que ficam expostos, tanto on-line quanto offline. Alguns podem pensar que os parlamentares devem “engolir esses sapos”, porém, a autora faz uma observação convincente: “realmente queremos pessoas capazes de demonstrar empatia ou sociopatas sem medo de arriscarem suas vidas para vencer uma eleição?”.
Uma vez no Parlamento, não há um “manual” de como o trabalho deve ser feito. A coisa mais próxima de uma avaliação de desempenho são as próximas eleições gerais, mas não faltam pessoas prontas a lhes ditar o que fazer, ou seja, os “caciques” do partido.
Qualquer membro do parlamento que queira examinar um projeto de lei corre o risco de ficar furioso, já que os chefões consideram seu dever garantir que nenhuma pergunta embaraçosa venha a incomodar os ministros.
A intenção, obviamente, consiste em impedir qualquer coisa que venha a atrapalhar os negócios do governo. Isso significa que o trabalho de fiscalizar a aplicação das legislações acaba sendo mais bem realizado pela Câmara dos Lordes.
Agora que chegamos à metade da leitura, vamos acompanhar as reflexões de Hardman acerca de dois elementos essenciais da rotina política britânica: o descaso dos parlamentares e a imperiosa necessidade, por parte dos cidadãos, de encontrar uma alternativa viável ao caos reinante.
Embora explique como é difícil ser um membro do parlamento britânico, a autora não encobre as falhas dos políticos que chegam lá. Os representantes gostam de se gabar de tomarem decisões difíceis.
Em termos práticos, contudo, eles não fazem nada disso, como em casos tão simples como a administração de aeroportos ou impedir que o Palácio de Westminster desabe. Quando eles dizem, por exemplo, que uma determinada questão “não deve ser tratada politicamente”, usam apenas uma desculpa para “lavarem as mãos”.
Quando decidem fazer algo, eles são propensos a não refletirem muito sobre o assunto. Um bom exemplo disso pôde ser encontrado quando os parlamentares conservadores, revoltados com a elevação do valor dos aluguéis de seus eleitores, foram informados pelos proprietários de imóveis que a medida era uma consequência direta nos cortes de benefícios sociais que eles mesmos aprovaram.
Como uma intelectual que passou anos escrevendo sobre os bastidores do poder, Hardman sabe melhor do que ninguém o que está errado na administração pública inglesa.
Portanto, suas ideias para aprimorar a política – como um método para que os próprios partidos ajudem a financiar o que Hardman chama de “a entrevista de emprego mais demorada e cara do mundo – merecem ser levadas a sério.
A legislação eleitoral deve ser radicalmente alterada, a fim de selecionar eficientemente os comitês partidários. Isso já acontece em países como Escócia e Alemanha.
Essa simples medida já representaria uma melhoria significativa no sistema vigente, no qual os parlamentares estão, na maioria das vezes, sob as amarras dos dirigentes de seus partidos, sem produzirem nada de realmente útil à população.
Criticar a classe política parece ser, mesmo na Europa, um dos “esportes” preferidos da população. No entanto, as soluções oferecidas por nossa autora tornam a presente obra uma leitura obrigatória para quem deseja uma sociedade melhor.
Se os políticos realmente considerassem esse tipo de crítica altamente construtiva, certamente poderiam esperar o dia em que não estariam mais na profissão menos confiável do mundo.
Cumpre ressaltar, por fim, que a realidade política descrita pela autora é bastante específica, endereçando-se à realidade vivida na Grã-Bretanha. Assim, apenas indiretamente suas críticas servem às especificidades da política brasileira.
Seja como for, conhecer um pouco mais sobre os sistemas políticos, eleitorais e partidários de outros países, sobretudo quando se trata de nações altamente industrializadas e desenvolvidas, é essencial para contextualizarmos com mais acuidade o que se passa entre nós.
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Isabel Hardman é uma jornalista premiada, com participação ativa em vá... (Leia mais)
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