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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 8580572878, 978-8580572872
Editora: Intrínseca
O velho modelo da sala de aula simplesmente não atende às nossas necessidades em transformação. É uma forma de aprendizagem passiva em um mundo que exige que sejamos ativos.
Entre a velha maneira de ensinar e a nova, há uma rachadura no sistema, e crianças de todo o planeta despencam para dentro dela diariamente. O mundo está mudando num ritmo cada vez mais rápido, mas as mudanças sistêmicas, quando ocorrem, apresentam um movimento lentíssimo e muitas vezes na direção errada.
Essas crianças deveriam ter mais estrutura ou menos? Estamos realizando avaliações de mais ou de menos? E, falando em avaliações, os exames padronizados medem uma aprendizagem rígida e que fica na cabeça do aluno ou apenas uma habilidade para fazer exames padronizados? Aonde queremos chegar?
Em 2004, comecei a testar algumas ideias que pareciam funcionar. Em grande medida, eram novas encarnações de princípios já comprovados. Por outro lado, associadas ao grande alcance e à acessibilidade de novas tecnologias, essas ideias apontavam para a possibilidade de se repensar a educação tal como a conhecemos.
Entre os vários experimentos, o que ganhou vida própria foi minha série de aulas de
matemática postadas no YouTube. Eu não sabia o melhor jeito de fazer isso, nem se iria funcionar, nem se alguém assistiria ao que eu compartilhava.
Fui seguindo por tentativa e erro, e dentro das restrições de tempo impostas por um emprego bastante exigente como analista de fundos de hedge. Mas em poucos anos ficou claro para mim que minha paixão e minha vocação eram o ensino virtual.
Em 2009, pedi demissão para me dedicar em tempo integral àquilo que havia se transformado na Khan Academy.
Nos anos de formação da Khan Academy, eu ainda buscava, aos trancos e barrancos, como desenvolver os métodos mais eficazes para as videoaulas. Segui, em parte, meu próprio gosto e temperamento, que tendiam para o austero.
No entanto, quando comecei a postar vídeos no YouTube, tive de seguir as diretrizes do site. Embora agora as regras tenham mudado para certos tipos de conteúdo, na época havia um limite de dez minutos para o que fosse publicado.
Assim, minhas aulas tinham cerca de dez minutos. E acabou que mais ou menos dez minutos era a medida certa.
Outro fator fundamental para determinar minha abordagem didática: custo. Eu estava bancando a Khan Academy apenas com minhas economias pessoais. Adorava ensinar, mas não queria ir à falência por causa disso.
Então ficou decidido que os alunos nunca me veriam, apenas escutariam minha voz, enquanto visualmente não haveria nada além dos meus rabiscos na lousa eletrônica preta.
Muitas pessoas pensam que a educação com base em computadores pode substituir o número de profissionais, mas é o contrário.
O papel do docente se torna ainda mais importante uma vez que os alunos tenham o contato inicial pelo material online.
Os professores podem ganhar tempo para orientar pessoalmente aqueles que estejam em dificuldades com a matéria. Podem ir além da mera exposição e se dedicar a funções mais nobres como inspirar, orientar e expandir as perspectivas.
A educação não acontece a partir do nada, no espaço vazio entre a boca do professor e os ouvidos do aluno. Ela acontece no cérebro individual de cada um de nós.
Isso não é uma simples metáfora, mas uma realidade física.
Quando uma dada célula está envolvida em aprender, ela literalmente cresce. O processo não é exatamente análogo ao que acontece quando se exercita um músculo, mas é bem semelhante.
Sem parecer técnico demais, o que acontece é que um neurônio “educado” desenvolve novos terminais sinápticos — os minúsculos apêndices por meio dos quais um neurônio se comunica com o vizinho. O aumento no número de terminais ativos torna a célula nervosa mais eficiente na transmissão de mensagens.
Todo aluno, por mais inteligente e motivado que seja, enfrenta dificuldades uma vez ou outra. Todo aluno “se perde” de vez em quando. Todo aluno esquece coisas ou, por uma combinação de métodos de ensino falhos e limitações humanas, deixa de captar alguns conceitos e conexões cruciais.
Acredito piamente que as lacunas na aprendizagem podem ser corrigidas e, mais que isso, devem ser corrigidas se desejarmos dominar conceitos futuros, mais complexos.
Os assuntos evoluem de um para outro, o auge de um assunto é o ponto de partida para o seguinte. Uma lacuna ou concepção errada num tema anterior torna-se um ponto fraco para o assunto subsequente.
Parece ser parte da natureza humana que costumes e instituições venham a parecer
inevitáveis e predeterminados. Esse sentido, mesmo ilusório, confere um obstinado poder de permanência a hábitos e sistemas que já estão por aí há algum tempo — mesmo depois de ter ficado claro que já não funcionam muito bem.
Este é, com certeza, o caso do sistema educacional que a maioria de nós conhece. É tão grande que se torna difícil enxergá-lo por completo. Está tão complexamente integrado com outros aspectos da nossa cultura que é assustador imaginar o mundo sem ele.
Mudar a educação, portanto, provocaria alterações também em outros aspectos da
nossa sociedade. Estou convicto de que com o tempo isso seria muito bom. No curto prazo, porém, tal perspectiva necessariamente sugere perturbações e ansiedades.
É difícil, mas não impossível. O que é preciso, a meu ver, é uma perspectiva que possibilite um novo olhar para as nossas premissas mais básicas sobre ensinar e aprender. Uma perspectiva que não subestime nada e que foque nas questões simples, mas cruciais, do que funciona e do que não funciona, e por quê.
Eis um pensamento notável: entre as crianças de todo o mundo que começarem o ensino fundamental este ano, 65% acabarão em empregos ainda não inventados.
É claro que as crianças necessitam ter uma base em matemática e ciência fundamental, precisam entender como funciona a linguagem para poderem se comunicar de forma clara e com nuances, devem ter alguma noção de história e política para se sentirem à vontade no mundo, e algum contato com arte para apreciar a sede humana pelo sublime.
Além desses fundamentos, porém, a tarefa crucial da educação é ensinar as crianças como aprender. Alimentar a curiosidade, encorajar a capacidade de se maravilhar, e instilar confiança para que no futuro tenham as ferramentas para encontrar respostas a muitas das perguntas que ainda não sabemos nem sequer fazer.
Mesmo as nossas atividades extracurriculares habituais tendem a encorajar um trilhar
ordeiro por caminhos previsíveis. Em nome de dar às crianças uma boa lapidação, lhes apresentamos um cardápio ilusório em termos de efetiva gama de opções.
É mais ou menos como um menu de TV a cabo com quinhentos canais: quantos são opção real e quantos são puro entulho?
Descobrir e alimentar a inclinação natural da criança: não é essa a própria meta da educação? E o que significa exatamente essa expressão vaga “inclinação natural”?
Para mim, refere-se à particular mistura de talentos e perspectivas que faz com que cada mente seja única e permite que algumas delas sejam extraordinárias e originais. A originalidade está relacionada com a inteligência, mas não é idêntica a ela.
Ela se correlaciona com ser diferente e, não raro, ser estranho. A originalidade é obstinada, mas não indestrutível. Não se pode dizer a ela o que fazer, e se você faz muita força para guiá-la, ou você a afugenta ou a mata.
Mas é possível ensinar originalidade? Com franqueza, duvido. Todavia, ao mesmo tempo, penso que a criatividade emergiria mais facilmente na minha escola imaginária do futuro próximo.
Meus motivos para acreditar nisso não são misteriosos. Mais criatividade emergiria porque teria permissão de emergir e porque haveria tempo para isso. Vamos pensar por um momento sobre o aspecto enganador e simples do tempo. O dia escolar convencional toma aproximadamente metade das horas despertas do aluno.
Lições de casa convencionais exigem outra fatia significativa. Durante todo esse tempo, a concentração e os esforços da criança estão dirigidos para a obtenção de resultados previsíveis. Ela trabalha no mesmo problema que todas as outras, tentando obter a mesma e única resposta certa.
Todas as crianças escrevem basicamente a mesma redação, decoram os mesmos nomes e datas. Em outras palavras, passam mais da metade das horas em que estão acordadas sendo o oposto de criativas.
A escola que imagino seria um lugar onde os erros são permitidos, os caminhos tangenciais encorajados e pensar grande é celebrado como um processo — seja qual for o resultado. Essa não é uma fórmula mágica para tornar as crianças mais criativas.
É uma forma de dar luz, espaço e tempo para a criatividade já existente em cada um de nós — e de fazê-la crescer, naqueles poucos que contribuirão para mudar o mundo, ao nível da genialidade.
Os métodos de ensino importam, sim, acompanhamento detalhado e avaliação importam, sim. Mas muito mais importante do que qualquer conjunto particular de métodos e abordagens é o fato fundamental de que a educação precisa ser continuamente adaptada e aperfeiçoada.
O sistema atual é cheio de ineficiências e desigualdades, com desencontros trágicos entre como os estudantes são ensinados e o que eles precisam saber, e a situação se agrava a cada dia em que o status educacional sobrevive enquanto o mundo muda por todo lado.
Essa não é uma conversa abstrata. É sobre o futuro de crianças, famílias, comunidades e países reais. Será a Khan Academy, junto com as intuições e ideias a ela subjacentes, nossa melhor chance de progredir rumo a um futuro educacional melhor?
Não cabe a mim dizer. Outras pessoas de visão e boa vontade têm abordagens diferentes, e espero com ardor que todas tenham uma boa chance em um mundo mais amplo.
Porém, abordagens novas e arrojadas precisam ser colocadas em prática. A única coisa que não podemos nos permitir é deixar as coisas como estão. O custo da inércia é inescrupuloso e alto, e é contado não em dólares, nem em euros ou reais, mas nos destinos das pessoas.
Ainda assim, como engenheiro e obstinado otimista, acredito que onde há problemas há também soluções. Se a Khan Academy provar ser mesmo uma parte da solução para nossa enfermidade educacional, me sentirei orgulhoso e privilegiado por ter feito alguma contribuição.
Adoramos as dicas deste microbook! E você? Ficou motivado a aprender mais? Se aprofunde neste assunto, assista ao TED “Vamos reinventar a educação”, do Salman Khan.
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Salman Amin Khan é um educador americano bengali, empresário e ex-analista de fundos de hedge. Ele é o fundador da Khan Academy, uma plataforma online de educação livre e organização sem fins lucrativos. A partir de um pequeno escritório em sua casa, Khan já produziu mais de 4.000 vídeo aulas que ensinam um amplo espectro de assuntos acadêmicos, com ênfase em matemática e ciências. Em a... (Leia mais)
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