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Este microbook é uma resenha crítica da obra: The gifts of imperfection: let go of who you think you're supposed to be and embrace who you are
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-1-59285-849-1
Editora: Hazelden Publishing
A sua autenticidade deve ser cultivada, a fim de se libertar do que as outras pessoas pensam a seu respeito. A autora explica que o conceito de “autenticidade” se refere ao respeito às escolhas que fazemos diariamente.
Trata-se de nos mostrarmos e, assim, sermos reais, fazendo a opção de sermos francos. É escolher deixarmos que o nosso “eu verdadeiro” seja reconhecido, ressalta. Não obstante, Brown admite que trilhar esse caminho não é nada fácil, sobretudo, quando vivemos em uma cultura que insiste em ditar tudo e nos enquadrar em determinados “perfis”.
A pesquisadora diz, em uma defesa apaixonada, que a autenticidade implica que amemos e vivamos plenamente, mesmo quando surgem as maiores dificuldade e temos de lidar com o medo e a vergonha de não sermos suficientemente bons.
Principalmente, quando nossa alegria atinge tamanha intensidade que passamos a recear nos permitir desfrutá-la. De certo modo, tal definição nos leva às demais diretrizes elencadas ao longo da presente obra.
Para se libertar do perfeccionismo, é necessário cultivar a autocompaixão. Ao abordar esse tema, Brown indica a armadilha da suposta necessidade de sermos perfeitos em tudo o que realizamos, cujo nascedouro pode ser encontrado no sentimento de vergonha.
Ressalte-se, ainda, que o perfeccionismo não deve ser confundido com o empenho ou o esforço em fazer sempre o melhor. Ademais, tampouco se assemelha ao saudável aperfeiçoamento individual. Na prática, a questão é diametralmente oposta: nossa autora se preocupa com a ideia de perfeição que afasta as pessoas do sucesso.
Ela afirma que o “perfeccionismo é uma espécie de sistema de crenças viciante e autodestrutivo, que alimenta o pensamento primário, segundo o qual, se parecermos perfeitos, minimizaremos ou evitaremos os dolorosos sentimentos de culpa, crítica e vergonha”. Afinal, pensar assim é doloroso e, acima de tudo, irracional, uma vez que não existe nada perfeito.
Brown recomenda a cultivação do “espírito de resiliência”, isto é, a habilidade de superar as adversidades. Essa é uma característica recorrente em muitos indivíduos que desfrutam de uma vida realmente plena, apesar das inúmeras pedras que possam surgir em seus caminhos.
Essa capacidade é como uma força de constante criatividade. Dessa forma, a espiritualidade (o que, segundo a nossa autora, não deve ser confundido com religiosidade) é um elemento crucial para a resiliência.
Infelizmente, porém, esse componente é, em muitas ocasiões, ignorado. Sentimentos de desconexão, vulnerabilidade, desconforto, dor, culpa, medo e desesperança sabotam a resiliência.
Entre as oportunidades existentes para transcender esses entraves, a única que parece poderosa e ampla o bastante é a firme crença de que todos estamos “no mesmo barco”. Nesse sentido, é preciso acreditar que algo maior tem a capacidade de introduzir a compaixão e o amor em nossas vidas.
Agora que chegamos à metade da leitura, vamos conhecer outras três lições essenciais para nos libertarmos da ideia de que devemos buscar a perfeição a qualquer custo.
A libertação da escassez e do que Brown chama de “medo do escuro” pode ser obtida ao cultivar a gratidão. A sensação de amor e de pertencimento caminham uma ao lado da outra, em movimento de retroalimentação.
Tal conexão pode ser verificada, também, entre a alegria e a gratidão. Em suas entrevistas e pesquisas, a autora confirmou que indivíduos que se descrevem como alegres praticam a gratidão ativamente, atribuindo sua alegria, justamente, a essa prática.
Ainda mais importante, a gratidão e a alegria foram retratadas como práticas espirituais vinculadas às crenças em um poder superior e nas interconexões humanas. Frequentemente, o medo impossibilita que esses nobres sentimentos sejam plenamente vivenciados.
A lição que fica é a de que a maioria das pessoas já experimentou a sensação de “quase alegria” para, logo a seguir, ser lançada no medo e tragada pela vulnerabilidade. Enquanto não pudermos tolerar essa vulnerabilidade e convertê-la em gratidão, os sentimentos de amor intenso trarão, inevitavelmente, o temor da perda.
Estimule a sua fé e a intuição confiante. Nossa autora salienta o fato de que, com frequência, a necessidade de ter certeza acaba por silenciar a nossa voz intuitiva. Como resultado, em vez de atendermos nossas intuições, ficamos temerosos e buscamos confirmações externas.
Desse modo, por não termos confiança em nossos próprios conhecimentos, colecionamos opiniões aleatórias e ficamos ainda mais inseguros. De acordo com Brown, isso ocorre porque desejamos garantias e alguma pessoa com a qual possamos dividir a responsabilidade, caso as coisas não saiam como o planejado.
Para ela, a intuição não se resume a acessar respostas internas: não se trata de uma forma única de conhecer, mas de nossa capacidade em manter sempre aberto um espaço de incerteza, além da disposição de confiar nas inúmeras formas de desenvolvermos a percepção e a sabedoria. Isso inclui tanto a razão e a fé quanto a experiência e o instinto.
A melhor forma de se libertar das comparações consiste em cultivar a sua criatividade. Repetidamente, nosso ímpeto de criatividade é sufocado pelos sentimentos de adequação, pela conformidade e pela competição.
Na ânsia de seguir um modelo eficaz, abandonamos o nosso “tesouro criativo”. Essa imposição de estabelecer comparações se torna um opressivo paradoxo: “enquadre-se e destaque-se”.
Tenha em mente que esse imperativo externo não é destinado a desenvolver a autenticidade, o pertencimento e a autoaceitação. Antes, ele serve para nos igualar a todo mundo e, simultaneamente, melhor que os demais.
Brown anuncia: “a comparação é a maior ladra da felicidade”. Se você acha que não é criatividade ou que, de algum modo, a perdeu, lembre-se de que todo mundo é intrinsecamente criativo.
A questão é que existem pessoas que utilizam sua criatividade e, infelizmente, outras que não a usam. Contudo, a criatividade não aplicada permanece existindo, vivendo em nosso interior até que seja finalmente manifestada, negligenciada ou bloqueada pelo medo e pelo ressentimento.
A imperfeição, quando elevada ao estado de “arte”, nos convida à reflexão. Portanto, é possível perceber que, por mais que sejamos felizes, somos capazes de melhorar paulatinamente.
A jornada em direção a uma vida plena não custará nada em termos financeiros, mas pode render enormes benefícios a você e a todos a seu redor. Não se esqueça que o exercício da dúvida e a prática da reflexão crítica é um dos mais importantes passos em direção à alegria de viver.
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Dra. Brené Brown é uma professora de pesquisa na Universidade de Houston Graduate College of Work. Ela passou os últimos treze anos estudando a vulnerabilidade, coragem, dignidade e vergonha do ser humano. Brené é autora de dois dos livros mais vendidos do New York Times. Brene é também o fundadora e CEO da The Way Daring - Uma organização que traz o seu trabal... (Leia mais)
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