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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 9788526314641
Editora: CPAD
Contar o tempo é o último estágio do cristão amadurecido. Fala sobre as virtudes produzidas em face do entendimento de que a morte é um evento iminente e real. Moisés certa vez orou a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”.
Com o avançar da idade, o corpo começa a sinalizar que as portas da casa eterna estão próximas, razão por que a vida terrena começa a perder qualidade gradativamente. É um indicativo de que um ciclo vital está sendo encerrado e outro, eterno, aproxima-se velozmente.
Daniel soube se manter tranquilo em Babilônia por longos anos, mas nunca deixou de contar os dias. Ele consultava nas profecias e buscava discernir o tempo de Deus.
Está escrito que Daniel entendeu “que o número de anos” que Deus falara para a libertação do povo havia chegado e ele, então, começou uma campanha de oração.
Um jovem que decidiu fazer a diferença em sua geração, e que manteve sua integridade até o fim de seus dias, agora, intercedia pelo bem de sua gente. Ele aprendera a discernir o tempo de Deus.
O grande problema de muitas pessoas é que elas deixam para pensar sobre o fim da existência terrena somente quando lhes restam bem pouco tempo.
Contar os dias é uma atitude de sabedoria, pois significa ter em perspectiva a iminência da morte, o que garante um melhor entendimento sobre como aproveitar os dias de vida.
Por tal razão, está escrito que “melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração”.
Deus demonstra a motivação das formigas em Provérbios 6.7, ao dizer que elas não têm hierarquia, nem estão segmentadas em categorias e não possuem rei, mas, cientes de suas responsabilidades, trabalham motivadamente. Elas não esperam reconhecimento, querem apenas ser úteis.
A preguiça, porém, tira a motivação das pessoas, que se sentem sem estratégias para a vida. Nesse caso, há um eufemismo: o preguiçoso é chamado de procrastinador.
Aquele que adia, deixa para outra ocasião, o qual nunca atua decisivamente, com coragem, e por isso perde as melhores oportunidades da vida.
O grande problema de muitas pessoas é que, de tão atarefadas, não têm tempo para desfrutar das coisas boas da vida, preferindo correr sem saber, muitas vezes, para um abismo existencial, o qual estará repleto de crises e angústias.
No afã de querer fazer tudo ao mesmo tempo, o “ativista”, em regra, não consegue parar e olhar ao seu redor, para ver outras coisas importantes que estão acontecendo.
Ele geralmente não acha tempo para conversar trivialidades com outras pessoas, nem mesmo com a família, e ainda reclama com Deus por isso, porque sempre está correndo, por se sentir continuamente atrasado, como o coelho falante da história infantil “Alice no País das Maravilhas”.
O fato é que não adianta fazer tudo apressadamente, pois logo haverá uma interrupção pelo cansaço, oportunidade em que podem ruir todos os projetos. Somente nesse instante é que o ativista encontrará tempo para olhar em volta e pensar sobre o futuro. Lamentável.
Esse aspecto foi perfeitamente compreendido pelo professor Morrie Schwartz. Antes, porém, de falecer, relatou suas impressões acerca de inúmeros aspectos da vida ao seu ex-aluno Mitch Albom, que as transformou em um livro:
“Vivemos tão enrolados em objetivos egoístas, carreira, família, ter dinheiro, pagar a hipoteca, comprar carro novo, consertar o aquecedor. Vivemos envolvidos em trilhões de pequenas coisas apenas para continuar tocando para a frente.
Por isso, não adquirimos o hábito de dar uma parada, olhar nossa vida e dizer: é só isso? É só isso que eu quero? Não está me faltando alguma coisa?”
Inequivocamente, é preciso parar um pouco e refletir: O que será que eu estou fazendo de minha vida? Estou usando o tempo necessário para as atividades realmente importantes? Qual atenção estou dando às necessidades das pessoas que estão ao meu redor?
Esse combate contra o ativismo deve ser diário, porque o homem não foi projetado para passar o dia “enrolado em objetivos egoístas”, mas para viver em função dos outros.
Por essa razão, os gestos de generosidade e altruísmo imprimem um maior sentimento de felicidade em quem os faz do que naqueles que são beneficiados; afinal, “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.
Por outro lado, dependendo do caso, a raiz do ativismo pode não estar nos múltiplos compromissos pessoais, mas na soberba do indivíduo entender que somente ele próprio é capaz de realizar determinadas tarefas com esmero e que as demais pessoas são inferiores, incapazes.
Assim, não raras vezes, o ativista é alguém cheio de si mesmo, o qual, por tal razão, despreza o potencial daqueles que estão em volta.
Sem dúvida, é muito comum as pessoas “se darem bem” ao superestimarem os outros, mas raramente aqueles que subestimam seus semelhantes, por estarem ensimesmadas, têm um final feliz.
Isso faz lembrar uma frase atribuída ao editor Dwight L. Moody: “Deus não despede ninguém vazio, exceto aqueles que estão cheios de si mesmos”.
Todo o mundo quer ser rico, mas a verdadeira riqueza não será achada enquanto a pessoa estiver longe de Deus, a Suprema Riqueza.
Conhecendo Deus, a pessoa deixará de buscar desenfreadamente os bens materiais e começará a valorizar as coisas simples, que são as mais importantes, dando atenção aos pequenos detalhes, investindo em iniciativas humanistas, cultivando nobres propósitos no coração e, sobretudo, desejando ser um instrumento do Senhor na terra.
Isso fará da pessoa um milionário, em todos os aspectos, como disse o escritor C. S. Lewis: “Se você aspirar ao céu, ganhará a terra ‘de lambuja’; se aspirar à terra, perderá ambos”.
É com essa decisão vital de anelar as coisas mais importantes — as que agradam ao Senhor, o céu — que cada um terá o melhor de Deus nesta vida e na eternidade.
O triste, porém, é que não é fácil encontrar uma pessoa rica de verdade, não obstante existam muitos endinheirados.
As pessoas mais ricas do mundo são aquelas que estão bem perto de Jesus todos os dias, que constroem um casamento sólido, amam a família e trabalham em algo que faça sentido para elas e para Deus.
Phil Callaway afirma, com razão, que “rico é o homem cuja mulher corre para seus braços, mesmo tendo as mãos vazias”.
De fato, a real noção de ser rico passa impreterivelmente pela posse de coisas que não podem ser consumidas pela traça, ferrugem, nem podem ser roubadas, como o amor de alguém que está ao seu lado.
A atriz inglesa Judy Garland foi, certa vez, chamada de lenda por um repórter, ao que ela retrucou: “Se sou uma lenda, como você diz, por que estou sozinha? Vou lhe dizer uma coisa: tudo bem ser uma lenda, desde que tenha por perto alguém que te ame”.
Somente se vive uma vida que vale a pena, se houver a descoberta do real significado da existência: Deus — a verdadeira riqueza.
A ansiedade, esse estado emocional que atinge milhões de pessoas ao redor do mundo, já foi denominada de “a emoção oficial da nossa época”, o “mal do século”, “o fenômeno mais penetrante do nosso tempo”, dentre outros.
O fato é que qualquer pessoa pode padecer de ansiedade. Os estudos sobre isso são abundantes. Mas o que pode ser considerado ansiedade?
O conceito mais admitido na atualidade é de autoria do psiquiatra australiano Aubrey Lewis, que, em 1967, aduziu a ansiedade como “um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”.
O século XXI, inequivocamente, pode ser considerado como a era da ansiedade. Os homens fazem a antecipação do futuro, de maneira irracional, cheios de medos, mesmo não existindo um fato contundente, objetivo e iminente que arrime tal receio.
Esse medo irracional, essa preocupação exacerbada, marca notadamente as pessoas que não têm intimidade com Deus, pois está escrito que “no amor não há medo, mas o perfeito amor lança fora o medo”.
Assim, conhecendo a Deus, que é Amor, a pessoa excluirá o medo, e não haverá espaço para brotar a ansiedade. O sentimento de medo é uma das armas poderosas que Satanás utiliza para desestabilizar e destruir as pessoas.
C. S. Lewis, com perspicácia contumaz, expõe os conselhos de um velho demônio, Fitafuso, ao seu sobrinho Vermebile, desnudando a estratégia do inferno, o qual arrazoa que
“nada é mais eficaz que o suspense e a ansiedade para proteger a mente de um ser humano contra Deus, o nosso Inimigo. A nossa tarefa demoníaca consiste em fazê-los pensar constantemente sobre o que lhes poderá acontecer”.
Mais adiante, Fitafuso conclui a abordagem dizendo que “é fácil manipular o medo quando os pensamentos do paciente são desviados da causa do seu medo para o medo em si”.
Que coisa interessante! C. S. Lewis compreendeu que os demônios sugerem que as pessoas vivam em contínuo medo, como se isso fosse um estado de espírito, ou a própria cruz que cada um tem de carregar.
Dessa forma, o indivíduo não lutará contra tal sentimento, tornando-se prisioneiro na masmorra da emoção.
Esse é o ponto perigoso. O medo, como um estado de espírito, funcionará como uma arma autodestrutiva, que se tornará mais relevante que o amor e a fé. Um impedimento ao crescimento espiritual. Um obstáculo às mudanças vindas de Deus.
Por isso, o medo como estado de espírito pode arruinar todos os sonhos, destronar todos os ideais, apequenar a alma.
Morrie Schwartz, no final da vida, demonstrou que entendeu corretamente como se relacionar com o medo, esse inconveniente “visitante” que recorrentemente retorna, mas que nunca pode ser levado em consideração, nem jamais deve assumir o controle da situação.
Ele disse: “Se deixarmos o medo lá dentro, se o vestirmos como quem veste uma camisa, podemos dizer: ‘Muito bem, é só medo, não vou deixar que ele me domine. É só medo e nada mais’”.
Assim, o professor Morrie Schwartz descreveu corretamente o modo como enfrentar os temores diários. “É só medo e nada mais”. Vida que segue. Ademais, como dizia Charles Spurgeon, “nossa ansiedade não esvazia os sofrimentos de amanhã, mas apenas esvazia as forças de hoje”.
Por isso, a ansiedade, esse deplorável “estado emocional” caracterizado, sobretudo, pela presença do medo quanto ao futuro, não é compatível com quem está cheio do Espírito Santo.
Jesus, por exemplo, sempre enfrentou os maiores obstáculos corajosamente, sem temer, pois, confiava em Deus, que expulsa todo o medo. Ele disse aos discípulos: “Eu afirmo a vocês, meus amigos: não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas depois, não podem fazer mais nada”.
Dessa forma, o Senhor estava blindando seus seguidores da ansiedade, pois ela só sobrevive na ambiência do medo. A situação é tão séria, que a Bíblia diz que os “medrosos” não entrarão no Reino de Deus.
Nesse sentido, o Senhor ainda contou a parábola em que um homem, por medo, enterrou os talentos emprestados pelo seu patrão, sendo por tal razão severamente punido.
Assim, Jesus estava outorgando aos discípulos a visão correta. Nutrindo-os da ousadia do Espírito Santo para enfrentar os desafios da vida cristã. Ele estava incutindo-lhes esperança e fé.
Uma linguagem própria do Espírito Santo. Nunca desanime, pois sempre haverá um final feliz para quem confia em Deus! Não temas. Dias melhores virão.
O Senhor, como o Bem supremo, deseja que todos os homens acertem o alvo, mas quando erram, isto é, vivem em pecado, perdem o que há de melhor na vida e no tempo.
Esse conceito, embora verdadeiro à luz das Escrituras, é percebido exatamente ao contrário, quando a análise é feita sob o prisma do materialismo. Perder tempo é, para a cultura e filosofia dominantes no mundo, não aproveitar todos os prazeres terrenos.
Observe-se esse exemplo paradigmático. Como o objetivo dar sentido à sua vida, de maneira que ela não fosse uma “perda de tempo”, Ernest Hemingway, um celebrado romancista do século XX que afirmava que Deus não existia, decidiu viver de maneira libertina.
Para isso, ele se comprometeu consigo mesmo a provar os prazeres a fundo — experimentaria tudo, sentiria tudo e faria tudo. No fim da vida, desiludido, cometeu suicídio.
Uma triste história, porém, infelizmente, milhões de indivíduos estão trilhando inadvertidamente a mesma estrada. Por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 800 mil pessoas cometem suicídio, sendo que, para cada morte por suicídio, há outras 20 tentativas.
Ou seja, por ano, no mundo, algo em torno de 16 milhões de pessoas tentam dar cabo à sua própria existência, sendo esta, por isso, a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Grandes filósofos, imbuídos do mesmo sentimento de Hemingway, no afã de encontrar razões para viver, construíram elaboradas teses exaltando o prazer e rejeitando todo tipo de dor, a fim de que a existência não fosse um fardo, um desperdício de tempo.
Mas nada disso resolveu o problema do vazio interior do homem, pois, paradoxalmente, o caminho da autossatisfação sensorial só trouxe desespero e perdição.
Jesus, porém, explicou que, aos olhos do Senhor, ganhar a vida não significa desfrutar de modo desenfreado os prazeres do “aqui e agora”, mas poder viver feliz, com Deus, por toda a eternidade; e isso passa inexoravelmente por renunciar a si mesmo.
Por esse motivo, pode-se afirmar que, a suprema perda de tempo acontece em todas as ocasiões em que se vive fora dos propósitos divinos.
À proporção que Deus vai se identificando com o discípulo pela comunhão, há inexoravelmente uma entrega, uma morte diária do “eu”. Essa entrega, mencionada sempre que se ora “seja feita a tua vontade”, vai aumentando dia após dia.
No Getsêmani, por exemplo, Jesus externou sua dor e agonia, mas foi exatamente ali que Ele entregou sua vontade nas mãos do Pai.
Ao entregar-se completamente no Getsêmani, aceitando que fosse feita a vontade do Pai, o único Homem Maravilhoso que pisou na Terra cumpriu os mais sublimes propósitos do Altíssimo.
Os homens, por causa da entrega de Jesus, doravante, poderiam ter um novo relacionamento com Deus. De filho para Pai. Agora, também, todos devem se entregar diariamente para Deus, sem reservas e sem receios, pois um novo tempo chegou pela entrega de Jesus.
Os momentos de contrição com Deus, em oração, fazem parte de uma terapia divina. O Senhor quer ouvir a dor, o gemido, de cada um, como aconteceu inúmeras vezes nas Escrituras.
O Senhor é suficientemente bom para entender que a estrutura humana é frágil e o desabafo humilde de um filho que sofre para um Deus que ama nunca é mal interpretado por Ele.
Uma coisa, porém, é certa: sempre que alguém se entrega nas mãos de Deus, haverá um grito de sofrimento, pois traduzirá a morte de algo bem vivo que deseja reinar — a natureza humana.
Entretanto, os frutos de alegria que serão colhidos dessa conduta trarão uma satisfação inigualável, por saber que o melhor de Deus foi feito para todos aqueles que estão ao redor.
O sofrimento humano é um grande mistério, uma vez que a Bíblia diz que Deus é amor e que Ele é o Todo Poderoso.
Assim, uma doença incurável, a morte repentina de um ente querido, uma traição, perdas materiais, muitas vezes não se explicam racionalmente, e podem suscitar dúvidas e questionamentos sobre o agir de Deus.
Isso aconteceu com Jó, um dos homens mais notáveis que o mundo já viu. Sua trajetória, sua dor, sua fé e, é claro, seus dilemas, falam muito alto sobre o que pode acontecer com um justo.
Jó foi extraordinariamente rico e irrepreensivelmente religioso. Possuía um padrão moral tão elevado, que foi o próprio Deus quem deu testemunho sobre isso. Entretanto, quando Jó perdeu seus filhos, todo o seu patrimônio e sua saúde. Ele chegou a amaldiçoar o dia do seu nascimento e sobrevieram-lhe muitos dilemas.
Está escrito: “Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo”. Aqui, o patriarca atribuiu suas condições e suas perdas ao próprio Deus, que, supostamente, o perseguia.
Ao que tudo indicava, para ele, Deus não o amava mais. E tratava-lhe com injustiça. Foram momentos terríveis e angustiantes. A fé de Jó foi fortemente provada. E para piorar a situação, Deus, durante toda a prova, mantinha-se calado.
As perguntas mais intrigantes da existência, que questionavam a bondade e justiça de Deus, perturbavam o cambaleante Jó.
Tal circunstância é bastante comum, também em nossos dias. Nosso autor relata que há algum tempo, conversou com uma mulher que, em lágrimas, confessou que antes servia ao Senhor, mas se afastou de seus caminhos depois que seu filho foi brutalmente assassinado.
Ela culpou a Deus pelo ocorrido. Seus dilemas pessoais lhe levarem para longe do seu Criador. Jó, entretanto, mesmo cheio de dilemas, por não entender os motivos que o levaram a perder absolutamente tudo que era importante na vida, continuou crendo e servindo a Deus.
Mesmo estando em profunda dor, ele disse: “Eu sei que o meu Redentor vive e, por fim, se levantará sobre a terra”.
No fim da prova, Deus quebrou o silêncio e resolveu todos os dilemas de Jó, que reconheceu o efeito benéfico da tribulação: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos veem”.
O patriarca da paciência, mesmo sem compreender, aceitou a vontade de Deus e tudo foi solucionado maravilhosamente, no tempo e modo do Senhor. Ele viu, no fim, que Deus é digno de confiança, pois seu caráter apresenta-se maravilhosamente bom e graciosamente justo.
O hedonismo pode ser definido, de maneira direta, como a “doutrina filosófica, da época pós-socrática, segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida”. Outros teóricos acrescentam que, além de buscar o prazer, o hedonismo tem como objetivo, simultaneamente, evitar a dor e o sofrimento.
Destarte, diante desse grau exacerbadamente egoísta, que coloca o bem-estar pessoal como a coisa mais importante da existência, o hedonismo se constitui numa das cosmovisões mais perniciosas deste mundo, uma vez que contamina o jeito das pessoas pensarem.
O hedonismo justifica, por exemplo, as condutas que ferem a integridade e os compromissos morais, desde que sejam prazerosas pessoalmente, e pode até autorizar o estabelecimento de políticas públicas extremamente cruéis com o próprio ser humano, como o aborto e a descriminalização do uso de drogas.
Ao divinizar o prazer, o hedonismo faz dele um fim em si mesmo, transformando-o em um deus ou, quem sabe, em um demônio, que fará de tudo para conseguir seu objetivo. C. S. Lewis abordou isso da seguinte maneira:
“Mas Eros, quando honrado sem reservas e obedecido incondicionalmente, torna-se um demônio. E é exatamente assim que ele exige ser louvado e obedecido. Divinamente indiferente aos nossos interesses pessoais, ele é também diabolicamente rebelde a todas as exigências de Deus ou do Homem que lhe forem contrárias.
Como diz o poeta: Os amantes são imunes à bondade. E a oposição os faz sentir-se mártires. “Mártires” é a palavra exata”.
Como visto, o desejo sexual, como aduz C. S. Lewis, pode se transformar, caso não seja controlado, em um demônio. De fato, esse desejo pode se tornar em algo tão forte e irracional que lutará contra tudo e todos, independentemente das consequências e trará graves danos.
Lewis, em outro livro clássico, arremata que o prazer em si mesmo é uma coisa salutar, porém o equívoco fatal consiste em buscá-lo excessivamente, a qualquer custo, pelos métodos errados.
Dizer que o hedonismo coloca o prazer como um deus, o qual deve ser adorado, não é um exagero, mas uma triste realidade.
Walter Schubart afirma isso, quando engrandece o prazer sexual como um ato de redenção, e coloca “Eros” na condição de uma divindade por meio do qual virá à salvação da humanidade:
“O processo sexual mais rudimentar já é, pois, misteriosamente ligado à entrega em si, criação e redenção. Desde que é tomado pelo amor redentor, o homem é aflorado pelo absoluto.
O amor libertador visa a conversão do homem. Sua natureza e seus efeitos são idênticos, quer o Absoluto irrompa na alma sob a forma do sentimento divino, quer sob a forma do amor sexual”.
Sem dúvida, a adoração pela satisfação do corpo não é algo que deva ser buscado. O excesso do hedonismo pode ser plenamente percebido. É óbvio que Deus não veta o prazer aos seus servos, mas isso deve vir como consequência natural por se viver a vida adequadamente, servindo ao Senhor.
É preciso entender as palavras de Walter M. Miller Jr.: “Você não tem uma alma. Você é uma alma. Você tem um corpo”. Isso significa que ninguém deve ser dominado por aquilo que possui, seja o corpo ou as coisas do mundo.
A Bíblia afirma que “necessidade padecerá quem ama os prazeres”. Dessa forma, pela Palavra, podemos dizer: Quem ama o prazer, penúria passará.
Ceder aos impulsos impensadamente, na busca dos prazeres, não é a coisa mais sábia a ser realizada, como bem arremata um adágio popular: “Quando a cabeça não pensa, o corpo padece”.
O materialismo, enquanto sistema de pensamento que negligencia os aspectos espirituais dos seres humanos, não aceita dogmas e nem a existência de fatos sobrenaturais. Entretanto, essa filosofia postula que tudo o que sucede no universo pode ser explicado mediante a análise das condições materiais e concretas.
Essa cosmovisão defende que o átomo e seus movimentos explicam tudo, inclusive a existência do pensamento humano! Dessa forma, para um materialista não há que se falar em Deus, Diabo, céu, alma, anjos, pois tudo isso não passaria de imaginação.
Os materialistas afirmam que a matéria e o espaço simplesmente existem e sempre existiram, mas eles não sabem como tudo isso aconteceu, apenas defendem que a matéria surgiu de um acidente físico-químico, há bilhões de anos, o qual produziu tudo que se vê.
Em um momento posterior, dizem os materialistas, um corpo celeste teria se chocado contra o sol, produzindo os planetas.
Numa chance infinitesimal, substâncias químicas se agruparam em determinado planeta e, tendo acontecido as condições adequadas de temperatura, depois de uma grande desordem inicial, por acaso, a matéria inorgânica ganhou vida própria.
Em seguida, por uma série de coincidências estatisticamente inacreditáveis, o ser vivo unicelular se desenvolveu e, no fim de uma longa evolução, surgiram os seres inteligentes. Tudo isso por acaso!
Como se percebe, o materialista precisa ter uma fé incrivelmente grande, maior até que a dos cristãos, para acreditar que a origem do universo e da vida possa ser assim explicada.
As pessoas estão ávidas por prosperidade material. Muitas acreditam que não basta apenas chegar ao topo das conquistas sociais e econômicas, o mais importante é manter-se lá. Essa ideia simpática dificilmente pode ser confrontada, salvo se for feita uma análise sob o prisma da eternidade.
É a partir desse exame que se poderá observar o perigo da “teologia da prosperidade”. C. S. Lewis fez uma abordagem extraordinária, em poucas palavras, trazendo a “visão do demônio” sobre essa questão:
“A prosperidade faz com que o homem fique preso ao mundo. Ele sente que está ‘encontrando o seu lugar no mundo’, quando, na verdade, é o mundo que encontra lugar nele.
Sua reputação crescente, seu círculo de amizades cada vez maior, sua sensação de importância, a pressão cada vez maior do trabalho que lhe agrada e o absorve, tudo isso causa nele a sensação de estar em casa no mundo, que é exatamente o que queremos”.
Infelizmente, muitas pessoas têm sido enganadas com essas crenças que não provêm das Escrituras, como no caso a seguir.
Jim Bakker foi um televangelista norte-americano muito conhecido nas décadas de 1970 e 1980. Ele pregava que o crente que tem fé não poderia ser pobre nem doente, pois tudo isso era maldição.
Bakker foi um pastor muito rico. Em 1987, entretanto, começou a trajetória descendente ao ser descoberto que mantinha um caso extraconjugal com sua secretária e, mais adiante, em 1989, foi condenado a 45 anos de detenção pelos crimes de violação de correspondência e realização de “grampos” telefônicos ilegais.
A vida de estrela desmoronou completamente. Quando saiu em liberdade, após cumprir cinco anos em uma prisão federal, lançou o livro “Eu Estava Errado”, em que descreve como suas crenças religiosas eram deformadas e como prejudicou as pessoas com seus ensinamentos hereges.
Jim Bakker, por exemplo, dizia que ninguém orasse “seja feita a tua vontade” quando queriam um carro novo, pois bastava pedir e o Senhor teria que fazer! Ele mandava as pessoas se apaixonarem pelo dinheiro, pois Deus desejava que todo mundo fosse rico e sem problemas.
Enquanto estava na penitenciária, ele começou a estudar a Palavra de Deus e entendeu seu grande erro.
Como aconteceu a Jim Bakker, o qual usava indevidamente o púlpito de uma igreja evangélica para falar contra os ensinamentos da Bíblia Sagrada, não obstante aparentemente a defendesse, existem inúmeras personalidades evangélicas que propagam desvios doutrinários importantes.
Tais como o misticismo, a teologia liberal, teísmo aberto, dentre outros, que quando dizem interpretar a Bíblia exibem esnobismo intelectual e conceitos humanos e diabólicos, mas não interpretação genuína.
Hoje, porém, grande parte da pregação evangélica, em muitos lugares, perdeu sua feição genuinamente bíblica e, portanto, transformadora, tornando-se uma erva daninha que tem causado sérios danos à lavoura de Deus.
Loren Cunningham, fundador da agência missionária JOCUM, Jovens com uma Missão, relata que, no início da década de 1980, o navio Anastasis, com o qual faziam a obra de Deus, estava sendo consertado em um porto por 175 jovens.
Esses jovens, com pouco dinheiro, moravam precariamente e alimentavam-se basicamente de arroz, feijão e pasta de amendoim. Certo dia, um deles estava na praia e, de repente, doze peixes pularam sobre as rochas e caíram numa poça d’água pequena formada pela maré.
Ele os apanhou e levou o complemento do jantar para os outros missionários. Dias depois, um grande atum saltou do mar para a praia, fazendo com que um maior número de pessoas comesse um pedaço de peixe.
Passados alguns dias, uma missionária estava orando na praia e, subitamente, os peixes começaram a pular para fora da água. Ele conseguiu pegar 210, os quais foram muito úteis à alimentação da equipe missionária.
Por fim, decorridos mais alguns dias, houve um grande alvoroço no alojamento missionário. Todos afluíram para a praia com baldes, bacias, sacos, etc. Numa faixa de 150 metros da praia, os peixes pulavam para a terra em profusão.
Os jovens passaram cerca de 45 minutos apanhando a provisão do Senhor, para aqueles dias de escassez. No fim, contaram 8301 peixes, o que correspondia a mais de uma tonelada.
Os moradores daquela região nunca tinham visto tal coisa. Na beira da praia, cheios de júbilo, os crentes celebraram um culto de ação de graças!
Esse testemunho mostra um exemplo de “o milagre nosso de cada dia”. São fatos diversos, alguns aparentemente inexpressivos, outros inusuais, pequenas gentilezas incomuns, provisões inesperadas.
Enfim, trata-se de invasões de Deus no cotidiano da vida, que demonstram o grande amor do Senhor pelos seus escolhidos, que vivem pela fé.
A crença na possibilidade de que existe um Deus imanente, que intervêm neste mundo, oferece um upgrade em qualquer ideia, pois disponibiliza caminho e soluções que nenhum outro raciocínio pode oferecer.
A morte, o mais impiedoso e, ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da vida, tem assombrado os homens desde o início.
Ela é impiedosa porque não retroage em face de súplicas; é justa porque retribui corretamente o pecado e é benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre.
C. S. Lewis declara que a morte é um dispositivo de segurança porque o homem, uma vez decaído, se não morresse, teria como único e triste destino a imortalidade natural sob o domínio do pecado.
Assim, vivendo pelos séculos infindos, as cadeias do orgulho e da lascívia se multiplicariam, tornando o pecado no homem cada vez maior e mais complexo.
Dessa maneira, o ser humano progrediria da singela categoria de criatura decaída à condição de um demônio ou coisa parecida, possivelmente sem qualquer chance de redenção.
Com o advento da morte, porém, esse perigo foi evitado. Essa é, certamente, uma das causas que justifica a sentença: o salário do pecado é a morte.
A morte, assim, mesmo sendo, sob esse o último argumento, uma bênção para a raça humana decaída, porque evita algo pior, será definitivamente destruída pelo Senhor. French Arrington e Roger Stronstad afirmam:
“A frase: ‘Tragada foi a morte na vitória’ origina-se de Isaías 25.8. Em uma passagem paralela, o apóstolo fala daquilo que é ‘mortal’ sendo ‘absorvido pela vida’. Paulo está confrontando a morte, dizendo que para o crente seu aguilhão e sua vitória são somente temporários.
Portanto, para o crente cujos pecados foram perdoados, a morte já não tem nenhum aguilhão. A morte é ganho, não perda. A morte, juntamente aos inimigos que trouxeram a morte a todos, isto é, o pecado e a lei, foram vencidos pela ressurreição”.
Quando a morte for derrotada pelo Senhor, haverá uma grande alegria, não porque haja um interesse de perpetuação da vida no corpo físico, mas porque significará a derrota final do pecado, pois a morte só existe na ambiência do pecado.
No dia do arrebatamento, assim, antes de entrar na dimensão celestial, onde não há pecado, os corpos fracos e mortais dos crentes serão transformados em corpos cheios de glória para viverem a eternidade com Deus. Essa será a chancela da vitória sobre o Mal.
Um dos acontecimentos da natureza que mais inquietam o homem, sem dúvida, diz respeito ao fenômeno do tempo, pois ele traz consigo incógnitas insuperáveis ao ser humano, na medida em que Deus colocou no coração do homem não a temporalidade, mas a eternidade.
Ou seja, a matéria submete-se à linha cronológica, temporal, mas a parte imaterial do ser humano anela um “tempo sem fim” — a eternidade.
Nesse sentido, surge um conflito existencial, ontológico, bem identificado por Platão, o qual dizia que “o homem, ao longo dos séculos, jamais se contentou — e jamais se contentará — em dar a si mesmo o estatuto da transitoriedade e da corruptibilidade”.
Assim, o anelo humano é ter uma existência isenta de limitação temporal, mas acha-se submetido ao pesado jugo da finitude. Há milênios, muitos estudiosos se debruçam sobre o enigmático tema do tempo.
Agostinho de Hipona, por exemplo, dizia que o tempo é “um saber que se tem antes de se pensar nisso, e que logo se desconhece ao pensar-se o que é”.
Diante de tanta apreensão conceitual, com humildade, o filósofo Martin Heidegger, ao falar sobre o conceito do tempo em uma palestra proferida em 1924, afirmou que “o teólogo é o verdadeiro especialista do tempo”, pois ele trata das coisas atinentes a Deus, o Senhor do tempo e da eternidade.
Assim, seguindo o conselho Heidegger, um dos maiores pensadores do século XX, é importante examinar o tempo sob a ótica da teologia. O tempo disponível para cada pessoa deve ser entendido como uma dádiva de Deus, pois todas as coisas pertencem ao Senhor, inclusive o tempo.
Ora, uma vez que o homem não pode produzir, ou reter, um único momento do seu tempo, isso, obviamente, não pode lhe pertencer.
Dessa forma, existe equívoco em dizer “estou usando meu tempo para trabalhar”, ou “meu tempo é muito precioso”, pois essas frases possuem um problema de raiz, haja vista não se pode atribuir a si o que é de outrem.
Aliás, deve soar cômico, tanto diante dos anjos quanto dos demônios, quando os humanos sempre fazem reivindicações quanto às suas posses temporais, pois sabem que os seres humanos, na essência, não possuem absolutamente nada.
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"Tempo para todas as coisas" é uma obra de Reynaldo Odilo, um pastor da Assembleia de Deus em Natal, graduado em Direito e Pós Graduado em Direito Processual Civil. Um homem que, mesmo diante de uma vida atribul... (Leia mais)
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