Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo - Resenha crítica - Joe Dispenza
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Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo - resenha crítica

Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Breaking the Habit of Being Yourself

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN:  978.85.68014.32.5

Editora: Citadel Editora

Resenha crítica

O você quântico

No início da presente obra, Dispenza introduz a física quântica para apoiar a ideia de que tudo o que pensamos faz parte daquilo que criamos no mundo material. No passado, os cientistas consideravam que a mente subjetiva e o mundo físico formavam campos totalmente separados.

No entanto, Albert Einstein mudou esse conceito materialista com sua célebre teoria da relatividade e sua famosa equação: E = mc². Essa descoberta foi o ponto de partida para o começo de um novo entendimento sobre o funcionamento do universo e o efeito que mente subjetiva tem sobre o mundo material.

Com isso, outro enigma nasceu: as partículas subatômicas se comportam de formas distintas e são governadas pelas leis da física quântica, ou seja, elas possuem qualidades físicas e energéticas. Isso significa que elas podem ser transformadas de partículas – matéria – para ondas – energia – e vice-versa.

A energia, portanto, responde à atenção do observador que, por sua vez, afeta tanto o comportamento da energia quanto o da matéria. Os cientistas chamam esse fenômeno de “efeito do observador” ou “efeito Zeno quântico”.

Em termos um pouco mais simples, a maneira como pensamos sobre nós mesmos e nosso ambiente se torna tangível. O autor menciona que os pensamentos são, de fato, energia. Porém, isso não significa que basta ter um pensamento ou sentimento de boa sorte para que ele se realize.

A efetivação dos pensamentos requer um coração sincero e uma emoção elevada, trabalhando em conjunto para que todas as possibilidades existentes no mundo quântico se manifestem na realidade física.

Superando seu ambiente

Ao longo de nossas vidas, nos concentramos em apenas três coisas: o ambiente, o corpo e o tempo. Vivemos imersos em uma rotina que nos assusta romper porque tememos o desconhecido.

Todavia, como mudaremos algo se todos os dias fazemos as mesmas coisas, temos os mesmos pensamentos, vamos para o mesmo trabalho e convivemos com as mesmas pessoas?

Nosso relacionamento com os outros, a variedade de coisas que sabemos e possuímos, os lugares que visitamos e onde vivemos em distintos momentos e a multiplicidade de experiências que acumulamos com o passar do tempo alicerçaram a estrutura de nossos cérebros.

As memórias de experiências passadas criam a forma como interagimos com o ambiente externo e o cérebro armazena nosso passado criando redes neurais que foram exercitadas repetidas vezes, a tal ponto que respostas automáticas e inconscientes são geradas para cada uma das situações que enfrentamos no dia a dia.

Como as células nervosas que são ativas juntas se conectam, o nosso autor propõe que, se nos focarmos apenas em nossos problemas, nossa mente e nossa vida se fundem. Assim, você abandona qualquer possibilidade de mudar sua situação.

O mais importante, então, é ir além dos seus pensamentos inconscientes para que você possa religar seu cérebro, criando novas conexões sinápticas por meio do aprendizado, da atenção e da repetição.

Superando seu corpo

Outro ponto extraordinário mencionado pelo autor é a resposta neuroquímica que o nosso corpo tem quando pensamos de uma determinada maneira. Cada um dos nossos pensamentos corresponde a certo tipo de substância quimicamente produzida pelo cérebro.

Por exemplo, se você estiver prestes a realizar uma importante entrevista de emprego ou a se encontrar com um chefe irritante, seu corpo começará imediatamente a se sentir ansioso e suas mãos ficarão suadas.

Se, ao contrário, você estiver em um ambiente agradável, seu corpo automaticamente se sentirá relaxado. Isso significa que mente e corpo estão sincronizados.

É fundamental que, acima de tudo, trabalhemos para reconhecer qual desses pensamentos são inconscientes e obter consciência acerca das emoções que nos limitam. Assim, poderemos parar de agir no piloto automático e não mais seremos levados pelas emoções.

Lembre-se de que apenas 5% de sua mente é consciente. Os 95% restantes são dirigidos por programas automáticos do subconsciente.

Nosso autor discorre, também, sobre os genes. Quantas vezes ouvimos que os genes são responsáveis por muitas doenças e situações pelas quais passamos? Os cientistas acreditavam que o DNA determinava tudo o que aconteceria em nossas vidas. Desse modo, teríamos um futuro previsível e um destino condicionado por nossa herança genética.

No entanto, Dispenza apresenta o conceito de epigenética, a fim de explicar como os nossos genes também podem ser ativados por novos pensamentos, sentimentos, hábitos alimentares etc.

Superando o tempo

Quantas vezes por dia você pensa em algo que fez e de que se arrepende e, se pudesse, teria agido diferente? Na verdade, estamos tão ligados ao nosso passado que o corpo se acostuma a viver dessa maneira.

Todavia, o inverso também acontece: pensamos tanto no futuro que, quando as coisas não saem conforme o previsto, temos sentimentos de profunda ansiedade, culpa, depressão e, até mesmo, de fracasso.

A explicação que o autor oferece é que nos tornamos viciados em pensamentos passados ou de antecipação devido aos produtos químicos que eles geram.

Nosso corpo se acostuma quimicamente a reagir da mesma forma todas as vezes, então, quando geramos mudanças na mente, passamos, literalmente, por um processo doloroso em todos os níveis.

É como se reabilitar de um vício, apesar de toda a dor que sentirmos durante as crises de abstinência, no final o esforço terá valido a pena.

Sobrevivência versus criação

Voltando ao que foi discutido no tópico anterior sobre nosso constante desejo de vivermos atados ao passado ou ao futuro, o autor ressalta que, dessa maneira, permanecemos presos ao estresse quase todo o tempo de nossas vidas.

Afinal, é mais fácil continuar em um estado viciante de “o que vai acontecer” ou “o que poderia ter acontecido". A isso devemos acrescentar a tensão gerada por estarmos inseridos no atual sistema capitalista: tornamos seres materialistas que priorizam o mundo exterior.

Priorizamos os bens materiais, as pessoas que conhecemos, os lugares para onde vamos, as roupas que vestimos, a vida dos outros, nosso peso, competimos para ser sempre melhores que os demais, e a lista continua.

De acordo com Dispenza, nos preocupamos apenas com 0,01% da realidade e ignoramos os 99,99% restantes. À medida que nos preocupamos apenas com os aspectos materiais, toda a nossa atenção se concentra em nosso vício de continuar gerando essas substâncias químicas no cérebro.

Ou seja, agora nos identificamos com pessoas, lugares ou coisas que nos fazem sentir que “existimos” e por isso temos tanto medo de navegar por nossas emoções verdadeiras e perder todas as ilusões que criamos.

Uma parte essencial para deixar o hábito de ser você mesmo é ir de um estado em que se importa apenas consigo mesmo para um estado criativo. No momento que você deixar de se preocupar apenas com os seus próprios problemas e se encarregar de criar algo para os outros, simplesmente se esquecerá desse “eu”.

O lobo frontal do cérebro se acende quando passamos a esse estado criativo, onde reside a concentração, a atenção, a consciência e a observação. Ele é responsável por 2 funções essenciais, além de tornar o pensamento mais tangível:

  • a metacognição;
  • a criação de uma nova mente, abandonando as redes neurais criadas anteriormente.

Seu cérebro e a meditação

O autor nos leva ao mundo da meditação e ao conceito de neuroplasticidade – a capacidade do cérebro se renovar por meio de estímulos externos e pensamentos conscientes – o que pode ser conseguido com o aprendizado e estímulo a novas ideias ou situações.

Essa é a melhor maneira de criar novas redes neurais. Similarmente, se não estimularmos os pensamentos negativos, eles perderão força e se perderão a longo prazo.

Para entender um pouco mais sobre o funcionamento da mente, abordamos, a seguir, os “três cérebros” mencionados por Dispenza: o neocórtex, o cérebro límbico e o cerebelo. Cada um tem seu próprio mecanismo e nos permitem passar do pensar para o agir e, finalmente, para ser.

Neocórtex

É o cérebro pensante, o lobo frontal faz parte do neocórtex. Reside aqui a nossa mente consciente e a nossa identidade. O neocórtex é responsável pelo processamento e armazenamento de conhecimentos e experiências para a criação de conexões sinápticas.

Cérebro Límbico

Após criar uma experiência no neocórtex, o cérebro límbico se encarrega pela produção de substâncias químicas correspondentes a essas experiências. Ele é considerado como o “cérebro emocional”, pois é fundamental para que nos lembremos de certas situações.

Cerebelo

No cerebelo são armazenados nossos pensamentos, atitudes e comportamentos habituais. Trata-se da parte subconsciente da nossa mente. Quando o corpo pode reproduzir uma experiência automaticamente ou a reação emocional dessa experiência, então, ela se torna um hábito.

O papel da meditação para um novo eu

Nos últimos anos, temos visto a importância da meditação em nossas vidas. Inúmeros estudos vêm sendo realizados para comprovar os seus efeitos positivos, inclusive, sob uma perspectiva genética.

A meditação pode gerar mudanças visíveis. Essa prática tem como princípio ir além da nossa mente analítica para acessar o subconsciente e gerar mudanças no cérebro. Quando entramos em um estado de profunda meditação – mente e corpo sincronizados – os pensamentos que geramos durante esse processo podem ser cruciais para engendrar uma nova realidade.

Notas finais

Para finalizar, gostaríamos que você experimentasse colocar em prática todas as informações que Dispenza compartilhou conosco, durante um período mínimo de 4 semanas.

É aqui que o trabalho para um novo eu realmente começa: pratique meditação e atividades criativas centradas, sobretudo, na auto-observação e no reconhecimento de suas limitações. Aos poucos você passará a agir e sentir como esse novo “eu” voluntariamente criado!

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Quem escreveu o livro?

"Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo" é um livro do americano Joe Dispenza, que além de escritor, é um neurocientista, consultor e pesquisador, assim como um educador que já foi convidado... (Leia mais)

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