Os quatro compromissos - Resenha crítica - Don Miguel Ruiz
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Os quatro compromissos - resenha crítica

Os quatro compromissos Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Espiritualidade & Mindfulness

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The four agreements

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN:  978-65-5712-016-3

Editora: BestSeller

Resenha crítica

Seja impecável com a sua palavra

O primeiro e mais importante compromisso é, em simultâneo, um dos mais difíceis de serem cumpridos. Ao segui-lo, você transcende ao nível que o nosso autor chama de o “céu na Terra”.

Parece simples ser “impecável com a sua palavra”, porém, é algo extremamente poderoso. Afinal, a palavra é o poder que cada ser tem de criar, uma espécie de dom concedido diretamente por Deus.

Na Bíblia, no “Livro do Gênesis”, cita que “no princípio havia o Verbo, e o Verbo era Deus”. Logo, mediante a palavra, você pode expressar o seu poder criativo, manifestando toda a potencialidade latente em seu interior.

Seja qual for o idioma que você fala, a sua intenção (o que você deseja, sente e sonha) sempre se manifestará por intermédio das palavras. Elas não são apenas símbolos escritos ou sons.

As palavras são a sua força, o poder de expressão, comunicação, pensamento e criação de eventos na sua vida. Nenhum outro animal existente no planeta pode falar. Nesse sentido, as palavras são as ferramentas mais poderosas dos seres humanos e os instrumentos da magia.

Todavia, como “espadas de 2 gumes”, elas podem criar os mais belos sonhos ou destruir tudo o que existe ao seu redor. O mau uso dessa lâmina gera verdadeiros infernos.

A outra lâmina pode ser compreendida como a impecabilidade das palavras, que somente criam amor, beleza e trazem o céu para a Terra. Dependendo do modo em que são utilizadas, elas podem escravizar ou libertar.

Todo o poder mágico que você possui baseia-se unicamente em suas palavras. Dito de outra forma, ao empregá-las de uma forma equivocada, a magia negra será desencadeada.

Se deseja ser livre e feliz, esse é o primeiro dos compromissos a serem feitos. Utilize as palavras para disseminar o amor. Empregue a magia branca, começando a aplicá-la.

Repita, diversas vezes, o quão maravilhoso e grande você é. Olhe no espelho e diga como gosta de si mesmo. Utilize as palavras para romper os pequenos compromissos causadores de sofrimento.

Ruiz ressalta que isso é perfeitamente factível, pois ele passou por isso e, assim, oferece seu próprio testemunho. Em termos práticos, temos os mesmos tipos de cérebros e corpos: somos humanos.

Tal compromisso pode modificar integralmente a sua vida. Essa impecabilidade das palavras pode levar qualquer um à abundância, ao sucesso e à liberdade pessoal. Ele pode dissolver facilmente o medo, transformando-o em amor e alegria. 

Não leve nada para o lado pessoal

De fato, os 3 compromissos a seguir derivam-se do primeiro. Não levar nada “para o lado pessoal” significa que, seja o que ocorrer em sua vida, adote uma mentalidade de distanciamento.

Por exemplo, se alguém lhe encontrar na rua e disser: “você é um idiota”, sem lhe conhecer, tenha em mente que esta pessoa não está se referindo a você, mas a ela mesma. Caso contrário, você pode acabar acreditando que realmente é um idiota.

Talvez pense “como ele pode saber? Será um clarividente? Todo mundo nota que eu sou idiota?”. Quem leva tudo para o campo pessoal concorda com o que é dito a seu respeito.

Assim que concorda, esse veneno lhe atravessa e lhe prende em uma ilusão terrível. A causa de seu aprisionamento é o que o autor chama de “importância pessoal” – a máxima expressão do egoísmo.

Trata-se, em outras palavras, de presumir que tudo, invariavelmente, é sobre “nós”. Ao longo de nosso período de educação (ou “domesticação”, como prefere Ruiz) somos ensinados a desenvolver esse tipo de comportamento.

Consideramos que temos responsabilidade sobre tudo o que ocorre. Nada do que as outras pessoas fazem é causado por você, mas por eles mesmos. O autor afirma que todos vivem em seus próprios sonhos, em suas próprias mentes. Em consequência, estão em um mundo diametralmente oposto ao qual vivemos.

Ao levarmos algo para o nosso lado pessoal, supomos que os outros estão cientes do que ocorre em nosso mundo (os elementos que tentamos impor no mundo deles).

Mesmo quando as situações parecem pessoais, ainda que os outros lhe dirijam insultos, nada disso tem relação com você. As opiniões emitidas, as ações e as falas proferidas se adequam aos compromissos que cada um guarda na mente.

A perspectiva que adotam é proveniente de todas as programações que receberam ao longo da domesticação. É altamente recomendável escrever esse compromisso em algum papel, colocando-o na geladeira, de modo a se lembrar de nunca levar, o que quer que seja, para o lado pessoal.

Enquanto se acostuma com essa prática, não será necessário depositar a sua confiança nas coisas que outras pessoas fazem ou dizem. Para fazer boas escolhas, só necessitará confiar em você mesmo.

Nunca se responsabilize pelas ações alheias, somente por aquilo que você faz. Quando essa realidade for compreendida verdadeiramente, será mais fácil se recusar a ser pessoalmente atingido por ações ou comentários descuidados de terceiros.

Agora que chegamos na metade da leitura, vamos conhecer melhor os outros compromissos propostos pelo autor, evitando tirar conclusões e dando o melhor de si em todas as situações.

Não tire conclusões

Segundo o nosso autor, temos a tendência de tirarmos conclusões sobre tudo. O problema consiste no fato de que acreditamos que nossas deduções são verdadeiras. Tanto que, se preciso, juraremos serem reais.

Avaliamos o que os outros pensam e fazem. Depois, os culpamos e reagimos destinando-lhes venenos emocionais com nossas palavras. Por isso, todas as vezes que presumimos, atraímos problemas.

A dinâmica nociva é a seguinte: tiramos uma determinada conclusão, a partir de um entendimento equivocado, a levamos para o lado pessoal, criando, por fim, conflitos grandiosos.

Todo o drama e tristeza da sua vida são causados pela permanência nesse ciclo. Reflita sobre essa afirmativa. O controle que envolve a espécie humana vem desse ponto. Dele provém todos os nossos pesadelos.

Criamos venenos emocionais tirando conclusões pessoais. Lembre-se de que tagarelar (fofocar) acerca dessas ideias é o meio de transmissão desses venenos. Como ficamos receosos em pedir por esclarecimentos, tiramos nossas próprias conclusões e cremos estar certos a respeito delas.

Quando, de algum modo, somos confrontados, defendemos essas concepções e tentamos, a todo o custo, fazer com que os outros pareçam equivocados. Ruiz advoga ser melhor fazer perguntas, pois as conclusões nos preparam para uma vida de sofrimentos.

Esse entorpecimento da mente humana gera muito caos, que nos leva a interpretações erradas. Enxergamos, apenas, o que desejamos ver e escutamos aquilo que ansiamos por escutar.

Nos acostumamos com sonhos que não têm lastro na realidade, mas que existem somente em nossa imaginação. Ao não compreendermos um determinado fato, logo formaremos uma conclusão relativa ao seu significado.

Se a verdade aparecer, as bolhas dos nossos sonhos são estouradas e, dessa forma, descobrimos que elas não coincidem com os conteúdos de nossa imaginação. Em relacionamentos, por exemplo, tirar conclusões é o mesmo que procurar por problemas.

Em muitas ocasiões, presumimos que os nossos parceiros já conhecem os nossos pensamentos e que não será necessário expressar os nossos desejos. Ou seja, presumimos que eles farão o que desejamos porque nos conhecem bem.

Caso não façam o que presumimos, nos sentimos magoados, dizendo: “você deveria saber”. É muito interessante analisar o funcionamento da mente humana: temos a necessidade imperiosa de encontrar justificativas e explicações para nos sentirmos seguros.

Há milhões de perguntas em nossas mentes porque existem inúmeras coisas que nossa mente racional simplesmente não é capaz de explicar. Independentemente da correção das respostas encontradas, qualquer uma já nos deixa mais seguros. É por isso que presumimos tanto.

Se outros nos relatam algo, tiramos nossas conclusões. Mas, se não nos contarem, também tiramos, a fim de preencher essa necessidade de saber e de comunicação. Até mesmo quando escutamos algo que não compreendemos, tiramos conclusões, devido ao fato de não termos a força de vontade necessária para fazer perguntas.

Dê sempre o melhor de si

Há somente mais um compromisso. Contudo, é o que viabiliza que os demais se tornem comportamentos profundamente enraizados. Ele se refere às ações dos outros 3: “dê sempre o melhor de si”.

Sejam quais forem as circunstâncias, sempre realize o melhor que puder, nem menos nem mais. Sem embargo, não se esqueça de que seu “melhor” não será o mesmo de uma hora para a outra.

Tudo está vivo, em constante mutação. Logo, fazer o melhor em algumas ocasiões poderá gerar frutos da mais alta qualidade. Em outras situações, porém, as coisas podem não sair tão bem.

Ao acordar de manhã, energizado e descansado, o seu “melhor” terá mais qualidade em comparação aos instantes de cansaço noturno. O mesmo acontece se compararmos os estados saudáveis com os enfermos ou a sobriedade com a embriaguez.

De acordo com Ruiz, o “melhor” dependerá, também, de como você está se sentido (ciumento, zangado, aborrecido, feliz). Nos distintos estados cotidianos de espírito, o seu humor poderá mudar instantaneamente.

Isso também se altera com o passar do tempo. Quanto mais habituado estiver aos 4 compromissos, tanto mais eficiente se tornará o seu “melhor”. Malgrado o nível de qualidade atual, continue se esforçando.

Se o empenho for excessivo, você desperdiçará energia, de tal forma que, no fim das contas, esse “melhor” não será o bastante. Ao exagerar, o seu corpo se esgota e começa a ir contra si mesmo, demandando mais tempo para cumprir o seu objetivo.

Na hipótese de fazer algo inferior ao seu “melhor”, você estará sujeito a arrependimentos, culpas, autojulgamentos e frustrações. Apenas faça tudo o que estiver ao seu alcance – em qualquer cenário.

Não se concentre no fato de estar cansado ou doente: quando fizer o “melhor” possível, não restará espaço para julgamentos ou autopunições. Dessa maneira, você quebrará um encantamento que, até o presente, sempre lhe sujeitou, permitindo que viva intensamente.

Essa iniciativa será boa para você, uma vez que se tornará mais produtivo. Ademais, se doará mais à sua comunidade, à sua família, a todos. Entretanto, é a ação que lhe deixará mais feliz.

Isso significa que fazer o melhor consiste, precisamente, em assumir a ação daquilo que você ama, não porque aguarda uma recompensa. Muitas pessoas fazem exatamente o contrário: entram em ação exclusivamente quando esperam receber algo em troca.

Isto é, a ação não basta em si mesma, ela é vista como um simples meio para alcançar um determinado fim. 

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que, para o nosso autor, somos capazes de enxergar tudo com olhos do amor. Podemos ficar conscientes do amor que há à nossa volta. Quando vivermos desse modo, não existirão mais nevoeiros em nossas mentes.

É justamente isso que a espécie humana procura há séculos. O sofrimento ou a felicidade é uma escolha. O único motivo que pode levar-lhe a esse estado é a sua livre vontade.

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Quem escreveu o livro?

Ruiz é um médico-cirurgião de origem mexicana que se populariz... (Leia mais)

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