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Este microbook é uma resenha crítica da obra: The first: critical success strategies for new leaders at all levels
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-508-0508-5
Editora: Alta Books
Ao mudar de uma posição a outra bem diversa é natural que você atravesse algo como um “nevoeiro”. Costumeiramente, não é possível dispor de um tempo minimamente razoável antes de ser alçado a um novo cargo.
Se você tiver sorte, conseguirá, no máximo, 2 semanas de folga. Porém, o mais comum é ter que conseguir superar esse intervalo em questão de poucos dias. As transições apanham os profissionais na urgência de solucionar todos os problemas pendentes da antiga função.
Ao mesmo tempo, é necessário abraçar plenamente os assuntos relativos ao novo cargo. Para piorar, você pode ser ver coagido a desempenhar ambas as atividades até que a posição a ser deixada seja preenchida, tornando ainda mais indistintas as linhas de demarcação.
Dada a possibilidade sempre presente de não se obter uma transição transparente, no que se refere às responsabilidades práticas da nova função, é vital disciplinar-se para conseguir realizar, mentalmente, essa transição.
É imprescindível selecionar um determinado intervalo (por exemplo, um final de semana) e usá-lo para se imaginar em meio à promoção. Antes de mais nada, é altamente recomendável ter plena consciência de que deixará uma função antiga para assumir completamente uma nova colocação.
Avaliar claramente as distinções entre ambas, incluindo os rumos que deverão ser repensados, auxiliará você a agir de modo totalmente diferente. Não deixe de reservar um tempo para celebrar essa transição, ainda que informalmente, com amigos e familiares.
Utilize o tempo para retornar à base de apoio com conselheiros e amigos. Peça a todos alguns conselhos práticos. O ponto mais importante de todo esse empenho consiste em fazer o indispensável para, segundo o autor, “entrar no estado de espírito da transição”.
Todas as vezes em que você tratar os problemas vinculados ao aprendizado como se fossem processos de investimentos (considerando os escassos recursos de energia e tempo como merecedores de uma administração cuidadosa), obterá retornos sob o formato de “insights acionáveis”.
Para Watkins, esse conceito engloba os conhecimentos que qualificam as decisões de curto prazo, auxiliando-o, em momentos de transição, a alcançar o equilíbrio ideal em termos da criação de valores pessoais antes do previsto.
Para maximizar os retornos sobre os investimentos em aprendizagens, é necessário extrair eficazes e eficientes insights acionáveis do conjunto de dados disponibilizado ao longo do processo.
Para ser eficaz, os aprendizados exigem que se estabeleça o que é imprescindível aprender para conseguir focar nos respectivos projetos. Nesse sentido, você terá que dedicar algum tempo à construção de uma agenda de aprendizagem o mais rápido possível.
É indicado retornar à essa agenda periodicamente, refletindo em dar-lhe aprimoramento e acréscimo. Os aprendizados eficientes identificam as melhores fontes de insights. A partir desse ponto, fica mais fácil elaborar uma metodologia que permita a extração da máxima quantidade possível de boas ideias com o mínimo gasto de seu precioso tempo.
O nosso autor estabelece 4 tipos gerais de situações empresariais, em sentido amplo, as quais os novos líderes podem enfrentar. São elas: as dos produtos (ou empresas) iniciantes; as das mudanças globais de orientação; as de realinhamento e, por fim, as dos sucessos reprodutíveis.
Ao conhecer um esboço dos aspectos centrais de cada um delas, incluindo os seus relativos desafios e oportunidades, você terá melhores condições de reconhecer as características estruturais de cada situação que enfrentar.
Nas empresas iniciantes, os desafios consistem em reunir condições indispensáveis (tecnologia, financiamento e pessoal) para alavancar um novo negócio, um projeto ou um produto.
Em mudanças globais, você assume um grupo ou unidade reconhecidamente em crise, trabalhando para redirecioná-la em rumos viáveis. Tanto a mudança completa quanto o começo requerem muito trabalho para a construção com plenos recursos, pois, a infraestrutura disponível tende a ser insatisfatória, além de não existir espaço suficiente para essa construção.
Até certo ponto, será começar tudo (ou quase tudo) novamente. Mas, o que não pode faltar, em quaisquer hipóteses, é iniciar pela adoção, com grande antecedência, das decisões mais relevantes acerca desse processo.
As situações de sucesso reprodutível e realinhamento, em contraste, são estabelecidas nas empresas quando o novo líder se depara com consideráveis pontos fortes.
Contudo, similarmente, tendem a existir restrições sérias quanto ao que é permitido, ou não, fazer. Nos casos de realinhamentos, os maiores desafios referem-se à revitalização de projetos, processos, produtos ou unidades que comecem a apresentar avarias.
Por outro lado, na situação do sucesso reprodutível, as maiores responsabilidades dizem respeito à preservação da vitalidade de um negócio bem-sucedido, buscando elevá-lo a patamares superiores.
Dito de outra forma, nos realinhamentos, os novos líderes devem reinventar quase todos os processos operacionais. Nas situações de sucesso reprodutível, a invenção mais importante é a de seu próprio desafio, conforme mencionado.
Em ambas, a tendência é que você disponha de um tempo antes de começar e fazer escolhas importantes. Felizmente, essa situação joga a seu favor, uma vez que contam prazos mais razoáveis para aprender bastante acerca das políticas e da cultura da organização, subsidiando a formatação de coligações de apoio e suporte à sua autoridade.
Agora que chegamos à metade da leitura, vamos nos aprofundar em alguns dos conceitos mais relevantes para garantir uma transição de sucesso nos primeiros 90 dias em sua nova função.
Portanto, conhecermos o panorama da influência, aprenderemos a identificar o melhor momento de partir e, ainda, saberemos como o trabalho em equipe pode ser enriquecido com essas considerações.
Muitos líderes costumam errar ao dedicarem tempo demais, em seus períodos de transição, às dimensões verticais da influência (isto é, os diretores, para cima, os colaboradores imediatos, para baixo) e menos tempo às dimensões horizontais, sobretudo, aos seus pares e ao público externo.
Watkins considera esse erro compreensível. Afinal, as pessoas normalmente gravitam na direção daquelas a quem prestam contas e, também, daquelas que a ela prestam contas. Estes são os canais fundamentais por meio do qual os líderes construíram quaisquer impactos e se imporão na organização.
Em algum momento, porém, você dependerá do apoio de profissionais sobre os quais não exerce autoridade direta, seja externamente ou no âmbito de sua empresa. O mais frequente é que, nesses casos, tenha nenhuma ou pouca credibilidade com essas pessoas, nenhum compromisso preexistente sobre o qual se basear.
Logo, será preciso investir energia e imaginação na consolidação de novas bases. O autor aconselha a começar o quanto antes. Evite buscar aproximação das pessoas apenas quando precisar de algo.
Você deve, segundo o autor, disciplinar-se de modo a investir no acúmulo de capitais de relacionamentos com indivíduos com os quais poderá precisar trabalhar futuramente.
Por esse motivo, pense cuidadosamente a respeito de como alocou o seu tempo na construção dos relacionamentos até o período de transição. Há pessoas que nunca sequer cumprimentou, embora o apoio delas possa vir a ser imprescindível ao sucesso de eventuais iniciativas?
Ainda mais importante: como você poderá prever quem terá importância? Até certa medida, isso se torna óbvio quando você acumula experiência e conhece a empresa em maior profundidade.
Tal processo, porém, pode (e deve) ser acelerado. Para tanto, comece pela identificação das interfaces centrais entre o seu grupo e os demais. Fornecedores e clientes, tanto do mesmo segmento quanto não integrante dele, representam o primeiro ponto de atenção.
Outra excelente estratégia apresentada por Watkins refere-se a incentivar os líderes a se conectarem. Para tanto, os novos líderes devem atingir uma quantidade mínima de dez pessoas-chave de fora do seu grupo.
Tenha em mente que o seu chefe deve ter alguma relação de trabalho com esses indivíduos. A partir desse momento, é indicado começar a marcar reuniões com eles. No melhor espírito da “regra de ouro para transições”, você deve pensar proativamente, adotando a mesma iniciativa com seus colaboradores imediatos.
Para facilitar essa tarefa, uma boa dica é a elaboração de uma lista de relacionamentos prioritários, de modo a delinear quem serão esses assessores, auxiliando-os no estabelecimento e, posteriormente, no fortalecimento de tais contatos.
Nosso autor adapta um velho ditado oriundo da crônica esportiva para afirmar que as transições são semelhantes a maratonas, ou seja, não são provas de velocidade, como uma corrida de 100 metros rasos.
Por esse motivo, se você constatar que está prestes a romper sua curva de estresse mais rápido do que está acostumado, o melhor a fazer, como um bom líder, é saber disciplinar-se acerca de qual é o melhor momento de trocar de rumo ou simplesmente desistir.
Obviamente, é mais fácil dizer do que fazer, não é mesmo? Principalmente, quando você tem um prazo apertado e tudo o que falta para atingir a meta é uma mísera hora. Não obstante, é possível alcançar esse objetivo no curto prazo, entretanto, sob tais condições, os custos a longo prazo seriam insustentáveis.
A melhor alternativa é se esforçar, ao máximo, para ter as condições necessárias para reconhecer que você chegou a um ponto de impasse – no qual será obrigatório fazer uma pausa definitiva ou, pelo menos, parcial.
Caso esteja constituindo uma equipe, pense em utilizar um modelo especificamente desenhado para acelerar os processos de formação desse grupo. Para Watkins, uma das melhores iniciativas é abastecer o seu time com uma linguagem que seja comum, visando tratar com mais acuidade os desafios compartilhados.
Assim, você usufruirá de efeitos benéficos nas situações em que a sua equipe articula indivíduos em transição para novos postos e veteranos da organização. Quando introduzir linguagem e modelo novos, os membros do time terão oportunidades equilibradas tanto para os calouros quanto para a velha guarda.
O ideal, todavia, é propiciar à sua equipe um panorama geral das ações de aceleração da transição que serão implantadas. Em seguida, concentre-se na realização de um diagnóstico situacional e compartilhe com todos os envolvidos, motivando os membros da equipe.
Cumpre ressaltar, por fim, que entre as causas que geram o fracasso nas transições podem ser encontradas em interações danosas entre o indivíduo, com suas fraquezas e forças, e a situação, com suas armadilhas e oportunidades.
Isso significa que o malogro ou o êxito, dependem, em grande medida, da sua capacidade de diagnosticar os cenários, identificando as circunstâncias e os desafios que os caracterizam, a fim de desenvolver planos eficientes de ação.
Caso essas demandas não sejam compreendidas, haverá grandes chances de que a sua performance não seja boa. Em articulação ao entendimento adequado dos pontos fracos e fortes do líder, realize um diagnóstico pormenorizado de cada situação, visando detectar as vulnerabilidades a tempo de tomar medidas preventivas.
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O Dr. Michael D. Watkins é um autor canadense e especialista em aceleração de transições. Mais notavelmente, seus trabalhos incluem o best seller internacional The First 90 Days. O autor foi professor na The Kennedy School of Government da Harvard University, Harvard Business School e INSEAD na França. É professor de liderança e mudança organizacional no Insti... (Leia mais)
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