O monge que vendeu sua Ferrari - Resenha crítica - Robin Sharma
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O monge que vendeu sua Ferrari - resenha crítica

O monge que vendeu sua Ferrari Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The monk who sold his Ferrari

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-7302-975-8

Editora: Objetiva

Resenha crítica

A fome do “mais”

Julian Mantle era um advogado rico e brilhante. John, seu assistente jurídico, teve a oportunidade de conhecê-lo quando ainda era estudante de Direito, atuando como estagiário. Estava na posição privilegiada de trabalhar e aprender com uma estrela em ascensão entre os advogados.

Para alcançar o sucesso, Julian não media esforços. Era capaz de trabalhar 18 horas por dia. John se sentia feliz como seu assistente legal, olhando com admiração para um advogado capaz de virar casos extremamente difíceis. Desejava ser como ele. No entanto, o estilo workaholic de Julien ainda era uma preocupação.

Nos poucos momentos de descanso, Julian não conseguia dormir mais do que algumas horas. Ele sentia culpa quando não estava trabalhando em algum processo. Sua mente não era capaz de descansar. O advogado foi consumido pela fome do “mais”. Buscava incansavelmente prestígio, glória, fama e dinheiro.

A explosão da bomba-relógio

Seu excesso de trabalho trouxe frutos. Julian conseguiu tudo o que as pessoas desejam: fama, sucesso, uma renda anual milionária e uma Ferrari vermelha. Só que essa realidade não era tão bonita quanto parecia. John tinha dificuldade de acompanhar o ritmo de seu mentor. Eles quase nunca paravam de trabalhar.

Apesar da riqueza, Julian tinha pouco tempo para desfrutar dela. Quando chegou aos 53 anos de idade, o advogado parecia estar beirando os 80. Seu semblante era cansado e dava sinais de um estilo de vida desequilibrado. Em algum momento, aquela bomba-relógio estouraria.

Isso aconteceu no meio de um tribunal lotado. Julian teve um infarto e desabou. Depois de se recuperar em uma unidade de terapia intensiva, ele decidiu mudar o rumo de sua vida. Julian abandonou a carreira e partiu em uma viagem para a Índia, em busca de paz espiritual e sabedoria.

Vendendo a Ferrari e partindo para a Índia

John ficou três anos sem notícias de seu antigo parceiro de escritório. Então, de forma inesperada, Julian reapareceu. Sua aparência estava bem diferente. Parecia que tinha rejuvenescido alguns anos. O advogado perdeu o aspecto sisudo e parecia mais jovial e sorridente. Exalava vitalidade. John perguntou a razão das mudanças.

Julian explicou que isso tinha a ver com o que andou fazendo durante esses três anos. O advogado vendeu sua Ferrari e todas as outras posses materiais para embarcar para a Índia, em uma busca espiritual. Ele passou de vilarejo em vilarejo, aprendendo novos hábitos, conhecendo as paisagens e cultivando amor por aquele povo receptivo que acabara de conhecer.

Na Caxemira, uma região próxima à cordilheira do Himalaia, Julian conheceu um iogue chamado Krishnan. Ele também fora advogado, mas cansou do ritmo metropolitano de Nova Déli e decidiu viver uma vida de simplicidade e sabedoria. Sua primeira lição de sabedoria já foi aprendida com ele nesse momento.

O passado é seu mestre

Krishnan disse que tudo acontece por uma razão. Todo acontecimento tem sua função e cada adversidade é um aprendizado. O fracasso, em qualquer nível, é fundamental para a evolução pessoal. Ele traz crescimento interior e recompensas psicológicas. Por isso, em vez de nos arrependermos do passado, devemos abraçá-lo como o mestre que ele é.

O iogue também revelou um pouco do folclore local. Ele disse que existia um grupo de sábios que morava no alto do Himalaia. A lenda era de que eles reuniram um sistema de princípios milenares capaz de liberar o potencial da mente, do corpo e da alma. São os “grandes sábios do Sivana”. Julian decidiu imprimir uma jornada para encontrar esses monges e aprender com eles.

Ele subiu as montanhas, seguindo sua intuição, até o território perdido de Sivana. Depois de sete dias de caminhada, Julian finalmente descobriu uma pequena aldeia. Ele foi recebido pelo iogue Raman, o mais velho dos sábios de Sivana. Então, Julian abriu seu coração para a sabedoria milenar.

O poder dos grandes objetivos

Julian mostrou a John um pouco da sabedoria do iogue Raman. Ele dizia que não existem erros na vida, apenas lições. Não há experiências negativas de verdade, só oportunidades de prosseguir no caminho para se autoaperfeiçoar. A força vem de lutar. Até a dor é uma professora importante.

Para vencer a dor, precisamos experimentá-la. Não devemos tratar os fatos como bons ou ruins. Precisamos só vivenciá-los e aprender com eles. Quando aplicamos esse princípio, deixamos de ser prisioneiros do passado e viramos arquitetos do futuro. Julian também contou alguns dos aprendizados que o próprio Raman teve com outro filósofo indiano, chamado de Patanjali.

Ele dizia que quando nos inspiramos em um grande objetivo ou em um projeto empolgante, os pensamentos rompem barreiras. A mente cruza limites, a consciência segue todas as direções e o mundo parece novo, grandioso e incrível. Habilidades ganham vida e nos descobrimos pessoas maiores do que imaginamos.

Sua qualidade de vida se resume à riqueza dos seus pensamentos

John percebeu a ligação entre a vitalidade física e a mental. Julian estava com a saúde perfeita e parecia ainda mais jovem. O ponto de partida dessa transformação foi a saúde mental. O sucesso de fora nasce do sucesso de dentro. O ex-advogado conta que a mente é um servo incrível e um mestre terrível.

Se você cultiva pensamentos negativos, é porque não treinou sua mente para o contrário. Ao fazê-lo, encontrará uma mentalidade vibrante. A consciência é capaz de fazer coisas maravilhosas, se você der espaço a ela. Seus limites são as próprias criações do eu interior.

Os pensadores iluminados sabem que seu mundo é fruto do que pensam, e que sua qualidade de vida se resume à riqueza dos seus pensamentos. Se você quer uma vida tranquila e significativa, precisa pensar com tranquilidade e significado. Essa não é uma mudança rápida, porque tudo que realmente vale a pena leva tempo.

O segredo da felicidade

Já passamos da metade do microbook e o autor conta alguns dos ensinamentos que Julian teve com os sábios do Sivana. Esses monges conhecem o caminho da felicidade há mais de 5 mil anos. Para eles, o segredo é descobrir o que você ama fazer e dirigir sua energia nessa direção.

As pessoas mais felizes do mundo são as que encontraram uma paixão de vida e se dedicam, todos os dias, a ela. Esse chamado é sempre para algo que serve aos outros. Quando vocẽ concentrar sua energia em algo que ame, a abundância fluirá naturalmente.

Para que dê certo, não podemos nos esquecer da importância de viver com entusiasmo desmedido e de ver a beleza de todos os seres vivos. Julian conta que todos os dias são uma dádiva. Devemos ficar sempre alegres e bem humorados, ajudando os outros. O universo se encarregará do resto.

O universo favorece os corajosos

Tudo que existe na Terra tem alma. Ela flui em direção a uma, a Alma do Universo. Quando alimentamos nossa mente e nosso espírito, estamos, na verdade, alimentando a Alma do Universo. Se você melhora, está melhorando a vida de todos à sua volta. Quando avança em direção aos sonhos, abastece-se dessa força.

A vida dá o que pedimos. Ela sempre ouve. Fracassar não é errar, mas não ter coragem de tentar. O obstáculo é o medo. Só que falhar é fundamental para crescer. Os erros nos dão lições e nos levam à iluminação. Uma flecha que acerta o alvo é fruto de cem flechas erradas.

Na natureza, o lucro é fruto do prejuízo. O universo favorece os corajosos. Quando tomamos a decisão de elevar nosso nível de vida, a força da alma nos guiará. Nosso destino é posto diante de nós e a coragem para seguir o próprio caminho depende de cada um.

A guerra contra os pensamentos

O autocontrole é sempre o controle da mente. A vontade é a rainha dos poderes mentais. Quando dominamos a mente, dominamos a vida. Para isso, precisamos de força de vontade. O iogue Raman acredita que nossos pensamentos positivos sempre se sobrepõem ao negativos. 

Se você travar uma guerra contra os maus pensamentos, que invadiram silenciosamente o palácio da mente, com o tempo perceberá que não são mais desejados. Então, poderá pô-los para fora, como hóspedes que já não são bem-vindos. Podemos pensar positivamente com a mesma facilidade com a qual pensamos negativamente.

Pessoas que cultivam maus pensamentos o fazem porque não aprenderam o autocontrole e o pensamento disciplinado. A maior parte não tem ideia de que tem o poder de controlar o que pensa a todo momento, todos os dias.  Elas acreditam que as ideias simplesmente vêm e vão, sem que tenhamos qualquer poder de interferência.

A fórmula da força de vontade

Julian passou a John o que considerava a fórmula da força de vontade. Ele disse para o assistente jurídico repetir a si próprio, todos os dias enquanto caminhava para o trabalho, um antigo mantra. Pela repetição, John seria capaz de desenvolver um autocontrole e uma vontade indomáveis.

Ele sugeriu que John repetisse trinta vezes por dia: “Sou mais do que pareço. Toda a força e poder do mundo estão dentro de mim”. Para Julian, essa prática simples é capaz de promover mudanças profundas na vida. Para que o mantra tenha ainda mais efeito, precisa ser misturado com uma prática de visualização criativa.

Julian conta que o iogue Raman, na sua infância, tinha pouca autoconfiança. Para lidar com as inseguranças, sentava-se à beira de um lago com águas cristalinas e imaginava nele o homem que gostaria de ser. Então, descobriu o papel da visualização criativa: quando preenchemos a mente com imagens inspiradoras, coisas boas começam a acontecer.

Os grãos de areia do tempo

Quando crianças, todos os sábios do Sivana receberam uma ampulheta de presente. A ideia era aprender sobre o papel do tempo desde cedo. Assim, esses monges souberam, muito cedo, que o tempo escapa pelas mãos como os grãos de areia da ampulheta. Ele nunca mais volta.

Os que sabem usar o tempo sabiamente desde a infância são recompensados com vidas ricas, satisfatórias e produtivas. O domínio do tempo é o domínio da vida. Independentemente de nossa classe social, nossos dias têm só 24 horas. O que separa quem tem uma vida extraordinária dos que só “cumprem tabela” é a forma como se usa cada segundo.

Trabalhar não é desculpa. Para Julian, as pessoas mais ocupadas também são as que têm mais tempo de sobra. Isso acontece porque elas são eficientes na forma que lidam com o tempo. Precisam disso para que sobrevivam. Administrar bem o tempo não significa ser workaholic. Pelo contrário: seu domínio dá mais horas livres.

Se doar é o ato mais nobre

Para Julian, nossa razão de ser na Terra é servir as pessoas. O ato mais nobre que existe é se doar às pessoas. Os sábios do Sivana chamam isso de “se livrar das amarras do eu”. É sobre perder a consciência de si e se concentrar em um propósito mais alto. Isso pode aparecer na forma de doar aos outros seu tempo e sua energia.

Julian recomenda tomar a decisão de passar mais tempo com aqueles que dão sentido à vida e fazer aquilo que sempre sentimos vontade. Para ele, é um erro adiar a felicidade em nome de alguma realização. 

Em vez disso, deveríamos buscar o “Nirvana”, o lugar para o qual, segundo os sábios do Sivana, as almas iluminadas residem. Todos estamos aqui por uma razão especial. Julian recomenda a John para que reflita sobre sua verdadeira vocação e como pode se doar aos outros, para cumprir sua missão na Terra.

Notas finais

O monge que vendeu sua Ferrari mescla ideias de budismo, autoajuda e mensagens motivacionais em uma fábula que inspira o público a se desenvolver e a aproveitar melhor seu próprio tempo.

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Quem escreveu o livro?

Robin Sharma é escritor. Trabalhou como advogado por 25 anos e escreve livros motivacionais... (Leia mais)

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