Nunca Desista de Seus Sonhos - Resenha crítica - Augusto Cury
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Nunca Desista de Seus Sonhos - resenha crítica

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Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9788575422823

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

O enigma humano

Augusto Cury além de um grande escritor é também médico psiquiatra. Um de seus paciente certa vez lhe disse que era capaz de enfrentar um cachorro bravo, mas que morria de medo de borboletas. Isso mostra que nossos medos não são sempre sobre perigos reais exteriores que nos ameaçam, mas podem ser perigos imaginários que nos atacam de dentro. O paciente em questão era amedrontado por sua mãe a nunca encostar numa borboleta. Quando tocou em uma, sua mãe gritou desesperada. O grito e desespero da mãe foi parar junto com a borboleta em alguma janela de memória do seu inconsciente. E o que é pior, cada vez que ele teve uma outra experiência com borboletas esse pânico voltava e era novamente registrado, contaminando assim inúmeras outras janelas. Desta forma uma bela e inofensiva borboleta virou um monstro interior.

Esse mecanismo é descrito pela teoria da Inteligência Multifocal que desvenda alguns dos fenômenos de nossas mentes. Ele ensina que não é a realidade concreta de um objeto que importa para nossa personalidade, mas a realidade interpretada e registrada. Para alguns, um elevador é um lugar de passeio, para outros uma câmara de tortura onde falta ar.

Monstros interiores

Como no exemplo da borboleta, todos temos nossos monstros escondidos por detrás da nossa gentileza e serenidade. Isso porque alguns momentos geraram conflitos que mudaram nossas vidas. Alguns jovens perdem sua auto-estima depois de serem humilhados publicamente. Alguns adultos jamais se levantam depois de cair em uma crise financeira. Homens e mulheres traídos podem perder todo o romantismo de suas vidas.

Mas não são as experiências externas que nos definem, mas a forma como as enfrentamos. Rejeições, decepções, erros, perdas, culpas, conflitos, críticas e problemas profissionais e de relacionamento podem gerar tanto janelas mentais de angústia como de maturidade, tanto de líderes como de vítimas. Gandhi disse: “O que pensais, passais a ser.” Realmente, quem é escravo dos seus pensamentos não é livre para sonhar.

Inspiração e transpiração

Thomas Edison acreditava que conquistas humanas são compostas de 1% de inspiração e 99% de transpiração. O autor concorda que este princípio tem fundamento, mas para ele as conquistas dependem de 50% de inspiração, criatividade e sonhos e 50% de trabalho árduo e determinação. Sonhos e trabalho são duas pernas que devem caminhar juntas. Uma depende da outra, caso contrário nossos projetos se tornam miragens e nossas metas não se concretizam.

As pessoas que mudaram a história

A história humana é a narrativa das pessoas que ousaram sonhar. A maior genialidade não vêm da carga genética e nem é produzida pela cultura acadêmica e instrução. Ela é construída internamente nos vales do medo e do desafio, no deserto das dificuldades e nos invernos da existência. Muitos destes sonhadores foram chamados de loucos e tolos, mas não desistiram nunca. Estas pessoas optaram por fazer da vida uma aventura. Tiveram uma visão panorâmica da vida e foram empreendedores, estrategistas, persuasivos, otimistas, sociáveis, observadores críticos e analíticos.

Fizeram escolhas e executaram suas metas com paciência. O filósofo Kant dizia que “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces.” A paciência é o diamante da personalidade. Plutarco dizia ainda que “a paciência tem mais poder do que a força”. Mas paciência sozinha não adianta, é preciso outro remo para conduzir o barco dos sonhos. A coragem.

É preciso coragem para correr riscos. Epicuro acreditava que “os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e às tempestades.” Se você tiver medo das tempestades nunca navegará em mares desconhecidos. Jamais conquistará novos continentes.

A Paixão pela Vida

Paciência e coragem precisam por sua vez de algum tipo de combustível emocional. Qual é esse combustível? A paixão pela vida, o amor pela humanidade. Todos os grandes sonhadores da história como Buda, Confúcio, Dostoévski, Montaigne e tantos outros foram dominados por um desejo incontrolável de serem úteis para os outros. É possível destruir o sonho de um ser humano quando ele vive só para si mesmo, mas é impossível destruir sonhos quando ele sonha para os outros. Nem a morte pode destruir este tipo de sonho, pois ele se espalha para outras pessoas e se fixa na humanidade.

Neste livro estudaremos a trajetória de quatro grandes personalidades. Veremos suas capacidades de superação, competência como líderes de si mesmos, sua coragem para correrem riscos, seus talentos emocionais e intelectuais, sua intuição e visão multifocal da realidade. Estas histórias são baseadas em fatos reais. Felizes são os que observam o passado para poder aprender com ele e caminhar para o futuro.

O Maior Vendedor de Sonhos da História

Nada parecia que iria algum dia acontecer na vida rotineira e pacata daqueles pescadores no mar da Galileia. A mesmice só foi quebrada quando um homem chamado João, um eremita do deserto, começou a atrair multidões com discursos acalorados onde anunciava a chegada eminente do homem mais importante que jamais pisaria na Terra. As pessoas esperavam um rei, um conquistador, outros algo sobrenatural. Quando Jesus surgiu discretamente pedindo para ser batizado por João, ninguém o notou.

Esse homem, foi o maior vendedor de sonhos que jamais existiu. Ele se aproximou de alguns pescadores e os convidou a largarem tudo para serem pescadores de homens. Não prometeu uma vida tranquila mas força diante do medo, alegria nas lágrimas e afeto no desespero. Ele sabia que a vida que vale a pena ser vivida é um contrato de riscos. Viver é uma grande aventura. Quem ficar preso no seu próprio barco será enterrado pela própria timidez e pelos destroços de sua preocupações.

A equipe de Jesus

Mas quem foi mais corajoso? Os discípulos que aceitaram seguí-lo ou Jesus ao escolhê-los? Vejamos um pouco do material humano que o vendedor de sonhos escolheu:

  • Mateus sendo um cobrador de impostos, classe corrupta, tinha péssima reputação;
  • Tomé era paranoico e inseguro, lhe sobrava lógica mas faltava imaginação;
  • Pedro era inculto, agressivo, impulsivo, impaciente e indisciplinado;
  • João era inconstante e não sabia filtrar suas emoções nem pensar antes de reagir;
  • Judas, por sua vez, era moderado, discreto, equilibrado e sensato.

Se fossem avaliados por psicólogos de hoje, Judas seria o único a ser aprovado para o time, pois era o mais bem preparado. Mas tinha um grande defeito: não era transparente e ninguém sabia o que se passava dentro dele.

Jesus escolheu uma equipe aparentemente despreparada e teve pouco tempo para ensinar-lhes, apenas três anos. Seu sonho era lapidá-los para torná-los capazes de incendiarem o mundo com suas idéias e desse modo mudar para sempre a humanidade. Uma autoconfiança sem precedentes na história.

Os sonhos de Jesus

Jesus andava com sua equipe pelas cidades, vielas e beira das praia. Ele discursava sobre os mais belos sonhos. Seu discurso era contagiante e seus ouvintes ficavam eletrizados. Isso porque os sonhos de que falava tocavam o inconsciente coletivo e traziam dignidade à uma existência, tida até então como breve e quase sempre despropositada. Quais foram esses sonhos?

O Sonho de um Reino Justo: Ele proclamava um reino de justiça em uma época de terror. Falava de uma esfera de paz além do espaço e do tempo onde não havia classes sociais, ódio nem discriminação. Para entrar nesse reino as pessoas precisavam se arrepender. A palavra arrepender por si só não tem a conotação de culpa, mas de mudança de rota e revisão da vida.

O Sonho da Liberdade: Jesus falava sobre a falta de liberdade interior que é mais grave e sutil que as formas externas de escravidão. Sem liberdade o ser humano se deprime, se asfixia, e perde seu sentido existencial. Existem várias formas de escravidão interiores: preocupações, antecipações, culpas, ódio, medo. Como remédio discursava sobre o gerenciamento dos pensamentos, a administração das emoções, o exercício da humildade, a capacidade de perdoar e ser perdoado, e principalmente a experiência plena do amor pelo ser humano e por Deus.

O Sonho da Eternidade: Jesus vendia com todas as letras o sonho da eternidade. Ele tinha total consciência das consequências filosóficas, psicológicas e biológicas da morte. Mas, com segurança inigualável discorria sobre sua superação. Ele garantiu algo que ainda hoje deixa todos perplexos. Que a morte não destruiria nossa memória nem nossa individualidade e que após ela o ser humano recobraria sua consciência. Amigos se reencontrariam. Pais e filhos se abraçariam novamente. Nunca alguém foi tão ousado em seus sonhos.

O Sonho da Felicidade: Jesus vendia o sonho de que a felicidade era possível mesmo diante da perseguição e das dificuldades. Seus ensinamentos e exemplo mostraram que felicidade não é ter uma vida perfeita, mas saber extrair sabedoria dos erros, alegria das dores, força das decepções, coragem dos fracassos. Ele vendeu o irresistível sonho de que você pode ser feliz independentemente de qualquer coisa que lhe aconteça.

O poder do exemplo

Jesus não apenas falava de seus sonho, ele os vivia. Ninguém poderia esperar respostas e reações amáveis e inteligentes de uma pessoa torturada e pregada numa cruz. Mas se Jesus foi surpreendente enquanto livre, foi incomparavelmente mais quando foi crucificado. Compreendeu atitudes incompreensíveis, perdoou atos imperdoáveis. Pensou no próximo quando tudo o levava a se prender em si mesmo. Mostrou clareza de pensamento quando a dor e a humilhação tentavam lhe cortar o raciocínio.

Seu exemplo marcou para sempre a história e cresceu cada vez mais. Este grande vendedor de sonhos nunca pressionou ninguém a seguí-lo. Não andou mais de trezentos quilômetros do local onde nasceu. Sua pequena comitiva era composta de 12 jovens de personalidade difíceis. Ainda assim a força de seus sonhos atinge hoje bilhões de pessoas. Agostinho, Francisco de Assis, Tomás de Aquino, Spinoza, Hegel, Madre Tereza, John Wesley e milhares de outras pessoas de diferentes religiões, inclusive não cristãs foram influenciadas por ele e ressoam seus sonhos séculos após séculos.

Um sonhador que colecionava derrotas

Passemos agora para outro gigante sonhador da história. Abraham Lincoln foi profundamente influenciado por Jesus em seus ideais de justiça. Ele é famoso por ser o 16º presidente dos Estados Unidos da América. Também é celebrado por liderar essa nação de forma espetacularmente bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra Civil, preservando a União e por fim abolir a escravidão. Mas nem sempre ele foi sinônimo de sucesso. Na maior parte da sua vida ele foi protagonista de um grande fracasso após o outro.

Sua mãe morreu quando ele tinha nove anos. Ainda jovem decidiu abrir um negócio próprio e faliu. Saltou para a política concorrendo a um pequeno cargo local e foi derrotado ficando em oitavo lugar. Tentou abrir outra empresa e faliu novamente. Voltou para a política e concorreu a deputado federal e foi derrotado de novo. Tentou novamente o mesmo cargo e perdeu de novo. Depois tentou uma terceira vez e foi derrotado de novo. Candidatou-se então para ser senador e perdeu outra vez. Tentou em seguida uma eleição como vice-presidente e perdeu ainda uma outra vez. Arriscou-se em uma sétima tentativa de eleição para o senado e foi derrotado novamente.

A essa altura ele já tinha a fama de ser um colecionador de derrotas. Era alvo de grandes humilhações de seus rivais políticos e mesmo seus amigos o aconselharam a desistir. Mas ele não desistiu de seus sonhos e na eleição seguinte foi eleito como 16º presidente dos Estados Unidos.

A personalidade do sonhador

A biografia de Abraham Lincoln é o retrato de um grande sonhador que se recusou a deixar seus sonhos morrerem. Ele tinha algumas das características essenciais dos grandes gênios de todos os campos:

  • Era persistente na busca de seus interesses;
  • Animava-se diante dos desafios;
  • Tinha facilidade para propor ideias;
  • Tinha enorme capacidade de influenciar pessoas;
  • Não dependia do retorno dos outros para seguir seu caminho.

Em especial ele não se entregou ao que em psicologia chama-se psicoadaptação. Mas que podemos muito bem chamar de conformismo. A psicoadaptação é a incapacidade da emoção humana de reagir na mesma intensidade frente à exposição do mesmo estímulo. Em outras palavras, quando nos expomos repetidamente a estímulos, sejam eles positivos ou negativos, com o tempo perdemos a intensidade de nossa reação emocional. Abraham Lincoln tinha tudo para se psicoadaptar aos seus fracassos e justificá-los aceitando que a vitória não era para ele ou que ele simplesmente era azarado mesmo. Poderia se adaptar como um fatalista e achar que estava destinado a ser infeliz.

Mas ele nunca desistiu porque vivia um dos diamantes da psicologia: o destino é uma questão de escolha. Sabia que podia ser ferido, mas não vencido. Abatido, mas não destruído. Sua coragem e paciência beiravam o inacreditável mas trazia-lhe toda saúde mental que precisava. Seu sonho era movido por uma intensa vontade de servir sua sociedade e movido por isso tornou-se autor da sua própria história.

Sonho de um pacifista que enfrentou o mundo

Este terceiro sonhador que veremos agora ficou famoso por seus discursos apaixonantes. Ele motivou multidões de pessoas a compartilharem de seus sonhos de igualdade, liberdade e justiça para todos. Mas a vida de Martin Luther King é tão apaixonante quanto seus discursos. Ele viveu na pele todo tipo de preconceito desde a tenra idade vivendo em uma época em que brancos e negros nos Estados Unidos tinha, escolas, banheiros e ônibus separados. Ele sonhou com um mundo diferente, não apenas para ele mas para todos os seus irmãos e irmãs.

Aqui está a primeira lição que esse grande sonhador pode nos ensinar. Ele sonhava pela humanidade, convidando-a em sonhar com ele. Quando nossos sonhos incluem os outros e procuram de alguma forma contribuir com os demais podemos suportar mais facilmente todos os temores e dificuldades da vida. Quem sonha só para si e tem sonhos individualistas não tem a mesma força e raramente resistem aos acidentes do caminho.

Eu tenho um sonho

Como qualquer menino negro e pobre em uma sociedade extremamente racista parecia não haver muitas perspectivas de sucesso para Martin Luther King. Ele, no entanto, formou-se em teologia e em seguida doutor em filosofia e então passou a participar ativamente do movimento em prol dos direitos civis. Sabia sonhar grande. Atraia multidões mas não forçava ninguém a seguí-lo. Deu um exemplo perfeito do que é um verdadeiro líder. Não tentava controlar seus liderados, mas os estimulava a fazer escolhas. Não se fazia temer, mas fazia-se acreditar. Não produzia pesadelos mas os fazia sonhar. O trecho abaixo é uma parte de seu famoso discurso em frente ao Memorial Lincoln:

“Eu tenho um sonho no qual um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro princípio do seu credo: Nós acreditamos que esta verdade é auto-evidente, de que todos os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho de algum dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos escravos e os filhos dos senhores de escravos se sentarão juntos na mesa da fraternidade.

Quando deixarmos o sino da liberdade tocar, quando o deixarmos tocar em qualquer vilarejo ou aldeia, de qualquer estado, de qualquer cidade, nós estaremos prontos para nos erguer neste dia, quando todos os filhos de Deus, brancos ou negros, judeus ou gentios, protestantes ou católicos, estaremos prontos para nos dar as mãos e cantar as palavras de um velho spiritual negro: Por fim livres! Por fim livres! Graças Senhor Todo-Poderoso, estamos livres enfim.”

Crises e Vitórias

Não demorou muito tempo e em 1956 o Supremo Tribunal do seu país aboliu a segregação nos ônibus. Era a primeira de muitas vitórias que viriam. Suas marchas, discursos e pressão influenciaram a sociedade e em seguida conseguiram liberar acesso para os negros a lugares públicos como museus, hospitais e escolas. Mas este caminho não foi fácil, foi agredido, preso e humilhado diversas vezes. Era atacado verbalmente e fisicamente. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato mas foi morto por uma segunda pouco depois de ganhar o prêmio Nobel da Paz. Seu sonho entretanto sobreviveu, se espalhou, transformou a realidade e ainda hoje influencia muitos sonhadores a lutarem suas próprias batalhas por um mundo mais justo para todos.

Sonho meu

Augusto Cury termina o livro mostrando sua trajetória de vida como um sonhador que desejou mudar os fundamentos da ciência e contribuir ao seu modo com a humanidade. Viveu uma infância pobre e uma adolescência conturbada. Quando disse que queria ser médico e cientista todos desacreditaram. Ainda assim dedicou-se como nunca havia se dedicado a nada na sua vida.

Enfrentou dificuldades para entrar mas também para se manter na universidade. Não aceitava tudo o que lhe era dito e muitas vezes discordava dos professores de psiquiatria e psicologia e aos poucos foi anotando suas próprias ideias. Superou crises financeiras e a depressão pois sabia que poderia colaborar com a vida de muitas pessoas.

Hoje seus livros ajudam uma infinidade de pessoas e ele é um dos autores brasileiros mais lidos das últimas décadas. Vejamos um resumo de suas descobertas.

As descobertas de Augusto Cury

Essas ideias são exploradas em vários outros livros dos autores. Temos aqui apenas um breve resumo de seus principais conceitos:

  1. Não existe lembrança pura do passado. As memórias são sempre reconstruídas com micro-diferenças a cada vez e assim o presente está sempre reconstruindo nossa história.
  2. O registro na memória é involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (Registro Automático da Memória.
  3. Nosso estado emocional determina o grau de abertura de nossas janelas da memória. Quando tensos abrimos janelas que atrapalham a racionalidade nos fazendo agir como animais. Quando serenos e tranquilos abrem-se janelas de memória que permitem expandir a arte de pensar.
  4. O pensamento é multifocal. Além do Eu, temos o Autofluxo que produz milhares de pensamentos aleatórios resgatados da memória, o Gatilho da Memória que dispara automaticamente diante de estímulos internos e externos. E as Janelas de Memória que são memórias que levam a outras memórias e abrem umas as outras sem nossa intervenção. O Autofluxo, o Gatilho da memória e as Janelas de Memória são fenômenos inconscientes.
  5. A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma condição nefasta que afeta a maior parte da população mundial. Essa síndrome é causada pelo excesso de informação e das pressões sociais.
  6. A ideia de que antidepressivos e tranquilizantes são importantes mas devem ter um papel coadjuvante no tratamento de transtornos psíquicos e a ênfase deve ser na reeducação e auto-domínio do eu sobre os agentes inconscientes do pensamento Multi-Focal descrita acima.
  7. Há vários tipos de pensamentos fundamentais na natureza. O primeiro deles é o pensamento essencial, que é inconsciente e automático e prepara a pista de decolagem para os pensamentos mais elaborados.
  8. Criação do projeto PAIQ, o Programa da Academia de Inteligência de Qualidade de Vida, um programa auto-aplicável que dá acesso gratuito ou de baixo custo a ferramentas psíquicas que previnem doenças mentais, supera a Síndrome do Pensamento Acelerado e torna as pessoas os atores principais de suas próprias vidas.

Notas Finais

  • A história da civilização é uma coleção dos esforços e conquistas de indivíduos que foram grandes sonhadores. Thomas Edison, Gandhi, Santos Dumont, a lista é enorme.
  • Jesus Cristo foi o maior vendedor de sonhos que a humanidade já conheceu. Conseguiu tornar um pequeno grupo de jovens preparado em uma força sem igual na história. Vendeu sonhos de Justiça, Liberdade, Eternidade e não abandonou esses sonhos nem mesmo diante do sofrimento na cruz.
  • Abraham Lincoln foi outro grande sonhador. Embora tenha vivido uma vida inteira de fracassos e derrotas soube superar todos os obstáculos para se tornar um dos maiores, senão o maior presidente dos Estados Unidos sendo responsável direto pela abolição da escravatura naquele país.
  • O exemplo de Martin Luther King enfatizou que os sonhos mais fortes são aqueles que envolvem as outras pessoas. Quando sonhamos só para nós não possuímos a mesma paixão e resistência que os grandes sonhadores altruístas conseguiram. Nossos sonhos devem incluir a humanidade e convidá-la a sonhar conosco, mas sem nunca obrigar ninguém.
  • O próprio autor Augusto Cury foi um grande sonhador e superou muitas dificuldades e críticas para tornar-se médico, psiquiatra, cientista inovador e escritor best-seller

Dica do 12'

Um bom filme sobre um grande sonhador é o "À Procura da Felicidade" com Will Smith. É baseado na vida de Chris Gardner e traz uma história admirável de perseverança, coragem e paciência.

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Quem escreveu o livro?

Augusto Jorge Cury é médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro. É o autor da Teoria da Inteligência Multifocal e seus livros foram publicados em mais de 70 países, já tendo vendido mais de 25 milhões de livros somente no Brasil. Nasceu em Colina, São Paulo. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e concluiu seu doutorado em Administração de Empresas pela Florida Christian University no ano de 2013 com à tese: "Programa Freemind como ferramenta global para prevenção de transtornos". Na sua carreira dedicou-se à pesquisa sobre as dinâmicas da emoção. É pós-graduado no Centre Medical Marmottan, em Paris, e na PUC de São Paulo. Ele é... (Leia mais)

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