Na Estação da Sorte – A História de Rodrigo Diniz Mascarenhas - Resenha crítica - Juli Mascarenhas
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Na Estação da Sorte – A História de Rodrigo Diniz Mascarenhas - resenha crítica

Na Estação da Sorte – A História de Rodrigo Diniz Mascarenhas Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Editora Independente/Não Encontrada

Resenha crítica

Dúvidas de pai

História.

É isto que está por trás do sucesso de empreendedores e é algo que não pode ser ignorado.

Tudo que está relacionado à estrada que estes profissionais e seus antepassados percorreram é importante para falar do que conquistaram na atualidade.

Neste sentido, parte da história de Rodrigo começa em maio de 1964, em Belo Horizonte, Minas Gerais, quando seu pai estava em viagem para o Rio de Janeiro e, mesmo assim, ele insistia em nascer.

Bem, assim que soube do nascimento do filho, o pai de Rodrigo correu em direção ao primeiro meio de transporte mais seguro e viável para aquele momento: um trem. E então, embarcou na locomotiva que cruzava os estados.

A partir daí, durante todas as horas de viagem, o pai de Rodrigo não conseguia parar de pensar em duas coisas: como tornar o filho um pessoa pessoa digna e útil e de que maneira orientá-lo a isto.

Dúvidas importantes que foram capazes de guiar uma criação com base na honestidade, justiça e determinação. Afinal, Rodrigo teve que aprender a como chegar na estação e pegar o trem.

O garoto de Exatas e a calculadora programável

Rodrigo nunca foi o melhor da turma. Nem o pior.

Era péssimo em disciplinas como História, Geografia, Português, Literatura e Biologia.

Contudo, era nota dez em matemática, química e física, chegando até a montar um esquema de cola para ajudar os colegas de classe que tinham dificuldades nestas matérias.

Por não entender e aceitar as peculiaridades da interpretação textual e semelhantes e preferir a exatidão dos número, na hora do vestibular optou pela opção o deixava mais longe de qualquer subjetividade: Engenharia Civil.

E como era esperado naquela época, meados da década de 80, Rodrigo desejava ganhar um carro ao passar no vestibular, como aconteceria com boa parte dos seus amigos. Havia, inclusive, tirado a carteira de habilitação e se mostrava um bom motorista.

Mas isto não aconteceu.

O presente escolhido pelo pai de Rodrigo ao ver o filho passar em uma série de universidades foi a calculadora programável Texas 58 C, uma das melhores que existiam até então.

Algo típico do pai de Rodrigo. Afinal, mesmo sendo de uma família tradicional, seu avô foi um dos grandes empreendedores do início do século, o genitor de Rodrigo, e de seus outros três irmãos, acreditava que os filhos tinham que traçar seus próprios caminhos.

Enquanto a mãe os enchia de cuidados e super proteção, ele afirmava que seu último centavo iria para a compra do caixão e, por isto, seus filhos tinham que aprender a fazer seu próprio dinheiro.

Ou seja, nada de carro novo.

E a calculadora, apesar de o ter decepcionado inicialmente, teve a capacidade de mudar completamente a sua vida no futuro.

O utensílio se mostrou útil desde a graduação, na qual Rodrigo aprendeu a ganhar tempo na resolução de questões ao programar fórmulas na calculadora, ao invés de resolvê-las como outros colegas de classe, até boa parte de sua carreira.

Não a carreira de engenheiro civil, mas sim aquela pela qual foi sugado por conta do seu conhecimento em programar com a calculadora.

O trabalho dignifica o homem

Mas, nem tudo foi uma trajetória linear de sucesso.

Rodrigo acabou se perdendo nos encantos daquela que hoje é sua esposa e mãe das suas filhas, deixando os estudos de lado e prejudicando o desempenho na faculdade.

A fim acabar com com isto, seu pai tratou logo de arrumar um trabalho para ele. Foi quando Rodrigo começou estagiar em uma construtora que atuava em aeroportos.

De manhã continuava matando aula para ficar com a namorada, algo que fazia com frequência mesmo antes do estágio, mas estava religiosamente todas as tardes no trabalho.

Entretanto, a mera função de arquivamento o entediou e, certo dia, passando pela sala do RH, onde via as pessoas trabalhando horas sem parar, pediu para fazer parte da equipe, na crença de que teria melhor aproveitamento do seu horário.

E, de fato, teve.

Lá, percebeu que poderia programar sua calculadora para fazer todas as operações matemáticas referentes às normas trabalhistas que os funcionários do RH passavam duras horas fazendo.

Uma semana depois, ele estava executando mais cálculos por minuto que a pessoa que havia o ensinado.

Entusiasmado com a eficiência de Rodrigo no trabalho, seu pai o deu de presente um dos primeiros computadores que surgiu no mercado, o TK 82-C. Basicamente um calculadora programável só que com muito mais recursos.

Então, finalmente, Rodrigo passou a se dedicar realmente a alguma coisa, além da namorada.

Ele aprendeu a programar na máquina e começou a fazer alguns joguinhos que engordaram a mesada.

Depois, motivado em ajudar a empresa em que estagiava, passou a elaborar os programas de folhas de pagamento. Algo que foi recebido com muito agradecimento pela construtora e por algumas outras empresas;

Aos 19 anos, Rodrigo conseguiu incrementar a sua receita mensal, que antes contava apenas com o dinheiro do estágio, com os lucros da venda de joguinhos e da criação de folhas de pagamento para empresa.

O jovem chegou até a elaborar um sistema de registro de notas em boletins para o colégio onde estudou na infância e adolescência.

A possibilidade ganhar dinheiro fazendo algo que o aguçava, aliada a um desafeto gigantesco no ambiente de trabalho, construíram o pontapé para que Rodrigo decidisse não continuar trabalhando com empregado e começasse a se dedicar a fim de montar seu próprio negócio.

De empregado a empreendedor

Ele começou a empreender em um escritório improvisada na sala de casa. Algo que sua mãe reprovava mortalmente e, por isto e pela chegada de mais clientes conseguiu sair de lá para uma salinha no edifício onde morava.

Estava começando a ser uma empresa de verdade.

Contratou uma agência de propaganda para criar a logo da “RDM - Processamento de Dados” e chamou seu primeiro funcionário.

A partir daí, o número de clientes, e as dificuldades que eles traziam na bagagem, só cresceu.

Um dos primeiros grandes obstáculos que Rodrigo enfrentou como empresa foi por conta de uma proposta ousada de um cliente.

Esta pessoa queria um programa para organizar toda contabilidade de uma empresa de grande porte.

Rodrigo tinha o prazo de seis meses para dar conta do recado, mas faltando apenas vinte dias para entrega do projeto, a primeira fase mal havia sido concluída.

Por acaso ele encontrou um amigo de faculdade em uma feira de informática no Rio de Janeiro que se dispôs em ajuda na hora. Era o Mauro, personagem importante na trajetória de Rodrigo e da sua empresa.

Trabalhando juntos no desafio de entregar o projeto em tempo hábil, os dois resolveram contratar mais de 20 digitadores que trabalhavam, em revezamento, 24h. Nesta época, eles estavam em uma salinha um pouco maior de um prédio comercial.

Com muito esforço e dedicação o sistema funcionou com eficiência e com a primeira parte do gordo pagamento, os dois conseguiram decorar o simples escritório, comprar uma impressora e contratar uma secretária. Também mudaram a linguagem de Basic para Pascal.

As coisas estavam realmente acontecendo para Rodrigo.

Eles se tornaram sócios e passavam os dias vendendo, instalando sistemas, conversando com clientes, treinando profissionais e oferecendo suporte técnico.

Tinham apenas as noites e finais de semana reservados à programação, os únicos momentos que conseguiam se concentrar nisto.

Em seguida, chegou o momento em que não dava mais para conciliar os estudos acadêmicos e o trabalho na empresa.

Então, Rodrigo decidiu largar a universidade, mesmo sob os protestos das mãe.

Seu sócio, Mauro, deixou o curso faltando apenas um semestre para concluir.

Foram decisões difíceis, mas enquanto os colegas da graduação estavam curtindo a vida, farreando e preocupados apenas em passar nas provas, eles estavam negociando com empresários experientes.

Eram dois mundos muito diferentes e nada complementares.

Homem de família e de negócios

Rodrigo se casou aos 22 anos com a namorada Bia, aquela pela qual ela havia se apaixonado perdidamente.

Era jovem para engatar em um relacionamento de papel passado, mas tinha e queria condições suficientes de sustentar uma família.

Na lua de mel, pela a primeira vez desde que descobriu a paixão pela programação e negócio passou mais de dez dias longe do computador e trabalho.

Passado este período de recesso amoroso, nada o impedia de trabalhar com a avidez.

Nem a ele, nem a Mauro, que certa vez, se recuperando de um acidente de carro, foi ao encontro de um cliente para dar suporte ai programa instalado.

Aproveitando um raro momento de descanso, já homem casado e chefe de família, Rodrigo viu anúncio de revendedoras de softwares em uma revista de informática.

Ligou para cada uma das revendedoras a fim de mostrar seus programas e quando finalmente sua proposta de apresentação foi aceita, marcou presença às 7h em frente à porta da empresa.

Esperou até às 18h para ser atendido e em apenas cinco minutos de apresentação conquistou os clientes.

No dia seguinte, Rodrigo não precisou esperar durante horas. Os executivos já aguardavam por ele.

O mesmo se repetiu em São Paulo. Ligações, apresentações e fechamento com clientes.

A empresa de Rodrigo estava ganhando parte do Brasil!

Outro ponto que fortaleceu seus negócios partiu da imposição de um possível cliente.

Para fechar negócio com a empresa de Rodrigo e Mauro, este cliente exigiu a assinatura de um contrato que previa multa de 50 salários mínimos caso os sistemas apresentarem falhas com frequência e os donos da empresa tivessem dificuldades de ser contatos para resolver o problema.

Receosos, mas precisando do dinheiro, assinaram o contrato.

Depois de perceber que não corriam os riscos de pagar a multa, pela eficiência e qualidade do serviço que prestavam, passaram a utilizar o mesmo estilo de contrato para captar novos clientes.

A estratégia foi um sucesso.

No final da década de 80, a empresa de Rodrigo e Mauro, que passou a se chamar “RM Sistemas”, já havia instalado 38 cópias de softwares, contava com cinco funcionários e tinha o faturamento anual de 60 mil doláres.

Acusações, Marketing e mais negócios

Em uma viagem ao Rio de Janeiro para fechar negócios, Rodrigo ouviu um desconhecido falando mal da sua empresa para a pessoa que ele viajou para encontrar e, possivelmente, fechar negócio.

Este desconhecido dizia a RM copiava outras empresas maiores e estava respondendo vários processos por isto.

Na hora, Rodrigo levantou e, com cartão de visita em mãos, se apresentou como diretor, afirmando que as informações não tinham cabimento e que eles desconhecia qualquer processo na justiça contra ele.

Em seguida, pediu desculpas ao possível cliente, dizendo entender caso ele preferisse apurar aquelas informações e remarcar a reunião.

O homem acatou sua postura e decidiu manter a reunião mesmo após o ocorrido. Logo, o negócio foi fechado, mas a experiência serviu para mostrar que há sempre alguém tentando queimar sua empresa em favor de outra, mesmo que você não dê motivos para isto.

Coincidência ou não, pouco tempo depois o gerente de Marketing de uma grande empresa de informática de Belo Horizonte entrou em contato, falando que gostaria de trabalhar com Rodrigo e Mauro e prometendo dobrar o faturamento da empresa em um ano.

Foi o primeiro grande gerente da RM.

Realmente novos clientes surgiram, assim como mais demandas dos clientes antigos.

Demandas que, às vezes, não podiam ser atendidas, como o pedido de uma empresa para desenvolver um sistema de estoque.

A negação, que no início pode decepcionar o cliente, com o tempo se torna um diferencial no quesito honestidade e, com isto, algumas pessoas passaram a confiar ainda mais no trabalho da RM.

Mas, o pedido não os passou despercebido.

Quando o irmão mais novo de Rodrigo concluiu a faculdade de Computação foi motivado a abrir uma empresa que oferecesse programas de contas a pagar e orçamento de obras. Tudo isto sob o guarda-chuva da RM.

Decisão que foi muito importante para o sucesso de todos, pois a linha de produtos da empresa se expandiu, fortalecendo o posicionamento da mesma no mercado.

No meio da década de 90, já na segunda mudança de sede, a empresa ocupava cinco andares em uma área privilegiada em Belo Horizonte. As cópias instaladas passara de 38 para 3.911 e faturamento, que era de 60 mil por ano, mais que dobrou para 124 mil.

Sem falar no quadro de funcionários, que cresceu para além de cem pessoas.

Nesta época, também surgiram as filiais do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Uberlândia.

Hora de dar adeus à programação

O crescimento da empresa, o excesso de trabalho e as noites mal dormidas fizeram com que Rodrigo entendesse que já passava da hora de delegar a tarefa de programação para outro profissional e fizesse da administração da empresa sua única função.

Largar algo que se ama não é fácil, mas Rodrigo se quer tinha tempo para sentir saudade de programar, pois gerir a empresa consumia seu dia de forma integral.

E os resultados não ficaram a desejar:

  • em 1992, a empresa foi eleita com uma das 200 maiores no setor de informática do país pelo Anuário da Informática Hoje;
  • em 1993, ganhou o prêmio “Destaques do ano” pelo mesmo anuário;
  • em 1994, se internacionalizou, tendo um sistema premiado pelo Editor’s Choise PC Magazine.

Atualização e superação

A aproximação com o início do novo século era iminente, assim como a novidade da Microsoft, o Windows, que, de cara, só trouxe uma coisa para empresa de Rodrigo e Mauro: caos.

Toda estabilidade que construíram aos longo dos anos ficou para trás e Rodrigo sentiu que deveria ser decisivo.

Chegou na empresa trocando crachá que mostrava a função “diretor” para um de “gerente de desenvolvimento”.

A partir daí e das cobranças um tanto tirânicas, as coisas voltaram a se organizar na RM e novos sistemas, criados com base na usabilidade do Windows, venderam como água.

Nesta força-tarefa que gerou consequências favoráveis, Rodrigo entendeu que é sempre necessário investir em mão de obra qualificada para o bom rendimento do negócio.

Pensando nisto, na época, foram criados projetos de formação, implementação e capacitação para profissionais de dentro e fora da empresa.

A RM Sistemas voltou a crescer e hoje é referência nacional quando se fala em criação de softwares e tecnologia que facilitam o dia a dia, organização e gestão de negócios.

Mas, nada foi fácil.

Na verdade, para Rodrigo, existem apenas cinco coisas fáceis na vida: gastar dinheiro, gastar dinheiro dos outros, engordar, reclamar e dar desculpas.

Por isto, ele aprecia profissionais proativos que não medem esforços para fazer algo dar certo.

Outro ponto importante no crescimento da RM foi a harmonia no trabalho entre Rodrigo e Mauro.

Quando um se exaltava, o outro se mostrava calmo. Quando um se mostrava ansioso demais para fechar um negócio, o outro o alertava com prudência e racionalidade. Quando um se mostrava muito sisudo numa reunião, o outro surgia com um jogo de cintura e expertise.

Esta relação foi primordial para fazer da empresa o que é hoje.

Mas o objetivo não é parar por aí. Os novos desafios da RM agora quebram as fronteiras do Brasil a fim de ganhar palcos internacionais.

Afinal, a diferença entre os bons e os comuns é que os bons fazem acontecer, apesar dos pesares e aqueles que botam a mão na massa ao invés de procurar desculpas estão no caminho certo para embarcar no trem da sorte.

Notas finais

Rodrigo mostra que a figura do empreendedor não está apenas atrelada a um profissional que vive para negócios, mesmo que dedique muito tempo a isto, mas sim de uma pessoa comum, que vive vários percalços e se força a superá-los, independentemente da idade ou experiência acumulada.

Além disto, neste microbook, o leitor pode perceber como foi empreender em tecnologia nas décadas de 80 e 90 e como alguns desafios ainda podem ser semelhantes, mesmo que estejam em diferenças seculares.

Agora que você conheceu a trajetória deste empreendedor, que tal começar a sua e procurar e melhor rota para chegar na estação e encontrar sua sorte?

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Quem escreveu o livro?

A autora é Juli Mascarenhas, irmã de Rodrigo, o empreendedor que é descrito na presente história. Aqui vemos diversos discursos deste homem, inspirações que levaram ele ao estágio... (Leia mais)

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