Mais Esperto Que o Diabo - Resenha crítica - Napoleon Hill
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Mais Esperto Que o Diabo - resenha crítica

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Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Mais Esperto Que o Diabo – o Mistério Revelado da Liberdade e do Sucesso

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9788568014004

Editora: Citadel Editora

Resenha crítica

Entrevista com o Diabo

A premissa inicial desta obra consiste em um interessante diálogo com Satanás, o mais terrível e maligno espírito que se possa imaginar. Segundo Hill, ele não possui chifres e uma cauda longa. Trata-se, na realidade, de uma presença malévola... em sua mente.

O autor, metodicamente, entrevista o Diabo e arranca dele a essência de viver uma vida plena de realizações pessoais. Portanto, o livro é construído em um esquema de perguntas do autor e respostas de Satã, que insiste em ser chamado de “Sua Majestade”.

O Diabo se mostra confiante de que, ainda que possamos resistir à sua presença, continuaremos a sucumbir à sua autoridade ou, em outras palavras, sua capacidade de nos manipular para sermos “errantes”.

Ele nos diz que controla 98% das pessoas e Hill revela o que precisamos fazer para enganar o Demônio e, assim, sermos mestres de nosso próprio destino.

Para tanto, o autor parte de sua própria experiência pessoal, dividindo com os leitores sua falta de esperança e incapacidade de criar um plano, além de relatar como ascendeu da indecisão reinante em sua rotina para um desdobramento positivo capaz de superar os mais duros períodos de negatividade e recessão.

A estranha entrevista com o Diabo – talvez, o motivo pelo qual sua família preservou o manuscrito original por longos 70 anos – foca na determinação de Hill em descobrir o que nos impede de alcançar o êxito pessoal e profissional.

Sete passos para o sucesso

O autor passa a descrever alguns de seus fracassos e conflitos recheados de dúvidas e indecisões, expondo histórias acerca de seu próprio medo paralisante. Por exemplo, em julho de 1923, ele recebeu um telefonema anônimo avisando-o que estava destinando a um “paletó de madeira” caso não saísse de Ohio em uma hora.

Hill mudou-se imediatamente para a Virgínia e conta como, então, sua coragem o abandonou e seus nervos se debilitaram. Aproximando-se cada vez mais dos leitores, nosso autor se assume como alguém que foi assaltado pelo medo, procrastinação, pensamentos pessimistas e a sensação de inutilidade que atinge, vez ou outra, todos nós.

A partir dessa posição, Hill nos pode para aprender a controlar o fluxo de nossos pensamentos e afirma que podemos ser motivados tanto pelo medo quanto pela fé, à qual se refere como um milagre, uma espécie de sexto sentido que os seres humanos possuem.

Ele entrevistou 25 mil homens e mulheres considerados “fracassados” e mais de 500 socialmente considerados “bem-sucedidos”, incluindo Henry Ford, Thomas A. Edison e John D. Rockefeller, durante um período de 20 anos, para compor o livro “Quem Pensa Enriquece”.

O autor sustenta que, após ter conversado com grandes homens, procurou o Diabo para obter conhecimento prático a respeito do maior de todos os princípios descobertos em sua busca pela verdade. Nessa jornada, ele se viu forçado a experimentar a pobreza, o fracasso e a adversidade antes de entender o que chama de “lei da natureza”.

Segue-se um longo debate entre Hill e o Diabo, que resulta em 7 princípios que mostram o que precisamos fazer para criar o nosso próprio sucesso:

  1. ter clareza de propósito;
  2. dominar a si mesmo;
  3. aprender com o fracasso;
  4. controlar a influência externa advinda de pessoas, coisas e situações (associação);
  5. ser paciente, dando permanência aos hábitos de pensamentos positivos, combatendo as ideias negativas e desenvolvendo a sabedoria com o passar do tempo;
  6. buscar a harmonia, agindo com precisão para se tornar a influência dominante em seu próprio ambiente mental, espiritual e físico;
  7. ser cauteloso, sempre pensando pelo menos duas vezes antes de agir.

Errantes

O Diabo revela que, para obter o controle sobre as mentes dos seres humanos, opera por meio do hábito, fazendo com que as pessoas se tornem “errantes”, isto é, passam a se desviar dos assuntos mais importantes de suas vidas e, assim, seguem diretamente aos portões do inferno.

É o que acontece conosco quando deixamos de nos concentrar em nossos verdadeiros propósitos, sejam eles quais forem. Somos ainda mais culpados por esses desvios nos dias atuais, pois nossa atenção é constantemente invadida por e-mails, redes sociais etc.

O Diabo se intromete em nossa rotina, perturbando nossos pensamentos e, lentamente, estabelece maus hábitos que não conseguimos abandonar facilmente e apenas nos atrapalham.

Hill encoraja os leitores a se manterem focados em seus objetivos. Nesse contexto, passa a criticar a educação e os sistemas religiosos que, segundo ele, contribuem para nos tornar presas fáceis dessa situação.

Quando o autor pergunta ao Diabo por que ele não se livra de todas as igrejas para que Deus seja aliado do pensamento das pessoas, o príncipe das trevas responde que são as igrejas que o mantém vivo na mente humana, enchendo os seres humanos de medo.

De tal forma que, sem a ideia de Deus ele também desapareceria do pensamento das pessoas e isso, em muitos aspectos, reflete a posição que ele assume no sucesso e no fracasso, à medida que um gera o outro.

Autodisciplina

Todas as pessoas que alcançaram um sucesso extraordinário – em qualquer campo – tiveram de passar por uma enorme quantidade de derrotas e frustrações pelo caminho.

Para combater o caráter errante, de inspiração demoníaca, Hill nos encoraja a usar a autodisciplina. Isso implica em dominar três diferentes apetites:

  1. o  desejo por comida;
  2. o desejo sexual;
  3. o desejo de expressar opiniões apenas vagamente organizadas.

As palavras do autor são cortantes: elas dizem que devemos parar de comer em excesso e consumir somente alimentos saudáveis, a fim de evitar que envenenemos nossos corpos e nos tornemos pessoas lentas – em todos os sentidos.

Desenvolver a autodisciplina não significa que, inevitavelmente, seremos bem-sucedidos e felizes. Hill fala sobre os seus próprios desafios, medos e fracassos, usando novamente o Diabo para ressaltar que as dificuldades e os desafios são elementos integrantes da estrada para o sucesso.

Ele afirma que a adversidade é uma coisa boa, uma vez que permite que você forme novos hábitos capazes de quebrar o “ritmo hipnótico” e trazer positividade para a sua trajetória de vida.

O conceito de “ritmo hipnótico” refere-se à falta de consciência em que nos encontramos regularmente. Continuando a usar uma linguagem espiritual, o autor reitera que é um pecado aceitar da vida qualquer coisa que outros não aceitariam, pois, indica uma negligência imperdoável em usar a própria inteligência.

Notas Finais

As poderosas ideias que perpassam esta obra são, sem dúvida, muito interessantes. Afinal, se você não trabalha sua mente e a preenche com pensamentos positivos será, inevitavelmente, influenciado por pensamentos negativos.

Além disso, a mudança de hábitos e a disciplina necessária para perseguir os seus sonhos são os melhores companheiros de viagem nessa instigante estrada, ainda longe de estar totalmente mapeada, que chamamos de vida.

Mais do que absorver, é fundamental trazer esses princípios para o seu dia a dia. Você está pronto para virar o jogo e encontrar a luz divina – e com ela uma existência plena de significado, felicidade e realizações – ou faz parte dos 98% destinado ao inferno?

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Quem escreveu o livro?

Napoleon Hill foi um escritor estadunidense muito influente na área de Desenvolvimento Pessoal e Autoajuda. Foi consultor de Relações Externas da Casa Branca durante o mandato do Presidente Woodrow Wilson e também o responsável por escrever e preparar os célebres discursos pronunciados pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt durante seu mandato. Dentre outras personalidades que fizeram parte da pesquisa de Napoleon Hill temos: Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Henry Ford, Elmer Gates, Theodore Roosevelt, William Jennings Bryan, George Eastman, John D. Rockefeller. O resultado de sua pesquisa foi apresentado em 1928, ano que publicou sua primeira obra “A Lei do Triunfo”. Antes de sua publicação oficial esta obra foi submetida a banqueiros, comerciantes e professores universitários, que, pelo seu esp... (Leia mais)

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