Impossível - Resenha crítica - Alex Bonifácio
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Impossível - resenha crítica

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Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Impossível: como descobrir oportunidades incríveis para criar transformações na vida, nos negócios e no mundo

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-8174-495-7

Editora: Editora Belas-Letras

Resenha crítica

Desafios inimagináveis

Caso você ainda não tenha se acostumado com a nova realidade, deveria. De acordo com o autor, será cada vez mais comum vermos pessoas altamente motivadas e pequenos grupos empenhados na realização do que, antes, parecia impossível de acontecer.

Esses indivíduos encontram soluções para desafios inimagináveis, transformando vidas, negócios e o mundo, de forma surpreendente. Há quem pense que as habilidades necessárias para atingir esses resultados estão restritas a profissionais brilhantes, que falam diversos idiomas ou possuem doutorados.

Porém, na realidade, são pessoas comuns. Para ter grandes ideias, não é imprescindível ser um “gênio”. Indivíduos como eu e você encontram respostas para situações aparentemente impossíveis. Em muitos casos, os chamados “experts” não foram capazes disso.

Portanto, deparar-se com esses exemplos será cada vez mais corriqueiro em sua vida. Bonifácio cita a história de uma aposentada que, em pouco tempo, e sem contar com recursos financeiros, doações, assistência médica, medicamento e alimentos, conseguiu eliminar a mortalidade infantil, salvando milhões de crianças.

Outro bom exemplo é oferecido desde a atuação de um desenvolvedor de produtos, de origem belga, que, de modo barato, acessível e rápido, sem depender de auxílio internacional, acabou com minas terrestres abandonadas em nações africanas, reestabelecendo a agricultura, vencendo a fome, salvando vidas e, além disso, diagnosticando a tuberculose de modo gratuito e imediato.

Mindset da escassez: farinha pouca, meu pirão primeiro

No final do século XVIII, o célebre economista britânico Thomas Malthus inaugurou a era do que nosso autor chama de “mindset da escassez”, ao concluir que: “enquanto a produção de alimentos se expandia linearmente, a população crescia exponencialmente”.

Essa conclusão era definitiva ao sustentar que, em breve, não seria possível fornecer e produzir alimentos para todos os seres humanos do planeta. Desde então, diversos estudos econômicos utilizaram esse mesmo paradigma.

Isso disseminou a noção errônea segundo a qual “o poder da população é indefinidamente maior do que o poder da Terra de produzir subsistência para o homem”.

Tal mentalidade chegou aos nossos dias consolidando-se no interior do pensamento econômico como uma “ciência social que consiste em fazer escolhas em um ambiente de inevitável escassez”.

Dito de outra forma, o conceito de escassez passou a influenciar nossas decisões e ações. Assim, as pessoas começaram a aceitar que devemos fazer escolhas com recursos finitos e possibilidades limitadas.

Esse “modelo mental de escassez”, segundo o autor, impacta diretamente na capacidade humana de percepção, desencadeando em ditados populares como “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

A essência dessa forma de pensar se concentra nos ativos visíveis, convencionais, concretos e tangíveis. Fomos ensinados, desde pequenos, que eles são finitos e escassos.

Logo, agir baseados no medo de que eles acabem passou a ser considerado algo normal. Consequentemente, estabelece-se uma disputa constante para a obtenção desses tesouros.

Nessas corridas, “quem chega primeiro consegue beber água limpa”. Isto é, não sobrará nada aos retardatários. A lagoa, que antes era generosa, ficou pequena. Começamos a encarar o tempo como um inimigo a ser derrotado, uma vez que a escassez aumenta quanto mais o tempo passa.

Como o acesso aos ativos tangíveis tende a ficar cada vez mais difícil, os adeptos desse pensamento ficam paralisados, entregando-se a um estado de inércia e à sensação de que não existe saída.

Esse contexto prejudica gravemente a capacidade de buscar e encontrar alternativas. Frases como “já pegaram tudo”, “não tive sorte” ou “não me sobrou nada” representam alguns sentimentos que impedem a consolidação de grandes mudanças.

Tomamos tantas decisões, a começar do princípio de que os ativos são escassos e visíveis, que buscamos valorizar as raras oportunidades que encontramos antes que outro (nosso concorrente) o faça.

Em termos práticos, nos ensinaram a valorizar e a procurar esses ativos, gravando essa necessidade em nossa mente de tal forma que a nossa visão de mundo ficou totalmente presa a eles.

No entanto, se quisermos realizar o “impossível”, devemos, para o autor, abandonar essa mentalidade o quanto antes, em um esforço consciente para alterar nossas perspectivas. Sem isso, é impossível atingir resultados exponenciais, seja qual for o seu campo de atuação.

Mapeamento dos ativos invisíveis

Bonifácio relata a utilização dos conceitos presentes nesta obra para solucionar os problemas de uma pequena empresa. Para tanto, foi necessário persistir sob os olhares das pessoas mais céticas.

O autor e sua equipe colocaram-se em atenção plena, a fim de começar uma busca insistente por ativos invisíveis. As habilidades e os conhecimentos dos colaboradores, a boa reputação da marca, a criatividade do time, o tamanho do negócio, a solidez dos relacionamentos com as diversas partes interessadas, permitiram a rapidez na tomada de decisões.

A vontade dos líderes em se envolverem nos assuntos inovadores e a qualidade das parcerias estabelecidas foi determinante para obter altos níveis de engajamento de todos os funcionários.

A intervenção de Bonifácio buscava, entre outros objetivos, expor todos os ativos que tradicionalmente não constavam nos balanços da empresa. O pontapé inicial, o momento zero, concretizou-se na busca pelos ativos invisíveis.

Quando chegou a hora de realizar essa procura, a primeira medida adotada consistiu em centrar esforços naquilo que a empresa já tinha, em detrimento de se preocuparem com as carências da organização.

Caso contrário, poderiam, por exemplo, perder um tempo valioso imaginando quais recursos financeiros (aquilo que faltava) seriam necessários para desenvolver os projetos estratégicos da empresa.

Em vez disso, o autor se concentrou nas possibilidades abertas a partir das alternativas disponíveis. Nesse sentido, ele faz a pergunta vital: “como esses ativos podem ser utilizados?”

Nesse instante, o mapeamento dos ativos invisíveis demonstrou que a organização contava com uma rede sólida de relacionamentos com parceiros externos e outras empresas. Ou seja, o principal ativo invisível era a confiança, a solidez e a qualidade dessas colaborações.

Agora que chegamos à metade da leitura, vamos nos aprofundar em alguns dos resultados exponenciais em sua empresa: o conceito de ideia “rock and roll”, os ganhos obtidos com a metodologia do autor, o caminho da prosperidade por meio do compartilhamento dos benefícios alcançados e os princípios essenciais para você manter sempre em mente.

Ideia “rock and roll

O estímulo propiciado pelos ativos invisíveis conduziu a empresa à seguinte possibilidade: como a organização usufrui de elevados níveis de confiança e sólida relação com os diversos stakeholders, esse pode ser o ponto forte sobre o qual as estratégias se assentam.

Como consequência, a empresa conseguiu persuadir alguns parceiros a investirem seus recursos (e não os da empresa que Bonifácio atuava) nos projetos. Evidentemente, não se tratou de um empréstimo. Estabeleceram-se parcerias em troca da partilha dos ganhos.

Tapinha nas costas

Descobrir e utilizar esses ativos permitiu mudar radicalmente a situação das empresas nas quais o autor trabalhou. Em uma delas, o resultado foi, de fato, impressionante. Em 1 ano, houve uma elevação de 300% nas receitas anuais.

Com o oferecimento de novos serviços, a quantidade de clientes dobrou. Ademais, puderam ser feitas novas contratações e o negócio voltar a ter as condições indispensáveis para realizar novos investimentos.

No caso citado, o de uma entidade de classe, 45 mil profissionais utilizaram a plataforma de certificação implantada. Isso permitiu que a empresa se posicionasse como uma das principais certificadoras do Brasil.

O mais interessante é que esses resultados foram alcançados sem que os seus investidores tivessem que “colocar a mão no bolso”. Afinal, ao acionar os ativos intangíveis, foi possível encontrar soluções que não custaram nada ou muito pouco.

Dessa maneira, a curva negativa do negócio foi invertida. Os profissionais puderam verificar que estavam diante de soluções criativas sem, no entanto, percebê-las. Na atualidade, os negócios encontram-se em situação tecnológica e financeira bem mais confortável.

Give back

Responder à questão: “o que fazer para gerar prosperidade para as pessoas?” é um dos pontos de atenção mais importantes para qualquer empresa. Entre os exemplos citados pelo autor, um dos mais interessantes ocorreu no Distrito Federal.

A organização liderada pelo autor decidiu oferecer, em escolas públicas, um programa completo de educação financeira aos estudantes. Com isso, foi possível atingir quase quarenta mil crianças de setenta e cinco escolas. Essa iniciativa foi premiada pelo Banco Central e, ainda, recebeu o prestigiado selo “Estratégia Nacional de Educação Financeira” (ENEF).

Para lembrar sempre

Bonifácio sugere manter os seguintes elementos em sua lembrança ao procurar por ativos invisíveis:

  • delineie um objetivo específico;
  • permaneça em estado de “atenção plena”;
  • não receie ter “ideias malucas”;
  • acostume-se a ser tratado como espécie de “corpo estranho”;
  • atinja os seus objetivos;
  • devolva uma parte de seu sucesso à sociedade.

Por desejarem abreviar ou não conhecerem o ciclo de transformação, muitos sucumbem antes de atingir seus objetivos. Por outro lado, há quem sequer inicie um processo de transformação e deixa de elaborar objetivos mais ousados.

Para o autor, essas pessoas são vítimas do pensamento da escassez, provando que o ativo invisível mais importante é, também, o mais ignorado: seu próprio talento. Dessa forma, não acreditam que são capazes de atingir os resultados que consideram “impossíveis”.

Em outras palavras, não acreditam em suas próprias capacidades. Porém, agora você já está pronto para enfrentar os desafios e colocar em prática os seus planos. Entre as atitudes recomendadas, o autor sugere que em vez de:

  • acumular, escolha dividir;
  • competir, opte pela cooperação;
  • focar apenas no que é visível, concentre-se também no invisível (se algo não pode ser visto, isso não significa que ele não existe);
  • temer o erro, erre mais rápido;
  • priorizar o sucesso, concentre-se em desenvolver todo o seu potencial. O sucesso será a consequência natural das suas ações;
  • acreditar na escassez, creia na abundância;
  • valorizar apenas os diplomas, dê valor às experiências;
  • se fechar perante os problemas da vida, adote uma postura aberta diante deles;
  • agir como um solitário especialista, faça parte de uma comunidade cujos integrantes perseguem os mesmos objetivos e sonhos que você;
  • trabalhar para obter benefícios, gere benefícios por meio de seu trabalho;
  • valorizar acessos restritos a informações relevantes, promova diálogos e repense tudo o que é atualmente considerado “secreto”. Facilite;
  • gastar energia para tentar controlar tudo ao seu redor, aprenda a conviver com a incerteza do amanhã;
  • agir sempre como um adulto extremamente sério, experimente incluir a leveza e a alegria das crianças em seu dia a dia.

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que tanto você quanto a sua empresa merecem todo o sucesso que buscam. Lembre-se de que os recursos necessários já estão à sua disposição.

Os conhecimentos que o autor compartilha representam uma nova e magnífica fonte de possibilidades. Contudo, eles não servirão para nada, a menos que sejam colocados em prática para produzir as mudanças almejadas.

Desse modo, estabeleça sempre metas mais elevadas. Agora é o momento de entrar em ação e criar as circunstâncias, não o contrário. Comece, o quanto antes, a descobrir como utilizar o patrimônio invisível para realizar os seus sonhos.

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Quem escreveu o livro?

Bonifácio é palestrante, administrador de empresas, professor universitário, especialista em... (Leia mais)

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