Hábitos dos milionários - Resenha crítica - Napoleon Hill
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Hábitos dos milionários - resenha crítica

Hábitos dos milionários Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Estilo de vida

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-8788-503-2

Editora: CDG

Resenha crítica

O que, onde, quando, por que e como fazer

A diferença entre um líder bem-sucedido e um malsucedido é a forma como expressa seus desejos. Quem não progride diz o que quer de forma solta, indefinida e descuidada. Os resultados têm essas características. Para o autor, precisamos usar a fórmula “o que, onde, quando, por que e como fazer”. 

Quando você pedir para uma pessoa fazer alguma coisa, seja específico. Diga a ela o que, onde, quando, por que e como fazer. Em seguida, a acompanhe e garanta que ela está seguindo as instruções. O grande líder sabe exatamente o que deseja e transmite as informações em termos fáceis de entender.

Saiba o que quer, elabore um bom plano e defina bem seus termos. Para o autor, o que pessoas bem-sucedidas têm em comum é a capacidade de se mover com definição de objetivo. Os líderes mais relevantes não dizem aos subordinados só o que fazer, como também especificam quando, onde, porque e como. 

Não deixe que o medo de não conseguir lhe impeça de começar

Quando Napoleon Hill foi contratado pelo empresário Andrew Carnegie para registrar a filosofia prática de conquistas individuais dos milionários, deparou-se com uma missão complicada. Precisaria lançar os ensinamentos no que se tornaria a Golden Rule Magazine, uma revista sobre sucesso. 

O problema é que o autor precisava de dinheiro para veicular sua publicação e era impensável levantar um empréstimo bancário. As projeções para publicações do tipo eram baixas. Conseguir o dinheiro e ainda ter lucro era um empreendimento quase impossível. Afinal, a recém-criada revista não tinha nenhuma garantia. Então, Napoleon criou um plano para conseguir o dinheiro em três dias. 

Escreveu o editorial da revista como se já tivesse o dinheiro na mão e, depois, a apresentou para o milionário George B. Williams. A exposição foi convincente o suficiente para que o homem se tornasse um patrocinador. A dica do autor é se comprometer com o que gosta de fazer sem se intimidar pelo medo de não conseguir.

Não espere circunstâncias perfeitas para começar

Você dificilmente vai realizar qualquer coisa se esperar as circunstâncias perfeitas. Afinal, elas não existem. Se quer fazer alguma coisa, reúna as informações disponíveis, arranje o equipamento que precisa e faça o que pode agora. Por mais improvável que pareça, se você usar as ferramentas que já tem, outras melhores vão ser colocadas a seu serviço.

Às vezes, de forma que parece milagrosa. Essa ação orientada se alia à definição de objetivo como princípios para uma vida mais bem-sucedida. Se você sabe bem para onde quer ir, a estrada fica mais fácil. Definir um alvo é o começo de qualquer conquista digna de menção.

Em qualquer lugar no qual tenha uma pessoa bem-sucedida, há alguém que adotou o princípio da definição de objetivo. Ele provavelmente o segue o tempo todo. A definição ajuda a escapar de certas armadilhas e a saber bem o que você quer.

Objetivo, plano e ação

O ponto de partida de qualquer realização individual é o alvo, o planejamento e a atitude. Napoleon apresenta essa ideia em três palavras-chave: objetivo, plano e ação. Não é só dizer “um dia desses vou abrir uma empresa”. Isso não é definido o suficiente. Em vez disso, seja específico.

Diga “a partir da semana que vem, vou encomendar os insumos, contatar fornecedores e alugar um espaço para produzir”. Isso é definido. As conquistas individuais também são fruto de motivos. Ninguém faz nada sem boas razões. Existem nove motivos básicos e universais para fazer qualquer coisa, que servem como o ABC do sucesso.

  1. Emoção do amor.
  2. Emoção do sexo.
  3. Desejo de riqueza material.
  4. Desejo de autopreservação.
  5. Desejo de liberdade do corpo e da mente.
  6. Desejo de reconhecimento pessoal e expressão.
  7. Desejo de perpetuar a vida depois da morte.
  8. Desejo de vingança.
  9. Emoção do medo.

 

Os perigos da vingança

Os dois últimos motivos da lista de Napoleon, o desejo de vingança e a emoção do medo, são negativos. É surpreendente a quantidade de energia que as pessoas vingativas gastam tentando dar o troco por algum dano, real ou imaginário. O problema é que esse desejo é destrutivo.

A vontade de se vingar leva a problemas e à injustiça. Embora possa prejudicar os outros, normalmente prejudica quem se dedica a ela. É natural ter pessoas no mundo das quais você não gosta ou não aprova suas ações. Não somos capazes de ser simpáticos ao mundo inteiro.

Mas é um caminho prejudicial. O autor conta que, se tivesse uma grande oportunidade de se dedicar a qualquer forma de vingança, a recusaria. Não por não existirem pessoas dignas de se vingar, mas porque isso traz em si o risco de se prejudicar. Se você tiver uma vida equilibrada, não vai precisar disso.

O avô de todos os motivos

A emoção do medo é o avô de todos os motivos. Você não vai ter liberdade enquanto temer algo ou alguém. Precisa se libertar na sua mente. Investigue as razões do temor e se livre dele. Faça algo, caso possa. Se não, esqueça. Ou, pelo menos, pense em outras coisas.

Ocupe sua mente a ponto de não sobrar espaço para o medo. Uma forma de fazer isso é pela repetição. Qualquer ideia ou propósito importante que você mantiver na sua mente é absorvido pelo inconsciente e vai para a prática pelo meio mais natural e lógico que estiver disponível.

Napoleon emenda suas explicações com um recado extra. Para ele, não basta só absorver as lições da filosofia de sucesso e guardá-las para si. O essencial é também transmiti-la a outras pessoas que precisam delas. Quando se dedicar a ensinar aos outros, vai entender melhor a filosofia. Afinal, o que você faz para o outro, também faz para si,

Seja um pensador preciso

Já passamos da metade deste microbook e o autor fala da importância de submeter as informações que você ouve à lei da lógica. Coloque-as sob a luz das evidências. Ao tomar uma decisão, garanta que faz isso com base em fatos. Não se guie por boatos, são evidências de segunda mão pouco dignas de confiança. Seja um pensador preciso.

Os pensadores precisos são os que não permitem que ninguém pense por eles. Para isso, é preciso ter o hábito de ser responsável pelas próprias ideias. Não é errado buscar informações dos outros. Busque, sim, consultar os outros e colher os fatos que puder. Mas, no final, quem tem que decidir é você.

Reserve para si a última palavra. Se você se guiar pelos outros, vai trilhar o caminho de menor resistência e vagar por uma rota tortuosa. Ainda assim, isso não significa que você não vai precisar de ajuda externa. 

Tudo que vale a pena tem um preço

Os desejos são pais dos fatos. Precisamos querer algo para que se torne real. Só que a vontade só pode se converter em algo concreto por meio da ação, não da presunção. As informações são abundantes e boa parte delas são gratuitas. No entanto, os fatos costumam ter um preço ligado a eles.

Tudo o que vale a pena tem um preço. As coisas que você dá de graça recebem das pessoas a valorização que foi paga por elas. O autor conta que, para ele, uma das razões para que as pessoas frequentem suas palestras é o fato de terem que pagar.

Muita gente chegava a dirigir 150 km no inverno para vê-lo pessoalmente. Itens gratuitos não têm o mesmo apelo das coisas pagas. Napoleon usou como exemplo as igrejas. Embora cuidar da espiritualidade seja fundamental, os locais de culto não ficam muito cheios aos domingos. Para ele, a razão é o fato de não cobrarem entrada.

A curiosidade pela vida alheia pode levar ao fracasso

A curiosidade intrínseca sobre assuntos dos outros é uma causa do fracasso. Milhões de pessoas gastam, todos os dias, uma quantidade alta de energia com o comportamento intrometido e curioso sobre a vida alheia. Mas a vida é tão complexa e cheia de obstáculos que deveríamos gastar todo o tempo em nossos objetivos.

Não se envolva na curiosidade sobre a vida alheia, principalmente quando não tem impacto nenhum sobre você. Aproveite as qualidades mentais dadas por Deus da forma certa. Evite o fracasso. Mas não precisa se intimidar caso ele chegue. O autor conta que existe uma lei da natureza que define que toda derrota, adversidade ou revés carrega consigo a semente de um benefício proporcional. 

Não é uma flor ou um fruto, mas uma semente. Para aproveitá-la, precisa primeiro reconhecê-la. Espere por ela. Não se prenda ao lado negativo da experiência. Nada é tirado de alguém sem que outra coisa seja dada em troca.

Controle as emoções do coração

A falta de controle das emoções do coração é uma razão para o fracasso. Embora o amor seja o item mais precioso, notável e desejado da humanidade, é também o mais perigoso. Se você soltar as cordas que seguram seus sentimentos, vai correr riscos. Mas, se conseguir se apoderar das emoções, pode fazer bom uso delas. 

Esse é o caminho para alcançar grandes coisas. Mais gente sofre por não conseguir controlar o amor do que por qualquer outra emoção. Mas esse não é o único sentimento que precisa ser domado. Napoleon conta como ceder a certos medos também é um problema.

É o caso de medos como o da pobreza, dos problemas de saúde, da perda do amor, da morte, da perda da liberdade e da velhice. Um dos que mais atrasa as pessoas é o das críticas. O autor conta como Henry Ford não temia o que os outros iriam dizer, embora recebesse muitas críticas.

A força cósmica do hábito

A força cósmica do hábito é um princípio do funcionamento do universo. É por ela que o equilíbrio da realidade se mantém a partir de hábitos definidos, em que todas as pessoas e partículas seguem o padrão do ambiente. Nesse caso, o cosmo tem padrões fixos. 

É o caso das estações, que vêm e vão com regularidade. As sementes também seguem essa lógica. Um fazendeiro jamais planta um grão de trigo e colhe uma espiga de milho. A natureza segue regras e hábitos fixos, que não são contornáveis. Tudo o que existe no mundo segue esse padrão habitual. 

Assim é com o ser humano. O que você é hoje é fruto dos hábitos que acumulou. A maior parte tem relação com as influências com as quais você interagiu no ambiente. Mas você pode tomar posse de sua mente a qualquer hora e direcioná-la para o objetivo que quer realizar.

Usando a lei a seu favor

Definir o alvo é o ponto de partida para usar a lei a seu favor. Tenha em mente uma imagem clara do que você quer, de quem quer ser, do lugar em que quer chegar e repita isso para si várias vezes. Faça a força cósmica transformar isso em um hábito.

Depois, tudo o que você vir vai lhe aproximar de seu propósito. Isso não serve só para os grandes objetivos, mas também para os menores. Ter um norte ajuda. A maior parte das pessoas não sabe para onde vai e se deixa levar, seguindo o caminho menos exigente.

Se observar qualquer pessoa de destaque, vai perceber que ela tem um objetivo principal definido, para o qual dedica a maior parte de seu tempo. Ela dorme com ele, come com ele, trabalha com ele. O alvo se torna seu companheiro íntimo. Só assim a lei cósmica do hábito se apodera de seu objetivo. 

Notas finais

Napoleon Hill se popularizou com sua proposta de sucesso individual mostrada em seus vários livros. Em Hábitos dos milionários, uma compilação de palestras transcritas, Napoleon não faz uma lista de hábitos de milionários, como o título sugere. Em vez disso, ele pincela os vários pontos de sua filosofia de sucesso e apresenta a força cósmica do hábito.

Dica do 12min

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Quem escreveu o livro?

Napoleon Hill foi um escritor estadunidense muito influente na área de Desenvolvimento Pessoal e Autoajuda. Foi consultor de Relações Externas da Casa Branca durante o mandato do Presidente Woodrow Wilson e também o responsável por escrever e preparar os célebres discursos pronunciados pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt durante seu mandato. Dentre outras personalidades que fizeram parte da pesquisa de Napoleon Hill temos: Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Henry Ford, Elmer Gates, Theodore Roosevelt, William Jennings Bryan, George Eastman, John D. Rockefeller. O resultado de sua pesquisa foi apresentado em 1928, ano que publicou sua primeira obra “A Lei do Triunfo”. Antes de sua publicação oficial esta obra foi submetida a banqueiros, comerciantes e professores universitários, que, pelo seu esp... (Leia mais)

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