Food fix - Resenha crítica - Mark Hyman
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Food fix - resenha crítica

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Saúde & Dieta

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Food fix: how to save our health, our economy, our communities and our planet – one bite at a time

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-0-316-45315-8

Editora: Little Brown Spark

Resenha crítica

O verdadeiro custo dos alimentos

Noventa e cinco trilhões de dólares. Trata-se de um número quase inimaginável. Entretanto, essa é uma estimativa do ônus que será imposto à economia estadunidense por doenças crônicas nos próximos 35 anos. Os cálculos do autor levam em consideração tanto os custos diretos de assistência médica, quanto os indiretos, referentes às perdas de produtividade e incapacidade laboral.

Para colocar em perspectiva, isso representa quase 5 vezes o PIB dos Estados Unidos, de US$ 20 trilhões por ano. Segundo o Banco Mundial, em 2017, o PIB do mundo inteiro era de apenas US$ 80 trilhões. Com essa quantia, seria possível, por exemplo:

  • Oferecer educação gratuita;
  • Fornecer assistência médica gratuita;
  • Erradicar a pobreza;
  • Acabar com a fome e a insegurança alimentar;
  • Resolver injustiças sociais e as disparidades no acesso à renda e à saúde da população;
  • Acabar com o desemprego;
  • Reconstruir a infraestrutura e sistemas de transporte;
  • Fazer a transição para fontes renováveis de energia;
  • Reduzir as emissões de carbono.

Além disso, seria possível ainda – e talvez mais desejável – transformar o agronegócio, que é destrutivo para seres humanos, animais e meio ambiente, convertendo-o em um sistema regenerativo e sustentável que reverta as mudanças climáticas, preserve a água potável, proteja a biodiversidade e a polinização e, sobretudo, produza alimentos integrais que promovam a saúde.

Imagine se tivéssemos uma distribuição desses recursos para investir em coisas importantes para todos, em vez de gastá-los com doenças crônicas perfeitamente evitáveis.

A maioria dessas doenças é causada por nossa dieta industrializada, o que significa que pode ser evitada se transformarmos os alimentos que cultivamos, produzimos e ingerimos.

E isso, para Hyman, é só o começo. Obviamente, nem todas as doenças crônicas desapareceriam. Porém, mesmo que uma fração conservadora desse dinheiro, estimada em US$ 15 trilhões, estivesse disponível, haveria recursos suficientes para solucionar os problemas sociais mais críticos. Lembrando que esse valor representa cerca de 4 anos da arrecadação total de impostos federais nos Estados Unidos.

Onze milhões de pessoas morrem, todo os anos, em decorrência de uma dieta ruim. E mais de um bilhão de pessoas no mundo estão acima do peso e/ou tratando de problemas associados a hábitos alimentares que se baseiam em itens processados industrialmente.

Com efeito, o principal fator dessas mortes é a ausência de frutas e vegetais em suas dietas. Nos Estados Unidos, apenas 2% das terras agricultáveis são efetivamente utilizadas para cultivar frutas e legumes, apesar das recomendações médicas de que 50% de nossa dieta deve ser composta, exatamente, por legumes e frutas.

As commodities (milho, trigo, soja etc.), ocupam 59% das terras agrícolas. Após a colheita, os grãos são transformados em alimentos ultraprocessados que, em termos práticos, são mortais. Não obstante, eles representam cerca de 60% de nossa dieta.

Por que isso é tão importante? Segundo o autor, a cada 10% de alimentos processados incluídos em sua ingestão diária, há uma elevação da ordem de 14% no risco de morte.

Isso significa muitas mortes extras, porque apoiamos a agricultura que cria alimentos que nos deixam doentes e prejudicam o meio ambiente, em vez de fomentarmos a produção de frutas e vegetais e alimentos orgânicos e integrais que contribuem para a nossa saúde.

A omissão dos governantes

Nosso autor ressalta que, se tivesse que descrever as políticas alimentares dos Estados Unidos em uma única palavra, esta seria: “caos”. Se pudesse adicionar uma segunda palavra, seria: “desastre”. Afinal, oito agências supervisionam a implementação das ações governamentais e trabalham, em grande parte, apartadas umas das outras.

Dito de outra forma, elas raramente se coordenam para alcançar um objetivo comum, o que torna suas intervenções confusas e conflituosas. Em muitos casos, elas se contradizem diretamente. Para o congressista Tim Ryan, de Ohio, o maior desafio é, precisamente, essa descoordenação.

Embora existam pessoas envolvidas no movimento por uma melhor alimentação, outras se engajam nos cuidados de saúde, na educação, dívida nacional e gastos governamentais. Todavia, nenhuma dessas questões é vista como interconectada às demais.

Como se não bastasse, a maioria das políticas governamentais em curso prejudica flagrantemente a saúde pública e o meio ambiente, em prol da elevação exponencial dos lucros privados.

Guerra de informação

A indústria alimentícia está claramente focada em manipular o governo para implementar políticas que fortaleçam sua posição no mercado e, assim, anular quaisquer iniciativas que visem a limitar os seus lucros.

As companhias também se concentram na manipulação da ciência, de grupos de saúde pública, de sociedades profissionais e da opinião pública, por meio de esforços ainda maiores. Na realidade, a indústria de alimentos não vai mudar de posicionamento facilmente.

Nesse contexto, devemos estar atentos a algumas das táticas mais nefastas da indústria: parcerias duvidosas (se não falsas) e astutas com pretensas “autoridades científicas”. Sem embargo, Hyman relata que, quando ainda estava na faculdade de medicina, pensava que a ciência era um belo campo de atuação, repleto de integridade e movido pela busca da verdade.

Todavia, ao prestar mais atenção, descobriu que os estudos sobre nutrição são altamente corrompidos pela indústria alimentícia que, desse modo, promove furiosamente uma ciência falsa e enganosa.

As grandes multinacionais do setor compram a lealdade de uma ampla variedade de organizações de destaque que, aos olhos da opinião pública, gozam de grande confiabilidade, sendo tidas como fontes independentes de aconselhamento e orientações aos cidadãos.

Sem embargo, a indústria gasta bilhões em programas de responsabilidade social corporativa que fazem amigos estranhos, porém, esses gastos atingem dois objetivos importantes para as gigantes do setor: gerar apoio quase irrestrito e comprar o silêncio de quem deveria, antes, denunciá-las.

O que eles mais desejam é enganar os consumidores, a fim de que seus produtos nunca deixem de ser comprados e, consequentemente, consumidos.

A partir de agora, quando chegamos à metade da leitura, podemos nos dedicar a compreender melhor tanto a destruição de capital, tanto humano quanto intelecutal. Além disso, vamos analisar mais detidamente os impactos gerados por nosso sistema alimentar.

A destruição de nosso capital humano e intelectual

A violência estrutural é uma forma de descrever os arranjos sociais que prejudicam indivíduos e populações. Esses acordos são estruturais porque estão inseridos na organização política e econômica de nosso mundo social. São violentos porque causam danos às pessoas.

A indústria alimentícia faz parte da história de violência estrutural que afeta as minorias, os pobres e a segurança alimentar da população em geral. Aqueles que consomem diariamente os alimentos processados estão mais propícios a sofrerem com problemas cognitivos e mentais, enfermidades crônicas e mortes prematuras.

Muitos desses problemas estão diretamente vinculados à ausência de uma nutrição realmente adequada e ao excesso de alimentos ultraprocessados. Nesse cenário, nossas crianças lutam com o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), desafios de aprendizado e baixo desempenho acadêmico, devidos, em grande medida, à qualidade da alimentação recebida.

Hyman destaca que até mesmo as Forças Armadas têm dificuldade em encontrar recrutas saudáveis. Esse sistema alimentar prejudica, também, os trabalhadores que cultivam e colhem nossos alimentos, em virtude da disseminação de agrotóxicos e pesticidas. Trata-se, enfim, de uma injustiça que não podemos mais ignorar.

O impacto ambiental e climático de nosso sistema alimentar

O atual sistema alimentar não está apenas deixando a população mundial doente; está adoecendo, também, o meio ambiente. Quando comemos um hambúrguer, batatas fritas e um refrigerante, é difícil imaginar a vasta rede que produziu esses alimentos e seu potencial para prejudicar os seres humanos, o meio ambiente, o clima e a economia.

Somos isolados das implicações de nossas dietas no anonimato de nossas refeições. Você saberia, por exemplo, responder:

  • Onde os alimentos que você ingere foram cultivados?
  • Qual é a saúde do solo e o impacto das práticas agrícolas em seus níveis de nutrientes?
  • Quem os cultivou?
  • Quais sãos as suas condições de trabalho?
  • Quais recursos foram usados?

Não sabemos, portanto, o impacto que nossos alimentos têm sobre os solos, as águas, a biodiversidade e a sobrevivência de espécies de insetos, animais e plantas, os oceanos, a poluição, as mudanças climáticas, nossa própria saúde e bem-estar econômico a longo prazo, tanto individual quanto social.

Para muitos, a ligação entre o que comemos e seu efeito no planeta parece algo distante. Você, provavelmente, não pensa no clima, em práticas agrícolas ou o potencial para a extinção de nossa espécie quando se senta à mesa de jantar. Se o fizesse, seria avassalador.

Entretanto, cada um de nós deve conhecer a cadeia alimentar em que vivemos. Não podemos mais ser complacentes no anonimato da nossa comida. É imprescindível aprender o que fizemos para criar esses problemas e o que devemos fazer para resolvê-los. Isso é essencial para o nosso futuro coletivo.

Notas finais

Precisamos refletir sobre as questões suscitadas por Hyman como um conjunto articulado de desafios que podemos – e devemos – enfrentar para reverter as crises que enfrentamos agora e impedir novos desastres em um futuro cada vez mais próximo. A despeito de sermos incapazes de acabar com as guerras ou alcançar a imortalidade, esse é um problema solucionável.

Sim, será necessário um enorme esforço de todas as partes interessadas, mas, primeiro, devemos ser capazes de vislumbrar os problemas em sua totalidade, desenhar o mapa, conectar os pontos e admitir os perigos colocados para a nossa espécie e o nosso planeta.

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Quem escreveu o livro?

Mark Hyman, médico fundador do UltraWellnes Center, é um dos autores mais lidos de todo o mundo, tendo alcançado... (Leia mais)

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