F*deu Geral - Resenha crítica - Mark Manson
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F*deu Geral - resenha crítica

F*deu Geral Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Everything is Fucked: a book about hope

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-510-0491-3

Editora: Intrínseca

Resenha crítica

O oposto da felicidade não é raiva ou tristeza

Oposto da felicidade é a falta de esperança: este é, justamente, o estado de espírito padrão. Trata-se da mentalidade de quem não encontra motivos para fazer nada. Esse desespero leva a todo o tipo de situação desagradável e/ou potencialmente nociva.

Ao perdermos a esperança, nos entregamos ao mundo e nada mais importa. É depressão e melancolia em esteroides, um coquetel de sentimentos que o impede de sair do pub local ou exclua o contato telefônico de seu revendedor. Afinal, as pessoas não se importam com nada quanto estão desesperadas.

Qual é, então, a saída, se é que existe uma? Preocupe-se com alguma coisa maior do que você e seus desejos pessoais. Caso não encontre um significado real no seu cotidiano atual e já esteja imerso em depressão, a melhor alternativa é começar a valorizar.

Dessa forma, você lentamente começará a recuperar o controle de sua própria vida, lutando por algo melhor. Para acelerar as coisas, participe de uma comunidade local que compartilhe e estimule os mesmos valores que você.

A vivência em comunidade o ajudará a se manter animado, enquanto a atitude de cuidado em relação a algo maior o estimulará a seguir sempre em frente. Em termos práticos, essa experiência ajudará a desenvolver o que há de melhor em seus dois cérebros. É isso mesmo? Sim, continue a leitura e você entenderá melhor do que se trata.

Os dois cérebros

Você pode pensar que tem apenas um cérebro em seu crânio, mas, na verdade, existem dois: o cérebro do sentimento e o do pensamento.

O Cérebro Pensante representa os seus pensamentos conscientes, sua capacidade de tomar decisões lógicas e entender como as coisas funcionam. O Cérebro Sensível, por outro lado, representa suas emoções, impulsos, intuição e o seu desejo constante por mais comida e mais diversão.

Ambos possuem pontos fortes e fracos. Por exemplo, o Cérebro Pensante certamente ajudará em um teste de álgebra, mas não será útil para atrair um parceiro ou parceira sexual.

Em contraste, o Cérebro Sensível entrará em ação quando você precisar inspirar os outros, embora nunca dirá: “preciso parar de jogar videogame”.  O Cérebro Sensível é impulsivo e impreciso, mas é o verdadeiro capitão de nossa nave.

Diferentemente do que estipula o senso comum, o Cérebro Pensante é aquele que ocupa o banco do passageiro. Não obstante, a única maneira de alcançar os nossos objetivos é fortalecê-lo e desobedecer às ordens vindas de sua contraparte. Mas essa não é uma tarefa fácil.

O autor propõe que perguntemos como o nosso Cérebro Pensante está se sentindo diante dos fatos e acontecimentos do dia a dia. Você deve negociar com o seu Cérebro Sensível, fazendo com que ele acredite que está obtendo um bom negócio.

O Cérebro Pensante talvez não queira ir à academia, mas você pode convencê-lo a fazer 10 flexões e, lentamente, com o passar do tempo, ir a academia não parecerá uma má ideia.

Aqui, cabe a pergunta: “se você está ciente dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam à saúde, por que ainda se mantêm sedentário?”. Uma pergunta ainda melhor acerca desse mesmo tema seria a seguinte:

Por que não fazemos as coisas que sabemos que precisam ser feitas?

Todos os obstáculos presentes em nosso caminho para o sucesso são problemas emocionais. Sua incapacidade de se desconectar das mídias sociais por apenas 5 minutos não é uma questão de disciplina, mas um problema emocional.

Você fica online por horas porque há uma lacuna emocional entre como se sente agora e como realmente quer se sentir. Provavelmente, você é solteiro, mas quer estar em um relacionamento.

Ou, pelo contrário, está em um relacionamento, mas quer ficar solteiro e as mídias sociais permitem dar vazão aos seus desejos românticos flertando com pessoas aleatórias que realmente não conhece, porém, sabe que, em algum sentido, são melhores do que a sua parceira atual.

Caso você realmente queira parar de procrastinar, deverá, antes de mais nada, parar de se sobrecarregar até a morte e sair de uma vez por todas das redes sociais malignas.

Dito de outra forma, é imprescindível que você tome a decisão de encarar os seus conflitos internos. Apenas quando compreender suas emoções poderá lidar eficientemente com suas preocupações.

Isso pode parecer fácil, mas na verdade não é. Desvendar as suas próprias lacunas emocionais não é como descobrir que está sem açúcar e encomendar um pacote inteiro. Elas não são equações matemáticas com apenas uma solução. É um processo contínuo de observação que requer muito tempo e muito autoconhecimento.

Todavia, mesmo se você descobrir o que há de errado, isso não resolverá o problema magicamente. Como o autor afirma: “problemas emocionais são irracionais, o que significa que eles não podem ser racionalizados. E isso nos leva a notícias ainda piores: problemas emocionais só podem ter soluções emocionais”.

Para encontrar a paz e a alegria interior, você precisa começar a sugerir novas ações para o seu Cérebro Sensível. Assegure-se de que elas sejam boas e levem a um futuro melhor.

Agora que chegamos à metade da leitura, o autor nos encaminha para assuntos mais sérios e extremamente necessários. Prepare-se: nas próximas linhas você acompanhará as reflexões de Manson no que tange à dor, aos sentimentos, ao amor e as possibilidades de nos tornarmos seres humanos melhores.

Não há mudança sem dor

Segundo Manson, não existe mudança sem dor e, tampouco, crescimento sem desconforto. É por isso que é impossível tornar-se alguém novo sem antes lamentar a perda de quem você costumava ser.

Contudo, somos projetados para evitar a dor a todo o custo. Nosso cérebro está gradualmente tentando nos fazer levar uma vida sem dor. Mas, evitar constantemente a dor não gerará nenhum bem a longo prazo.

Em plena era dos avanços tecnológicos, somos extremamente fracos, tanto emocional quanto fisicamente, em comparação com nossos ancestrais. Sentimos um grande inconveniente quando nos esquecemos do carregador do telefone ou quando a impressora não está funcionando, por exemplo.

Você já parou para pensar como os atletas melhoram seus resultados? Por se exercitarem mais do que no dia anterior. Essa é a única maneira de avançar. A busca pele felicidade é uma mentira moderna contada pelos profissionais de marketing.

O que você realmente precisa é parar de correr atrás da suprema felicidade e, em vez disso, abraçar a dor, compreendendo de uma vez por todas que ela é parte de nós. Os nossos sentimentos também são bastante influenciados pela dor que nos permitimos sentir.

O mundo gira em torno dos sentimentos

As pessoas gastam muito dinheiro em coisas que as fazem se sentir bem. Isso explica por que as empresas farmacêuticas prosperam, independentemente da situação econômica atual.

As medicações entorpecem a dor e, então, as pessoas se sentem bem, compram ainda mais pílulas para sentir menos dor e, por fim, as farmácias ganham ainda mais dinheiro.

Isso é válido, também, para qualquer outro setor: quanto mais você for capaz de influenciar as emoções das pessoas, mais poder e dinheiro você acumulará. Segundo o autor, existem duas maneiras de criar valor no mercado atual:

  • inovações (aperfeiçoar a dor): em resumo, substitua uma dor por outra muito mais tolerável. Usar bráquetes, por exemplo, substitui uma vida de sorriso feio por alguns anos usando metal nos dentes;
  • diversões (evitar a dor): em vez de estudar para o seu exame, você assiste à Netflix. As múltiplas possibilidades de entretenimento nos dias de hoje acabam por fazer as pessoas adormecerem sua dor. Embora todos precisemos de lazer e distração, torna-se problemático quando essas coisas começam a dominar nossas vidas.

Entre todos os sentimentos, o mais sublime e celebrado, embora ainda pouco compreendido, é o amor.

Ame as pessoas sem esperar nada em troca

Nosso desejo por riqueza e bens materiais nos faz crer que, se fizermos A, devemos, em contrapartida, receber B. Isto é, se trabalharmos mais, devemos obter mais dinheiro. Se damos um presente a alguém, devemos esperar outra coisa em troca.

Esse modo de pensar nos deixa constantemente esperando algo em troca de nossas ações. Nos faz sentir mal e decepcionados quando não conseguimos o que é nosso por direito – ou, pelo menos, achamos que é.

Em vez de confiar em ilusões, esperando mais coisas de terceiros, você poderá melhor se reduzir consideravelmente as suas expectativas, não esperando nada em troca de suas ações.

Sempre que faz alguma coisa apenas para obter algo a mais, uma centelha de esperança se acende dentro de você. Trata-se de um desejo de receber algo com base naquilo que você realizou. No entanto, esse modo de pensar não é recomendável para quem quer ser realmente feliz.

Para crescer como pessoa, você deve agir incondicionalmente. Manson defende a necessidade de amar sem esperar nada em troca. Caso contrário, tal sentimento não poderia ser considerado amor. Você deve respeitar as pessoas sem esperar nada em troca, sob pena de não as respeitar verdadeiramente.

Não espere que as coisas melhorem: seja melhor!

Passamos muito tempo esperando que a nossa vida seja melhorada por fatores externos a nós mesmos. Assim, mudamos de emprego e esperamos que o novo chefe seja mais generoso. Jogamos na loteria, secretamente torcendo para que o nosso bilhete seja premiado. Votamos com a esperança de que o novo presidente aumente nosso salário.

Todas essas (e outras) atitudes fazem parte de uma mesma (não-) estratégia: sentar e esperar. É bastante improvável, para dizer o mínimo, que alguns dos cenários mencionados acima realmente aconteçam. Portanto, a única forma de ter uma vida melhor é viver uma vida melhor.

Se você quer coisas boas em sua vida, então dê o primeiro passo, sendo cada dia um pouco melhor, mais compassivo, mais resiliente, mais humilde, mais disciplinado. Tenha em mente que todos podemos melhorar e sempre há aperfeiçoamentos a serem feitos em sua vida pessoal e profissional.

Você não tem que doar milhões de dólares para a caridade ou investir em hospitais para ser considerado um ser humano melhor. Seja simplesmente um pai melhor, um parceiro melhor, um cidadão melhor, dia após dia.

Notas finais

A busca pelo prazer também marca a natureza humana. O problema é que o prazer nunca dura e rapidamente nos entediamos quando cercados por brinquedos e gadgets. A verdadeira liberdade está relacionada à autolimitação.

Não é sobre conseguir tudo, mas sobre escolher o que você está disposto a abrir mão em sua vida. Isso talvez pareça contra-intuitivo, mas é exatamente isso que o autor nos sugere buscar na vida. E, definitivamente, vale a pena tentar!

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Quem escreveu o livro?

Mark Manson é um autor americano de auto-ajuda, blogueiro e empresário. Ele é o autor do site MarkManson.net e dois livros, The Subtle Art of Not Giving a F * ck: Uma abordagem contra-intuitiva para viver a boa vida e Modelos: Atrair as mulheres através da honestidade. Ele também é CEO e fundador da Infinity Squared Media LLC. Mark Manson passou vários anos estudando pesquisas acadêmicas sobre coisas como felicidade, paixão, objetivos e relacionamentos, publicando seus pontos de vista online, bem como em Forbes, CNN, Vice, TIME, Vox e The Huffington Post. Mark compartilha... (Leia mais)

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