Como Começar a Investir - Resenha crítica - Magnetis
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Como Começar a Investir - resenha crítica

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Investimentos & Finanças e 12min Originals

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Editora Independente/Não Encontrada

Resenha crítica

Por que investimos?

Para entender os motivos que levam pessoas e instituições a investir é necessário, antes de mais nada, compreender a diferença entre poupar e investir.

Poupar significa gastar menos do que você ganha. Investir, por outro lado, implica na busca por rentabilizar os recursos que você conseguiu poupar, ganhando dinheiro a partir do próprio dinheiro.

Apenas quem consegue poupar é capaz de acumular patrimônios e conquistar sonhos financeiros. Somente a partir desse ponto torna-se possível fazer investimentos. Afinal, adotar um estilo de vida despreocupado, como “folhas ao vento”, impedirá o cumprimento de objetivos como a conquista da casa própria, a realização de viagens, a obtenção de tranquilidade na aposentadoria etc.

Caso você incorpore o hábito de poupar, articulando-o à realização de bons investimentos, certamente será capaz de acumular o necessário para alcançar os seus objetivos e, principalmente, realizar os seus sonhos. Isso tudo, é claro, desde que você saiba escolher os melhores investimentos.

Qual é o melhor investimento para mim?

Essa questão está sempre presente nos pensamentos dos investidores iniciantes. Afinal, muito se tem falado ultimamente sobre as possibilidades proporcionadas pela atuação no mercado financeiro.

Esse contexto tem gerado o fenômeno que o autor Dan Herman chama de FOMO (sigla inglesa para “Fear Of Missing Out”, ou “o medo de perder algo importante”, em tradução livre). Trata-se da ansiedade que surge pelo receio de “ficar de fora”, ou seja, deixar de aproveitar as boas experiências que as outras pessoas estão tendo.

Quando se trata de investimentos, o FOMO torna-se ainda mais perigoso, uma vez que as estratégias de investimento aplicados por seus amigos, colegas de trabalho ou parentes não é, necessariamente, boa para você.

O problema é que muitas pessoas não conhecem o próprio perfil para investimentos. Assim, fica mais fácil cair em golpes ou acreditar nas orientações de indivíduos pouco (ou nada) capacitados.

Sem conhecer a si próprio, você poderá colocar as suas economias em negócios ou aplicações indicadas por terceiros. O resultado provavelmente não será bom, à medida que você poderá se assustar com incidência de impostos e taxas não esperadas, recursos retidos por prazos maiores que o esperado, rentabilidades negativas, dentre outros elementos.

Uma boa forma de evitar essas adversidades pode ser acessada com a decisão de aplicar o seu dinheiro em fundos de investimentos.

O que são os fundos de investimentos?

Trata-se de um modelo que articula os recursos financeiros de diferentes investidores para a realização de investimentos em conjunto. Dito de outra forma, são várias pessoas investindo em um fundo composto por distintos investimentos, entre renda variável e renda fixa. Um gestor especializado cria o fundo e se encarregar de tomar conta do patrimônio.

Entre os benefícios de optar pelos fundos de investimentos, destacam-se a facilidade de diversificação da carteira, a viabilidade de investir mesmo com poucos recursos e, principalmente, contar com uma gestão profissional de seus investimentos.

Embora os profissionais em questão se encarregem da gestão de seus investimentos, é imprescindível conhecer, por si mesmo, a dinâmica e o funcionamento do mercado de ações. O primeiro passo consiste em saber como começar.

Como começar a investir?

A despeito da relevância de adquirir o máximo de conhecimentos sobre o assunto, é necessário estar efetivamente comprometido em melhorar as suas finanças e se dedicar a isso.

Isso não significa que você terá de deixar o seu atual emprego. Se você deseja começar a investir, acompanhe o roteiro básico elaborado por Congo e, nos próximos capítulos, um passo a passo muito útil para simplificar alguns conceitos, caso você ainda não tenha muita familiaridade com eles.

Nossa autora aponta a necessidade de levar em consideração os seguintes elementos:

  • perfil e objetivos;
  • prazo e liquidez;
  • risco e rentabilidade;
  • valor mínimo;
  • custos e impostos.
  • Vamos a eles?

Perfil e objetivos

O que você precisa considerar quando chegar a hora de escolher os seus investimentos? O mais comum é observar as possibilidades de ganho. Todavia, elas não devem ser os únicos fatores.

Há diversos critérios para investir bem. Analisá-los pode interferir significativamente no êxito de suas aplicações. É crucial estar ciente disso, não apenas para ter excelentes resultados, mas, sobretudo, para que os seus investimentos estejam, de fato, alinhados aos seus objetivos e perfil de investidor.

Entre os perfis mais comuns, encontram-se:

  • investidores conservadores: visam manter e remunerar o patrimônio acumulado, evitando perdas por meio da obtenção de altos níveis de segurança;
  • investidores moderados: desejam obter bons rendimentos para seguir aprimorando seus padrões de vida, estando dispostos a correr certos riscos;
  • investidores agressivos: consideram relevante alcançar rendimentos médios superiores a longo prazo, ainda que, para isso, tenham de enfrentar eventuais perdas de capital.

Tenha em mente que essa é apenas uma visão básica, já que muitas variáveis tendem a influenciar a forma como cada um investe nos distintos momentos de suas vidas. Felizmente, entender melhor os prazos e a liquidez de cada tipo de investimento pode ajudar nessa tarefa.

Prazo e liquidez

Ambos os conceitos são interdependentes, uma vez que referem-se à facilidade e à velocidade (prazo) com as quais pode-se converter investimentos em dinheiro. Caso esse processo possa ser realizado de modo simples e rápido, então, o ativo deve ser considerado de “alta liquidez”.

Não obstante, quanto mais demorado e difícil for para converter um ativo em dinheiro tanto menor será a sua liquidez. Um bom exemplo pode ser encontrado na água. Quando você está com sede, obviamente demorará mais para se sentir saciado se ela estiver congelada.

Similarmente, transformar investimentos com baixa liquidez em dinheiro exigirá doses maiores de paciência e de tempo.

Entretanto, cumpre ressaltar que quanto menor o prazo, mais garantias você precisará, de modo que a necessidade de liquidez é um claro sintoma de falta de planejamento financeiro.

Enquanto não implementar um planejamento adequado de suas finanças, permanecerá limitado a investimentos que, sendo de baixo risco, trarão poucos retornos.

Risco e rentabilidade

A conexão entre risco e rentabilidade é simples: basta observar o mercado financeiro. Com efeito, enquanto os fundos DI e a poupança apresentam maior nível de segurança, o investimento em ativos como a Bolsa de Valores mostra rentabilidade mais elevada, principalmente, a longo prazo.

A conexão entre risco e rentabilidade é simples: basta observar o mercado financeiro. Com efeito, enquanto os fundos DI e a poupança apresentam maior nível de segurança, o investimento em ativos como a Bolsa mostra rentabilidade mais elevada, principalmente, a longo prazo.

Na área econômica, o conceito de “trade-off” vem sendo amplamente utilizado para descrever as situações nas quais é recomendável selecionar alguma coisa em detrimento de outra.

Em termos práticos, um país que, por exemplo, opta por elevar os seus juros para conter a alta inflacionária, realiza um trade-off. A empresa que decide elevar os preços de seus produtos para garantir determinados níveis de qualidade também realiza um trade-off.

O mais interessante é que esse conceito é perfeitamente aplicável às suas finanças. Afinal, para ter dinheiro é necessário deixar algumas coisas de lado, não é mesmo? Exercitar o trade-off, portanto, pode ser de grande ajuda.

Nesse contexto, Congo ressalta que cada escolha traz, em seu âmago, uma renúncia. Uma vez que não se pode ter tudo na vida, o mercado financeiro também está submetido a essa máxima.

Se você busca investimentos de baixo risco e alta liquidez, como a poupança, deve estar ciente de que a sua rentabilidade será menor. Caso, ainda na renda fixa, aplique em um CDB que vencerá dentro de 2 anos, terá uma rentabilidade maior, à medida que, nessa situação, você renunciará à liquidez.

No caso das ações, apesar da alta liquidez (é possível comprá-las e vendê-las a qualquer momento), você não terá garantias relativas à rentabilidade (logo, terá um risco maior), mas terá a possibilidade de uma rentabilidade consideravelmente superior à da renda fixa.

Outro fator que deve ser levado em consideração, dada à sua relevância para os investidores iniciantes, são os custos e impostos inerentes a cada tipo de aplicação.

Custos e impostos

Muitas pessoas concentram-se apenas em combinar aplicações de baixo risco e boa rentabilidade, esquecendo-se de analisar os custos de seus investimentos. Para não cometer esse mesmo erro, é altamente recomendável conhecer, em linhas gerais, alguns deles:

  • taxa de administração: é um custo frequente da aplicação em fundo de investimento, sendo cobrada independentemente da existência de prejuízos ou lucros;
  • taxa de performance: pode ser entendida como um prêmio pelo desempenho, incidindo apenas quando a rentabilidade do fundo de investimento supera o benchmark (índice previamente combinado de referência);
  • taxa de custódia: cobrada pelas corretoras e bancos, a fim de arcar com os custos gerados pelo armazenamento de títulos na bolsa de valores;
  • emolumentos: taxa cobrada sobre a venda e a compra de ações ou ETFs (sigla inglesa para “fundos negociados em bolsa”, em tradução livre), podendo atingir, no máximo, 0,0325% por operação;
  • taxa de corretagem: é cobrada durante a negociação de um determinado ativo, podendo variar segundo o volume de negociações ou ser fixa;
  • taxa de carregamento: aplicada principalmente nos planos de previdência privada, como o VGBL e o PGBL, incidindo sobre cada depósito efetuado. 

Quanto aos impostos, os principais tributos que incidem sobre as aplicações são o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IRPF (Imposto de Renda). Lembre-se de que há investimentos que são tributados sobre os seus rendimentos, ao passo que outros incidem sobre os valores totais investidos. Letras de Crédito Agrícola (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são aplicações isentas.

O Imposto de Renda sobre a maior parte das aplicações financeiras é regressivamente cobrado, isto é, quanto maior for a duração de uma aplicação, menor será a sua alíquota de IR.

O IOF, por sua vez, será descontado sempre que houver movimentação financeira nos primeiros trinta dias de uma aplicação, incidindo regressivamente, podendo, inclusive, zerar os ganhos do investimento em questão.

Agora que você conheceu um pouco mais acerca dos custos e impostos que recaem sobre as aplicações, chegou a hora de conhecer os principais tipos de investimentos.

Renda fixa

Nessa modalidade de investimento a rentabilidade das aplicações pode ser prevista. Sem embargo, os retornos são definidos na hora da contratação ou podem ser calculados seguindo alguma regra. Há, basicamente, três diferentes categorias de remuneração, por exemplo:

  • pós-fixado: 110% do CDI;
  • prefixado: 8%;
  • híbrido: IPCA acrescido de 4%.

As aplicações de renda fixa incluem:

  • cadernetas de poupança;
  • previdência privada: VGBL, PGBL;
  • títulos públicos: tesouro direto;
  • fundos de renda fixa;
  • títulos privados: LC, LCA, LCI, CDB.

Renda variável

A renda variável se caracteriza pela imprevisibilidade de seus rendimentos. Dito de outra forma, os investidores não podem ter certeza de quanto terão ao final dos processos.

Isso se dá porque a rentabilidade dos ativos está vinculada a fatores que oscilam com o passar do tempo, tais como:

  • políticas econômicas;
  • cenário político nacional e internacional;
  • câmbio;
  • taxa de juros;
  • inflação;
  • Produto Interno Bruto (PIB).

Assim, esses investimentos são marcados pela alta volatilidade, pois o mercado muda constantemente, o que pode trazer ganhos significativos e, também, alguns riscos. 

Entre as aplicações de renda variável, incluem-se:

  • ações individuais;
  • moedas/câmbio;
  • ETFs (Fundos de índices);

previdência privada: VGBL, PGBL;

FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário);

  • Fundos de investimento: (cambiais, multimercados, ações).

Temos, também, os ativos reais (por exemplo, imóveis), nos quais a rentabilidade não é garantida.

Carteira diversificada

As carteiras de investimentos reúnem as opções de ativos dos seus investidores. Uma carteira diversificada, como a própria nomenclatura sugere, possui diferentes tipos de ativos.

Nesse contexto, os chamados “riscos diversificáveis” são importantes, à medida que são reduzidos a partir da escolha de investimentos de diferentes tipos. Caso tenha, por exemplo, uma aplicação pós-fixada de renda fixa e a taxa Selic cair (como ocorreu recentemente), você terá rendimentos menores.

Contudo, se além desse investimento pós-fixada, você possuir um investimento em renda variável, a queda dos juros poderá valorizar as suas ações. 

Dessa forma, embora você tenha experimentado uma queda de rendimentos na renda fixa, as suas ações obtiveram ganho, equilibrando seus resultados como um todo. Em outras palavras, quanto mais ativos diferentes você tiver em sua carteira tanto menor será o risco de que eventos inesperados do mercado atinjam globalmente os seus rendimentos.

Notas finais

Uma das melhores dicas de Congo refere-se à necessidade de começar pela reserva de emergência. Você já assistiu um equilibrista tentando se manter em pé em uma corda bamba? Tudo fica mais fácil quando existe uma rede de proteção, não é mesmo? Afinal, caso algo saia errado, o artista se manterá a salvo. 

A sua reserva de emergência servirá para o mesmo propósito, oferecendo-lhe uma rede de proteção financeira. Se você seguir essa orientação, poderá ficar tranquilo, sabendo que terá o amparo adequado diante de qualquer imprevisto.

Além de atender-lhe em momentos delicados de sua vida, essa reserva garantirá que você tenha condições de aproveitar as boas oportunidades que, invariavelmente, surgirão no mercado financeiro. A reserva de emergência, no entanto, não serve apenas para momentos delicados da vida, mas também para não perder boas oportunidades por não ter recursos para aproveitá-las.

Dica do 12min

A despeito de ser muito importante entender o funcionamento do mercado de ações e de cada aplicação, é essencial saber delegar, ou seja, contar com o suporte de profissionais especializados em obter os melhores resultados.

Então, não perca a oportunidade de continuar se aprimorando e assegurar um futuro melhor para você e sua família: conheça a Magnetis e elabore um planejamento prático, rápido e seguro para os seus investimentos!

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Quem escreveu o livro?

Mari Congo, a autora deste livro e educadora financeira, é aclamada pela sua especialidade no mundo dos investimentos e dos cuidados com as finanças pessoais. Ela é também a dona do canal do... (Leia mais)

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