Carlo Ancelotti: conheça o novo técnico da Seleção Brasileira - Resenha crítica - 12min Personalities
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Carlo Ancelotti: conheça o novo técnico da Seleção Brasileira - resenha crítica

Carlo Ancelotti: conheça o novo técnico da Seleção Brasileira Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Carlo Ancelotti: conheça o novo técnico da Seleção Brasileira

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

A Seleção Brasileira vive uma encruzilhada. Desde a Copa de 2002, o Brasil não levanta a taça mais cobiçada do futebol mundial. Trocas constantes de técnicos, apostas em ex-jogadores sem grande experiência ou em nomes do circuito nacional, falta de padrão de jogo — o diagnóstico é claro: o Brasil perdeu sua referência.

É nesse contexto que surge uma das decisões mais ousadas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em décadas: contratar Carlo Ancelotti. Um técnico estrangeiro. Europeu. Vitorioso. E, acima de tudo, um nome que carrega respeito global.

Mais do que uma decisão técnica, a escolha de Ancelotti é uma ruptura simbólica com o jeitinho brasileiro — e um sinal de que o país está disposto a reaprender. A voltar ao topo não apenas com talento, mas com método.

Quem é Carlo Ancelotti, afinal?

Carlo Ancelotti nasceu em 10 de junho de 1959, em Reggiolo, na região da Emília-Romanha, na Itália. Filho de fazendeiros, cresceu no campo, ajudando a família com o plantio e colheita. Desde cedo, aprendeu duas lições que carrega até hoje: trabalho duro e humildade.

Como jogador, atuou como meio-campista. Passou por clubes como Parma, Roma e Milan, sendo parte fundamental do time de Arrigo Sacchi que revolucionou o futebol europeu nos anos 1980. Ao lado de craques como Van Basten, Gullit, Baresi e Maldini, Ancelotti conquistou duas Champions League como jogador.

Mas foi como treinador que ele se tornou uma lenda.

Um técnico para todos os tempos

Carlo Ancelotti é o único treinador da história a conquistar as cinco principais ligas nacionais da Europa:

  • Itália (Milan)
  • Inglaterra (Chelsea)
  • França (PSG)
  • Alemanha (Bayern de Munique)
  • Espanha (Real Madrid)

Além disso, venceu a UEFA Champions League quatro vezes como técnico (duas com o Milan e duas com o Real Madrid), feito inédito até hoje.

Essa trajetória mostra mais do que capacidade tática. Mostra adaptabilidade, gestão de grupo, e uma inteligência emocional rara em um esporte cada vez mais volátil.

O estilo Ancelotti: menos ego, mais confiança

Diferente de treinadores autoritários ou obsessivos, Ancelotti é conhecido por sua abordagem quase “psicológica”. Ele ouve, respeita e motiva. Não grita no banco, não é protagonista na coletiva. Mas, nos bastidores, sabe cobrar.

Ele trata os jogadores como adultos. E, em troca, exige profissionalismo, responsabilidade e entrega.

Essa postura o torna especialmente eficaz com elencos estrelados. Jogadores como Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic, Kaká e Vinícius Jr. sempre elogiaram a confiança que ele transmite. Não impõe o jogo. Constrói junto.

Como ele ensina?

Ancelotti é um técnico que prefere o campo à sala de reunião. Seu método é prático: treinos intensos, foco em pequenas correções e construção de padrão a partir das individualidades. Em vez de tentar “domar” o talento dos craques, ele o organiza.

É fã de sessões de vídeo curtas e diretas. Não há palestras longas. Em vez disso, ele cria cenários práticos que se repetem nos jogos: pressão alta, transição rápida, compactação defensiva.

Ele também é mestre em alternar formações conforme o adversário. Seus times nunca são previsíveis. E, por isso, vencem.

Por que Ancelotti aceitou o Brasil?

A pergunta circulou o mundo: por que um técnico como Ancelotti, com status de lenda no futebol europeu, toparia treinar uma seleção em crise — e ainda por cima fora de seu continente?

A resposta está em três fatores:

  • Legado

Ancelotti já conquistou tudo no clube. Treinar a Seleção Brasileira é mais do que um novo desafio — é uma oportunidade de encerrar a carreira com um símbolo eterno.

  • Mística

Em suas próprias palavras:
“A Seleção Brasileira tem uma aura única. Não é só futebol. É história, arte, emoção. Isso me inspira.”

  • Autonomia rara

A CBF prometeu algo incomum: liberdade total. Nada de interferência política, exigências absurdas ou troca de comando a cada tropeço. A ideia é deixá-lo trabalhar como na Europa, com estrutura, planejamento e tempo. Um luxo no contexto brasileiro.

A conexão com o futebol brasileiro

Ancelotti não é um estranho no ninho. Ele já treinou inúmeros brasileiros:

  • Kaká no Milan
  • Ronaldo no Milan (breve passagem)
  • Marcelo, Casemiro, Vinícius Jr., Militão, Rodrygo no Real Madrid

Em entrevistas, sempre exaltou a habilidade, alegria e ousadia dos jogadores brasileiros — mas também reconheceu um problema: a desorganização tática que, por vezes, limita o real potencial do grupo.

Ele acredita que o talento do Brasil precisa de um sistema que o sustente. Que dê liberdade com responsabilidade.

Bastidores da negociação com a CBF

A negociação com Ancelotti começou meses antes do anúncio oficial. A CBF entendeu que o nome forte precisava de uma estrutura à altura. Foram feitos acenos importantes:

  • Garantia de staff próprio
  • Liberdade para montar equipe técnica
  • Estrutura de treinamento e logística nos moldes europeus
  • Acordo para que ele iniciasse após cumprir seu contrato no Real Madrid

Foi uma jogada arriscada. A Seleção precisou ser comandada interinamente por Fernando Diniz até a liberação de Ancelotti. Mas a CBF estava disposta a esperar.

E o torcedor também.

A visão tática de Ancelotti para a Seleção

Ancelotti tem um estilo conhecido: não é radical nem preso a esquemas. Ele adapta o time aos jogadores — e não o contrário. Ainda assim, há padrões claros em sua filosofia:

1. Controle de jogo

Ele gosta de meio-campos que saibam segurar a bola, cadenciar e acelerar conforme o momento. Jogadores como Bruno Guimarães, João Gomes e até André (do Fluminense) podem se encaixar aqui.

2. Intensidade com inteligência

Pressionar sem propósito não faz sentido. Ele prefere pressão coordenada — e exige que seus atacantes recomponham. Vini Jr. já aprendeu isso no Real.

3. Adaptação ao adversário

Não espere um Brasil que “impõe jogo” o tempo todo. Ele pode alternar entre posse dominante e contra-ataque letal. Tudo depende da leitura.

4. 4-3-3 e variações

O esquema favorito é o 4-3-3, mas ele já usou 4-4-2 em linha e até losangos no meio. Tudo depende das peças — e da química.

O que muda nas convocações

Com Ancelotti, o sobrenome não garante vaga. A fase pesa. A tática conta. E a entrega é inegociável.

Ganha pontos com ele:

  • Quem joga na Europa e enfrenta alto nível competitivo
  • Jogadores versáteis e com leitura tática
  • Jovens promissores que já atuam bem em alto nível (Endrick pode ser moldado com carinho)
  • Aqueles que ele já conhece e confia (Vini, Militão, Rodrygo)

Perde espaço:

  • Jogadores em má fase, mesmo com histórico
  • Nomes que não se encaixam no sistema
  • Quem tem dificuldade em seguir orientações táticas

Ancelotti e a alma brasileira

O maior desafio de Ancelotti será equilibrar o pragmatismo europeu com a emoção brasileira.

Ele já disse que não quer podar a criatividade. Mas quer estratégia a serviço do talento, e não talento desorganizado.

Seu discurso é claro:
"Improviso não é inimigo da tática — é seu aliado quando vem na hora certa."

Essa frase resume o que ele quer: um time com brilho, sim — mas com estrutura para sustentar o espetáculo.

Comparando com os técnicos do passado

Desde 2006, o Brasil teve uma sequência de treinadores que, apesar de competentes, esbarraram em limitações estruturais, políticas ou táticas:

  • Dunga (duas vezes): trouxe disciplina, mas careceu de variação ofensiva.
  • Mano Menezes: buscou renovação, mas faltou respaldo para continuidade.
  • Felipão (2014): apostou no emocional e colheu o desastre do 7x1.
  • Tite: promoveu estabilidade, mas foi conservador nas grandes decisões.

O que Ancelotti oferece de diferente?

  • Currículo incomparável

Nenhum técnico brasileiro recente comandou vestiários como os do Real Madrid, Bayern ou Chelsea — muito menos venceu em todos eles.

  • Isenção política

Ele chega blindado contra pressões externas. Não depende de imprensa, patrocinadores ou “forças invisíveis” para escalar.

  • Comando técnico real

Ele tem repertório, visão global e autoridade tática. Não vai aprender no cargo. Vai aplicar o que sabe.

  • Gestão emocional madura

Seus times não entram em colapso quando tomam um gol. E isso, convenhamos, é algo que o Brasil precisa desesperadamente.

O impacto simbólico da contratação

A chegada de Ancelotti transcende o futebol.

É um recado claro ao mundo — e ao próprio país — de que a Seleção quer voltar a ser protagonista. Que não basta ter talento: é preciso profissionalismo, constância e visão estratégica.

Num cenário em que o futebol brasileiro sofre com desorganização, racismo estrutural, má gestão de clubes e desvalorização de técnicos nacionais, trazer um estrangeiro de elite é uma escolha ousada e controversa.

Mas é também uma aposta na transformação institucional. Afinal, se nem a Seleção dá o exemplo, quem vai dar?

Lições de liderança: o que Ancelotti ensina sem dizer

Carlo Ancelotti é discreto. Não gesticula como Klopp. Não filosofa como Guardiola. Não provoca como Mourinho.

E ainda assim, forma campeões.

O que podemos aprender com ele?

  • Delegar é sinal de força, não de fraqueza.

Seus auxiliares têm voz. Seus jogadores opinam. Mas ele tem a última palavra — e ela vem com serenidade.

  • Respeito se conquista, não se impõe.

Ele trata o estagiário como trata o camisa 10. E é por isso que o vestiário o ouve.

  • Consistência vale mais que carisma.

Ele não busca holofotes. Busca resultados. E entrega.

  • Simplicidade é estratégia.

Seus treinos não são mirabolantes. Mas são eficazes. Ele entende que clareza tática vence o caos.

Ancelotti lidera com calma, mas não com passividade. Seu estilo é o da autoridade silenciosa — que não precisa gritar para ser ouvida.

Curiosidades e detalhes pouco conhecidos

  • Já recusou a Seleção Italiana duas vezes

Disse que prefere o dia a dia de clubes. O Brasil foi a exceção.

  • Amizade com Kaká e Ronaldo

Ambos foram fundamentais na ponte com a CBF. Foram conselheiros e avalistas da decisão.

  • Lê livros de psicologia esportiva e gestão de pessoas

Considera isso mais útil que estudar novos esquemas táticos.

  • Foi chamado de "psicólogo de elite" por Ibrahimovic

O craque sueco, conhecido por seu ego inflado, disse que Ancelotti foi o único técnico a “domá-lo sem domar”.

Notas Finais: o que a Seleção pode se tornar com Ancelotti

O Brasil, sob o comando de Carlo Ancelotti, tem a chance de se reinventar.

Não como um país que depende do talento isolado de seus craques. Mas como uma potência que valoriza método, equilíbrio e consistência.

O futebol brasileiro sempre brilhou pelo improviso. Mas, nos últimos anos, improvisou onde não devia: na gestão, na convocação, na estrutura.

Ancelotti vem para inverter essa lógica.

Ele não vai apagar a alma brasileira. Mas vai dar a ela um corpo tático. Uma mente estratégica. E um coração competitivo.

Se a Seleção entender essa proposta, o Brasil pode voltar ao topo. Não como coadjuvante da Europa. Mas como protagonista global — com identidade, repertório e comando.

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