A Sutil Arte de Ligar o F*da-se - Resenha crítica - Mark Manson
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A Sutil Arte de Ligar o F*da-se - resenha crítica

A Sutil Arte de Ligar o F*da-se Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Subtle Art of Not Giving a F*ck: A Counterintuitive Approach to Living a Good Life

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 0062457713, 978-0062457714

Editora: Intrínseca

Resenha crítica

Aceite os aspectos negativos da sua vida

Manson começa o seu livro com a história de um homem que, durante grande parte da sua vida, foi um completo fracassado. A sociedade o rotulava como um grande perdedor. Esse homem, Charles Bukowski, alcançou o sucesso em sua carreira como escritor, mas isso não fez com que ele deixasse de se sentir um perdedor.

Em seu túmulo, está inscrita a seguinte mensagem: “Não tente”. A história de Bukowski está presente em diversos livros, filmes e seminários que pregam que, para vencer as suas dificuldades e se tornar grande, você não pode desistir. Nunca desistir se tornou uma espécie de clichê do mercado de autoajuda e continua sendo repetido à exaustão.

Manson nos diz que esse conselho positivo de autoajuda está, na verdade, contribuindo para a sua infelicidade, uma vez que ele deixa claro tudo o que você não possui, essencialmente dizendo que, para melhorar, primeiro você precisa se sentir péssimo sobre quem você é.

Manson insiste que a abordagem convencional de “pensar positivo” nos ensina que precisamos ignorar muitas coisas – bons carros, corpos perfeitos, uma casa grande. Mas, todos os dias, somos bombardeados com imagens vindas da televisão ou do computador que nos mostram outras pessoas que possuem essas vidas incríveis.

Começamos a acreditar que nos sentirmos ansiosos, tristes ou insatisfeitos é simplesmente inaceitável, o que faz com que nos sintamos ainda piores com essas emoções.

Então, Manson apresenta uma teoria alternativa. Para o autor, como o desejo por uma vida melhor causa um efeito negativo em nossas emoções, devemos aceitar os aspectos negativos da nossa vida. Precisamos nos acostumar com nossas limitações e falhas.

Fazer isso vai nos trazer experiências mais positivas, porque quando não temos mais medo da dor das nossas experiências negativas, nos tornamos capazes de desafiar a nós mesmos, sem permitir que qualquer coisa nos impeça.

Importe-se apenas com as coisas que valem a pena

Manson é rápido em explicar que ele não quis dizer que uma pessoa deve ser indiferente a tudo em sua vida – esse tipo de pessoa, na visão dele, é um psicopata. Ele não defende que temos que ficar "nem aí" para tudo e todos, levando uma vida apática.

O que recomenda é que, em vez de ser indiferente, você deve aprender como se sentir confortável com a diferença. Isso significa não se importar com o que alguém pensa sobre sua roupa ou sua escolha de carreira – significa defender suas escolhas frente às adversidades.

E para enfrentar a adversidade, você deve primeiro aprender a se importar com coisas maiores que a adversidade – superando as dificuldades triviais da vida para se preocupar apenas com os problemas que valem a pena. Nós temos o controle sobre as coisas que nos importam e é preciso escolher com o que queremos nos importar.

Você tem a escolha de se importar ou não com as coisas que acontecem em sua vida. Então, você precisa escolher se importar apenas com as coisas que são realmente importantes.

Manson conta a história do pai de um príncipe que decide poupá-lo de todo sofrimento humano. Um belo dia, este príncipe descobre o que seu pai fez e fica horrorizado com o estado do mundo fora de sua bolha.

O mundo lá fora é muito diferente do que acontece no seu dia a dia. Esse príncipe acreditava que iria alcançar a felicidade se vivesse longe de todos os prazeres do mundo. Mas isso não funcionou.

Esse príncipe se tornou conhecido como Buda e sua filosofia – de que a dor e a perda são uma parte inerente da existência humana e não devem ser evitadas – espalhou-se por todo o mundo todo e continua a ser praticada até hoje.

A ideia principal é essa: você pode escolher a felicidade todos os dias de sua vida em vez de imaginar que um dia será feliz. Então, pare por um momento e faça uma escolha deliberada de que será feliz agora.

Pare de pensar que você é excepcional

Apenas sentir-se bem com você mesmo não significa nada, a menos que você tenha uma boa razão para se sentir bem. Nos anos 60, uma tendência na área da psicologia começou, focada em ajudar as pessoas a desenvolverem uma melhor autoestima.

A teoria era de que pessoas que se sentem bem com elas mesmas se saem melhor na vida e causam menos problemas. Escolas, igrejas e empresas começaram a utilizar essa teoria. As pessoas eram bombardeadas com mensagens dizendo que eram excepcionais e capazes de alcançar grandes coisas.

O grande problema é que muitas pessoas escutam essa mensagem e acreditam nela – mas nunca fazem nada para serem excepcionais ou bem-sucedidas. Essas pessoas acreditam tanto em si mesmas que se tornam autodestrutivas e narcisistas.

E algumas vezes acontece o contrário. Algumas pessoas que sofrem experiências traumáticas ou frustrações, começam a acreditar serem especiais devido a sua dor. Elas começam a se ver como vítimas. Essas pessoas acreditam que podem ter um comportamento ruim porque foram vitimizadas por algo fora do seu controle.

Esses comportamentos levam as pessoas a assumirem uma postura egoísta e fazem com que elas acreditem que o mundo gira ao seu redor e dos seus sentimentos. O fato de sermos constantemente bombardeados com exemplos de pessoas extraordinárias e excepcionais na TV e na internet, também não ajuda.

Quando nos comparamos (e nossas realizações) àquilo que vemos, nos sentimos medíocres. Isso fez com que a mediocridade se tornasse um novo padrão para o fracasso.

A simples ideia de que todos podem ser extraordinários é impossível. Ser assim não é fácil. Muitas vezes, é simplesmente inalcançável.

Seu esforço constante para ser extraordinário e excepcional é ruim para sua saúde mental, e a cura para este sofrimento é aceitar que muitas das coisas que você faz e quem você é são medíocres. Quando aceita que nem tudo que faz precisa ser extraordinário, você aprecia as coisas simples da sua vida.

Agora que chegamos na metade da leitura, vamos nos aprofundar nos elementos principais para realmente ligar o “f*da-se” e obter uma vida mais plena de sentido e realizações.

Aceite o fracasso e a dor

Você pode ser sua própria fonte de inspiração. Você pode ser sua própria fonte de motivação. Sempre que quiser, você consegue agir. E fazer algo, tomar ações, é sua única métrica de sucesso – isso significa que até o fracasso faz você avançar.

Manson se considera extremamente sortudo por ter se formado na universidade em 2007, logo no começo da crise financeira. Afinal de contas, se ele não tivesse se formado numa época em que a economia estava no fundo do poço, ele nunca teria tido a coragem de começar seu próprio negócio.

Muitos considerariam que o Manson recém-graduado era um fracasso, mas ele tinha suas próprias métricas de sucesso: para ele, desistir de seus sonhos e aceitar um emprego “seguro” significaria o fracasso. Batalhar por alguns anos sem dinheiro não era fracasso.

Assim como não há felicidade sem problemas, não há melhoras sem inúmeros pequenos fracassos. Afinal de contas, as crianças caem inúmeras vezes quando estão aprendendo a andar, mas elas se levantam e tentam novamente.

Evitar o fracasso é um comportamento aprendido e é um comportamento que devemos impedir, para crescer e melhorar. Novamente, precisamos definir bons valores para nós mesmos – atitudes que devemos tomar diariamente para melhorar nossas vidas.

Abraçar o fracasso vai muitas vezes significar sofrimento, desconforto e medo. Manson dá o seguinte conselho sobre como lidar com o medo do fracasso: quando você está com um problema, não fique parado. Faça alguma coisa. As respostas aparecerão. Atitudes não são o efeito da motivação e sim a causa dela.

Faça as escolhas corretas

Querer sempre ter tudo pode te levar a não ter nada. É isso que Manson descobriu após viajar por anos ao redor do mundo, pensando estar vivendo uma boa vida. Ele viajava de cidade a cidade, de cama a cama, nunca ficando tempo suficiente para ter amigos ou relacionamentos de longo prazo.

Mas o que ele acreditava ser liberdade, acabou não sendo nada. Manson retornou aos Estados Unidos, estabeleceu-se em uma cidade e se casou com uma mulher. Desistir da ideia de liberdade que ele tinha enquanto viajava, permitiu que ele tivesse uma família e uma comunidade que deram mais sentido à sua vida.

Isso não significa que viajar não é valioso ou que todos se comprometerão e terão famílias. Não existe uma receita formal para a felicidade. Isso significa apenas que em algum ponto de sua vida, você precisa escolher o que é importante para você e esquecer o que não é.

Manson percebeu que a família e a comunidade eram importantes para ele e, assim, ele teve que dizer não às viagens e à vida na estrada. Rejeitar certas escolhas definiram Manson e permitiram que ele criasse uma nova identidade.

Aceite que todos morreremos

Aceitar o fato de que todos morreremos é uma das coisas mais difíceis que você vai fazer, porque o ser humano possui um terror inexplicável da morte. Somos apenas animais capazes de contemplar nossa própria mortalidade e é muito fácil ficarmos obcecados com o terror da morte.

Mas, paradoxalmente, isso nos leva a desperdiçar nosso tempo. Apenas quando ficamos confortáveis com a morte podemos aprender como aproveitar o tempo que temos.

E a única maneira de ficarmos confortáveis com a morte é nos concentrarmos no legado que queremos deixar – como você quer que o mundo mude com sua presença. Se você tem bons valores, você vai querer deixar o mundo melhor.

Isso significa acreditar em alguma coisa maior do que você e trabalhar para servir a algo maior. Algumas pessoas acham isso na religião, outras na comunidade, mas o ponto é deixar que sua percepção da morte mude e deixar que isso transforme sua maneira de ver e viver sua vida.

Notas Finais

A chave para ser uma pessoa feliz está em construir um conjunto de valores melhores. Quando seus valores são realistas, construtivos e estão sob seu controle, você é capaz de conduzir sua vida cheia de desafios saudáveis.

Faça uma lista dos seus valores e pense em quais deles são ruins e quais são bons. Busque maneiras para transformar seus valores ruins em valores bons. Você está se iludindo pensando que é extraordinário ou excepcional, quando, na realidade, não fez nada demais? Pense sobre isso e transforme seus pensamentos em ações.

Da próxima vez que você enfrentar um problema difícil de resolver, não fique parado, faça algo a respeito. Deixe que suas atitudes te deem inspiração e motivação em vez de ficar esperando que alguma coisa aconteça.

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Quem escreveu o livro?

Mark Manson é um autor americano de auto-ajuda, blogueiro e empresário. Ele é o autor do site MarkManson.net e dois livros, The Subtle Art of Not Giving a F * ck: Uma abordagem contra-intuitiva para viver a boa vida e Modelos: Atrair as mulheres através da honestidade. Ele também é CEO e fundador da Infinity Squared Media LLC. Mark Manson passou vários anos estudando pesquisas acadêmicas sobre coisas como felicidade, paixão, objetivos e relacionamentos, publicando seus pontos de vista online, bem como em Forbes, CNN, Vice, TIME, Vox e The Huffington Post. Mark compartilha... (Leia mais)

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