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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Altered Traits: Science Reveals How Meditation Changes Your Mind, Brain, and Body
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-5451-026-8
Editora: Objetiva
Embora Daniel Goleman e Richard J. Davidson sejam praticantes de longa data da meditação, o espírito científico os faz parar para pensar e analisar se tudo o que é dito sobre o assunto, de fato, sobrevive a testes rigorosos.
Uma vantagem central da prática é o “traço alterado”, as características que se modificam por causa da meditação e que duram depois da prática. Assim, os melhores impactos não são só a melhora na saúde e no desempenho no trabalho, mas um aperfeiçoamento da própria natureza.
Isso traz qualidades como presença terna, serenidade e paixão imparcial. Ainda assim, o marketing de gurus espirituais criou alguns mitos. Por exemplo, o de que a meditação atrasa a velhice e serve para curar a diabetes. Por isso, os autores decidiram se debruçar sobre as pesquisas para descobrir a verdade.
A literatura espiritual oriental sobre meditação traz descrições sobre como se libertar da aflição interior e da impulsividade do dia a dia. Apesar dos pontos de convergência, sua abordagem é diferente da psicologia moderna. A visão ocidental foca em buscar um problema específico, como depressão, e tentar lidar com ele.
Já a psicologia espiritual asiática, trabalha a partir de uma lente mais ampla. Parte das noções de meditação vem de guias seculares como o “Visuddhimagga”, difundido na Birmânia e na Tailândia. O fluxo de pensamento é inicialmente descrito como uma catarata, uma torrente de ideias.
Só que os pensamentos divergentes perdem força com o aumento da concentração. O fluxo de ideias corre mais lentamente, até repousar como um lago. O destino da meditação é a concentração total, o estado em que tudo que gera distração desaparece.
A literatura oriental de meditação costuma ser norteada pelo "abhidhamma", um modelo psicológico que revela os elementos-chave da mente. O sistema tem relevância para a psicologia ocidental ao revelar estados mentais saudáveis e nocivos. Desejo e egocentrismo estão nos nocivos, enquanto compostura, confiança e mindfulness estão nos saudáveis.
O objetivo é transformar os estados saudáveis em traços duradouros. A finalidade da prática não é atingir um auge psicológico transcendente, mas transformar a nós mesmos de forma permanente no dia a dia. O efeito mental durante o processo é menos importante do que o que você se torna.
Assim, a serenidade aparece ao entender o que pode ser controlado. Um estado mental pleno é fruto de mudar o que pode ser mudado, aceitar o que não pode e perceber a diferença entre os dois.
Embora existam pesquisas científicas que revelam benefícios da meditação, boa parte aconteceu em grupos reduzidos e não foi reproduzida por outros cientistas. Isso diminui a solidez científica e faz com que os autores sejam seletivos em relação ao material que usam para analisar a prática.
Entre os focos do estudo, estão a capacidade de atenção e resposta ao estresse dos meditadores, principalmente quando comparados às pessoas comuns. Uma das formas que os pesquisadores usaram para evitar os vieses das pesquisas foi evitando o autorrelato e apostando em coisas que poderiam ser objetivamente observadas.
Em um teste de atenção, os cientistas compararam o quão precisamente meditadores e não adeptos calculavam bem a frequência de sua respiração. A pontuação de praticantes experientes foi alta em relação aos não meditadores, um sinal robusto dos benefícios da prática para a concentração.
A mente imperturbável é a grande meta das várias linhas meditativas. Ela é o oposto das angústias provocadas pelo dinheiro, trabalho, crises e doenças. Na vida moderna, os estressores não são biológicos, como os predadores do passado. E sim, psicológicos, podendo ser contínuos e adoecer quem está exposto ao sentimento.
As pesquisas mostram que as reações da amígdala, um nódulo que desperta os circuitos de estresse e ansiedade do cérebro, podem ser significativamente diminuídas com, pelo menos, oito semanas de treinamento de “mindfulness”, uma variação da meditação focada na atenção plena. O aumento da prática cotidiana se revela na diminuição da reatividade aos estímulos de estresse.
Assim, a diminuição na ativação da amígdala chega aos 50%. Meditadores experientes ainda suportam mais dor e se recuperam mais rapidamente do estresse. Parte do benefício também pode ser visto na capacidade de atenção.
A bondade amorosa é a ideia de colocar a necessidade das outras pessoas na frente da sua. É impulsionada pelo desejo de aliviar o sofrimento do mundo. Essa visão pode ser fortalecida com o treinamento mental e é adotada desde os os antigos eremitas cristãos até os iogues atuais do Himalaia.
Os autores defendem que as pessoas que são mais propensas a serem bondosas são as meditadoras. Isso acontece porque ver o sofrimento é desconfortável e pessoas comuns tendem a se afastar do estímulo. Nesse caso, os necessitados.
Só que os praticantes são mais tolerantes à sensação e, por isso, tendem a ajudar mais. A compaixão depende de um treino da relatividade à amígdala, alcançável via meditação. Os circuitos cerebrais mais sensíveis ao sofrimento também são treinados. Essas tendências são reforçadas com o tempo de prática.
Todo tipo de meditação depende de um retreinamento da atenção. Isso faz com que os cérebros zen sejam capazes de sustentar a atenção por mais tempo. Assim, diminui a “habituação”, quando nos familiarizamos com algo e paramos de reparar sua existência.
Parte dos ganhos de atenção se explica pela amígdala silenciosa dos praticantes, já que as descargas de ansiedade e estresse são poderosos distratores. A meditação fortalece a “atenção seletiva”, a capacidade de reparar em uma coisa ignorando as outras.
A prática também acentua a “vigilância”, a capacidade de manter um nível constante de foco ao longo do tempo. Para os iniciantes, o efeito é transitório. Mas algum resultado já apareceu em pesquisas após apenas dezessete minutos de prática. Ainda assim, a meditação constante é o que torna os efeitos mais duradouros.
Já passamos da metade deste microbook e os autores contam que o cérebro está sempre em uso, mesmo quando não fazemos nada. Há áreas que ficam fortemente ativas quando somos ociosos. Esses circuitos são a rede que compõe o “modo default” cerebral.
O órgão continua ativo porque as pessoas ficam divagando enquanto não fazem nada, pensando sobre si. Normalmente, a mente vaga para pensamentos focados em nós mesmos, inseridos na narrativa do “eu”. O modo default se ativa sem esforço, quando estamos relaxando com a mente inativa.
Só que a meditação consegue desativar os circuitos do modo default, por desconstruir a ideia do “eu”. Isso vira um traço duradouro dos praticantes de longa data. Os pensamentos focados em si perdem o alcance e a capacidade de distração.
Medicamentos costumam ter desvantagens para quem sofre com doenças crônicas, como a propensão ao vício ou os efeitos colaterais danosos. O mindfulness pode ser um caminho para lidar com a dor e com o estresse das doenças sem contar com essas desvantagens.
Seus benefícios fizeram com que a ideia fosse difundida na medicina. Embora a meditação não tenha sido originalmente dimensionada para tratar enfermidades, a literatura científica atesta sua utilidade nos tratamentos. A meditação não é uma forma de cura de problemas físicos, mas ajuda a diminuir o componente emocional do sofrimento.
Os estudos também mostram a diminuição das proteínas que geram inflamações nos praticantes. Algumas enzimas que diminuem o envelhecimento celular também são mais frequentes em pessoas que meditam, embora as evidências ainda sejam inconclusivas sobre a frequência.
A psicologia moderna usa práticas de mindfulness para propósitos terapêuticos. O fundador da terapia cognitiva-comportamental, Aaron Beck, foi um adepto da meditação. Hoje, existe uma variação da abordagem, chamada de “Terapia cognitiva baseada em mindfulness”.
Meditar reflete um princípio da psicologia chamado de “descentramento”, quando o praticante observa pensamentos e sentimentos sem se identificar de forma excessiva com eles. A meditação não foi projetada para a psicoterapia, mas encontrou um uso importante ao ajudar a tratar a depressão e a ansiedade.
A prática ainda diminui o sofrimento provocado pelo estresse e, quando aliada à bondade amorosa dos budistas, ganha utilidade para pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. Ao ser combinada com a psicologia cognitiva, o mindfulness ganhou mais validação empírica. Essa combinação tem grande impacto no mundo clínico, ajudando em um leque alto de problemas psicológicos.
Quando os pesquisadores estudaram o cérebro de alguns dos maiores mestres iogues tibetanos, descobriram que a meditação avançada gera um pico nas ondas cerebrais. Os sinais elétricos do cérebro em áreas responsáveis pela empatia chegaram a aumentar 800% durante a meditação.
A intensidade da ativação excede a capacidade de qualquer cérebro não iogue. Os autores contam que a intensidade vista nos sinais elétricos de um mestre iogue com 62 mil horas de meditação só é comparável à de pessoas sofrendo um ataque epilético. Mesmo assim, os sinais não são exibidos por um tempo tão longo quanto os do mestre.
O próprio envelhecimento do cérebro diminuiu. Aos 41 anos, o cérebro do iogue era compatível com o de uma quase uma década mais jovem. Essa descoberta mostrou alguns dos maiores alcances da neuroplasticidade, quando as ações de alguém modificam sua estrutura cerebral.
Os mestres iogues mostraram nas pesquisas a capacidade de demonstrar imediatamente vários estados mentais. Por exemplo, compaixão profunda, serenidade ampla e foco preciso. Essas alterações foram acompanhadas de uma grande atividade cerebral.
As assinaturas neurais dos iogues medidas pelos pesquisadores mostraram uma grande e permanente transformação cerebral. Isso faz com que os relatos pessoais dos estados de consciência alterados dos mestres seja captada pelos aparelhos dos cientistas. O foco no momento presente faz com que se recuperem rapidamente da dor.
Os aparelhos dos pesquisadores também captaram um mínimo lampejo neural para os iogues direcionarem sua atenção a um objeto específico, mostrando como a faculdade mental foi bem treinada. Há pouquíssimo esforço para se manter atento por um período prolongado. Ao atingir o estado de compaixão profunda, os cérebros se conectaram mais ao resto do corpo.
No começo da prática de meditação, pouca coisa parece mudar. Com a continuidade e a disciplina, algumas mudanças mais frequentes surgem, mas de forma alternada. Apenas com a prática duradoura, surgem os traços alterados que nos acompanham fora do estado meditativo.
A maior parte dos meditadores ocidentais são iniciantes, praticando até meia hora por dia. Seus cérebros já exibem uma menor reatividade à amígdala. A melhoria no foco e a diminuição na divagação já aparecem com duas semanas de prática.
Embora os benefícios já surjam com poucas horas de prática, é a constância das sessões diárias que faz com que se mantenham. Já os meditadores proficientes, com mais de mil horas de prática, revelam benefícios mais sólidos e duradouros. Há níveis baixos de cortisol e mudanças nos circuitos pré-frontais, indicando reatividade mais baixa.
A meditação tem se difundido em formatos diferentes. Algumas empresas criaram salas de meditação e existem até treinamentos de mindfulness para grupos com alto nível de estresse, como soldados e jogadores de futebol. A argumentação científica mostra o potencial dos cuidados com a mente para o bem-estar.
Graças às mudanças de empatia, a meditação pode despertar um senso de humanidade nas pessoas. Em grande escala, pode mudar a sociedade para melhor. Os autores acreditam que a prática ajuda a solucionar alguns males. Por exemplo, a cobiça, a mentalidade de nós contra eles e os problemas ecológicos.
As evidências mostram que é possível cultivar qualidades positivas dentro de si e que a jornada interior é acessível para qualquer um. Trilhar o próprio caminho é iniciar um legado para si e para o mundo.
A meditação é uma prática milenar de exploração mental e treino de consciência que encontra usos até hoje. Os autores mostram como meditar pode mudar a estrutura do cérebro e proteger seus circuitos das reações da amígdala, ganhando aplicações na moderna psicologia ocidental.
Daniel Goleman contou os benefícios da meditação cientificamente comprovados. Mas o autor tem outra contribuição importante no livro “Inteligência Emocional”, em que muda o paradigma de supervalorização do QI. Também disponível aqui no 12min.
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Daniel Goleman é um psicólogo renomado internacionalmente que trabalha com públicos de negócios e universidades. Além disso, ele também atua como jornalista de ciências, escrevendo sobre nosso cérebro e ciências comportamentais para o New York Times por anos. Goleman possui livros publicados sobre criatividade, transparência, meditação e inteligência.... (Leia mais)
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