A Arte de Viver - Resenha crítica - Epicteto
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A Arte de Viver - resenha crítica

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Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9789726185765

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

História e Obra

Epíteto não deixou escritos filosóficos. Assim como Platão fez com Sócrates, Flávio Arriano compilou os principais pontos do filósofo a partir de suas palestras.

Esse agregado originalmente gerou 8 livros - compêndio conhecido como"Discursos" - dos quais apenas 4 sobreviveram ao tempo.

Epafrodito, que seu senhor e secretário administrativo de Nero, admirado com sua inteligência, o mandou à Roma para estudar.

Ao se tornar o aluno mais destacado de Musônio Rufo, acabou conquistando liberdade.

Ficou em Roma ensinando até ser expulso em 94 d.C. porque o imperador Domiciano estava sentindo-se politicamente ameaçado pelos filósofos.

Em seguida foi para Nicópolis, no noroeste da Grécia, onde passou o resto da vida fazendo palestras sobre como viver com mais dignidade e tranquilidade.

Considerada como o "Budismo do ocidente"- por focar na essência divina dentro do indivíduo - sua obra basicamente se ocupou de responder às seguintes perguntas:

  1. Como viver uma vida feliz e plena?
  2. Como posso ser uma boa pessoa?

Para ele, ser filósofo é separar o que é verdade do que é meramente uma série de acidentes desencadeados por falha de razão, padrões culturais, lições bem intencionadas, mas falhas dos nossos pais e professores.

Então, para aliviar o sofrimento da nossa alma, iniciamos um trabalho de introspecção e uma jornada para ganhar consciência dos nossas crenças e hábitos produtivos e improdutivos, do ponto de vista da liberdade, felicidade e sabedoria.

Premissas & Definições

Antes de entrar nas instruções, é importante garantir a compreensão das premissas e definições das quais que o autor parte.

Premissa#1

A principal função da Filosofia é ajudar pessoas comuns a enfrentarem os desafios da vida e a lidar com as perdas inevitáveis como a dor, a doença e a morte.

Premissa#2

Felicidade e liberdade derivam do entendimento do seguinte princípio: há coisas que estão no nosso controle e coisas que estão fora dele.

Premissa#3

Todo mundo tem a oportunidade de praticar a bondade, independentemente de ser rico ou pobre, religioso ou laico, com ou sem educação formal.

Definição#1

Liberdade é saber separar o que podemos controlar e o que não podemos, para agir sobre o primeiro e aceitar o último.

Definição#2

Felicidade é um ato contínuo e dinâmico de atos de valor.

Agora, vamos às sugestões do autor para uma vida plena e feliz.

Separe o que pode controlar do que não pode

Aceitar os limites e trabalhar com eles em vez de lutar contra é o caminho para a liberdade.

Opostamente, colocar nossos desejos em coisas que estão fora do nosso controle é uma prisão.

O que está no nosso controle?

Nossos desejos, aspirações e as coisas que nos repelem.

Isso deve ser da nossa conta, porque são variáveis sobre as quais conseguimos agir. Nós sempre temos como interferir naquilo que é interno.

O que está fora de nosso controle? O corpo em que nascemos, em que família nascemos, o prestígio social.

Devemos lembrar-nos de que isso são fatores externos, então não devemos nos preocupar com eles. Tentar controlá-los só tende a gerar mais ansiedade.

Devemos focar naquilo que podemos controlar e sermos conscientes do que não é da nossa conta.

Em razão disso, o autor recomenda a prática intencional de indiferença aos fatores externos.

Talvez seja a casa, o trabalho, o casamento, uma amizade, um bem, a reputação, a mobilidade, a saúde ou qualquer outra coisa sem o qual será necessário seguir em frente e dar um novo significado à vida.

Diante disso, Epíteto defende que o estoicismo pode ser um bom remédio para essas horas, um farol que indica o caminho para fora do desespero; um antídoto para todas as coisas inevitáveis que ele chama de "doenças da alma".

Comporte-se como adulto

Ninguém pode ferir-lhe. Ninguém tem esse poder sobre você. Mesmo que alguém fale algo que lhe irrita, mesmo se lhe xingam, é sua escolha enxergar o que está acontecendo como um insulto ou não.

Por isso, Epíteto recomenda que, da próxima vez que alguém parecer estar lhe provocando, lembre-se de que é apenas o seu próprio julgamento do fato que gera essa sensação.

Não deixe suas emoções subirem por meras aparências. Tente não reagir no momento. Afaste-se da situação. Olhe de cima, respire fundo. É só um hábito gerado por condicionamento social que é preciso desaprender.

Na mesma linha, o autor acredita que não devemos ter medo das críticas. Apenas os fracos sentem a compulsão de se defenderem ou se explicarem para os outros. Deixe suas atitudes falarem por você. Não podemos controlar as impressões que outros possuem de nós e o esforço para tentar controlar isso só desestabiliza nossa autoestima.

Então, da próxima vez que alguém lhe disser "disseram-me que...", não se preocupe em se defender.

Apenas sorria e responda:

“Eu acho que eles não sabem dos meus outros defeitos. Se soubessem, não estariam falando mal apenas desses.”

Exceto por abuso físico extremo, ninguém pode ferir-lhe, a não ser que você permita.

Não permita ser ferido e você não será. Isso está sob seu controle.

Valorize sua família

O autor defende que se você tem um pai ou uma mãe, você possui certas obrigações emocionais e práticas. A natureza ligou vocês por um laço que não se desfaz.

Você tem a obrigação de cuidar deles e de escutar suas sugestões, mesmo que seus pais não sejam "bons pais".

Talvez os dois ou algum deles tenha pouco discernimento, pouca instrução, maus modos ou possuam uma visão de mundo diferente da sua.

Apesar disso, vale a seguinte reflexão:

A natureza dá para todo mundo pais ideais?

Aliás, ela dá pais para todo mundo?

Não importa as características de seus pais, tudo isso é secundário.

A ordem divina não coloca as pessoas ou circunstâncias segundo nossos gostos.

Tire o foco do que eles fazem ou deixam de fazer e abrace o seu papel de bom filho ou filha.

Aceite essa realidade, isso é uma daquelas variáveis que você não controla. Assim, estará mais próximo da liberdade.

Deixe os outros, incluindo principalmente seus pais, comportarem-se do jeito que quiserem, pois isso não é seu problema.

Compreenda que a natureza dispõe as coisas segundo uma razão, mas que nem tudo na natureza é razoável.

Escolha bem suas companhias

De acordo com Epíteto, uma das duas coisas vai acontecer quando se aproximar de alguém:

você vai ser influenciado ou vai influenciá-lo.

Da mesma forma que o carvão frio entra em contato com um em brasas:ou eles se apagam ou pegam fogo de vez.

Isso é um grande perigo para as pessoas, principalmente as de coração mole, ele expõe.

A maioria de nós ainda não possui firmeza suficiente para atrair pessoas que têm a ver com nosso propósito, então acabamos sendo arrastados pela multidão.

Nossos valores e ideias ficam contaminadas e confusas; nosso discernimento perde força.

É difícil não se envolver se seus amigos estão falando coisas de baixo nível. Somos arrastados pelo momento social.

Então, até que você desenvolva o instinto de autodefesa e influência positiva sobre os outros, escolha seus amigos, colegas e vizinhos com muito cuidado. Isso porque todas essas pessoas têm o poder de mudar seu destino.

O mundo está cheio de pessoas talentosas e que buscam as mesmas coisas que você.

A regra de ouro é: escolha pessoas que despertem o melhor dentro de você.

Mantenha o nível das suas conversas

O autor coloca que as pessoas não devem se restringir a conversas sublimes ou de Filosofia a todo momento, mas que estejam conscientes de que há certos tipos de conversa que têm efeito corrosivo para o caminho de felicidade e liberdade.

Quando, na maioria do tempo, conversamos sobre coisas ordinárias, consequentemente nos tornamos ordinários, porque nossa mente fica cheia de trivialidades.

Em outras palavras, você se torna aquilo para que dá atenção.

Se as pessoas puxarem conversas indecentes ou que não chegam a lugar nenhum, afaste-se se puder.

Se não conseguir, no mínimo fique calado ou faça cara de sério para mostrar que você não está de acordo.

Outra opção que o filósofo recomenda, e que envolve mais traquejo, é tentar mudar de assunto sutilmente para temas mais saudáveis. Se estiver no meio só de estranhos, pode ser mais difícil.

Enfim, o autor acredita que bom humor e risadas são saudáveis, principalmente quando não acontecem em detrimento de algo ou alguém.

"Ria com", mas não "ria de".

Não busque validação dos outros

Nunca dependa do apreço dos outros, aconselha o autor. Não há nada de inteligente nisso.

Mérito pessoal não poder vir de uma fonte externa. Ele não deve vir das pessoas.

O fato é que as pessoas, mesmo as que lhe amam, não vão necessariamente concordar com suas opiniões ou compartilhar dos mesmos interesses.

Dê seu melhor no seu trabalho. Não se preocupe se estão vendo ou não. Faça seu trabalho independentemente do reconhecimento dos outros.

Em um momento de dificuldade, o autor recomenda não dramatizar ou ficar andando em círculos. Volte para dentro de si e se pergunte o que pode fazer para lidar com o problema. Cave profundamente. Você possui poderes que nem sabe que tem. Ache apenas um deles e utilize.

Segundo Epíteto, um grande sinal de quem vive com sabedoria é a serenidade. Isso se dá porque o progresso ético nos libera das tormentas interiores. Automaticamente as preocupações vão embora.

Para isso, ele recomenda parar com pensamentos e atitudes do tipo: “Se não trabalhar mais que os outros, ninguém vai me reconhecer”,“eu nunca serei alguém na vida”, “se eu não criticar meu funcionário, ele vai se aproveitar da minha boa vontade”.

Pare de colocar energia em ser visto como sofisticado, único ou inteligente.

De fato, fique de olho se você começar a parecer "especial". Isso pode fazer você também perder o foco por vaidade.

A verdade é que, ao tentarmos agradar as pessoas, perdemos o poder sobre o que está na nossa zona de influência.

"Sobretudo, pare de se comparar com qualquer outra pessoa que não seja você mesmo. Se comparar é buscar controlar uma variável externa, ou seja, perda de liberdade e felicidade." Pessoas sensatas olham para dentro de si quando desafiadas.

Portanto, mantenha-se em harmonia com sua verdade. Se tentar controlar a impressão dos outros, você vai perder seu poder interno.

Não leve as coisas para o lado pessoal

Quando alguém agir de forma não educada contigo, independentemente do que tiver feito, o filósofo recomenda pensar o seguinte:

“Se eu fosse essa pessoa e estivesse enfrentando os mesmos problemas, nascido na mesma condição, com os mesmos pais, será que não teria me comportado da mesma forma?"

Não conhecemos a história das pessoas e suas batalhas internas, então faz sentido termos paciência e reconhecer os limites em jogo.

Isso não significa ser conivente, mas tentar entender o contexto e reconhecer que geralmente a intenção é boa.

Mesmo se a intenção não for positiva, a melhor resposta a se dar é ter compaixão pela pessoa, uma vez que ela perdeu a maior capacidade que um ser humano pode ter: a de discernir o que é saudável ou não para si mesmo. Quando chega a esse ponto, ela acabou de perder sua paz interior.

Então, da próxima vez, em lugar de ódio ou raiva, tenha pena de pessoas que estão fora de si.

Não seja bom por causa de alguma coisa

Epíteto defende que a prática da virtude e da felicidade são sinônimos, ou seja, a bondade é o meio e o fim em si mesmo. É a prática e a recompensa inseparáveis.

Não é ostentar boas maneiras, mas uma série de ajustes do nosso caráter que levam tempo.

A gente vai alinhando nossos pensamentos, palavras e atitudes progressivamente numa direção saudável.

De acordo com o autor, não funciona a lógica "eu serei bonzinho para conseguir x, y ou z".

Isso porque a virtude mora na intenção e atitude, não nos resultados.

Portanto, devemos ser bons porque ser bom é ser feliz, ou seja, estar tranquilo e livre de preocupações.

Aprenda a substituir hábitos

Segundo o autor, cada hábito é reforçado pela ação correspondente.

A ação de caminhar reforça o hábito da caminhada, a corrida regular nos faz melhores corredores.

O mesmo vale para os assuntos da alma.

Se deixar que lhe irrite, só vai reforçar o hábito da raiva.

Se não quiser ter pavio curto, então não alimente o hábito da fúria.

Se não se deixar levar pela reação, vai ver que este hábito será substituído aos poucos.

Exercite não reagir no começo e conte os dias em que não estourou.

Com o passar do tempo, você deixará de ficar com raiva "sempre", depois "na maioria das vezes", depois "de vez em quando" até que o hábito da calma tenha ocupado o espaço.

Comprometa-se se quiser uma vida plena

A maioria de nós gostaria de viver em um mundo íntegro e livre de corrupção. Epíteto enxerga que todo mundo acharia bom viver num mundo com mais confiança, generosidade e tolerância. Entretanto, ninguém quer se comprometer e ser o idealista inocente que vai primeiro.

E isso não é porque somos preguiçosos.

É simplesmente porque temos medo. Medo das incertezas da vida.

As pessoas são boas , mas não excepcionalmente boas.

A maioria cultiva pensamentos, palavras e atitudes que se conformam ao que é moralmente aceito pelos padrões de sua época para manter as amizades, comércio e prevenir o caos.

Enquanto isso acontece, sentimos com frequência uma estranha nostalgia do que seria viver com virtude, isto é, com felicidade, liberdade e plenitude.

Os estóicos compreendem que a ansiedade, falta de propósito e medo da perda é uma consequência do nosso próprio exílio da virtude.

E esse é justamente o jogo deles.

Eles preferem ser virtuosos do que serem legais, defensivos ou conservadores.

A virtude é o único bem não condicional.

Outros ativos como amizades e simpatias são bens valiosos, mas são condicionais.

Portanto, a virtude é suprema. É o único caminho para dentro de nós mesmos e o sentimento autêntico de conexão com os outros e a natureza.

Notas Finais

Você pode aprender três lições com Epíteto: liberdade é separar as variáveis que controlamos das que não controlamos na vida para agir sobre as primeiras e aceitar com graça as últimas; Uma vida feliz e uma vida virtuosa são sinônimos. Felicidade e realização pessoal são consequências naturais de atitudes corretas. A principal função da Filosofia é ajudar pessoas comuns a enfrentarem os desafios da vida e a lidar com as perdas inevitáveis como a dor, a doença e a morte.

Dica do 12’

Gostou da leitura? Achamos que você pode gostar também do microbook ‘Meditações’. O autor, o imperador Marco Aurélio, foi aluno de Epíteto e o estóico mais famoso da história.

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Quem escreveu o livro?

Epicteto foi um filósofo grego, pertencente à Escola Estóica, que viveu a maior parte de sua vida como escravo em Roma. De seus ensinamentos conservam-se um "Enchyridion", ou "Manual", e alguns discursos, edita... (Leia mais)

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