Transformação radical - Resenha crítica - Pedro Waengertner
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Transformação radical - resenha crítica

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Gestão & Liderança

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Editora Gente

Resenha crítica

A necessidade de transformar negócios 

​Muitos executivos não acreditam na urgência em mudar determinados aspectos dos seus negócios e se colocar à frente da concorrência. Segundo os autores, essa atitude é recorrente em workshops. Neles, donos de empresas são resistentes a qualquer tipo de alteração na forma de trabalhar.

Todos seguem um mesmo padrão. Projetos para melhorar a eficiência operacional são bem vistos e priorizados. Pouco tempo depois, acabam adiados para dali a um ou dois anos. 

Isso acontece pela falsa sensação de que as mudanças não vão acontecer tão rapidamente como dizem os palestrantes. Ledo engano. As grandes transformações em um mercado de atuação podem ser bem representadas por uma frase encontrada nos retrovisores de carros. Os objetos, quando vistos pelo espelho, estão mais perto do que a visão dos motoristas faz parecer. 

No mundo dos negócios, esse reflexo não é apenas metáfora. Ao olhar para as transformações dos mercados, elas vão surpreender os motoristas das empresas desinteressadas em inovação, crescendo no retrovisor de uma hora para outra. Melhor ter segurança no trânsito corporativo, né?

O medo e o executivo

O medo é o sentimento mais comum expressado por executivos nos treinamentos dados pelos autores desta obra. Medo de ser demitido, medo de não conseguir verbas para dar prosseguimento aos projetos, medo de fracassar em um processo de inovação. 

Durante uma pesquisa realizada com mais de 150 executivos brasileiros, o medo de perder o emprego foi citado como o maior fantasma assombrando profissionais de todo o país.

Na hora de inovar, o temor de nada sair como o planejado é como um fantasma para os executivos. Mas esse medo precisa ser enfrentado e superado. O medo paralisa. E parado no mesmo lugar, é impossível tentar qualquer inovação. 

Os seis princípios da inovação radical

​Para pôr em prática as inovações, sejam elas radicais ou não, mas responsáveis diretas por deixar o seu negócio à frente da concorrência, os autores desenvolveram um esquema de atuação baseado em seis princípios. Nem sempre os resultados vão acontecer de uma hora para outra. 

Inovação é processo. Transformação pode levar tempo. Eventualmente, pode ser rápida em algumas ocasiões. Outras vezes, é preciso se antecipar à grande onda que está por vir e não ser pego desprevenido. 

O mais importante é não acreditar nas coisas permanentes, fixas e do mesmo jeito que estão agora. Caso contrário, o baque pode ser grande. Se a sua empresa e você se mostrarem atrasados, ficará mais difícil conter os prejuízos. 

Vamos conhecer profundamente esses seis princípios para colocar em prática as mudanças da sua companhia?

Princípio 1: O cliente no centro

Antes de mais nada, é bom deixar claro que o cliente é a razão de ser de toda empresa. Não adianta elaborar um plano de inovação robusto, colocando a companhia no futuro do setor, sem pensar no ponto final da entrega de produtos ou serviços.

Se a transformação não leva em conta a satisfação e resolução dos problemas dos seus clientes, nada será sustentável. Nos tempos modernos, de comunicação instantânea, os clientes não se contentam mais em apenas desembolsar dinheiro para o consumo do que você oferece. 

Os clientes do século 21 se sentem parte importante do funcionamento das marcas. Basta ver a interação nas redes sociais. Quem não se adapta aos novos tempos, tendências e comportamentos, é cobrado publicamente em seus perfis. O cliente deixou de ser apenas o comprador, hoje ele é parte fundamental do funcionamento do mercado. 

Princípio 2: Inovação é design organizacional

O design organizacional é o coração da estrutura da sua empresa. Cada colaborador dentro da empresa precisa ter muito bem estabelecido no seu escopo quais funções devem ser executadas naquele cargo e o que não é de sua competência. 

Parece muito quadrado? Não é. Num processo de inovação, é fundamental otimizar os processos produtivos. Com o design organizacional bem estabelecido e delineado, a tomada de decisões se torna mais rápida, com uma logística otimizada. 

Se a sua equipe não está bem estabelecida e as pessoas não sabem quem resolve cada problema, a longo prazo a competitividade escorre pelo ralo. 

Princípio 3: Gestão ágil

Inovação exige gestão ágil. As grandes tomadas de decisão precisam ser muito bem pensadas, mas não podem, de forma alguma, ser deixadas para depois. 

Mas, para garantir uma gestão com agilidade, é preciso ter preparo. Todo o investimento feito em treinamentos e cursos para os colaboradores não é gasto, mas uma maneira de antecipar os imprevistos que exigem atitudes imediatas. 

Se você pensa em se transformar, não pode adiar. Esse mantra também deve acompanhar a sua maneira de gerir os próprios negócios. Caso contrário, a maré de azar surge de uma só vez, com velocidade tão avassaladora que fica quase impossível não ser engolido pela concorrência. 

Princípio 4: Pense como um investidor 

Você pode ser o dono da sua empresa, ela pode ter sido herança da família, pouco importa. Para o público em geral, as regras são as mesmas. Os clientes não dão tanta importância para essas origens ao colocar a mão no bolso e contratar um serviço ou adquirir um produto.

A inovação depende de uma gestão que pensa como investidor. Aquele velho jeito de acreditar na empresa como uma grande família precisa ficar para trás. Em cada nova atitude tomada pela transformação da companhia, pergunte-se como se sentiria caso fosse um investidor, interessado na maior lucratividade das ações ali inseridas.

Investidores sabem pensar a longo prazo. Como profissionais do ramo, pouco se importam com as perdas momentâneas, pois sabem que num período maior, as mudanças implementadas farão todo o sentido para permanecer relevante no mercado. 

Seja você dono, diretor oufuncionário, pense como um investidor. Eles sabem como fazer para nunca sair perdendo. Você precisa desse conhecimento para convencer seus pares da necessidade de transformação. 

Princípio 5: Mate seu próprio negócio

Esse princípio parece estranho? Não é. Pode ser necessário matar o seu próprio negócio para se manter relevante perante a concorrência. 

Quando a sua atuação envolve uma tecnologia em vias de se tornar obsoleta, é hora de repensar a forma de a empresa permanecer viva. Imagine, por exemplo, que você fosse o proprietário de uma fábrica de máquinas de escrever há cerca de 30 anos. Numa reunião do conselho empresarial, as projeções dariam conta do surgimento dos computadores, transformando o produto da companhia em algo obsoleto.

Se nessa hora você não pensasse em ir matando, mesmo que aos poucos, o seu negócio para ele se manter relevante, pode ter certeza: o mercado daria conta de assassiná-lo. Sem dó, como fazem as novas tecnologias. 

Princípio 6: Trabalhe com parceiros

O último dos princípios envolve a necessidade de trabalhar com parcerias. No mundo da comunicação instantânea, são as parcerias que ajudam a expandir o alcance da sua empresa para um lugar em que ela sequer tinha acesso anteriormente. 

Basta observar atentamente como os influenciadores digitais trabalham em conjunto, por exemplo. Isso não tem nada a ver com dar força para a concorrência, mas pensar em sobreviver a longo prazo, mesmo. 

Parcerias em divulgação, em promoções do estilo ganha-ganha ou mesmo oferecendo trabalhos conjuntos tendem a manter a sua empresa mais relevante e ampliam o alcance para outros meios. 

O passo a passo da transformação do negócio principal 

​Todo processo de inovação para transformar o seu negócio passa por três fases. Planejamento, execução e melhoria contínua. Antes de colocar em prática os seis princípios aqui expostos, são necessárias reuniões para apresentar a necessidade de se transformar internamente para continuar relevante para o público. Depois de colocar em prática, basta seguir melhorando, analisando e conferindo o que precisa ser aprimorado. 

O método de inovação aqui ensinado não busca um big bang, uma explosão que modifica tudo de uma só vez, como num passe de mágica. Os seis princípios atacam os problemas constantemente e de maneira sistematizada. É um processo frequente de tentativa, erro, acerto e ajustes graduais. 

A vantagem competitiva não existe mais 

​Fica claro que, num mundo de mudanças constantes e aceleradas, não existe vantagem competitiva. Existem cenários, modificando-se constantemente, como numa roda gigante. As alterações dos mercados podem ser repentinas ou graduais. 

E quem se senta nos números, sem acreditar no quanto eles se transformam de uma hora para outra, fica para trás. É isso que você quer, ou prefere estar preparado para um novo mundo em permanente transformação?

Notas finais 

Dá para começar a transformar radicalmente a sua empresa, colocando em prática os seis princípios apresentados neste livro, mesmo que aos poucos. Já não basta mais falar em inovação, adiando as mudanças para daqui a um ou dois anos. O momento de se posicionar no futuro é agora, não tem mais desculpa. Se você não olhar para frente, vai ficar para trás, uma hora ou outra. Esteja preparado.

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Quem escreveu o livro?

O autor aqui é o Pedro Waengertner, um empreendedor completamente apaixonado por marketing, educação e em startups. Por ser especialista em marketing e co-fundador de diversas empresas, além de fundador... (Leia mais)

Sulivan Santiago é sócio e head de... (Leia mais)

Victor Navarre é sócio e CEO da ACE Cortex, que se dedica à inovação... (Leia mais)

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