The Future Normal - Resenha crítica - Rohit Bhargava
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The Future Normal - resenha crítica

The Future Normal Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Sociedade & Política

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Future Normal: How We Will Live, Work and Thrive in the Next Decade

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 1646870654

Editora:  Ideapress Publishing

Resenha crítica

Depois de tantos exemplos que os filmes, livros e séries de ficção nos proporcionaram, é fácil imaginarmos o futuro. De remédios milagrosos a carros voadores e cidades autossustentáveis imaginar é realmente simples. Isso não significa que estamos desenhando um futuro que vá acontecer ou que seja remotamente possível. Isso porque os exemplos dados pela mídia sempre são um tanto quanto exagerados. Os futuros distantes, daqui há um século ou mais, são distópicos e apocalípticos, sempre com um tom alarmista e pessimista. 

Os autores Rohit Bhargava e Henry Coutinho-Mason são o que chamamos de futuristas, pessoas que estudam essas possibilidades de futuro, buscando prever as tendências que virão. Ao testarem novos protótipos, lerem novos artigos das mais novas descobertas, eles se sentiam animados, mesmo sabendo que muito provavelmente esses novos aparatos não chegariam ao grande público ou terminariam abandonados em um depósito escuro. É, de fato, simples tentar imaginar o que espera por nós ou por nossos descendentes no futuro. O difícil é tentar compreender o que será o novo normal nesse tempo que ainda virá.

Como desvendar o futuro

O futuro está sempre mudando em nossas mentes, assim como o que consideramos ou não normal. Há alguns anos, passamos por uma pandemia que, a não ser que você fosse um pesquisador da área saúde, provavelmente foi uma surpresa. Quem esperava que, por quase dois anos, o normal seria se manter em casa aprendendo a fazer pão, confraternizando com os amigos por chamada de vídeo e sair de casa apenas utilizando uma máscara para proteger a boca e o nariz?

O que é ou não normal é relativo. Hoje, acharíamos, no mínimo, estranho fazer uma festa de aniversário por vídeo, mas, por outro lado, tornou-se comum fazermos cursos on-line por exemplo. Como poderíamos começar a tentar prever o que vai ser o normal no futuro? Os autores respondem apontando para aquilo que se mantém, de certa forma, estável à passagem do tempo: as necessidades humanas. Na verdade, a estabilidade vem pois essas necessidades evoluem de forma muito mais devagar que a tecnologia ou o ambiente ao nosso redor. A demanda por uma identidade própria, status, conexão, são básicas para o homem como o conhecemos hoje.

A forma como alcançamos tais necessidades pode mudar, mas elas sempre aparecem de uma forma ou de outra. A popularização do ato de fazer pães como uma distração durante o período pandêmico não era porque as pessoas, de repente desenvolveram uma demanda por pão, mas sim pelo ritual envolvido naquele ato que, aos poucos, se tornou familiar para eles (ao contrário do período turbulento que todos se viram obrigados a atravessar de repente). Os autores, no entanto, nos trazem um aviso e alerta: Somos capazes de criar apenas o futuro que conseguimos imaginar. É preciso começar a imaginar de maneira mais otimista.

O livro se divide em questões centrais, todas elas contendo perguntas específicas sobre o tema. Por exemplo, um dos capítulos se chama "Como vamos nos conectar, ser saudável e nos divertir". A partir desse tópico, os autores fazem perguntas que trazem com elas certas hipóteses: Será que vamos ter uma mídia imersiva na qual o espectador é uma parte ativa do seu entretenimento? Vamos ser capazes de viver uma mesma identidade on-line e offline?

Como se perguntar sobre o futuro?

Mais do que responder com exatidão às perguntas que eles mesmos propõem, os autores querem nos ensinar a como compreender e como questionar nossas necessidades e desejo para o futuro. No tópico sobre multidiversidade, os autores se questionam se a realidade virtual chegará num nível de apreensão da realidade offline que nos tornará capazes de viver nesse meio. Esse questionamento nos força primeiro a compreender como é o nosso presente em relação às redes sociais. Que tipo de comportamento compartillhamos na internet? Como você provavelmente imaginou, sim, o nosso normal é compartilhar o nosso melhor: as fotos que parecemos mais bonitos, ricos e inteligentes. A internet e nossos perfis ainda são apenas um recorte da nossa vida.

Do mesmo jeito que essa observação nos parece óbvia, também nos parece claro que cada vez mais usuários percebam e advoguem contra essa ilusão da vida perfeita, que acaba sendo tão prejudicial a tantos de nós. É cada vez mais comum ver influenciadores buscando engajar seu público produzindo conteúdo do seu dia-a-dia, com todos os estresses que uma vida cotidiana normal pode nos proporcionar.

A aposta dos autores é que as novas plataformas, alinhadas a um comportamento humano que já existe, permitam um maior equilíbrio entre o que mostramos e o que realmente somos nas redes sociais. Como exemplos ainda mais palpáveis, eles nos mostram plataformas que já estão atualmente em pleno funcionamento que apontam para essa mesma tendência que eles identificaram.

Notas finais

Os temas que os futuristas decidiram abordar neste livro são aqueles que consideram mais próximos da vida cotidiana: trabalho, saúde, relações interpessoais, mas o diferencial deste livro é a abordagem que ele propõe ao levantar suas questões e possíveis soluções. Ele é otimista, mas sem ingenuidade. O que aconteceria se as empresas começassem a fazer o bem para a sociedade? e se os governos se preocupassem em formar cidadãos? Os autores nos alertam que a tendência quando imaginamos o futuro é sempre alarmista e apocalíptica, e se não conseguirmos ver além desse desespero, o futuro será moldado a partir desses medos. Talvez não possamos prever o futuro de forma exata, mas, de várias maneiras, ele é sim previsível, mas não da forma que os filmes nos fizeram acreditar.

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Quem escreveu o livro?

Bhargava é um renomado especialista em marketing e inovação. Além de fundador da “Non-Obvious Company”... (Leia mais)

Por décadas, foi o diretor da Trendwatching, sendo um dos maiores especialistas em tendências do consumidor do mundo. T... (Leia mais)

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