The Brain That Changes Itself - Resenha crítica - Norman Doidge
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The Brain That Changes Itself - resenha crítica

The Brain That Changes Itself Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ciência

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Brain That Changes Itself: Stories of Personal Triumph from the Frontiers of Brain Science

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9780143113102

Editora: Penguin Books

Resenha crítica

Uma mulher em permanente queda

Doidge fala sobre como, durante muito tempo, o cérebro foi visto como uma máquina ou um computador, no qual cada parte recebia uma tarefa específica. Essa perspectiva, considerada errônea pelo autor, é chamada de “localizacionismo”.

Grandes neurocientistas, como Paul Bach-y-Rita, nunca acreditaram nisso. Para ele, vemos com nossos cérebros e não com os olhos. Isso pode parecer, em um primeiro momento, uma pequena diferença gramatical, porém, essa diferença torna-se bastante significativa quando consideramos que quaisquer entradas que chegam ao cérebro podem ser decodificadas como imagens visuais.

Com efeito, o nosso cérebro realmente “lê” apenas padrões elétricos. Portanto, não importa como e de onde eles venham, o cérebro sempre será capaz de interpretá-los, de uma forma ou de outra.

Construindo um cérebro melhor

O autor, na sequência, apresenta uma interessante história sobre uma mulher que foi socialmente rotulada como “retardada” e como ela se ensinou a ser “normal”. Ela mostrou que crianças com dificuldades de aprendizagem podem ir além da mera compensação pedagógica e corrigir problemas subjacentes.

Redesenhando o cérebro

Nosso autor passa a tratar de outro célebre nome da neuroplasticidade: Merzenich. Este emérito docente da Universidade da Califórnia fez as mais ambiciosas afirmações no que diz respeito à neuroplasticidade.

Segundo Merzenich, os exercícios cerebrais são tão úteis quanto as drogas, mesmo para o tratamento de doenças graves e que o nosso cérebro é plástico desde o nascimento até a morte.

Reestruturação

Quando Doidge utiliza o conceito de “reestruturar”, ele o faz para descrever a conexão entre neurônios. Estes, por sua vez, são separados por um espaço chamado “sinapse”, isto é, sinais elétricos que viajam de neurônio em neurônio.

A reestruturação, portanto, ocorre entre os neurônios, no nível das sinapses. Dessa forma, um grupo reestruturado de neurônios é capaz de fortalecer suas conexões no nível da sinapse.

Períodos críticos

O autor também apresenta o conceito de “período crítico”, quando o desenvolvimento de cérebro passa por períodos nos quais é especialmente plástico e sensível às mudanças. A linguagem, por exemplo, tem um período crítico entre os 8 anos de idade e a puberdade. Depois disso, é difícil não ter sotaque ao aprender um novo idioma.

A diferença de plasticidade entre o período crítico e a plasticidade típica de um adulto, diz Merzenich, consiste no fato de que, durante o período crítico, uma simples exposição é o suficiente para alterar nossos mapas cerebrais, pois o cérebro está sempre no “modo de aprendizado”.

Nos adultos, é diferente. Prestar bastante atenção e se esforçar para adquirir novos aprendizados é o que lhes permite a plasticidade. Isso faz sentido, desde uma perspectiva biológica, porque as crianças podem não saber o que é realmente importante. 

Como aprender efetivamente

Merzenich provou que o cérebro humano é plástico, mesmo na idade adulta, e as experiências vividas podem alterá-lo. Especificamente, quando os neurônios são treinados pela repetição, tornam-se mais eficazes e podem agir mais rapidamente. Isso significa, dentre outras coisas, reações mais rápidas e pensamentos mais velozes de modo geral.

Nesse sentido, quando desejamos lembrar de algo, é importante ouvir ou ler com profunda atenção, uma vez que nossa memória nunca será tão clara quanto na primeira impressão.

Adquirindo preferências e amores

Os seres humanos têm o maior grau de variedade e plasticidade sexual em todo o reino animal. Essas características implicam que nossa sexualidade não é prefixada, mas alterada continuamente por nossa psicologia e experiências.

A plasticidade das preferências sexuais humanas exagera uma verdade geralmente aceita: a de que a libido humana não é um impulso biológico e invariável, podendo ser curiosamente inconstante, facilmente modificada por nossa psicologia e pela história pregressa de nossos encontros sexuais.

Para o autor, a plasticidade sexual parece maior naqueles indivíduos que têm muitos parceiros e nos casais que ficam juntos por um longo tempo, mas falha em se aprofundar e fornecer quaisquer tipos de provas concretas.

Vítimas de AVC aprendem a se locomover e a falar novamente

Durante muito tempo, acreditou-se que havia pouco que os pacientes pudessem fazer para se recuperar de um derrame. É claro que, dada a plasticidade do nosso cérebro, isso era bastante errado: Norman Doidge apresenta Thaub e sua pesquisa com macacos.

Basicamente, macacos que tiveram seu braço desaferenciado, ou seja, rompido o nervo motor, não estavam mais usando os braços, algo esperado por todos os pesquisadores. Porém, Thaub teve uma ideia genial: talvez o primata não tenha conseguido usar os braços porque, quando tentou algumas vezes e não funcionou, aprendeu que era inútil tentar novamente e, simplesmente, desistiu.

No entanto, quando ambos os braços foram desaferenciados, eles finalmente começaram a movê-los novamente, pois, nunca paravam de tentar: eles precisavam, a todo o custo, utilizá-los. A conclusão é a de que você não consegue o que deseja, mas o que precisa.

Thaub, então, começou a tratar pessoas com AVC mesmo bastante tempo depois de interromperem a reabilitação tradicional e muitas apresentaram grandes melhorias, inclusive, quando o AVC ocorrera há mais de 4 anos. Um dos princípios basilares desse cientista era a “prática em massa”, isto é, concentrar uma enorme quantidade de exercícios em apenas algumas semanas.

É possível aprender tarefas diferentes, mesmo quando há lesão, porque a maioria dos elementos operadores do cérebro não são específicos. Alguns são semelhantes aos das cores, mas, muitos são genéricos, de modo que as nossas habilidades motoras ou computacionais, por exemplo, podem ser tratadas em qualquer parte do cérebro.

Bloqueio cerebral, obsessões e maus hábitos

Doidge aborda temas como TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo e neuroses). Do ponto de vista da neuroplasticidade,um paciente se entrega às preocupações, checando e conferindo se está tudo bem, fortalecendo, com isso, suas preocupações e medos.

Afinal, esses indivíduos continuam ativando os neurônios repetidamente, tornando as conexões neurais cada vez mais poderosas. Em outras palavras, preocupação gera preocupação. 

O autor escolhido, desta feita, é Schwartz e sua pesquisa para curar o TOC. Schwartz propõe que o paciente, tão logo surja a preocupação, diga a si mesmo que o problema não é o que mais preocupa, mas o próprio episódio de TOC. Isso o ajudará a se distanciar de suas próprias reações neuroquímicas.

Ademais, ao trabalhar esse pensamento, ele poderá se convencer a criar novos e positivos caminhos para não ceder às suas compulsões. A luta não é fazer o sentimento desaparecer por completo, e sim não ceder a ele. O próximo passo consiste em manter o foco em atividades prazerosas para o indivíduo em questão.

Tal medida faz todo o sentido, uma vez que, ao ativar a conexão neural responsável pelas preocupações excessivas, uma nova conexão cerebral é criada. Devido ao princípio de uso ou perda, quanto mais o paciente fizer esse exercício, tanto mais as novas conexões se fortalecerão, reduzindo a intensidade das conexões responsáveis pela preocupação excessiva.

Dito de outra forma, o paciente não elimina o antigo padrão, apenas o substitui. Como deve pensar em atividades prazerosas, ele também é recompensado por uma liberação de dopamina que o ajuda a elevar as conexões neurais positivas.

Enquanto a dor tende a ser compreendida como a transmissão de uma parte do cérebro a outra, Ramachandran sustenta que a dor envolve um sistema ainda mais complexo do que se imaginava a início, obedecendo às especificidades plásticas do cérebro.

Nesse sentido, a dor seria como uma forma de interpretação, feita pelo cérebro, do estado geral de saúde do organismo. Esse pesquisador foi capaz de auxiliar pessoas com membros-fantasma, apenas “enganando” os seus cérebros.

Ele conseguiu, por exemplo, que um amputado coçasse o braço, coçando uma parte do rosto, porque os mapas cerebrais do rosto e do cérebro haviam se sobreposto na mente do paciente.

Em outros casos, ele conseguir reduzir drasticamente os níveis de dores dos pacientes por meio de um espelho, enganando o cérebro ao fazê-lo acreditar que o braço ainda estava lá, a fim de que o paciente pudesse ter a sensação de “movimentá-lo” até que a dor desaparecesse.

A ideia toda levou a uma revolução simples: prover analgésicos antes do início da cirurgia, permitindo que os pacientes tenham a dor “bloqueada” no cérebro após a conclusão do procedimento cirúrgico.

Aprendizado

Doidge apresenta as pesquisas de Pascual-Leone, doutor em neurologia de Harvard, acerca da neuroplasticidade da aprendizagem. Exames cerebrais feitos em estudantes ao longo de algumas semanas demonstraram que na sexta-feira os mapas cerebrais passaram por uma dramática expansão, retornando ao tamanho normal na segunda-feira.

Os mapas de sexta-feira continuaram a crescer por 6 meses, mas sempre retornavam ao normal no início da semana. Os mapas de segunda-feira eram o oposto: eles só começaram a mudar após 6 meses e, depois, aumentaram lentamente e pararam de crescer na marca dos dez meses.

Pascual-Leone acredita que, na sexta-feira, os exames mostram o cérebro fortalecendo as conexões neurais existentes e “procurando” as que estão enterradas. As mudanças de longo prazo de segunda-feira representariam a nova conexão neural sendo formada.

A diferença entre as duas velocidades também ajuda a entender um fenômeno que todos conhecemos bem: o fato de que algumas pessoas aprendem mais rápido e parecem melhores em adquirir novas habilidades, sendo superadas mais tarde por aqueles que permaneceram por mais tempo e desenvolveram essas habilidades a longo prazo.

Isso explica por que é ruim nos prepararmos para um teste com poucos dias de antecedência: nosso cérebro recebe todas as informações, mas as esquecemos porque não se consolidaram em aprendizados de longo prazo. Para aprender, devemos permanecer exercitando uma mesma habilidade pelo maior tempo possível.

Psicanálise como terapia neuroplástica

O nosso autor relata um caso de tirar o fôlego a respeito de um paciente que ele curou. Este indivíduo foi além dos muros que ergueu para evitar lidar com uma dor devastadora, regredindo várias vezes até descobrir as verdades inconvenientes que escondia de si mesmo e Doidge explica como tudo se relaciona à neuroplasticidade.

Rejuvenescimento e preservação cerebral

O que podemos fazer para preservar nossas funções cerebrais? Nosso cérebro, assim como todos os órgãos, diminui gradualmente. No entanto, ele permanece em reorganização plástica maciça. Assim, para ter uma mente sempre jovem, o autor recomenda:

  • Mudar o seu entorno;
  • Praticar exercícios físicos;
  • Fazer exercícios mentais;
  • Alimentar-se de modo saudável.

Notas finais

Doidge explica como nosso hemisfério esquerdo inibe e suprime o hemisfério direito. Trata-se de um fenômeno capaz de explicar como algumas pessoas com danos no hemisfério esquerdo podem, em certas ocasiões, desenvolver habilidades computacionais ou de memorizações extraordinárias.

A questão é, então, por que o hemisfério esquerdo deveria limitar nosso potencial? A resposta é simples: nosso cérebro é, por natureza, limitado. Não precisamos nos lembrar de tudo, uma vez que isso tiraria o espaço necessário para outros tipos de informações. Então, o melhor a fazer é deixar de lado os detalhes e usar todo o espaço disponível para as múltiplas atividades que temos em nosso cotidiano.

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Quem escreveu o livro?

O autor aqui é Norman Doige, um psiquiatra, psicanalista e um grande nome da psiquiatria mundial e seus respectivos estudos. Estudando profundamente os desenvolvim... (Leia mais)

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