Pense Como um Freak - Resenha crítica - Stephen J. Dubner
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Pense Como um Freak - resenha crítica

Pense Como um Freak Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Economia

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Think Like a Freak

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 0062218360, 9780062218360

Editora: Record

Resenha crítica

O presente microbook procura mostrar às pessoas como solucionar problemas de uma maneira eficiente e sem complicações desnecessárias. Associando princípios da economia, Stephen mostra como qualquer um pode analisar problemas e resolver qualquer questão ao analisar por uma perspectiva diferente.

O autor aqui é Stephen J. Dubner, um jornalista norte-americano, autor de 4 livros, como por exemplo "Freakonomics" e "Super Freakonomics", todos, grandes sucessos de venda, se tornando inclusive best-sellers aqui no Brasil. Entenda mais do que Stephen Dubner, todos nós podemos conhecer e entender de economia. Leia este livro e entenda como.

Reconhecer que você não tem todas as respostas é o primeiro passo

A frase mais assustadora em qualquer língua é “eu não sei”. Ficamos apavorados quando não sabemos o suficiente e quando precisamos admitir isso. O que está errado em não saber a resposta de algo? Por que as pessoas estão sempre fingindo que sabem? Nós odiamos admitir, mas não sabemos muito sobre o mundo ou sobre as coisas que estão nele. Na maioria das vezes, o que sabemos - ou o que achamos que sabemos - é baseado em informações recebidas por políticos, líderes e pela mídia. Infelizmente, essas informações nem sempre são confiáveis.

Além de não sabermos sobre o mundo, algumas vezes nós sequer conhecemos a nós mesmos. Deveríamos nos conhecer muito bem, já que passamos muito tempo em nossa própria companhia, mas não é o que muitas vezes acontece.

Outra observação é que, só porque você é bom em alguma coisa, não significa que seja bom em tudo. Parece simples, não? Infelizmente, a natureza humana garante que a maioria das pessoas dê opiniões ou sugestões fora da sua área de especialidade. Isso pode ser desastroso e, às vezes, levar a guerras ou problemas econômicos.

Apesar das potenciais consequências desastrosas, a maioria das pessoas têm medo de dizer “eu não sei” por causa das consequências pessoais. Imagine se um político admitisse que não sabe de algo? Ele poderia ser acusado de incompetência e provavelmente não ficaria em seu cargo por muito tempo.

A realidade é que dizer “eu não sei” pode trazer muitos benefícios. Ser honesto permite que você olhe para as coisas por uma perspectiva diferente. Permite que você experimente – uma coisa que muitas pessoas, além de cientistas, têm medo de fazer. Experimentar nos dá feedbacks valiosos e pode também ser divertido. Experimentar, permite que você questione o status quo e aprenda lições valiosas.

Admitir que não sabemos de alguma coisa, apesar de difícil, pode ser libertador e esclarecedor. Quando admitirmos isso, tomaremos atitude para encontrar a resposta, faremos experimentos e encontraremos resultados que serão de muita ajuda para resolver nosso problema.

O fracasso pode te ajudar a ser bem sucedido

A maioria de nós escutou desde a infância que desistir é inaceitável. As palavras “fracassado” e “perdedor” estão fixadas em nosso cérebro como coisas que não queremos para nós mesmos. Podemos ver os efeitos que essas palavras podem causar em alguém, como depressão por exemplo. Além disso, esses sentimentos podem impedir uma pessoa de seguir em frente.

Desistir é contra-intuitivo; e o fracasso não é uma opção. Portanto, ambos são evitados como uma praga. Mas e se fracassar pudesse nos fazer bem- sucedidos?

Pesquisadores têm, há anos, conduzido estudos em projetos que já falharam. Esses pesquisadores tentam descobrir o que causou o fracasso nesses projetos para evitar que cometam os mesmos erros no futuro. Mas agora estão fazendo um novo tipo de pesquisa. Nessas análises, os pesquisadores tentam antecipar tudo que poderia dar errado em um projeto e pensam em soluções para consertar as áreas mais fracas antes que o fracasso aconteça. Em ambos os casos, o fracasso – seja antecipado ou não – pode ajudar pessoas e projetos a serem mais inteligentes, fortes e seguros.

Outros pesquisadores estão tentando descobrir se há algum benefício real em desistir. Um professor de psicologia da Universidade Concordia conduziu um estudo para determinar o efeito de desistir dos objetivos não alcançados. Ele descobriu que aqueles que desistiram desenvolveram menos depressão e menos manifestações físicas de stress do que aqueles que não desistiram desses objetivos. É claro que o primeiro passo é determinar se o objetivo é alcançável ou não.

Ser curioso como uma criança ajuda a resolver problemas

As crianças são conhecidas por sua curiosidade. Elas questionam tudo e demandam respostas imediatas. Além disso, elas não têm preconceitos. Do contrário, adultos têm o hábito de desenvolver opiniões baseadas em ideias pré concebidas ao invés de fatos. Para verdadeiramente pensar como um ‘freak’, é importante pensar como uma criança. O primeiro passo é pensar pequeno. Esse é um outro conceito que pode parecer contra-intuitivo.

Observe o exemplo de Isaac Newton. Ele é considerado uma das maiores mentes da história. Contudo, até mesmo ele reconheceu que o homem tem suas limitações e que estudar uma coisa tão complexa como a natureza é muito difícil para uma pessoa. Em vez disso, ele recomendou que cada pessoa focasse em estudar e fazer perguntas sobre assuntos mais simples, para que pudessem responder às perguntas uns dos outros com mais certeza.

Um ponto interessante sobre os problemas é que, na maioria das vezes, as perguntas mais simples não são feitas. Pessoas costumam fazer perguntas mais complicadas, porque o problema, pelo menos a seus olhos, não é simples. Se fosse um problema de fácil resolução, não seria um empecilho. Outra ideia interessante é que a maioria dos problemas é, na verdade, uma combinação de questões menores. Então, quando você faz perguntas simples, pode achar as soluções para os problemas menores, que te ajudarão a encontrar as soluções para os grandes problemas.

Como se comportar como uma criança? Divertindo-se, é claro! Quanto mais você se diverte no processo de resolução de problemas, mais você apreciará sua solução. Se você gosta de algo – esportes, filmes ou livros – não tenha medo de admitir que gosta. Aproveite, seja curioso como uma criança e se liberte de seus dogmas, premissas e expectativas.

Deixar sua moral de lado te ajuda a resolver problemas

Nossa moral, o sentimento do que é certo ou errado, que serve como um guia em nossa vida, pode nos atrapalhar a resolver os problemas. Normalmente, a moral é uma ferramenta positiva e útil, mas algumas vezes pode ficar em nosso caminho. Quando você é consumido pelos conceitos de certo e errado, seu julgamento fica comprometido e pode ser difícil focar em suas tarefas. Ser obcecado pelo que é certo ou errado, significa algumas vezes que as pessoas não podem sequer explicar qual é o problema.

Essa obsessão pode causar cegueira mental. Algumas pessoas acabam acreditando que as coisas são sempre convencionais, quando na verdade não são. Isso também significa que as pessoas pensam saber tudo sobre o assunto, mesmo quando isso não é verdade. Em outras palavras, ser consumido por sua moral pode te tornar uma pessoa inflexível.

Pense no problema do suicídio: um assunto que poucos querem discutir e que é considerado um tabu. Ainda assim, nos Estados Unidos, o número de suicídios por ano é duas vezes maior que o número de homicídios. Obviamente, a moral impede que as pessoas discutam o assunto e isso não ajuda ninguém. O pesquisador David Lester, decidiu deixar sua moral de lado e olhar para o suicídio por outros ângulos.

Ele criou então a teoria de que “ninguém é culpado”, baseada no fato de que o suicídio é mais comum entre as pessoas que possuem maior qualidade de vida. Ele argumenta que se você não pode colocar a culpa da sua infelicidade em uma causa externa, então a única opção é culpar a você mesmo. Até mesmo essa teoria não consegue responder a todas as perguntas sobre o suicídio. Mas ninguém foi tão longe quanto Lester, colocando sua moral de lado e percebendo que as coisas possuem diferentes pontos de vista e buscando por soluções de diferentes ângulos.

Quando aprendemos a deixar de lado nossa moral, por mais importante que seja, aprendemos a olhar para os problemas de maneira diferente. Somos capazes de escutar o outro lado da história, fazer mais perguntas e pesquisas. No final, quando deixamos de lado nossos sentimentos pessoais sobre alguma coisa, podemos aprender muito mais sobre um assunto, situação ou pessoa.

Procurar pelas perguntas certas ajuda a encontrar as respostas certas

Algumas pessoas pensam ter todas as respostas. Essa é uma questão estranha. Por que? Em primeiro lugar, ninguém tem todas as respostas. E em segundo, muitas pessoas não possuem sequer as perguntas certas.

Quando enfrentamos um problema, a pergunta pode parecer óbvia. No entanto, esse não é sempre o caso e essa suposição pode ser perigosa. Se fazemos as perguntas erradas, com certeza teremos as respostas erradas. Então, quando apresentamos as respostas erradas como uma solução para o problema, diversos transtornos podem aparecer.

Os Estados Unidos enfrentam um grande problema relacionado à educação. Para muitos, baseados em suas opiniões tendenciosas sobre o sistema educacional, a razão para o problema parece simples – muitos professores são ruins. Mas será que é tão simples assim? As pessoas a favor de uma reforma educacional estão olhando para as classes e o tamanho das escolas, para a administração escolar, investimentos e para as habilidades dos professores. E quanto ao papel da família na vida da criança? Sabendo que uma criança só fica na escola 22% do tempo em que está acordada, sua vida em casa poderia ser também um fator?

Muitos problemas que a sociedade e os indivíduos enfrentam não são unidimensionais. Existem muitos lados em cada situação. Entretanto, alguns desses lados são mais visíveis que outros e é fácil se preocupar com eles. Sempre que temos um problema, é importante não olhar apenas para o que está mais visível e se lembrar de que muitas outras coisas precisam ser consideradas. Quando agimos assim, podemos chegar ao cerne da questão e definir o problema de maneira correta. Então, podemos começar a trabalhar em uma solução.

Pensar de maneira estratégica impede que você seja enganado

Pessoas gostam muito de falar e algumas vezes elas não serão honestas com você. Algumas vezes, elas dirão o que acreditam que você quer ouvir, simplesmente porque querem sua aprovação. Outras vezes, elas podem te dizer o que você quer ouvir porque não querem ser questionadas. Por isso, muitas informações são inúteis e precisamos filtrá-las. A melhor maneira é pensar de maneira estratégica.

Dois grandes exemplos disso são o Rei Salomão de Israel e David Lee Roth de Van Halen. Apresentaram ao Rei Salomão um grande problema: havia duas mulheres e cada uma tinha um filho. Uma das mulheres perdeu seu filho e, enquanto a outra dormia, a primeira trocou seu bebê morto pelo vivo da segunda. Mulheres conhecem seus filhos e a mulher que teve seu filho roubado não era diferente. Elas foram ao rei para resolver o problema. As duas afirmavam que a criança viva era delas e que a outra mulher mentia. Depois de pensar cuidadosamente, o Rei Salomão disse às mulheres que pegaria uma espada e dividiria a criança ao meio, dando cada metade para uma mulher. A primeira mulher, que era a verdadeira mãe, implorou para que o rei não o fizesse e para que desse a criança à outra mulher, para que vivesse.

A segunda mulher disse ao rei para prosseguir e matar a criança para que nenhuma delas reclamasse novamente. Salomão entregou a criança à primeira mulher, sabendo que a verdadeira mãe não faria mal a seu próprio filho.

David Lee Roth tinha um contrato de cinquenta e três paginas escritas para os concertos Van Halen. O contrato especificava as regras para a comida, bebida, segurança e questões técnicas da arena. Uma das exigências era que a banda queria M&Ms, exceto pelos marrons. Assim que a banda chegava na arena, Roth checava os M&Ms. Se houvessem M&Ms marrons, ele sabia que não haviam lido o contrato. Se o pessoal da arena não entregou os M&Ms corretos, poderiam ser confiáveis quanto à segurança, luzes e outros equipamentos que faziam os concertos do Van Halen épicos?

Pensar de maneira estratégica permitiu que esses dois homens alcançassem o sucesso. Pessoas constantemente diziam a eles o que eles queriam ouvir, mas, por pensarem de maneira estratégica, foram capazes de descobrir quem mentia e quem falava a verdade. Qual é a moral dessas histórias? Muitas pessoas no mundo são espertas e vão te dizer qualquer coisa que você quiser escutar. Mas você pode ser mais esperto que elas. Fazendo isso, é menos provável que levem vantagens sobre você, te enganando ou trapaceando.

Procurar pela raiz vai te levar à solução do problema

Temos uma tendência de sermos preguiçosos ou a acreditarmos que a solução para o problema está bem na nossa frente. Queremos que a solução seja óbvia, para que o problema seja resolvido rapidamente.

Muitas vezes, especialmente com problemas globais como violência e doenças, a raiz do problema não é tão facilmente descoberta. Esses são problemas enormes que precisam de soluções e para encontrá-las precisamos pensar como um ‘freak’. E o que um ‘freak’ faria nesse tipo de situação complicada? Um ‘freak’ sabe que, se a raiz do problema fosse simples, a solução já teria sido encontrada. Portanto, um ‘freak’ trabalharia duro para identificar a verdadeira raiz do problema.

Muitos dizem que os problemas da pobreza ou escassez dos alimentos são causados pela falta de comida ou dinheiro. Se isso fosse mesmo a raiz, então enviar comida e dinheiro para os países que sofrem desse problema resolveria tudo. Com o passar dos anos, temos visto o esforço de muitas pessoas e organizações que utilizaram essa abordagem e, mesmo assim, ainda vivemos em um mundo onde a pobreza e a escassez de alimentos prevalecem.

Um estudo mais profundo descobriu que a corrupção é a verdadeira raiz desses problemas e é muito mais difícil de resolver do que a falta de dinheiro ou comida. Enquanto a solução para esse problema particular pode ser complicada, foi muito importante descobrir sua causa para começar a fazer progressos na área. O mesmo pode ser verdade para os problemas pessoais. Descobrir a causa te coloca no caminho certo para encontrar uma solução.

Notas Finais

Todos nós temos problemas que queremos resolver. Pode ser uma questão pessoal ou alguma questão séria que afeta muitas pessoas no mundo todo. Não importa o caso, para encontrar soluções funcionais para nossos problemas, devemos pensar fora da caixa. É a única maneira de realmente encontrar uma resposta.

As pessoas têm resolvido problemas desde o início da humanidade. Apenas aqueles que pensaram diferente da maioria foram capazes de encontrar soluções e progredir. Se você olhar para a história da humanidade, verá como grandes homens e mulheres foram capazes de gerar mudanças de impacto, porque consideraram os problemas por uma perspectiva diferente.

Pessoas normais também foram capazes de adotar estratégias semelhantes às grandes mentes da humanidade e alcançar coisas incríveis em suas vidas. Desde evitar ser enganado por alguém até conseguir comer 20 pedaços de pizza ao invés de 10 – as pessoas que pensam fora da caixa conseguem soluções reais.

Seja qual for seu objetivo ou problema, com a ajuda dos autores, você será capaz de pensar em soluções funcionais se você pensar como um ‘freak’.

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Quem escreveu o livro?

Stephen J. Dubner é um premiado autor, jornalista e personalidade de Rádio e TV. Dubner é mais conhecido por ser o co-autor do livro Freakonomics, que contém as idéias excêntricas do economista nada convencional Steven Levitt.O primeiro trabalho publicado de Dubner foi na revista infantil americana Destaques Para Crianças. Dubner recebeu uma bolsa de estudo da Appalachian State University na Carolina do Norte e se formou em 1984. Em Appala... (Leia mais)

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