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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Slugfest: inside the epic, 50-year battle between Marvel and DC
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 9780306825460
Editora: Fábrica231
Até os anos de 1960, a DC dominava o mercado de histórias em quadrinhos nos Estados Unidos e no mundo. As HQs mais vendidas eram as do Superman, mas o comportamento dentro da empresa era muito formal, parecendo uma companhia de seguros.
Quem entrasse na sede da DC, então comandada por Mort Weisinger, iria se deparar com um monte de pessoas engravatadas, com estilo empolado, feito um grande clube de aristocratas. Pelos corredores, os boatos de abusos e assédio moral deixavam os funcionários sempre com um pé atrás em como se comportar por ali.
Sem perceber, a empresa já estava parada no tempo e isso traria prejuízos incontornáveis quando a Marvel encontrasse um caminho lucrativo.
A Marvel foi a primeira a lançar ao mercado quadrinhos mais escapistas, destinados a um público de pós-adolescentes. No começo, não era voltada para a criação de obras novas, mas conhecida como uma casa de ideias das outras pessoas. Tinha uma falta de identidade notável, que não os permitia criar uma própria cara.
Martin Goodman, fundador da Marvel, começou fazendo revistas baratas na década de 1930, um início semelhante ao dos fundadores da DC, mas sem o mesmo sucesso. Nas primeiras décadas, a Marvel tentou replicar um super-herói análogo ao Superman.
Durante as décadas de 1940 e 1950, a empresa foi saltando de moda em moda, com pouca originalidade ou vanguardismo nas HQs lançadas. Só nos anos 60 as coisas começariam a mudar.
Década de 1960. Dois funcionários tentaram alertar os executivos da DC que havia uma mudança em curso. Bob Haney e Arnold Drake escreviam para a editora desde a década anterior.
Quando se depararam com as novas histórias escritas e editadas por Stan Lee, perceberam um novo momento no ar. A Marvel começava a acertar com um estilo jovem, meio estranho, mas bacana, com histórias descoladas e de maior potencial para fisgar os jovens. Os dois foram demitidos depois do alerta.
O pico de vendas da DC foi em 1963 e parecia não haver maiores riscos. A partir de 1964, o percentual de vendas da empresa começou a diminuir gradativamente. A hegemonia, antes uma certeza, começava a ficar ameaçada.
Durante essa década, a DC se aproveitou do sucesso da série de TV Batman, que lhe rendia bom faturamento num período em que as gestões das duas empresas passavam por um período de maior profissionalização, já que ambas agora estavam nas mãos de executivos menos românticos e mais preocupados com números e saúde financeira.
Ainda assim, a DC não se deu conta de que, pouco a pouco, perderiam a hegemonia das HQs.
Os quadrinhos exigem participação do público. Desde o século passado, as editoras incentivam uma cultura de interatividade, criando grupos de fãs com o intuito de mandar enxurradas de cartas para as editoras, capazes de mudar os rumos originais de histórias.
Aos poucos, os leitores da Marvel passaram a ser ouvidos em suas milhares de sugestões de histórias, personagens e críticos. Os fãs da empresa em ascensão criticavam a DC por uma imagem muito limpa e mentalidade muito conservadora. Na década de 1970, começou um inevitável debate entre os leitores de quadrinhos sobre quais super-heróis eram superiores, se os da DC ou os da Marvel.
O pulo do gato veio quando Stan Lee entendeu os desejos dos leitores. Depois de receber fanzines e sugestões, passou a cruzar os universos dos super-heróis e publicou uma primeira edição em que o Homem de Ferro e o Homem Aranha se encontravam.
Isso mesmo, igual aos filmes de tanto sucesso na última década. O sucesso foi tão grande que a Marvel se tornou, de fato, a maior concorrente da DC, cujas cifras de vendas caíam ano após ano.
Em correspondências, Stan Lee se referia à DC como a Distinta Concorrência, usando de sarcasmo para comentar os caminhos equivocados da gigante dos quadrinhos para frear o sucesso das HQs da Marvel.
Com o declínio das vendas da DC, veio uma forte aposta no sucesso do filme do Superman, de 1978. Poderia ser a tábua de salvação da empresa e abrir um novo caminho. Um eventual fenômeno nos cinemas poderia ser uma boa notícia para a tradicional fábrica de super-heróis.
Bem, o filme estrelado por Christopher Reeve foi, de fato, um sucesso estrondoso. As inovações tecnológicas da época surpreenderam o público. O homem poderia voar.
Mesmo com esse respiro, a DC seguia perseguindo a Marvel, a líder no segmento.
Se a DC criou um modelo de super-herói estadunidense, a Marvel o aperfeiçoou e o lançou às alturas. Nos anos de 1980, a pioneira sentiu que precisava tomar medidas para permanecer relevante. Internamente, percebeu que a criação de um mundo montado aleatoriamente e fragmentado ao longo das décadas, sem guia em comum, prejudicava os números em relação à concorrente.
Naquela época, a Marvel lançou a série Guerras Secretas, que internamente foi vista como uma grande porcaria, mas vendeu muito e serviu de embrião para o que conhecemos hoje em termos de adaptação para o audiovisual.
Ainda na década de 1980, a DC passou a valorizar as histórias como pertencentes a um grande universo, copiando a Marvel. Não conseguiu ter o mesmo sucesso da concorrente, mas foi um bom respiro para quem perdia relevância depois de tanto tempo como líder incontestável.
A virada para os anos de 1990 trouxe uma queda gradativa em todo o mercado de HQs. A década foi especialmente complicada para a Marvel, que passou por anos deprimentes depois de uma série de decisões equivocadas e prejuízos milionários. Chegou a passar por um processo de falência em 1996, demitindo pessoas, contendo despesas e com moral baixa.
Durante esse tempo, a rivalidade ficou de lado, já que a sobrevivência do próprio mercado das Histórias em Quadrinhos não se mostrava tão rentável quanto nos anos de ouro. Sobreviver no mercado era o mais importante.
No começo do ano 2000, Bill Jemas, um ex-executivo da Marvel, voltou para a empresa, agora como presidente. Com um perfil diferente dos antecessores, costumava aparecer em público, dar entrevistas e publicar textos tirando sarro da Distinta Concorrência. A rivalidade voltava à tona. A relevância das empresas voltou a crescer.
Você certamente já foi aos cinemas para assistir a algum filme de super-heróis nas últimas décadas. Se não foi, sentiu o impacto de adaptações de sucesso estrondoso levando milhões de fãs para os cinemas, hipnotizados diante das telonas, mesmo que não tivessem qualquer conhecimento prévio das sagas nos quadrinhos de 50 anos atrás.
O século 21 presenciou nos cinemas um sucesso estrondoso no projeto de consolidação da Marvel. Nas telonas, ela replicou o sucesso dos universos dos tantos super-heróis criados por Stan Lee, se encontrando de tempos em tempos em filmes com bilheterias estrondosas. Como uma verdadeira série, cada filme se conectou ao outro de um jeito que garantia rios de dinheiro e um público fiel.
Enquanto isso, a DC patinou até encontrar a identidade em seus filmes. No começo, a tentativa de imitar a concorrente com um universo interligado não fisgou o público. Só em 2016, a DC deixou a Marvel de lado para buscar um caminho próprio na elaboração de suas adaptações para o cinema. De lá para cá, a impressão de que um caminho de mais sucesso vem sendo trilhado é a impressão deixada na cabeça dos críticos e dos fãs.
A pergunta não é tão simples de ser respondida. Se no começo, lá pelos meados do século passado, DC e Marvel eram negócios familiares, que foram crescendo e se profissionalizando, com a fidelidade de leitores enlouquecidos pelos super-heróis, hoje as duas empresas são corporações pragmáticas, de olho nas cifras, tendências e mercados. Nenhum passo é dado sem muitos estudos.
Mas a disputa entre DC e Marvel não é como um jogo de futebol. Se para definir uma vitória a medida for o número de vendas, a Marvel venceu. E já faz bastante tempo. Seus títulos dominam o mercado desde a consolidação do estilo da marca.
Em bilheterias no cinema, também. As adaptações da Marvel somaram quase 9 bilhões de dólares, enquanto as da DC têm pouco mais de 4 bilhões de dólares.
Mas nessa disputa, também entra o intangível. O impacto cultural não tem preço e é impossível de ser medido. Quase sempre, os super-heróis são descobertos ainda na juventude. Boa parte dos personagens da DC têm uma poderosa conexão emocional. Os fãs vão se digladiar. E nós, os leitores, ganhamos com duas empresas dando o sangue para nos conquistar a cada HQ, a cada filme.
Super-heróis habitam nosso imaginário desde os primeiros anos da infância. E isso acontece porque as gigantes DC e Marvel estão há mais de 50 anos brigando por nossa atenção, criando novos personagens, sagas maravilhosas e universos que se cruzam. Se a realidade é difícil de ser superada, as histórias em quadrinhos nos mostram, há bastante tempo, que imaginação é fundamental. E é lucrativa, por que não?
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