Orçamento Sem Falhas - Resenha crítica - Nath Finanças
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Orçamento Sem Falhas - resenha crítica

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Investimentos & Finanças

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Intrínseca

Resenha crítica

Dinheiro e trabalho

Nath Finanças se sente orgulhosa por ter como origem um município da Baixada Fluminense e hoje ser acompanhada por milhares de pessoas, para as quais exerce influência positiva na vida financeira. Ela começou seu trabalho como influenciadora depois de ver tanta gente dando aulas sobre economia sem levar em consideração as dificuldades que a maioria da população brasileira passa no dia a dia.

Desde cedo, a autora sempre ouviu uma frase clássica: tempo é dinheiro. Quando mais nova, precisava acordar às cinco da manhã para pegar o trem em Nova Iguaçu até o centro do Rio, onde trabalhava. Duas horas e meia de ida, duas horas e meia de volta. Um total de cinco horas no transporte público para cumprir as seis horas de trabalho diárias em uma empresa em que atuava como estagiária. 

Seu salário era condizente com o período trabalhado, mas não com o total de onze horas gastos em prol do trabalho. Esse tempo todo no transporte público era praticamente um emprego não remunerado. No final das contas, era como se estivesse abrindo mão dessas horas gastas no trânsito. 

Mas não é tão fácil assim conseguir um trabalho com salário condizente com todas as horas dedicadas a ele, seja no escritório ou no deslocamento. Assim é a vida de milhões de brasileiros.  Pensando nisso, Nathália passou a se perguntar: tempo realmente é dinheiro?

A partir desse questionamento, teve o start em seu canal no YouTube, em que dá dicas simples e explica de forma didática o funcionamento de instituições e mecanismos financeiros com os quais lidamos diariamente, mesmo sem necessariamente ter uma boa noção de como funcionam.

Nossa relação com o dinheiro

Você fala com frequência sobre dinheiro com seus familiares? Quando era criança, teve conversas sobre as despesas da casa, o custo das compras do mês e das contas mensais? 

Na maioria dos casos, a resposta é não. Pais e mães não costumam compartilhar com os filhos a dor de cabeça para fechar as contas em seus primeiros anos de vida. Mas ninguém é bobo. 

Qual criança nunca percebeu um climão ao fim do mês? Aquele sentimento de passar aperto para fechar as contas é comum a milhões de brasileiros. E só aumenta com a falta de conhecimento sobre a relação com o dinheiro. 

Muita gente chega na vida adulta sem sequer saber a real diferença entre conta-corrente e poupança. Com uma relação de escassez e falta de maior conhecimento sobre dinheiro, como esperar que as pessoas saiam do ciclo de aperto? Não se trata apenas de querer ganhar milhões e fazer sua grana render na bolsa de valores, mas entender como não se enrolar em dívidas desnecessárias. 

Desejos versus necessidades 

A falta de uma educação financeira adequada afeta nossa vida em vários níveis. Um bom exemplo disso é um comportamento repetido por muita gente, que usa o consumo como meio de se relacionar com outras pessoas. Mas é possível ir além disso, entendendo um pouco dos próprios sentimentos ao lidar com a vontade de comprar.

Muitas vezes, satisfazemos nossas emoções comprando. Nem sempre a razão fala mais alto. Por isso, sempre que estiver pensando em fazer uma compra, pare e pergunte a si mesmo: 

  1. Trata-se de uma necessidade ou é apenas um desejo momentâneo? 
  2. Se for um desejo rapidamente saciado, quais serão as consequências financeiras para o futuro próximo? 
  3. Você realmente tem necessidade de comprar isso? 
  4. Sem responder com honestidade a essas perguntas, o aperto volta, sem ter hora para ir embora. 

Começando a controlar os gastos 

Chegamos à metade deste microbook com uma lição simples. Para começar a controlar seus gastos, você precisa separá-los em quatro categorias:

  • Gastos fixos: tudo que você paga mensalmente, sempre com o mesmo valor. Alguns exemplos são o aluguel, plano de saúde, academia e prestação da casa, do carro e de outros produtos. 
  • Gastos variáveis: aqui, entram contas que você paga todos os meses, mas que tem valores diferentes entre um mês e outro e por isso podem ser diminuídos. Quer exemplos? Contas de água, de luz, de internet, de celular, de supermercado, combustível, estacionamento, farmácia e transporte público. Nesta categoria, é importante também incluir despesas com lazer. Cinema, bar, festas, baladas e outras formas de entretenimento se enquadram aqui. Afinal, ninguém vive só de pagar boleto, não é mesmo? Em alguns casos, cortar todos os gastos com a própria diversão pode ser angustiante. Não precisa fazer isso. 
  • Despesas extras: essas contas não são mensais, mas precisam ser pagas. IPTU, IPVA, material escolar, uniforme das crianças no colégio, remédios que não são de uso contínuo. Não chegam a ser inesperados porque sua chegada já está prevista e isso precisa ser levado em conta ao fazer um planejamento financeiro consistente. Todo mundo sabe, por exemplo, que no começo de ano surgem os gastos com IPTU, IPVA e material escolar. Mas muita gente esquece.
  • Metas: você precisa definir suas metas, seja ela uma viagem ou um curso, não importa. Além de serem definidas, metas precisam ser quantificadas e anotadas no planejamento financeiro, para você saber a quantia que precisa guardar todos os meses. Você estipula o valor de acordo com sua renda. Se esperar sobrar dinheiro, em vez de definir previamente o quanto vai guardar, é provável que tenha mais dificuldade. Coloque a quantia que precisa ser economizada, para que essa reserva venha com mais facilidade. 

Reserva de emergência 

Imprevistos acontecem! Em toda lição sobre planejamento financeiro, existe uma ferramenta que vai salvar você nos momentos em que menos espera. A reserva de emergência é fundamental. 

Ter dinheiro guardado para eventualidades é muito importante, porque todos nós estamos sujeitos a imprevistos. Quem deseja ter controle também nos momentos difíceis precisa encarar a reserva de emergência como uma meta. Afinal, ninguém sabe quando vai perder o emprego, ter atrasos no pagamento, sofrer redução salarial ou mesmo ficar impossibilitado de trabalhar, se for autônomo. A pandemia do novo coronavírus é a prova disso. 

É a reserva de emergência que nos permite meses de respiro. Não tem segredo. Uma boa reserva tem o equivalente a seis meses de salário guardado. Mas claro, nem todo mundo tem condição de guardar um percentual considerável de seus rendimentos. 

Por isso, é importante pensar em metas realizáveis. Se você ganha pouco, não tem problema algum em guardar pouco dinheiro mês a mês, sempre dentro de suas condições.

Mas atenção! Um bom valor de reserva de emergência só pode ser definido depois que você trabalhar racionalmente sua relação com o dinheiro e tiver bem claro quais são as despesas mensais e quanto você ganha por mês. 

Pequenas economias do dia a dia 

Para atingir com mais facilidade suas metas, se livrar das dívidas e melhorar a saúde financeira, algumas pequenas economias do dia a dia ajudam muito. Nath Finanças conta que é frequentemente perguntada sobre economia doméstica, com pedidos de dicas sobre como se organizar. 

Se você pensar em todas as despesas de seu cotidiano, verá que algumas contas não podem ser deixadas de lado. Em compensação, comer fora, comprar roupas por impulso, não usar a razão na hora de adquirir novos produtos são algumas das atitudes que vão corroendo nosso orçamento aos poucos, sem que a gente perceba. 

Cartão de crédito e cheque especial

Se você já ouviu falar que o cartão de crédito é um vilão, saiba que ele pode ser mesmo. O mesmo vale para o cheque especial. Em compensação, eles podem ser bastante úteis se você souber usá-los a seu favor. 

É importante entender que é redondamente equivocado pensar no crédito, em suas variadas formas, como um dinheiro seu, uma renda extra, quase infinita. Essa definição equivocada é o primeiro passo para usar os cartões e o cheque especial de maneira indiscriminada, se endividando de um jeito quase impagável. 

Quem nunca parcelou as compras no cartão em incontáveis meses, foi acumulando compras diferentes e percebeu, então, que não tinha mais condições de pagar tantas parcelas juntas? O crédito deve ser usado para aqueles momentos de emergência, em que você precisa de uma compra para aquele momento e não tem todo o dinheiro para finalizar a transação. 

O cheque especial não é seu saldo. O cartão de crédito não é sua renda. Trata-se de dois produtos que você contrata e paga juros altíssimos em casos de atraso. 

E por fim...

Não desistir do caminho de ter uma vida financeira equilibrada já é uma vitória. Isso porque existem muitas pessoas com origens semelhantes à de Nath Finanças, que moram em periferias brasileiras com poucas perspectivas, ganham bem pouco e não dispõem de tempo para estudar as técnicas mais conhecidas para um equilíbrio das contas. 

Se hoje existem pessoas de todo o Brasil consumindo a produção de conteúdo dessa jovem brasileira, entendendo como funciona o sistema financeiro e aplicando suas lições para ter uma vida menos difícil, mesmo ganhando pouco e com poucas condições de prosperar, é sinal de que o trabalho da Nath Finanças está no caminho certo.  

Um orçamento financeiro sem falhas transforma a vida das pessoas!

Notas finais 

Se você ganha pouco, precisa tomar muito cuidado para não cair em armadilhas para deixar sua vida financeira ainda pior. No meio do caminho, podemos tomar atitudes equivocadas, sem que pensemos nas consequências futuras após gastos desnecessários e impensados. A maior lição de Nathália Rodrigues é que dá para ter uma relação mais positiva com nossa renda. E é um ensinamento para todos. 

Dica do 12min

Para entender mais sobre nossa relação com o dinheiro, também precisamos entender porque compramos o que compramos. No microbook A lógica do consumo, as lições são claras, didáticas e precisas. 

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Quem escreveu o livro?

Nathália Rodrigues se tornou voz de destaque sobre a forma como usamos dinheiro e é conhecida no mund... (Leia mais)

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