O Poder da Decisão - Resenha crítica - Steve McClatchy
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O Poder da Decisão - resenha crítica

O Poder da Decisão Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Gestão & Liderança

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Decide: Work Smarter, Reduce Your Stress, and Lead by Example

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-316-1373-9

Editora: Cultrix

Resenha crítica

Prevenção da dor

As tarefas que visam prevenir quaisquer tipos de dores nos impelem a realizar o que temos de fazer. Existe um velho ditado, segundo o qual, as únicas coisas que podemos tomar como certas nessa vida são os impostos e a morte.

Entretanto, o autor está seguro de que, se lhe questionasse acerca do que você necessita fazer hoje (assim como em quaisquer outros dias) para continuar vivo, você apresentaria uma lista bem mais longa.

Com efeito, todos temos responsabilidades; alguns indivíduos mais do que outros, em razão da família, do emprego, da idade etc. Há muitas responsabilidades que se enquadram no tipo “devem ser feitas” que acompanham o simples fato de você ganhar um salário. Afinal, o seu empregador paga o seu salário porque espera que determinadas tarefas sejam executadas por você.

Caso você esteja na escola, precisará estudar e tirar a máximo proveito das oportunidades de aprendizado, visando estar adequadamente preparado para o futuro. Objetivos comuns como ter uma casa própria, um automóvel ou, até mesmo, um animalzinho de estimação, são devidamente acompanhadas de diversas responsabilidades.

A criação dos filhos, por exemplo, se enquadra em uma categoria própria no que se refere a assumir responsabilidades, mas, todas as tarefas desse tipo que a acompanha.

Certas responsabilidades, tais como lidar com uma lesão ou uma doença, podem surgir sem o seu consentimento. Há outras, porém, com as quais você pode concordar; e outras, ainda, podem aparecer como um resultado indireto das suas decisões.

Sejam quantas forem as tarefas do tipo “devem ser feitas” (o autor prefere a expressão “ter que fazer”, mantendo sentido semântico) em sua programação, você pode preencher todo o seu dia com elas. Sempre haverá coisas a serem cuidadas, pagas, acompanhadas, alimentadas, limpas, conservadas, consertadas etc. 

O motivo principal pelo qual as tarefas que previnem a dor são incessantes, consiste no fato de que elas nunca desaparecem realmente e se repetem com o passar do tempo.

Na realidade, você não elimina a tarefa de lavar louças de sua lista de afazeres, uma vez que apenas a desloca para o final da lista. Isto se dá porque na próxima noite elas deverão ser lavadas novamente, assim como você checará o e-mail ou fará uma nova contagem de estoque.

Esses itens nunca são eliminados, mas apenas realocados para o fim de sua lista: eles reaparecerão, cedo ou tarde. Tarefas como lavar roupas, abastecer o carro e fazer compras devem ser repetidamente executadas, pois as coisas realmente necessárias para a manutenção de sua vida permanecerão enquanto você estiver vivo.

Caso se concentre em executá-las, prevenindo a dor, não estará diante do conceito de “ganho”, tal como definido por McClatchy. No máximo, poderá se livrar da dor e, consequentemente, não realizará nenhum progresso.

Não obstante, as tarefas que visam prevenir a dor são acompanhadas pelas mais variadas gradações de urgência. Você necessita concluir algumas delas. Determinadas incumbências dependem de prazos finais (geralmente, relacionadas às atividades profissionais). Outras, por sua vez, apresentam mais flexibilidade em prazos de conclusão (como limpar a sua casa, por exemplo).

Seja como for, você será o responsável por executá-las em dados momentos ou, em vez disso, arcar com as consequências de deixá-las incompletas. Há, porém, um elemento comum a todas as tarefas desse tipo: o fato de que, se elas forem negligenciadas, outras pessoas podem chamar a sua atenção a respeito delas.

Tarefas de ganho

As tarefas de ganho são diferentes das que simplesmente previnem a dor. Para discerni-las com clareza, os elementos a seguir podem ajudar a entender melhor como você se sentirá ao executá-las:

  • não há urgência: as tarefas de ganho nunca são urgentes, pois, quando se trata de obter resultados, a urgência – tomada por si mesma – é incapaz de resolver situações mais complexas. Para o nosso autor, a urgência não é um bom critério para embasar decisões acerca do que é importante o produzir resultados significativos em sua vida;
  • não é indispensável completar uma tarefa de ganho: as motivações para completar essas tarefas resultam da chance de obter melhores resultados e consideráveis progressos, não advindo do medo das consequências que podem ocorrer quando não são realizadas;
  • elas não podem ser delegadas: a natureza intrínseca dos objetivos ou da realização de ganhos implicam que apenas você poderá atingir os resultados que persegue. Sendo assim, é somente você que poderá experimentar a satisfação única e os progressos que provêm dessas atividades. Tenha em mente que é impossível delegar seus sonhos ou metas para terceiros.

Ganho e prevenção da dor precisam trabalhar juntos

O autor sustenta que o melhor a se fazer, ao nos encontramos em meio a esses dois tipos de tarefas, quais sejam, aquelas que previnem dor e aquelas que geram ganhos, é buscar o equilíbrio.

A sensação de equilíbrio se manifesta quando você realizou o que devia realizar a fim de manter a sua vida e prevenir as dores, bem como realizar algo a mais, ou seja, alguma coisa que não é tida como “obrigatória”, visando fazer sua vida avançar um pouco mais a cada dia.

De fato, muitos estão à procura deste “justo meio”, embora não se trate de algo que possamos simplesmente encontrar. É preciso, antes, criá-lo, assegurando a busca por resultados que justifiquem os seus esforços. Empreender um grande esforço somente para garantir a manutenção da vida tal como ela se encontra, tenderá a causar-lhe uma incômoda sensação de esgotamento.

Contudo, se os seus esforços focarem na produção de resultados realmente significativos, avançando rumo a um aprimoramento consistente, então, essa mesma quantidade de energia gasta será justificada e, logo, valerá a pena.

Tentamos, constantemente, equilibrar objetivos e aperfeiçoamento pessoal com a manutenção da vida – o “ter que fazer” com o “não ter de fazer”. Como tais metas são distintas e exclusivas de cada indivíduo, não há organizações ou empregadores que poderão oferecer um equilíbrio adequado entre vida pessoal e trabalho.

Ninguém pode alcançar isso para você. Obter mais tempo livre, com maiores bonificações e benefícios, além de mais flexibilidade, não propiciarão equilíbrio, a menos que você utilize essas vantagens no aprimoramento e na melhoria de sua vida. Detectar os ganhos ou seus objetivos e, assim, trabalhar pensando neles, amenizará a sua sensação de esgotamento – algo que, de resto, é tão comum nos atribulados dias de hoje.

A partir de cada pequeno passo, o progresso poderá ser visto e servir para fortalecer o seu vigor e o seu ímpeto. A consciência de estar em progresso, em movimento, evidenciará todos os seus esforços. Assim, você sempre terá algo a dizer a respeito de como desenvolver boas ideias e estratégias que funcionem para você.

Dentro de pouco tempo, ficará mais fácil perceber que os seus pensamentos giram sempre em tiro de alcançar os seus objetivos e do quanto sua vida melhorará depois que alcançá-los. Isso significa que você utilizará os recursos disponíveis para melhorar, em vez de se sentir confortável com o paradeiro típico das chamadas “zonas de conforto”. 

É a própria sensação da vida em constante movimento que criará, dinamicamente, o equilíbrio desejado. Sem embargo, avançar em direção a algo significativo e capaz de otimizar a sua vida, a rotina de sua equipe, de sua organização, de sua família, de seus relacionamentos etc., é o que fará com que a negatividade presente na depressão, no esgotamento e no estresse desapareçam de vez.

Dito de outra forma, trata-se de trabalhar arduamente para que a satisfação pessoal proveniente do equilíbrio assuma o controle e, se for o caso, ressignifiquem a sua vivência diária.

Crie um hábito

O que devemos fazer para que uma atividade se torne fácil e seja colocada no “piloto automático”? Basta torná-la um hábito, isto é, uma parte integrante de sua rotina! Se, por exemplo, você desenvolver o hábito de registrar suas tarefas em uma agenda, efetivamente reduzirá os seus níveis de procrastinação sempre que a qualidade for um critério relevante.

Cada uma das tarefas de ganho presentes na sua agenda o deixará mais perto dos resultados que gerarão progressos em sua vida. O modo de fazer isso consiste na criação de um hábito de planejamento.

Em seguida, quando o hábito já tiver se estabelecido, você não precisará mais se esforçar para encontrar a disciplina necessária para fazer o que deve.

Decisões de liderança

As decisões que você toma, bem como as consequências que elas geram, determinam quem você realmente é – definindo, também, se você pode (ou não) ser considerado um líder.

As consequências mencionadas podem resultar em má administração ou liderança. Se você utiliza as suas decisões para fazer as coisas avançarem, melhorando as situações que o cercam, então, você é, de fato, um líder.

Caso as suas decisões careçam de esforço, visão, inventividade ou coragem para fazer qualquer melhoria, então, você poderá ser, no máximo, um bom gerente. Desse modo, você pode ser competente em manter as coisas da forma que elas são e com decisões são baseadas em emoções (como o egoísmo, a inveja e o ressentimento) ou no ego, talvez você não tenha administrado bem as suas responsabilidades, deixando as coisas piores do que antes.

No mundo dos negócios, a liderança envolve a criação de caminhos e a possibilidade de fazer a organização avançar. Similarmente, a liderança pessoal refere-se à condução de sua vida em direções escolhidas livremente, em vez de utilizar ideias alheias a respeito de como a sua vida deveria ser.

Não é fácil identificar os elementos que o tornam exclusivo, principalmente, quando tudo o que você faz diariamente pode ser resumido à execução de tarefas preventivas da dor, como ir trabalhar diariamente, tirar o lixo e pagar boletos? Isso, por acaso, é diferente do que todos fazem? O que você conseguiu melhorar? O que criou? O que fez que não era necessariamente obrigado a fazer?

Lembre-se de que são as tarefas de ganho que o diferenciam de outros indivíduos. Buscar o ganho e fazer progressos significa liderar – os outros e a si mesmo. Essas atividades impedirão o seu esgotamento, fazendo com que seus esforços tenham significado, ocasionarão equilíbrio e satisfação, gerando o fôlego necessário para sempre seguir em frente.

Notas finais

Há certas coisas que você deve fazer em sua vida e, por outro lado, coisas que você não é coagido ou obrigado a fazer. Em termos práticos, as coisas mais relevantes e agradáveis, como a liderança, o aprimoramento, a realização e a felicidade, estão na segunda categoria, à medida que ninguém o responsabilizará por elas.

A mais importante mensagem do autor é que você precisa querê-las, esforçando-se para as merecê-las e consegui-las, a fim de tê-las definitivamente para si. Constituir um adequado equilíbrio na vida significa balancear a prevenção da dor (o que é indispensável fazer) e o ganho (o que você só fará se assim desejar).

Essa é a melhor forma de encerrar cada um dos seus dias se sentindo perfeitamente satisfeito com os esforços realizados. Além, é claro, de alterar suas prioridades visando a obtenção de resultados sempre superiores aos anteriormente alcançados.

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Quem escreveu o livro?

O autor aqui é Steve McClatchy, um palestrante e escritor que já ganhou diversos prêmios da New York Times, inclusive, pela presente obra. Este livro que foi traduzido em 9 línguas, mostra div... (Leia mais)

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