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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
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ISBN: 0717802418, 978- 0717802418
Editora: Editora Lafonte
Mudanças na economia geram mudanças na sociedade. Cada mudança nos relacionamentos sociais é causada por uma outra mudança no modo de produção que está relacionada ao método de criação das necessidades básicas de vida como comida, abrigo, transporte.
Nas sociedades primitivas por exemplo, os seres humanos só podiam fornecer alimento para as comunidades presentes. Por isso, as distinções de classes eram improváveis; as pessoas eram mais ou menos iguais.
Mas com o surgimento da agricultura, surgiu uma maneira mais eficiente de produzir alimento. De repente, existia uma abundância de alimento, suficiente para que os agricultores vendessem para outras pessoas.
Essa mudança no modo de produção causou o desenvolvimento de uma hierarquia entre aqueles que possuíam o alimento e aqueles que compravam. Então, o primeiro sistema de classes foi criado e a classe que detinha o poder econômico também detinha o poder político.
Historicamente, todas as sociedades se organizaram em hierarquias complicadas com classes conflitantes. Os limites que separam essas classes estão ligados ao grau de controle sobre os modos de produção. Em essência, a classe que controla as riquezas da sociedade também controla essa sociedade, usando sua posição para subjugar as outras classes.
No mundo Romano por exemplo, os escravos não podiam ter propriedades, o que aumentava ainda mais a opressão. E as coisas eram parecidas nas sociedades feudais da Europa medieval: os servos estavam presos às terras e tinham dívidas com os proprietários. Em outras palavras, esses proprietários eram donos dos servos e os forçavam a trabalhar na terra.
O relacionamento entre as classes opressivas e oprimidas foi o motor principal da história da humanidade. A história da sociedade é a história da luta de classes.
Todo mundo sabe que, antigamente, os reis e a igreja exerciam grande poder sobre as sociedades. Mas, atualmente, esse poder é relativamente pequeno, e o poder que já esteve nas mãos deles, agora está nas mãos dos donos das indústrias. Em outras palavras, esses donos são ,agora, a classe dominante.
No sistema feudal, os meios de produção (principalmente a terra) pertenciam à coroa e aos nobres – aristocracia e igreja. Como eram donos da terra, eles mantinham o controle sobre as outras classes. Os camponeses prestavam-se ao papel de servos, pois só assim conseguiam ter acesso às terras.
No entanto, a industrialização do século 18 trouxe maneiras alternativas de produção para os servos feudais, dando aos agricultores formas alternativas de trabalho para sobrevivência: o trabalho nas fábricas.
Os agricultores migraram da agricultura para a indústria, e o antigo sistema social desapareceu. No entanto, a opressão não desapareceu com ele, pelo contrário, uma nova e poderosa classe surgiu – a burguesia (ou os donos do capital industrial).
O surgimento da burguesia foi revolucionário: o feudalismo foi substituído pela “mão invisível” do livre mercado. Essa mudança, para o sistema capitalista, foi impulsionada pelo aumento da demanda de produtos e pelo aumento da população urbana, já que os camponeses foram expulsos de suas terras e precisaram pensar em uma alternativa viável para sobreviverem.
Com isso, os mestres de corporações de ofício foram substituídos pelos burgueses e as máquinas à vapor surgiram rapidamente. Esse foi o início da indústria moderna.
No entanto, a hierarquia social básica continuou a mesma: trabalhadores que vendiam sua força de trabalho por um salário inferior à quantidade de capital que produziam.
Em termos concretos, quando um trabalhador em uma fábrica cria uma cadeira, seu salário não é igual ao preço da cadeira. Ao invés disso, ele só recebe uma fração do valor. O restante do capital vai para as mãos da burguesia, que aumenta seu poder cada vez mais.
Enquanto isso, a burguesia está constantemente procurando por mais capital e mais mercados a serem explorados; e isso fez do capitalismo um fenômeno global. Graças ao poder crescente da burguesia, o capitalismo se tornou uma doutrina econômica definitiva em nossos dias.
Nos dias de hoje, o rei opressor foi substituído pela burguesia. Como estão no controle, uma nova classe oprimida também surgiu: a classe de trabalhadores proletariados.
Você não trabalha e produz para si, mas para um dono de fábrica que vai te pagar apenas o que você precisa para sobreviver - não porque ele se importa com você, mas para que você continue trabalhando para ele e ajudando a aumentar seu negócio.
Então, desde que você tenha um trabalho, pode se manter vivo. E quando sua força de trabalho não for mais suficiente para aumentar as riquezas da burguesia, morrerá. Dessa maneira, trabalhadores não passam de mercadorias.
Além disso, com cada aumento na divisão de trabalho, os trabalhadores são cada vez mais insignificantes – com tarefas mais simples, menores e mais especializadas.
Ao invés de pensar em indivíduos produzindo um produto inteiro, eles agora sofrem a monotonia de realizar a mesma tarefa na fábrica, o dia inteiro, por um salário minúsculo. Todos os aspectos da humanidade não importam mais no capitalismo: idade, gênero, desejos e aspirações perdem suas validades; indivíduos são partes de uma máquina.
Como resultado do aumento da escala de produção industrial, existem mais trabalhadores do que nunca. Além disso, os meios de comunicação cresceram com a aglomeração das cidades, e as diferenças entre esses trabalhadores desapareceram, já que não passam de commodity.
Embora os trabalhadores sejam forçados a entrar em uma competição direta, um contra o outro em termos de força de trabalho e salário, eles perceberam que só poderiam desafiar o sistema da classe burguesa, se unindo. O proletariado é uma força revolucionária, e os trabalhadores organizaram-se em sindicatos para defender a classe e para criar uma sociedade mais justa.
Desde o nascimento da classe de proletariados, os trabalhadores lutam contra a burguesia. Logo, os capitalistas vão perceber que criaram a classe que pode destruí-los.
A burguesia então exerceu um papel muito revolucionário no mundo. Ela colocou um fim nos relacionamentos patriarcais e ultrapassados com origem no feudalismo; eliminou os relacionamentos que prendiam as pessoas a seus superiores e, agora, todas as relações dos homens são caracterizadas por interesses egoístas. O sentimentalismo e o fervor religioso foram sacrificados também.
O valor pessoal agora é medido pelo valor de troca, e a única liberdade é o “livre mercado”. A burguesia mudou todas as ocupações e agora todos precisam trabalhar para ganhar um salário e sobreviver, mesmo aqueles que possuem profissões honrosas como os médicos. E de maneira semelhante, as relações familiares perderam seus sentimentalismos e foram reduzidas a relações financeiras.
Como a burguesia precisa expandir seu mercado constantemente, ela consegue estabelecer conexões em todo o mundo. A produção e o consumo assumiram um papel importante em cada país. E isso é verdade para os materiais e para as produções intelectuais, já que a soberania nacional está cada vez mais insustentável. A burguesia leva todas as nações a adotar seus modos de produção. Ela cria um mundo à sua própria imagem. E todos tornam-se dependentes dela.
Segundo os autores, a sociedade burguesa moderna está em um processo de mudança e extinção, lutando contra si. As forças produtivas modernas estão se revoltando contra as condições de produção. As crises comerciais, causadas pela superprodução, estão ameaçando a existência da sociedade burguesa. E em uma tentativa de remediar essas crises, a burguesia causa novas crises. O que isso tudo significa? As armas utilizadas pela burguesia para acabar com a sociedade feudal, estão se voltando contra a própria classe.
Com a evolução da burguesia, o proletariado também evoluiu, já que passou a ser obrigado a vender sua força de trabalho e a se sujeitar às mudanças no mercado e na concorrência. Além disso, como todos são considerados mercadorias, diferenças de idade e de sexo já não existem mais.
A luta contra a burguesia é lenta e começa pequena: os proletários assumem a causa isoladamente até que o número de apoiadores aumenta. Mas atacar o burguês não é suficiente, é preciso atacar também o meio de produção e lutar para conquistar uma nova posição.
Com o crescimento dos proletários que querem lutar contra a burguesia, nasceram os sindicatos. Eles foram fundados para apoiarem os trabalhadores, tornando-se associações contra a burguesia e a favor dos direitos do proletariado.
Apesar da organização dos proletariados ser ameaçada pela competição entre eles pelo trabalho, a classe ganha cada vez mais força. Para os autores, a única classe que tem alguma chance contra a burguesia, é o proletariado. Todas as outras classes são muito conservadoras e só lutam para preservar sua existência.
Além disso, historicamente o proletariado também é único. No passado, quando uma classe subia, tentava sujeitar a sociedade toda à sua maneira, se apropriando dos meios de produção. Mas o proletariado não tem qualquer propriedade para reter ou se expandir. Além disso, enquanto os movimentos passados começaram a partir de minorias, o proletariado é composto pela maioria das pessoas, agindo em favor dos interesses dessa maioria.
Os comunistas querem unir os trabalhadores por uma causa comum: a promoção da luta contra a burguesia. Embora os sindicatos estejam surgindo em todos os países e indústrias, as redes de relacionamento ainda são muito pequenas em comparação com o poder global da burguesia, com o poder econômico e suas conexões internacionais.
Então, comunistas internacionais decidiram representar os interesses do proletariado como uma classe global. Esses comunistas surgiram dos partidos dos trabalhadores e organizações no mundo todo; e trazem com eles um movimento global dos proletariados que transcende limites nacionais.
Os comunistas propõem a extinção da propriedade privada e da família. Essa abolição é necessária, já que nem todos os indivíduos têm o direito de usufruir dela. Muitas pessoas não conseguem entender essa questão, porque acreditam que ganhar dinheiro e adquirir uma propriedade privada no capitalismo é a única coisa que motiva as pessoas a trabalharem. Essas pessoas acreditam que abolir a propriedade privada teria consequências econômicas fatais, já que nada seria produzido.
Mas o proletariado não cria qualquer propriedade para ele através do trabalho. Trabalhadores são pagos com um valor mínimo para garantir que continuem trabalhando, o que certamente não é o suficiente para construírem seu próprio capital.
Os únicos que se beneficiam da propriedade criada pelo trabalho assalariado, são os que pertencem à burguesia. E essa propriedade é a base para seu domínio sobre os proletariados. Em essência, os proletariados criam o instrumento para sua própria exploração no capitalismo.
Portanto, não há base lógica para o domínio de indivíduos ou de capital privado sobre a regra do proletariado: a criação de capital exige uma sociedade inteira e deve ser mantida por todos.
Por essa razão, os planos dos comunistas são imediatos e decisivos: os proletariados unidos devem derrubar a burguesia e roubar o poder político para redistribuir a riqueza para todos na sociedade.
Para o surgimento de uma sociedade comunista justa e reta, dez condições precisam ser cumpridas:
As pessoas que começaram o movimento comunista crítico utópico, entendiam bem os conflitos existentes entre as classes e os fatores que poderiam acabar com o domínio da burguesia. Mas apesar disso, não foram capazes de reconhecer nenhuma iniciativa histórica ou capacidade de organização de um movimento por parte do proletariado.
Como a classe operária é o elo mais fraco e que mais sofre, essas pessoas a defendem; e também consideram a luta de classes primitiva, devendo ser superada. O objetivo principal é a busca por condições melhores para todas as classes, incluindo as mais altas. E com essa busca, deve-se afastar possibilidades de ações políticas revolucionárias, buscando os objetivos de forma pacífica e amigável.
Pelo fato de buscar e pretender a eliminação do antagonismo entre as classes, fazemos a utilização da definição de utopia. Apesar dessa definição, com o aumento da luta de classes e da desigualdade, este movimento ganha mais importância na sociedade.
Obviamente, o plano radical das comunidades para a transformação da sociedade encontrou uma oposição muito forte. Mas para Marx e Engels, as críticas são hipócritas e inválidas.
O comunismo foi acusado de trabalhar contra a família, mas segundo os autores, isso não é verdade. Eles exigem que as crianças sejam educadas publicamente ao invés de serem educadas em suas casas, e por isso o comunismo é acusado de degradar os valores e laços das famílias tradicionais.
Mas essa crítica é absurda. As famílias já foram arruinadas pelo capitalismo. Mães que trabalham 60 horas por semana e crianças escravizadas em fábricas e reduzidas a simples mercadorias. O comunismo só propõe que a educação seja livre, e livre da influência das classes dominantes.
Outras pessoas podem acreditar que o comunismo tira a nacionalidade dos trabalhadores. Mas a verdade é que, os trabalhadores já não possuem nacionalidade.
Trabalhadores não são representados pelos grandes valores e histórias atribuídas aos nacionalistas de suas nações. Ao invés disso, eles são representados por sua força de trabalho e posição como sujeitos oprimidos.
Os comunistas não devem ser responsabilizados pelo que não fizeram. Embora o comunismo comece com um controle político a nível nacional, o objetivo dos comunistas é acabar com as fronteiras nacionais. Trabalhadores de todos os países estão cada vez mais parecidos através da padronização, do comércio internacional e de uma causa comum, que vai tornar o processo mais fácil.
Além disso, algumas pessoas lamentam que o comunismo pretende destruir a religião. E essa crítica é verdade!
Afinal de contas, o comunismo trabalha para substituir os padrões morais existentes, já que eles foram criados pelas relações de poder opressivas da nossa sociedade capitalista. Tradicionalmente, o principal propósito da religião é apoiar as classes dominantes.
Na sociedade feudal, a religião apoiava o direito de governar do rei; no capitalismo, a igreja se posiciona contra os movimentos socialistas e comunistas. O papel da igreja ao manter a hierarquia de classes implica que a religião deve ser eliminada com o resto do mundo velho.
Para os autores, as críticas enfrentadas pelo comunismo são fracas. Elas só demonstram que muitas pessoas ainda não entenderam as causas e demandas do movimento dos trabalhadores.
O manifesto comunista passou a ser um famoso objeto de estudo sobre o assunto. As ideias contidas aqui buscam contrariar o acúmulo de capital, através do compartilhamento e da busca pela igualdade. O livro tenta acabar com a miséria e com a exploração da mão de obra, promovendo a equidade social. Os autores estão convocando a união dos trabalhadores, prometendo liberdade e um mundo melhor.
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