O Herói de Mil Faces - Resenha crítica - Joseph Campbell
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O Herói de Mil Faces - resenha crítica

O Herói de Mil Faces Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Sociedade & Política

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Hero with a Thousand Faces

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8531502942

Editora: Pensamento

Resenha crítica

O que é mito?

Segundo Campbell, a resposta dessa pergunta é bem simples: “mito” é a projeção dos sonhos coletivos de uma determinada cultura. Eles podem ser caracterizados, também, como um esforço narrativo e de compreensão coletiva dos grandes momentos deste imenso palco que chamamos de mundo.

Os passos da jornada do herói

O nosso autor estabelece um padrão extensivo a, praticamente, todas as formas possíveis de contar uma história, comumente conhecido como “a jornada do herói” ou monomito.

Trata-se, basicamente, do enredo de todos os filmes – e a maioria dos livros – já escritos. Afinal, todas as histórias de todas as culturas são essencialmente as mesmas, uma vez que tentam transmitir as verdades universais da vida, refletindo as experiências de cada um (microcosmo) como parte de um todo maior (macrocosmo).

A jornada do herói consiste em uma série de etapas especificamente estabelecidas, uma a uma, por Campbell:

  • O chamado da aventura;
  • A recusa do chamado;
  • O encontro com o mentor (ou ajuda sobrenatural);
  • A travessia do primeiro limiar;
  • O ventre da baleia (testes, aliados e inimigos);
  • A aproximação da caverna oculta;
  • A provação suprema;
  • A recompensa;
  • O caminho de volta;
  • A ressurreição;
  • O retorno com o elixir.

O chamado da aventura

Campbell inicia a apresentação do primeiro passo da jornada do herói com uma releitura do famoso conto de fadas “A Princesa e o Sapo”. Nessa história, uma princesa deixa cair sua bola dourada na água.

Um sapo pergunta se ele pode ajudar e a princesa promete-lhe qualquer coisa se ele puder pegar a bola de volta. O animal devolve o item e pede para ser seu amigo e companheiro inseparável daquele momento em diante.

A princesa fica perplexa, mas não há outra solução: ela já havia empenhado sua palavra. Mas, não se preocupe: como você pode suspeitar, ele se transforma em um lindo príncipe quando ela finalmente decide beijá-lo.

O sapo devolvendo a bola dourada da princesa é um bom exemplo do chamado para a aventura. O chamado é uma crise: algo que estimula o herói ou a heroína a entrar em ação.

O chamado da aventura também envolve perigos, ameaças e lugares sombrios como uma floresta ou, no caso de “A princesa e o sapo”, o fundo de um lago. Um arauto deve estar envolvido, anunciando o perigo ou a tarefa a ser realizada.

A recusa do chamado

Em certas ocasiões, o herói não atende ao chamado ou não deseja assumir a tarefa que lhe é imposta. Entretanto, a história deixa bem claro: recusar o chamado é uma má ideia. Por quê? Porque leva à estagnação e à recusa de avançar na vida.

O ser divino ligado ao herói o assedia constantemente, prendendo-o em um labirinto simbólico. Um bom exemplo disso é a história de Dafne, que foge dos braços amorosos do deus Apolo e, como resultado, é transformada em uma planta.

Campbell observa que o filósofo Carl Jung acredita que a psicanálise encontra padrões e fixações muito semelhantes à história de Dafne. Nosso autor relata as histórias da “Bela Adormecida” e de Kamar al-Zaman das “Mil e Uma Noites” para demonstrar o que acontece quando o herói recusa o chamado.

A ajuda sobrenatural

Para os heróis que atendem o chamado da aventura, seu primeiro encontro com o mundo exterior e os desafios que precisam enfrentar se dá por meio de um mentor. Este, por sua vez, é um mago, um anão ou alguma figura semelhante que fornece proteção para o herói no primeiro estágio de sua jornada.

Esta ajuda poderia ser a Santíssima Virgem em histórias cristãs, a Mulher-Aranha em histórias africanas, um bruxo ou um deus como Hermes e tantos outros. O mentor representa o destino e serve como um conforto e uma garantia para o herói em suas aventuras.

A travessia do primeiro limiar

Com o destino assumindo uma forma amigável (e geralmente barbada), o herói avança até encontrar um "guardião da travessia". Além deste guardião, está o desconhecido: a escuridão e o perigo.

O guardião é geralmente trapaceiro e enganador, traços diferentes daqueles que demonstra no primeiro contato com o herói. Não obstante, ele também tem sabedoria sobre a escuridão. Esses são os seus dois aspectos-chave.

O guardião pode ser protetor e, assim, advertir o herói acerca dos riscos que assumirá ao se aventurar para além do mundo conhecido. Entretanto, somente passando o guardião, o herói poderá obter o conhecimento e o poder de que necessita.

Com efeito, ao passar ou ao derrotar o guardião, o herói entra em um novo estágio de existência, deixando sua antiga vida para trás.

O ventre da baleia

Após ultrapassar o primeiro limiar, o herói entra em um estado chamado de "ventre da baleia". Ele é engolido pelo poder do limiar – simbolizado por um monstro marinho ou algo similar – e parece ter morrido.

Atravessar o limiar pode ser visto como uma espécie de autoaniquilação ou uma transformação em outro estado de ser.

A aproximação da caverna oculta

O herói alcança a caverna oculta, chegando, finalmente, a um lugar perigoso, muitas vezes representado no subsolo, onde o objeto de sua busca – o seu Santo Graal – está escondido.

A provação suprema

O herói suporta a provação suprema e chega ao “fundo do poço”. Ele encara a morte de frente, vendo-se obrigado a lutar contra o mal personificado em uma besta ou fera mítica.

Este é um momento crítico em qualquer história, uma provação na qual o herói parece morrer e nascer de novo.

Uma das principais fontes da poderosa magia do herói se realiza quando o público se identifica com ele, sendo encorajado a compartilhar e experimentar, ao seu lado, o sentimento de morte, apenas para celebrar com mais vigor a sua vitória final.

A recompensa

Tendo sobrevivido à morte, derrotado o dragão, aniquilado o Minotauro etc., o herói agora toma posse do tesouro que ele procurava. Às vezes, a recompensa é o conhecimento e a experiência necessária para o levar a um maior entendimento e à reconciliação com forças hostis.

O herói também pode se reconciliar com uma mulher. As mulheres, nessas histórias, (ou homens, no caso das heroínas) tendem a ser “metamorfos”: elas parecem mudar de forma ou idade, refletindo os aspectos confusos e em constante mudança do sexo oposto, como vistos sob a perspectiva do herói.

O caminho de volta

Nesse estágio, o herói ainda não está fora do mundo no qual se aventurou. Algumas das melhores cenas de perseguição vêm neste momento, com o herói sendo perseguido pelas forças vingativas de quem ele conquistou o elixir ou o tesouro.

A ressurreição

O herói emerge daquele mundo, transformado pela experiência, ou seja, renascido como um novo homem.

O retorno com o elixir

O herói volta ao seu mundo comum. Todavia, sua aventura não teria sentido caso não trouxesse de volta o elixir, o tesouro, ou alguma lição do mundo em que esteve lutando.

O elixir não precisa, necessariamente, material. Às vezes, é apenas um novo conhecimento ou experiência. Porém, a menos que o herói volte com algo, estará fadado a repetir integralmente sua jornada.

Notas finais

Todos somos limitados por quem somos: cada um de nós representa, apenas, uma pequena parte da humanidade. A totalidade do homem existe apenas em sociedade, sendo impossível encontrá-la isolada em um único indivíduo.

Portanto, rituais de nascimento, morte, casamentos e eventos similares ajudam a nos conectar a esse todo maior, integrando-nos a uma comunidade. Ser retirado desse senso de comunidade pode ser muito doloroso.

Ritos de passagem, de mudança das estações e assim por diante, são um reconhecimento de que a vida adentra uma nova fase e, nesse sentido, devem ser celebrados, como eram nas culturas antigas.

Dica do 12min

Se você gostou deste microbook e deseja saber mais sobre a jornada do herói e o papel do mito em nossa sociedade, acesse o canal no YouTube da escola internacional de Filosofia Nova Acrópole. Lá, você encontrará uma interessante aula comentada do “Herói de Mil Faces”!

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Quem escreveu o livro?

Joseph Campbell, autor do presente livro, foi um mitologista, conferencista, professor e escritor. Ele ajudou a ver gerações a verem além da razão, recuperando ritos, metáforas e imag... (Leia mais)

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