O grande livro de ciências do manual do mundo - Resenha crítica - Mari Fulfaro
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O grande livro de ciências do manual do mundo - resenha crítica

O grande livro de ciências do manual do mundo Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ciência

Este microbook é uma resenha crítica da obra: O grande livro de ciências do manual do mundo

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-4310-866-7

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

Os ramos da ciência 

Para começo de conversa, vamos entender a divisão da ciência. São três áreas principais.

A ciência da vida é a biologia, ramo que estuda os seres vivos, como plantas, animais e organismos unicelulares. Já a ciência da Terra estuda o planeta e outros astros, além de componentes não vivos e sua história.

Por fim, a ciência física é a responsável por tratar da matéria e da energia. É o ramo que detalha os componentes básicos do universo. Aqui, estão incluídas disciplinas como a Física e a Química. 

Agora, vamos conhecer alguns dos principais conceitos dessas áreas da ciência. 

Matéria e átomos

Passamos agora para itens básicos da composição dos corpos. Matéria é tudo aquilo que podemos ver, tocar, cheirar ou sentir. Outra definição muito conhecida para matéria é tudo o que possui massa e ocupa espaço. Lembre-se que aí também está incluído o ar que respiramos. 

O átomo é a menor unidade da matéria. Dividindo um objeto em infinitas partes, a menor delas será um átomo. Deu para entender?

Movimento

Movimento é a mudança de posição de um corpo em relação a outro corpo. E o movimento está em todos os lugares. O tempo todo. Desde virar a cabeça para os lados até a rotação da Terra em torno do Sol. 

É importante entender o conceito de movimento relativo. Imagine-se parado ao lado de uma estrada. Se um caminhão passar a 50 quilômetros por hora, você o verá se movendo. Mas se estiver em um carro ao lado desse caminhão, também se locomovendo a 50 quilômetros por hora, o caminhão vai parecer imóvel.

Isso porque o movimento é relativo, tendo sua descrição diretamente relacionada a um ponto de referência. 

Força 

É a força que faz um corpo se mover, os carros acelerarem, as rodas de uma bicicleta girarem. A força é um empurrão e também um puxão. Força é necessária para modificar o movimento de um corpo.

Toda força possui um módulo, que é um valor, uma direção e um sentido. Força pode ser definida como o agente físico capaz de alterar o estado de repouso ou de movimento uniforme de um corpo. 

Inércia e momento

Inércia é a resistência que a matéria tem a mudanças de movimento. Ela sempre vai permanecer em repouso ou em movimento até sofrer ação de uma força, modificando este movimento. Isso foi definido pela primeira lei de Newton, a chamada Lei da Inércia. 

Leis de Newton

São três as leis elaboradas pelo cientista Isaac Newton. Esses três princípios fundamentais ajudam a compreender os movimentos de corpos. 

A primeira lei de Newton é a Lei da Inércia. Esta lei possui o seguinte princípio: “um corpo em movimento retilíneo e uniforme permanece em movimento retilíneo e uniforme, e um corpo em repouso permanece em repouso a menos que haja uma força resultante agindo sobre ele.” 

A segunda lei de Newton também é conhecida como o Princípio Fundamental da Dinâmica. Segundo ela, a aceleração de um corpo é igual à força resultante a qual o corpo está sujeito, dividida pela sua massa.

Por fim, a terceira lei de Newton é a Lei da Ação e Reação: “as forças atuam aos pares: para cada ação existe uma reação de módulo e direção iguais, mas sentido contrário.”

A lei da gravidade 

A gravidade é a de atração entre corpos dotados de massa. Essa força não atua apenas quando os corpos caem no chão, mas afeta todos os corpos, o tempo todo. Sua intensidade depende da massa e da distância entre os corpos. 

Massas maiores exercem maior gravidade e corpos mais próximos se atraem com mais intensidade. Mas a força da gravidade entre os objetos na Terra é tão ínfima que chega a ser desprezível se comparada à força da gravidade da Terra. Esta nos atrai para o seu centro, motivo pelo qual é impossível voar. 

O sistema solar 

Para se ter uma noção do gigantismo do Sistema Solar, a distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros. E é apenas uma pequena fração do raio do Sistema Solar. Nele, estão todos os astros sob influência direta da gravidade do Sol, como seus oito planetas, luas, cometas e asteroides.  

A Terra 

Com um formato de uma esfera levemente achatada, a Terra se parece com uma bola de borracha apertada na mão. Mas não é uma distorção muito grande. Esse achatamento foi causado pelo movimento de rotação. É como se você girasse uma bola de massa, a ponto de ela ir se esticando até formar uma pizza.

Rotação

A Terra gira em torno de uma linha vertical imaginária, que vai do Polo Norte ao Polo Sul. Esse movimento é chamado de rotação. Uma rotação completa dura 24 horas e cria a ilusão de que o Sol se movimenta no céu.  Simplificando, a rotação é o movimento da Terra em torno dela mesma.

Translação

Já a translação é o movimento da Terra ao redor do Sol. Uma translação completa dura 365,25 dias. É por isso que a cada quatro anos, ganhamos um dia a mais, vivendo um ano bissexto. Esse caminho em torno do Sol é chamado de órbita, que desenha uma elipse, um círculo alongado, oval. É por isso que a distância entre a Terra e o Sol varia durante o ano. 

Inclinação da Terra

O eixo da Terra tem uma inclinação de 23,44º em relação à linha perpendicular ao plano da órbita. Por causa dessa inclinação, a luz solar incide na superfície com ângulos diferentes nos diversos estágios da órbita. Por isso, alguns lados da Terra são bem mais quentes do que outros. 

As estações do ano

A combinação entre a órbita da Terra e a inclinação do eixo dá origem às estações do ano. Se o hemisfério sul está inclinado em direção ao Sol, os raios solares incidem com um ângulo maior e por mais tempo, recebendo mais energia do Sol. Isso corresponde ao verão neste hemisfério. Quando o verão está no hemisfério norte, é sinal de que este lado está mais inclinado em direção ao Sol. 

Estrelas

As estrelas são astros que emitem energia na forma de luz e calor. Elas são feitas de gases. Quando comprimidos pela força da gravidade, deixam a temperatura no centro da estrela tão alta que os núcleos dos átomos começam a se fundir, transformando hidrogênio em hélio. 

O nome desta reação é fusão nuclear, gerando grandes quantidades de energia, irradiada para o espaço em vários comprimentos de onda do espectro eletromagnético, fazendo as estrelas brilharem para o nosso encanto.  

A origem do universo

Durante os séculos, muitas teorias foram criadas para tentar explicar a origem do Universo. Essas três são as mais conhecidas. 

Teoria do Universo Estacionário: o Universo sempre existiu da mesma forma. Ao se expandir, uma nova matéria é criada, mantendo uma densidade constante. Dos anos 1960 para cá, informações colhidas mostraram que esse modelo é pouco provável de ser real. 

Teoria do Universo Oscilante: neste caso, o Universo alterna ciclos de expansão e contração. Um processo parecido com um balão sendo enchido, esvaziado e enchido outra vez. Mas, atualmente, o Universo está em permanente expansão, sem indicação de ser contraído num futuro próximo.

Teoria do Big Bang: é a teoria mais aceita no momento, segundo a qual o Universo surgiu há cerca de 14 bilhões de anos, a partir de um único ponto menor do que um átomo. Muito quente e denso, começou a se expandir até o bang, um estouro de proporções gigantescas. Assim, a nova matéria esfriou, formando diferentes corpos celestes, como planetas, satélites e estrelas. E o Universo continua em expansão até hoje.  

Teoria da evolução 

Segundo esta teoria, as espécies que vivem na Terra existiam de uma forma muito diferente há milhões de anos. Cada uma delas foi mudando ao longo de muitas gerações na evolução, para se adaptar às condições de cada ambiente.

Charles Darwin e a seleção natural

Ainda falando da Teoria da Evolução, Charles Darwin foi o cientista que desenvolveu o conceito de seleção natural. Quase todos os conhecimentos sobre evolução são baseados nas descobertas e ideias deste cientista. 

Segundo a seleção natural, a modificação das espécies ao longo do tempo visa a uma adaptação ao ambiente em que vivem. A competição pela sobrevivência ocorre porque o espaço e o alimento são limitados, e só sobrevivem os mais aptos, permitindo que sua espécie não seja extinta. 

Ecologia e ecossistemas

Ecologia é o estudo da relação dos organismos entre si e com o ambiente.  Os ecologistas estudam ecossistemas, um conjunto de todos os organismos e fatores ambientais de cada região, além das interações no local. O conjunto de todos os ecossistemas da Terra é chamado de biosfera. 

Recursos naturais 

Recurso natural é tudo o que existe na natureza com alguma utilidade para os seres humanos. Água, luz solar, alimento, ar, petróleo, algodão, ouro e árvores são todos recursos naturais. Os recursos naturais que podem ser reciclados ou substituídos pela natureza em menos de 100 anos são chamados recursos renováveis.

Já os recursos naturais com renovação demorando até milhões de anos são chamados de recursos não renováveis. Grande parte desses recursos é usada diariamente, a partir de combustíveis fósseis. Eles causam um enorme impacto no meio ambiente, muitas vezes na forma de poluição. 

E é dever de cada um de nós zelar pela natureza e pelo nosso planeta. Sem conhecimento científico, isso jamais será possível. Deu para aprender o básico?

Notas finais 

O conhecimento científico é indispensável para o entendimento do mundo como ele funciona, de fato. Também é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento da sociedade. Não pode ser restrito apenas a uns poucos privilegiados, precisa ser disseminado. E o trabalho tanto do canal Manual do Mundo, no YouTube, quanto neste livro é um serviço de utilidade pública. Que o conhecimento científico se dissemine cada vez mais.

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