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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Non obvious megatrends: How to see what others miss and predict the future
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-1-94085-896-8
Editora: Buzz Editora
Como as tendências representam conceitos centrais desta obra, é imprescindível determinar sua conceituação. De acordo com Bhargava, uma tendência consiste na “observação, com curadoria, do presente em aceleração”.
Dito de outra forma, as tendências são importantes porque envolvem uma mudança no comportamento ou nas crenças humanas. Elas diferem dos “modismos”, que não duram muito e, tampouco, geram mudanças permanentes.
São, portanto, bússolas apontando para futuras possibilidades. O autor critica as previsões futurísticas, sem base na realidade e com baixa probabilidade de acontecerem.
Em contraste, Bhargava argumenta que suas “tendências com curadoria” têm uma alta possibilidade de ocorrerem, pois estão fortemente ancoradas no presente, representando alterações significativas nas formas pelas quais as pessoas vivem e interagem com o mundo.
O objetivo do autor é ensinar os leitores a enxergarem as coisas que a maioria não percebe. Esse conceito é chamado de “não óbvio”. Aprender como fazer isso pode mudar o seu negócio e a sua carreira.
A meta de um curador reside em reunir itens e exemplos individuais, integrando-os em uma dada narrativa. Eles dotam de significado os elementos aparentemente isolados, organizando-os em temas que “contam histórias”.
Ao reunir informações e dados, reflita sobre eles para entender o que está vendo. A partir disso, quais histórias seriam possíveis contar? A curiosidade precede as maiores descobertas. Desse modo, sempre dedique tempo para investigar e tirar dúvidas.
Redefina seus comentários e pensamentos, para serem significativos. Fique confortável com o silêncio. Utilize as pausas como momentos para selecionar as palavras certas que serão usadas em suas próximas ações.
Em todas as tendências, sempre há 3 elementos: ideia, impacto e aceleração. Nesse contexto, as “megatendências” são descrições exclusivas de mudanças na cultura, nos negócios etc.
Elas devem ser descritas com concisão, caso contrário, perderão a força de seu significado. Quanto ao impacto, ele ocorre quando as pessoas e/ou as empresas são motivadas – conscientemente ou não – a mudarem os seus comportamentos.
É provável que as grandes tendências continuem a afetar o modo de agir das organizações e dos consumidores por longos períodos. Assim, aproveite todas as oportunidades que identificar para criar experiências únicas, em vez de se concentrar, apenas, em vender mais produtos e/ou serviços.
Bhargava desenvolveu esses hábitos com base no extenso trabalho que realizou. Neste processo, leu uma dezena de livros de analistas, futuristas e, ainda, entrevistou vários curadores de arte, para aproveitar seus métodos para aplicá-los na curadoria de ideias. Por fim, chegou a esses princípios:
De acordo com o autor, os erros na maioria das previsões sobre tendências ocorrem devido aos seguintes motivos:
Com certeza, você já ouviu a famosa expressão “encontrar uma agulha em um palheiro”, não é mesmo? Pois bem, o método “Palheiro” descreve um processo no qual é preciso se concentrar em reunir histórias e ideias (a palha) para, em seguida, utilizá-las na definição de uma tendência (a agulha) que dê significado a todas elas.
O futurista John Naisbitt afirma que, se desejamos antecipar o que há por vir, devemos começar por compreender melhor o presente. Assim, uma tendência é, inicialmente, a “observação – com curadoria – do presente em aceleração”.
Muitas tendências identificadas pela mídia não passam de “modismos”, isto é, coisas que se popularizam por um breve período, mas não duram. Frequentemente, uma moda passageira está ligada a um único produto ou setor.
As tendências, por outro lado, envolvem mudanças profundas nos comportamentos ou nas crenças humanas. Um bom exemplo dessa diferenciação pode ser encontrado na seguinte colocação de nosso autor:
“Há alguns anos, me perguntaram se eu considerava o surgimento da impressão 3D uma tendência. Respondi que não, porém, vi a ascensão de um movimento criativo, no qual as pessoas começaram a sentir um forte desejo por novidades.”
As verdadeiras tendências são significativas devido ao seu contexto mais amplo e sentido subjacente. Sem essa síntese, elas não são particularmente interessantes ou úteis. Os componentes do método “Palheiro” são:
O primeiro componente, “compilar”, representa as notas detalhadas que você deve tirar de cada livro que ler. Após revisar as suas anotações, pode extrair as 5 ideias centrais da obra.
Ao “agregar”, por exemplo, durante um mês, 5 ideias centrais de 5 diferentes livros, conecte-as com a hierarquia de necessidades de Maslow (se você não conhece este sistema, saiba como encontrá-lo no final deste microbook).
Procure responder: “por que cada ideia é importante?”; “por que alguém se preocuparia com isso?; “como é possível agrupar as ideias?”. Uma boa dica é reuni-las por habilidades.
No entanto, várias habilidades estão relacionadas entre si, portanto, você pode encontrar grupos bastante abrangentes para usar, ou seja, abuse de sua versatilidade nesse ponto.
Quando se trata de “levantar”, você terá, em nosso exemplo, 25 ideias no final de cada mês para combinar de alguma forma. É possível articular entre habilidades, indústria, comércio, artes, serviços, dentre outras.
Bhargava orienta a “seguir o dinheiro”. Isso significa que algumas ideias têm o potencial de gerar receita. O que aconteceria se você explorasse tal possibilidade para ver aonde ela lhe levaria.
Agora que chegamos na metade da leitura, vamos nos concentrar em cada um dos elementos que Rohit Bhargava descreve em seu método, visando assegurar que você tenha as condições necessárias para começar a identificar “megatendências”.
Colete histórias e ideias a partir de suas interações com pessoas e conteúdos. Naturalmente, você tem muitos desses encontros diariamente, pois conversa, assiste TV, lê livros, viaja pela cidade, vai a museus e galerias de arte etc.
Todas essas fontes são excelentes para a compilação de ideias. O mais indicado é abrir uma pasta física para armazenar insights escritos à mão, bem como artigos de revistas e textos impressos da internet que pareçam interessantes.
A manutenção de uma pasta física pode soar como algo “antigo”, mas há um estranho poder, segundo o autor, em folhear informações e tocar nos pedaços de papel que as contêm.
Agregue ideias e pensamentos desconectados, articulando-os com base em conceitos mais abrangentes. Após cumprir essa etapa, escolha um momento para combinar os primeiros resultados de sua observação, com percepções sensatas sobre a sua aplicabilidade prática.
Tenha em mente que agregar, neste contexto, implica em conferir significado às ideias e histórias. Tal cuidado assegura a personalização dos elementos ao adicionar as suas impressões pessoais.
Mantenha o foco nas necessidades humanas, concentrando-se nas emoções mais relevantes, a fim de descobrir os motivos que fazem com que cada ideia seja, de fato, relevante.
Nessa etapa, você deve identificar o que mais lhe interessa nas ideias analisadas. Reflita sobre os temas subjacentes que relacionam um grupo de conceitos a outro, descrevendo noções mais amplas de mudanças possíveis.
Ou seja, é necessário “levantar” uma determinada ideia, a fim de deixá-la maior e mais abrangente. Para tanto, crie conexões entre setores, agregando vários agrupamentos de informações em algo que possa ser considerado uma tendência.
“Designar” envolve a descrição de uma ideia elevada, porém, trabalhada para facilitar seu entendimento. Esta etapa implica no compartilhamento de um ponto de vista específico.
Não se esqueça de que as “megatendências” transmitem seu significado com a máxima simplicidade possível. Desse modo, encontrar o nome mais adequado para designá-la é de suma importância.
Para “comprovar”, certifique-se de que há exemplos suficientes e pesquisas concretas que justifiquem o fato de que a tendência realmente descreve um “tempo presente em aceleração”.
Nada poderá ser considerado uma tendência apenas por que você – ou qualquer pessoa – diga que é. Portanto, encontre o que nosso autor chama de “documentação de apoio”, isto é, elementos de comprovação. É por isso que ele recomenda controlar as informações coletadas em uma pasta.
Para facilitar a utilização do método “Palheiro”, é possível aplicar a metodologia de “pensamento intersetorial”. Trata-se de uma forma de conectar ideias díspares – provenientes de diferentes domínios e áreas – para gerar novos produtos, serviços e conceitos.
Há quatro formas principais de promover esse tipo de pensamento: focar nas semelhanças; procurar por novidades; abordar temas desconhecidos e, por fim, aceitar as influências recebidas.
Para encontrar semelhanças, Bhargava oferece um exemplo bastante útil: considere que uma determinada agência de publicidade tenha empregado táticas de marketing utilizadas por grandes empresas, com o intuito de vender cenouras embaladas como lanche para o público infantil.
Esses legumes possuem muitas características presentes nos populares “salgadinhos” (tão apreciados pelas crianças): são coloridos e crocantes. Portanto, a agência em questão aproveitou uma tendência (a preferência das crianças pelas chamadas “junk food”) para reelaborar o tradicional produto de seu cliente.
Cumpre ressaltar, por fim, que a preparação para o futuro começa pela “filtragem dos ruídos” (ou seja, a eliminação de tudo o que não é relevante) e pela melhoria da compreensão do tempo presente.
Encontrar a solução para questões particularmente complicadas ou descobrir algo que transforme o mundo exige mais do que apenas criatividade. Isto é, você não pode entender a realidade que lhe cerca apenas lendo sobre ela.
Segundo o nosso autor, é imprescindível definir um claro propósito e priorizar os elementos que merecem a sua atenção. Nesse sentido, o conceito de “curadoria” é a chave para ter as melhores ideias possíveis.
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Bhargava é um renomado especialista em marketing e inovação. Além de fundador da “Non-Obvious Company”... (Leia mais)
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