Gestão do Amanhã - Resenha crítica - Sandro Magaldi
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Gestão do Amanhã - resenha crítica

Gestão do Amanhã Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Gestão & Liderança

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Gestão do Amanhã: Tudo o que você precisa saber sobre gestão, inovação e liderança para vencer na 4ª Revolução Industrial

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8545202295

Editora: Gente

Resenha crítica

Organizações e o mundo lá fora

“Uma organização é uma entidade social”. A frase foi dita por Peter Drucker, escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado como o pai da administração moderna, ou “o guru dos gurus”.

Por mais óbvia que pareça, deve-se tê-la em mente por todo o tempo, ao perceber que a ação de uma empresa é concretizada na sociedade. Ela cria valores que trazem benefícios ou prejuízos ao ambiente em que está localizada . 

Desta forma, tudo o que acontece no ambiente corporativo terá reflexo nos movimentos sociais diversos, desde a vida particular de cada um dos colaboradores até mesmo nos comportamentos coletivos de uma vizinhança. 

Há uma simbiose entre sociedade e empresas, seu crescimento e evolução impactam a rotina dos cidadãos. As empresas são influenciadas pelas pessoas, as pessoas influenciam as empresas. Afinal, as empresas são feitas de pessoas.

E é fundamental perceber o quanto, ao olharmos o futuro da gestão das grandes e pequenas corporações, estamos vislumbrando o futuro da humanidade, dos pequenos vilarejos às grandes megalópoles. E para olhar os próximos passos do que entendemos como gestão de empresas, é importante entender como foram os primeiros...

O começo de tudo: a invenção do motor a vapor 

Aquilo que entendemos como gestão de empresas surgiu entre o fim do século XVIII e o início do século XIX. Foi uma natural consequência da 1ª Revolução Industrial, um dos eventos transformadores da humanidade, impulsionada pela invenção do motor a vapor. 

Antes disso, os negócios dependiam da força humana ou animal para ter melhores desempenhos. Quando as máquinas a vapor surgiram, apenas uma dela poderia fazer o trabalho de centenas de cavalos, de centenas de pessoas. 

As ferrovias também foram fundamentais nesse processo, tendo em vista que as locomotivas a vapor transportavam muito mais carga que as anteriores. 

Então, houve um crescimento vertiginoso na economia mundial. As fábricas se converteram em indústrias e começou a surgir a especialização do trabalho, de maneira inédita, com inovadores métodos e modelos de gestão das empresas, que passaram a ser estudados com maior afinco desde então.

Peter Drucker, o pai da administração 

Peter Drucker se formou em Direito e sempre teve interesse por temas como comércio exterior e mundo corporativo. Lançou o livro The Future Of Industrial Man e foi convidado a realizar um estudo durante dois anos sobre a maior empresa do mundo em 1943, a General Motors.

Na sua análise social e científica, se deruçou sobre os processos de tomadas de decisões e distribuição de poder, que culminaram no livro Concept Of The Corporation, publicado em 1946. Já na década de 1950, seu livro Prática De Administração De Empresas foi outra ruptura, com mais um estudo fundamental para compreender o que é a gestão.

Suas obras são a base, o pilar de todos os estudos sobre gestão e administração de empresas que vieram depois e nos guiam dia após dia. Em suma, não é à toa que ele é o guru dos gurus!

O mundo começa a se "disruptar"

Desde os anos 1960, as mudanças tecnológicas passaram a alterar as formas de gestão no mundo corporativo. Mas nada se compara ao efeito que a internet causou no mundo.

Vivemos a era digital. Na primeira fase desse movimento, surgiram organizações responsáveis por popularizar a utilização da tecnologia por toda a sociedade. Na nova era, essa em que vivemos, há empresas responsáveis por reinventar a forma de fazer negócios. Há setores e negócios inimagináveis há poucos anos. 

Tudo vem acontecendo de forma gradual, desde a explosão de novas empresas, especialmente no Vale do Silício, entre os anos 1995 e 2000. 

Essa enxurrada de empresas digitais vem transformando as relações tradicionais na sociedade. Organizações como Uber e Airbnb mudaram nossa forma de lidar com o transporte público e o turismo, por exemplo. O pensamento tradicional de gestão, antes consolidado e sagrado, vêm se alterando também. 

Os mundos digital, físico e biológico trouxeram novos conhecimentos para projetos mais recentes. E suas transformações impactam toda a sociedade, desconstruindo os modelos clássicos de gestão, os sistemas de produção, consumo, logística e de distribuição.

Se a 1ª Revolução Industrial causou mudanças profundas na produção mundial, vivemos a chamada 4ª Revolução Industrial, que altera a produção, os costumes e até a maneira como convivemos em sociedade. 

Três elementos que tornam o novo movimento tecnológico singular

As mudanças tecnológicas de nosso século são diferentes das transformações anteriores. E podem ser explicadas por meio de três elementos, capazes de nos fazer entender o quanto o momento que vivemos é único. 

  • Velocidade: tudo é muito rápido, vivemos uma revolução tecnológica que traz evoluções constantes, não-lineares como as anteriores. O mundo está muitofacetado e interconectado. O ciclo virtuoso de inovações é constante;
  • Amplitude e profundidade: as múltiplas tecnologias que nos rodeiam alteraram de maneira sem precedentes a economia, os negócios, a sociedade e os indivíduos. Mudou não apenas o “que” e o “como” as coisas são feitas, mas também o “quem” somos enquanto indivíduos; 
  • Impacto sistêmico: as transformações tecnológicas de nossos tempos mudram países, organizações, indústrias e sociedades como um todo. Não houve mudanças restritas a determinados mercados. No século XXI, a erupção no mundo fez com que todos os alicerces fossem transformados. 

Questões essenciais para sua reflexão estratégica

Muitas vezes, colaboradores e proprietários têm dúvidas quanto ao posicionamento das corporações. Não são capazes de responder se estão conectados com o mundo corporativo do século XXI ou se ainda pensam como se trabalhassem no século XX, antes da revolução vivida por nós. 

Para uma devida reflexão estratégica, as perguntas abaixo são fundamentais e vão levá-lo a compreender melhor em que patamar está seu ambiente corporativo. 

  1. Como você tem acompanhado a evolução do seu negócio e do seu setor? Você acompanha as movimentações que tema acontecido em todo o mundo em seu contexto?
  2. Você adota algum modelo de reuniões ou encontros em sua organização para estudar as movimentações de seu mercado? Quais mecanismos você poderia viabilizar visando manter toda a equipe alinhada e preparada para as transformações do mercado?
  3. Reflita sobre os efeitos da tecnologia e comunicação em seu negócio nos últimos anos. 
  4. Quais são as startups que estão oferecendo soluções inovadoras ao seu mercado no Brasil e no mundo? 
  5. Reflita profundamente sobre quais mudanças podem causar uma ruptura importante em seu negócio.
  6. Quais foram as empresas que tinham uma posição favorável em seu setor e que se tornam irrelevantes?
  7. Reflita sobre quais são as similaridades dessas organiações que fracassaram com seu atual modelo de negócios.
  8. Quais são os obstáculos de seu atual modelo de negócios que impedem a adoção de um pensamento exponencial orientado ao crescimento em larga escala de seu projeto?
  9. Qual seu investimento em inovação e em iniciativas com o foco em resultados de longo prazo para seu negócio? Qual verba sua organização destina para essas atividades?
  10. Em que medida os modelos de remuneração adotados pela sua organização estimulam as iniciativas a longo prazo?

A era do Pensamento Exponencial x Pensamento Linear

Qualquer companhia desenhada para ter sucesso no século XX está destinada a fracassar no século XXI. A frase parece catastrófica, mas é a mais pura realidade, pois quem pensa como se estivesse no século passado será engolido no futuro e ficará sem alternativas ou caminhos para seguir. 

Vivemos a era do pensamento exponencial, em detrimento do pensamento linear até então alorizado e pregado. Tal premissa pode ser detalhada por meio de quatro aspectos fundamentais.

  • Riscos: a dificuldade do ser humano em perceber o ritmo das mudanças tecnológicas que alteram o ritmo da vida corporativa;
  • Exemplos de empresas líderes que sucumbiram: Kodak, Blockbuster, Sony (em sua tentativa de concorrer com o iPod);
  • Consequências: o novo ambiente corporativo consolida profundas transformações. Tal qual o darwinismo, não é o maior que prospera, mas aquele que melhor se adapta ao novo ambiente;
  • Conclusão: as empresas devem estar preparando suas bases para destruir o modelo de negócio atual, caso contrário, serão destruídas por outras organizações. 

O valor do encontro de gerações 

O conflito de gerações define os embates gerados nas discussões entre indivíduos nascidos em épocas distantas e distantes.  

Na 4ª Revolução Industrial, ele é solucionado por uma substituição: sai o conflito de gerações, entra o encontro de gerações. Nele, o compartilhamento de conhecimento entre os  de “cabelos brancos” da velha com os “carecas das startups” da nova geração traz resultados positivos. 

E isso não se aplica apenas às pessoas: a oportunidade é única para integrar as novas startups de muito potencial a organizações já estabelecidas. Ambos têm muito a aprender com o novo mercado existente, em constante evolução e modificação. 

O perfil do líder na 4ª Revolução Industrial

Com tantas transformações, a participação ativa de quem dirige as organizações, em todos os níveis hierárquicos, é o perfil de líder cuja demanda não para de crescer.

Um líder na 4ª Revolução Industrial é um agente da mudança, cuja adesão é crucial para o sucesso da corporação. Ele anseia por buscar respostas e tem interesse em despertar toda a sociedade. Lê e se interessa por estudos, matérias e artigos sobre liderança e transformações no mercado de trabalho. 

Ele não está interessado apenas em dar ordens aos subordinados, porque se se entende como parte de todo o processo, do começo ao fim, compreendendo o que cada um da corporação faz, tem a ensinar e a aprender.

Além disso, sabe que ambientes estáveis, que privilegiam a manutenção da liderança por um tempo indeterminado estão em xeque, já que as mudanças ocorrem quase que diariamente.

O líder precisa ser criador do futuro, sonhar grande, ter um propósito transformador massivo, ser tomador de riscos, entender novas plataformas e tecnologias, ter foco no cliente, ter a capacidade de fazer grandes perguntas e ser um conector para toda a equipe. 

O equilíbrio emocional: a base de tudo 

E é essencial que o líder nesses novos tempos preze pelo equilíbrio emocional, seu e de sua equipe. De nada valem as habilidades diversas se ele tiver comportamento tóxico.

Lembre: as transformações corporativas mudam a vida das pessoas e vice-versa. Sem equilíbrio emocional pessoal, não haverá equilíbrio no ambiente corporativo. 

Notas finais 

O mundo sempre esteve em constantes mudanças e evoluções, mas o que acontece no século XXI não tem precedentes na história da humanidade. 

Quando Sandro Magaldi e José Salibi Neto ressaltam um novo padrão de comportamento corporativo neste Gestão do Amanhã: Tudo o que você precisa saber sobre gestão, inovação e liderança para vencer na 4ª Revolução Industrial, não há exagero.

As transformações de tudo que nos cerca parecem que vão nos engolir. Há que se ter muita atenção às novas tecnologias, sem subestimar o novo ou o velho, sempre fazendo o possível para que seu encontro seja de maneira produtiva.

Com o auxílio de líderes conectados ao nosso tempo, estar conectado integralmente à 4ª Revolução Industrial é questão de sobrevivência. 

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Quem escreveu o livro?

Cofundador da HSM, empresa líder em Educação Executiva, José Salibi Neto é imediatamente associado a introdução no Brasil dos principais conceitos da Gestã... (Leia mais)

É coautor do bestseller “Gestão do Amanhã”, obra presente na lista dos livros de negócios mais vendidos da Folha de São Paulo. Seu mais recente livro, de um total de 5, é “O Novo Código da Cultura” escrito em parceria com José Salibi Neto. É Co-fundador do meuSucesso.com uma das principais plataformas focadas em empreendedorismo do Brasil impactando milhões de empreendedores mensalmente. É considerado um dos maiores experts em Gestão Estra... (Leia mais)

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