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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 9781250067050
Editora: St. Martin`s Press
Uma característica comum a todos os grandes líderes dos Seals – Força de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos – é o fato de que eles assumem uma total e extrema responsabilidade por seus atos.
São líderes que não colocam culpa em ninguém, não se esquivam de suas responsabilidades e, em vez de reclamar quando se deparam com desafios e revezes, desenvolvem saídas e soluções eficazes.
Eles são capazes de deixar seu ego para trás e verdadeiramente liderar.
Desde que nossos autores deixaram o serviço ativo junto aos U.S. Navy Seals, tiveram a oportunidade de trabalhar com profissionais das mais diversas áreas: de grandes executivos a gerentes locais; passando pelo mercado financeiro, construção civil e indústria farmacêutica.
Nos momentos de vitória e nas situações em que saíram derrotados, eles foram capazes de desenvolver um método eficaz de liderança, que de igual modo se aplica e funciona no meio civil, nas mais diversas situações de negócios.
Quer saber como isso pode dar certo? Continue sua leitura aqui no 12min!
Para liderar, é necessário que se acredite firmemente na missão, além de se ter uma perseverança quase sobre-humana, principalmente, quando se tem de lidar com aqueles que duvidam do sucesso da empreitada.
Em determinada missão, um dos autores estava numa patrulha noturna que objetivava capturar um líder da organização terrorista Al-Qaeda no Iraque.
A tropa acabou em uma casa que parecia suspeita e ao, adentrarem o imóvel, o autor e um de seus comandados viram um homem fugindo em disparada.
Como apenas ambos perceberam o fugitivo, saíram correndo para persegui-lo, sem ter avisado ao resto do grupamento.
Após algum tempo, imobilizaram o suspeito e prepararam-se para revistá-lo, posto que, embora não tivesse nenhum armamento nas mãos, poderia estar com um colete de explosivos ou portar granadas em seu bolso.
Enquanto tentavam iniciar a revista, observaram um grupo de combatentes inimigos fortemente armados com fuzis AK-47 e lançadores de rojões.
A situação de combate era iminente já que, caso fossem capturados, seu destino provavelmente seria o de serem torturados e decapitados em vídeo divulgado para o mundo todo.
Foi então que o líder lembrou das regras de combate que foram ensinadas por seu superior: se proteger e se mover, de maneira simples, priorizar e executar.
Priorizar, diante da situação apresentada, significa que era urgente lidar com os inimigos armados. Se nos próximos segundos o líder não o fizesse, os combatentes estariam mortos e nada mais importaria.
Executar quer dizer que, sem hesitar, o líder pegou seu fuzil e abateu o inimigo que carregava o lança-rojões. Logo depois, mirou contra o próximo adversário. Depois contra o próximo.
Com o barulho e a luz que vinham dos disparos o resto dos combatentes adversários entrou em pânico e empreendeu fuga.
Entretanto, o líder sabia que, embora alguns dos inimigos estivessem mortos e feridos, os sobreviventes voltariam para lhe atacar, talvez trazendo reforços. Ele percebeu então que eles precisavam se mover, sair dali. Mas não havia tempo para planos elaborados. Era necessário fazer algo, executar alguma ação imediatamente.
Assim sendo, estabeleceu-se uma nova prioridade, posto que a primeira ameaça se encontrava neutralizada, pelo menos por ora.
Agora o objetivo era reagrupar-se com o resto da equipe. Isso exigia que os dois combatentes desgarrados trabalhassem em conjunto, e assim, de pouco em pouco, um avançava uma curta distância até o próximo local em que poderia se proteger e dar cobertura ao avanço do companheiro, para que o outro soldado pudesse por sua vez repetir o ciclo. Conseguiram assim retornar à equipe com o prisioneiro sob custódia.
Posteriormente, descobriram que o homem não era o líder terrorista que procuravam, mas mesmo que a missão não tenha sido um sucesso completo, as lições aprendidas nela foram valiosas.
E que aquilo que tinha sido usado para garantir sua sobrevivência no campo de batalha, se aplicado a qualquer grupo ou equipe, significaria vitória.
Com essas informações ainda em mente, os autores ressaltam que o livro não se trata de simples memórias de guerra, mas de experiências advindas do desafio de liderar homens em combate e de como essas lições são aplicáveis a qualquer ambiente que exija liderança.
Se os subordinados não estiverem fazendo algo conforme instruído, um líder verdadeiro deve primeiro olhar para si mesmo.
Afinal, é ele que tem o dever de explicar a importância estratégica da missão, desenvolver táticas adequadas, assegurar treinamento e instrução aos seus comandados, além dos recursos necessários para o cumprimento das tarefas.
Através de diversos outros casos práticos advindos das vivências dos autores em campos de batalha e no âmbito empresarial e em consultorias prestadas, extraem-se ainda outras lições, quais sejam:
Não existem unidades, grupamentos ou equipes más ou incompetentes, existem maus líderes.
Por mais difícil que seja para qualquer líder compreender a plenitude de tal afirmação, seu conteúdo é essencial na formação de um grupo bem-sucedido.
Líderes precisam sempre atuar sabendo que são parte de um todo maior, inclusive maior que eles mesmos e seus interesses pessoais.
Uma crença resultando sucesso da missão é muito mais importante que treinamento ou recursos.
Do mesmo modo, se a confiança que o líder tem na missão é abalada, seus comandados também se sentirão assim, questionando sua própria fé na missão que devem cumprir.
Os líderes precisam ser capazes de abstrair da visão apenas tática e entender a importância estratégica de seus objetivos. Se não conseguirem fazê-lo, devem questionar seus superiores até que possam alcançar tal compreensão.
O ego pode ser responsável por turvar a visão quando no planejamento, na habilidade de acatar bons conselhos, e principalmente na capacidade de aceitar críticas construtivas.
Todos têm um ego, e ele é benéfico à medida que impulsiona as pessoas à frente no desejo de fazer o melhor e de ser o melhor.
A questão é que quando o ego passa a atrapalhar a capacidade de julgamento, evitando que o indivíduo possa ter uma visão do mundo como ele realmente é, ele se torna destrutivo.
Quando os interesses pessoais sobrepõem os da equipe e os próprios objetivos da missão, o fracasso é garantido. Uma boa liderança envolve admitir erros, assumir culpa e desenvolver planos para superar desafios.
Todos os elementos de uma equipe são essenciais e devem trabalhar juntos para cumprir a missão.
Embora seja natural que surjam divisões, é dever do líder evitar que elas se transformem em competição prejudicial, lembrando aos membros que eles são parte de um todo, evitando que se deixem levar pela competição e animosidade.
Nesse sentido, é crucial evitar a complexidade: planos e ordens muito complexos podem não ser compreendidos pelas outras pessoas.
Além disso, quando as coisas derem errado – e elas darão errado inevitavelmente – a complexidade causará problemas que podem fugir de controle e acabar por causar um desastre.
Como líder, não importa se você considera que transmitiu ordens de forma correta: se a equipe não compreender, significa que você não conseguiu simplificar as coisas e, portanto, fracassou.
Por isso mesmo é necessário que equipes maiores sejam divididas em elementos menores e mais fáceis de comandar, compostos por quatro ou cinco membros, e com um líder claramente designado.
Estes líderes, por sua vez, devem compreender a missão maior – o objetivo do comandante, e possuir autonomia para tomar decisões importantes com vistas a cumprir a missão da forma mais eficiente possível.
O processo de planejamento começa com a análise da missão.
Líderes devem ser capazes de identificar e emitir instruções claras para sua equipe. Objetivos muito amplos e/ou ambíguos geram perda do foco, execução ineficaz e aparecimento de falhas.
Assim, a missão deve ser cautelosamente simplificada, de modo que fique clara e devidamente focada no alcance de uma melhor visão estratégica. Isso significa que é necessário explanar seu objetivo geral, bem como o resultado esperado.
O teste perfeito para uma explanação é fazer-se a pergunta: a equipe e demais elementos de apoio entenderam a missão? Ademais, um bom plano envolve a mitigação de riscos identificados, na medida do possível.
É certo que alguns riscos não podem ser mitigados e, nesses casos, cabe ao líder se concentrar naqueles que podem ser evitados ou diminuídos.
Nas palavras de John Paul Jones, herói naval estadunidense e considerado pai da marinha americana, “aqueles que não correm riscos não conseguem vencer”.
Nenhum filme, seriado, ou qualquer outra mídia é capaz de descrever plenamente a pressão que vem da incerteza e o elemento do desconhecido com o qual líderes combatentes têm de lidar.
O líder em combate quase nunca tem uma noção completa do que está ocorrendo ou a noção imediata das consequências de uma decisão tomada.
Ainda assim, não podem se ver paralisados pelo medo: devem agir decididamente mesmo em meio à incerteza. E isso se dá graças à utilização das informações imediatamente disponíveis. Afinal, não existem soluções perfeitas.
Reconhecimento e levantamento de informações são elementos muito importantes. Porém, devem ser empregados de maneira realista, agilizando o processo de tomada de decisões.
De fato, liderar consiste em constantemente buscar o equilíbrio em situações de dicotomia, e o conhecimento deste fato é uma das ferramentas mais poderosas que um líder pode ter à sua disposição.
É importante que a equipe sinta que o líder se importa com eles e com seu bem-estar. Contudo, as emoções devem ser controladas, sob pena de perda do controle de todo o resto.
Um líder irascível perde o respeito. Contudo, é importante demonstrar insatisfação, tristeza, raiva, frustração, pois, se não o fizer, parecerá um robô.
E pessoas não seguem robôs. Um líder deve ser confiante, mas não arrogante. Confiança é transmitida e estimula a equipe toda, mas seu excesso causa complacência e eventualmente descuido, o que pode ser catastrófico para o grupo.
O líder deve sempre pensar que um dia sairá da função e, por isso mesmo, adestrar e possibilitar que seus comandados possam ser os próximos líderes, permitindo que aqueles que seguiram seus ensinamentos possam ocupar o cargo deixado, mantendo a eficiência operacional de qualquer organização.
Uma coisa é certa: por ser tão desafiador, liderar é o desafio mais gratificante que um ser humano pode aceitar.
Portanto, abrace o desafio de comandar e encare seu campo de batalha com a firme resolução de assumir responsabilidade total, liderar e vencer.
Fazendo analogias entre lideranças militares e situações de conflito, os autores mostram como se pode levar os conhecimentos de combate e guerra para a selva do mercado de trabalho e empreendedorismo.
Agora que você já conhece esses ensinamentos, que tal levá-los em frente no seu próprio negócio?
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John "Jocko" Willink (8 de setembro de 1971) é um podcaster americano, autor, artista marcial e aposentado da Marinha dos Estados Unidos. Ele recebeu a Estrela da Prata e a Estrela de Bronze por seu serviço na Guerra do I... (Leia mais)
Leif Babin é um ex-oficial do Navy SEAL, autor da Extreme Ownership, atua como instrutor de liderança, palestrante e treinador executivo. Graduado da Academia Naval dos EUA, Leif serviu treze anos na Marinha, incluindo nove como um SEAL da Marinha. Como comandante do pelotão SEAL na Unidade de Tarefa da Equipe Três da equipe SEAL Bruiser, ele planejou e liderou grandes operações de combate na Batalha de Ramadi que ajudou a Brigada "Pronto Pronto" da 1ª Divisão Blindada do Exército dos EUA a trazer estabilid... (Leia mais)
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