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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 8555191866, 978-85-5519-186-2
Editora: Casa do Código
Ter um negócio digital, sonho comum de jovens que aspiram ser empreendedores, é basicamente ter uma ideia para a maioria. Com isso em mente, saiba que uma ideia não é nada! É apenas um sinal.
Apesar de este ser um livro basicamente para falar sobre uma nova economia (ou novas economias), ele se confunde acidentalmente com empreendedorismo, o que é bom, pois assim as esperanças são maiores.
Então, o recado é: preparem-se. Este livro trata do que é, na prática, empreender no Brasil.
O brasileiro é o povo mais criativo do mundo. Por isso é que temos tantos empreendedores brilhantes. Mas empreender na prática é um exercício de gestão de crises diárias. Antes de você começar a dar lucro, o governo vai tentar fechar a sua empresa.
Se você for persistente e tiver um diferencial, ele será seu sócio. Ainda assim, terá riscos diretos de essa empresa quebrar, seja por conta de um concorrente, de um business plan errado, por brigas de sócios, por falta de dinheiro para crescer, ou por não ter mão de obra excelente.
Se você for teimoso e passar por tudo isso, ainda restará o desafio de fazer gestão, que é algo extremamente importante.
Se você for doido terá possivelmente um bom negócio na mão, rentável e sustentável. Não confunda com pessimismo o que escrevi.
Empreender é algo grandioso. Ainda mais no Brasil, onde dinheiro custa mais e desafios são milhares. Existem fundadores no Brasil capazes de governar um país, liderarem uma guerra e serem participantes da transformação positiva que o mundo precisa. Brasileiros fundaram o Facebook, o Instagram, o Nubank, a Movile, o Easy Taxi, entre outras centenas de empresas que mudaram o mundo.
Quando você não tem nada
Não ter nada significa não correr riscos. Essa fase da vida, quando você ainda está saindo da faculdade ou entrando na vida profissional, é um dos momentos mais propícios para entrar de cabeça em algum negócio.
Entenda esse período como aquele em que você ainda é um protótipo, com o futuro todo pela frente. Se você tem pouco a perder, esse é o momento. O que vier de bom é lucro.
O grande problema dessa fase é que a maturidade ainda não atingiu o coração. Mas acredite, esse é um ótimo momento para quem tem o empreendedor dedicado no sangue.
Quando você tem alguma coragem
A segunda fase é exatamente aquela com um bom cargo e conforto financeiro. Nessa fase, o grande problema é o risco. Você já tem algo a perder.
Para os inquietos o grande passo é a coragem. O espírito empreendedor aflora em pessoas de 25 a 35 anos, mas você pensa: e se der errado?
Você recomeça novamente. Simples assim. Empreender nessa fase é um alto risco. Você terá de se preparar financeiramente e ter em mente o plano B, caso sua empreitada dê errado.
Quando você é o cara
Você já conquistou tudo: dinheiro, patrimônio, maturidade e conhece muito do seu mercado. Por que não juntar todas as referências, experiência, grana e maturidade, para colocar em prática o que você mais sabe?
Normalmente, esse perfil de empreendedor está pronto para todas as porradas. Sabe sobre gestão, conhece pessoas, tem um ótimo networking em sua área e tem a segurança financeira de poder arriscar, sem comprometer o orçamento da família.
A experiência, a reputação e a frieza contam muito nesse período. E, na verdade, o empreendedor nessa fase já conquistou a maioria das coisas que tinha nos planos.
Para finalizar, as três coisas mais valiosas para sobreviver em um mercado tão competitivo como o do Brasil: Ética, networking e sangue nos olhos.
Para entender os bastidores das “Juntas Comerciais” pelo Brasil, vamos falar de morte primeiro.
Se a sua ideia, é criar um aplicativo de sucesso, uma empresa de alto impacto ou um projeto de transformação da natureza, rezo para que seja com um modelo no qual sua receita seja recorrente.
A maior certeza que temos é que empresas quebram mais rápido do que demoram para serem constituídas. É um problema cultural. Estamos aprendendo a criar uma cultura empreendedora.
Segundo a pesquisa feita pelo IBGE, “52,5% das empresas morrem em menos de 4 anos”. Para chegar a essa conclusão, a pesquisa considerou a comparação entre o número de empresas abertas em 2009 e quantas delas ainda estavam ativas em 2013.
A pesquisa apontou ainda que, quanto maior o porte da empresa, maiores são as chances de sobrevivência. Entre as microempresas individuais, apenas 40% resistiram aos quatro anos iniciais.
Já entre as empresas com pelo menos 1 funcionário, essa porcentagem de sobrevivência subiu para 69,1%. As empresas de médio e grande porte, com 10 funcionários ou mais, apresentaram o maior desempenho: mais de 76% das abertas em 2009 ainda estavam em funcionamento em 2013.
Alguns setores específicos tiveram taxa de sobrevivência acima da média. Esses setores foram: saúde humana e serviços sociais, atividades imobiliárias e atividades profissionais, científicas e técnicas.
Além disso, ao longo dos anos, todos os setores estão passando por lentos aumentos na taxa de sobrevivência. Ou seja, as taxas ainda são baixas, mas estão melhorando aos poucos.
O estudo capitaneado pela Allmand Law, uma consultoria americana especializada em finanças e planejamento, elaborou uma pesquisa com foco em empresas embrionárias, que demonstra a verdade por trás das startups.
Algumas descobertas importantes:
• 90% das startups globais morrem;
• 75% das que recebem dinheiro de venture capital fracassam;
• No Vale do Silício, 80% delas não conseguem sucesso;
Por que seria diferente com você? Ainda que não tenhamos dados comparativos do Brasil, a mortalidade das startups não deve ficar atrás disso.
A Forbes enumerou alguns dos motivos principais para levar uma empresa embrionária para a falência ou para o abismo conceitual. A pesquisa enumera pontos importantes sobre o tema:
1) Pouca escalabilidade (ou inexistente)
Além de ser o principal motivo para não despertar interesse do investidor, existe a pergunta: como os sócios/fundadores vão ganhar dinheiro? Se a ideia não tiver um motivo principal de venda de serviço ou produto, fica difícil manter qualquer operação. Afinal, o que vai sustentar o negócio como um todo?
Outra questão é a pouca escalabilidade da ideia. Um mercado de dezenas de consumidores não atrai tanto quanto um mercado de milhares e até milhões de potenciais clientes. Se a sua ideia não contempla ganhar dinheiro através de clientes, pode começar a se preocupar.
2) Posicionamento de mercado (ou erro de pesquisa)
Muito comum é ver alguém com uma baita ideia que outra empresa já teve, ou pior, já executando. Antes de levar adiante uma boa ideia, é imprescindível ver o que acontece ao redor: “Quem é o público-alvo? Qual a necessidade dele?”. São perguntas simples, que muitas vezes não conseguimos responder.
3) Sem estratégia de mercado (go-to-marketing strategy)
Esse tópico tem a ver com tração de vendas e também com foco demasiado no produto. Para ir à etapa de crescimento, a startup tem de olhar um tanto para fora do produto e olhar para o mercado, analisar o que vai fazer para ganhar “campo” e clientes, e blindar a entrada de concorrentes. Lembre-se de que o produto não é seu filho, e melhor: ele pode ter de mudar para se tornar vendável, se for necessário.
4) Sem foco
Um negócio sem foco tem pouco tempo de vida. O conselho é não querer abraçar o mundo. Defina o público-alvo e dê tiros certeiros.
5) Startup sem flexibilidade
Manter o foco não significa que você não possa adaptar uma ideia e também não precise mudar de vez em quando. E se você descobrir no meio do caminho algo mais rentável e que possa trazer o break even mais rápido? Startups sem flexibilidade costumam ser acometidas por cegueiras empreendedoras. O empreendedor fica tão cego e não enxerga que, ao lado, há uma oportunidade de ouro.
6) Paixão e persistência
Se você está criando algo para simplesmente ganhar dinheiro, seu negócio não vai cativar colaboradores, clientes, parceiros e investidores. Ter um objetivo amparado a uma paixão é sempre benéfico. Além da persistência, que pode ser, na verdade, o grande sucesso.
No Brasil, por exemplo, onde o governo esmaga operações e obriga empreendedores à informalidade e obstáculos trabalhistas, ser persistente é um grande diferencial.
7) Falta ou ausência de liderança
Quando alguém sabe liderar, a causa é abraçada como um soldado feliz na guerra. É assim também em processos de criação e empreendedorismo. Se você não colocar todo mundo na mesma “remada”, vai encontrar problemas. Quando o investidor chega com interesse, ele sempre é motivado pela equipe que está dentro e também por quem faz a gestão disso tudo.
8) Time (motivação e lealdade)
Escolher uma pessoa de talento é o segredo em pequenas, médias e grandes empresas. A grande diferença é que, em startups, uma má contratação é catastrófica. Além de depender um tanto mais de cada colaborador, uma startup não tem processos elaborados de RH, financeiro e de motivação na maioria das vezes.
Nesse ambiente, é comum o alto turnover, a ausência de lealdade dos colaboradores, a desmotivação porque gestores se esquecem do colaborador, e por fim, a dificuldade de encontrar bons nomes no mercado.
9) Projetos sem mentores ou conselheiros
Você não vai conseguir sozinho, isso é um fato. Todas as empresas de sucesso têm conselhos estratégicos que partilham das decisões. Pense que mesmo os maiores empresários do mundo possuem mentores. Estude a existência da Endeavor.
10) Modelos sem expectativa de receita
Por mais conceitual que a ideia seja, ela precisa ter no mínimo um ideal de receita futura. Mesmo em negócios bancados por fundos de investimento em que a ideia seja sustentada para se construir audiência (leia-se Instagram, Twitter, WhatsApp, Tumblr, entre outras redes sociais), a maioria delas tem como fim o ganho com publicidade ou venda de produtos e serviços.
11) Capital necessário x Necessidade de capital
Quando o dinheiro chega, existem tantos erros cometidos que os investidores já criaram diversas formas de acompanhar esse processo, desde nomear um executivo para entrar literalmente na operação ou criar instrumentos para planejar o orçamento e a performance. E o maior erro é não conseguir identificar a diferença entre capital necessário versus necessidade de capital.
A maioria dos empreendedores sonha em ser comprado em porcentagem por um grande VC (Venture Capital), o que não é ruim, porém, será só esse o objetivo?
Muitas vezes, o dinheiro é mal gasto, em outras poucas é bem investido.
12) Retorno sobre Investimento mal calculado (ROI)
Alguns especialistas calculam que um bom retorno sobre investimento em startups seja algo em torno dez vezes o valor investido. Já outros afirmam que o interessante e viável é chegar em um “evaluation” honesto da startup e também multiplicar por 10 esse evaluation.
Nessa última teoria, se sua startup está avaliada em R$100 mil, para se ter um retorno ideal, os investidores precisam ver a escala para que nos próximos 5 anos ela valha R$1 milhão.
13) Má sorte ou timing errado
Essa é variável mais imprevisível e dura de combater. Eventos externos, como uma crise ou um desastre, podem simplesmente destruir um mercado inteiro.
Ficou claro para algumas pessoas que a virada dos anos 90 traria algo bem importante no consumo. E isso se materializou em indústrias inteiras ruindo através de um conceito velho de dominância. A maioria delas não ouviu o suplicar das pessoas, que na prática são consumidores.
A principal conclusão na mudança do perfil do consumidor é que de fato estamos prontos para novas formas de comprar produtos. Somente o necessário terá valor.
O poder estará, daqui para a frente, com empresas que oferecem acesso a itens essenciais para o consumo moderno. Uma pesquisa elaborada pela Prophet indicou que a geração Y prefere smartphone a automóveis. A Netflix, por exemplo, é a condensação de uma nova geração ávida pela mudança que a Blockbuster não previu. O Instagram bem que poderia ter sido criado dentro da Kodak e a AOL teria facilmente criado um Facebook se não fosse um fator muito transformador: a inovação.
Das 20 empresas mais valiosas no mundo, 9 delas fornecem acesso e não produtos. São softwares, streamings e serviços na nuvem. Na lista de Amazon, Apple e Google, algumas empresas vendiam produtos físicos até o final dos anos 2000. Algumas delas já ensaiam a mudança da propriedade para o acesso, o caso de Microsoft, Oracle e IBM.
Estamos em uma nova onda das relações humanas e comerciais. Hoje, existem melhores maneiras de construir um negócio: estamos na era de relacionamentos transparentes com nossos clientes. E isso é a sustentabilidade das relações comerciais: ser transparente e útil até quando puder. Devemos pagar por serviços pensando na utilidade, conveniência e comodidade do consumidor. A relação deve basear-se no bom serviço prestado através de uma renovação periódica.
Empresas como Netflix, Sem Parar, Mailchimp, Amazon, entre outras milhares, já transformam o mundo por meio dessa nova economia. E muita gente não percebeu o impacto dela na própria economia moderna.
Algumas regras para que empresas possam fazer parte desse grupo que promove a criação de uma nova economia e sustenta o modelo de negócio recorrente:
Esses itens são os princípios básicos das empresas de sucesso em todo lugar do mundo. O novo consumidor não vai aceitar o capitalismo inconsciente.
Um grande exemplo do benefício tomando conta do consciente coletivo do consumo das pessoas foi a extinção da Blockbuster. A empresa americana que teve cerca de 70 milhões de clientes no mundo ruiu em pouco tempo, por conta da mudança do perfil do consumidor. Não fazia sentido, em pleno ano de 2013, pagar cerca de R$13,00 por uma locação de um filme, se a Netflix oferecia milhares de títulos a um preço de R$14,90. A derrocada da Blockbuster foi só um prenúncio para o que vinha por aí.
Para muitos, inovação é criar algo tecnológico que ninguém nunca pensou. Também é, mas não somente isso. Inovação também é inovar no ato da entrega.
O modelo SaaS é um dos principais democratizadores, do ponto de vista de distribuição, de software que existe. O modelo permite a contratação de serviço através de contratos digitais, termos de serviço de uso, demonstração via Skype ou Hangout do Google, e a economia de tempo e espaço que o software na nuvem possibilita.
No Brasil, temos visto algumas iniciativas interessantes de empresas criadas e de mercados nascendo no modelo SaaS. Além disso, a revolução do software faz com que outros centros de inovação e polos fora de grandes cidades sejam criados para formar ecossistemas de inovação.
Uma pequena comunidade de empreendedores formada por algumas empresas em Belo Horizonte, hoje intitulada de San Pedro Valley (numa alusão ao Sillicon Valley e ao nome do bairro São Pedro), já é o centro de gravidade empreendedora mais funcional dos polos de inovação no Brasil. Isso por conta da atuação dos próprios empreendedores e representatividade das empresas participantes.
Vale analisar também que estamos apenas no começo, e que a revolução do software já é mais consolidada em países como Israel, que tem um polo modelo de inovação.
Games, apps de saúde, finanças pessoais e de relacionamento (dating) estão no universo das pessoas de uma forma tão normal, que elas nem se lembram como era viver sem tudo isso.
Mas o mais emblemático de todos os apps é, sem dúvida, o WhatsApp. O WhatsApp é a prova real de que mudamos a forma de nos comunicar por conta de um hábito. Fundado em 2009, na Califórnia, já é o aplicativo mais usado no mundo. O app, que aparentemente parece simples, mudou a forma como bilhões de pessoas se relacionam. E já arruinou dezenas de gigantes da telefonia com um simples aplicativo. E, ainda por cima, é grátis. Produto, necessidade e problema condensados em uma única razão: a necessidade de se comunicar.
A revolução do software está somente na metade da história a ser escrita. Os produtos de baixo valor e baixa utilização estão passando por grandes transformações. Tudo será software, até empregos já são substituídos por sistemas inteligentes.
Hoje em dia, com o e-reader Kindle e com uma assinatura do Kindle Unlimited, é possível ter acesso instantâneo a milhares de livros através de uma grande biblioteca digital. O livro sobre o qual nós costumávamos ter propriedade, agora podemos ter apenas acesso a ele.
Através de uma assinatura de serviços de vídeos on demand, como a Netflix, é possível ter acesso a milhares de filmes, séries, documentários e outros conteúdos audiovisuais. O filme no formato de DVD sobre o qual costumávamos ter propriedade mudou, agora podemos ter apenas acesso a ele.
O mesmo modelo também se aplica a streaming de músicas com serviços como Spotify, Napster e Deezer. O streaming é, inclusive, a consolidação do acesso.
Se até ontem os bancos tinham reinado com exclusividade em seu ramo, hoje esse cenário começa a mudar. Muitos brasileiros já começaram a buscar alternativas mais simples e viáveis fora do sistema financeiro tradicional, como as oferecidas pelas fintechs (as startups de serviços financeiros). E essas startups - algumas delas, empresas já consolidadas - já estão começando a preocupar os bancos em todo o mundo, inclusive em termos financeiros.
Nos EUA, por exemplo, startups de bitcoins já recebem investimentos de grandes bancos. Mas não será somente os bitcoins que vão abrir essa ruptura em serviços bancários tradicionais. Empréstimos, pagamentos, investimento, seguros e outros serviços financeiros serão dominados por uma nova ordem tecnológica.
Assim como o movimento SaaS revolucionou o software, as fintechs já estão pressionando os bancos a correrem atrás da inovação. Alguns afirmam que elas vão quebrar os bancos, mas o mais provável é que os bancos comprem essas tecnologias.
E o que está provocando esse grande interesse pelas fintechs no Brasil e no mundo?
Tempo: Ainda que os bancos tenham melhorado e muito nesse sentido nos últimos anos, ainda há muito a ser feito. Já as fintechs costumam ser empresas quase totalmente virtuais, com as quais você pode resolver tudo o que precisa sem jamais ter sequer de falar com alguém. O BankFacil, por exemplo, facilita empréstimos tomando carros ou imóveis como garantia, e analisa tudo online. Simples assim.
Atendimento: O Nubank, startup de maior expressão no Brasil, é talvez a maior referência em atendimento do país. Há relatos diversos de tipos diferentes de atendimento como resoluções de problemas por mensagens, bom humor e uso da tecnologia como forma de aproximar as relações com clientes.
Infelizmente, a menos que você seja um cliente com uma alta soma depositada no banco, o atendimento ao cliente ainda é muito precário no sistema bancário de um modo geral.
Inovação: As fintechs saem na frente junto ao público que ama tecnologia, oferecendo uma experiência mais alinhada com as expectativas e perfil destes. Elas também costumam oferecer produtos e serviços mais baratos, já que seus custos ficam muito menores por não terem os gastos fixos de manutenção de uma agência bancária, por exemplo.
A inovação é capaz de atropelar, sim, qualquer economia e qualquer tipo de realidade que se apresente em uma estrutura burocrática.
Bitcoin: Assunto fácil no Vale do Silício, o bitcoin é algo de se cair o queixo. Os bancos (mais atentos) sabem disso. Primeiro, vamos entender o que é o bitcoin e por que ele faz tanto barulho.
O bitcoin é uma moeda como o dólar, o real e o euro? Não simplesmente. O bitcoin é um protocolo. Explicando melhor, o bitcoin é uma criptomoeda. As transferências deles são baseadas em protocolos de códigos abertos de criptografia. Mas ele é digital e não é controlado por nenhum governo, por bolsa de valores ou instituições.
Quem determina o valor dele são os detentores dos bitcoins. Na prática, você pode transferir bitcoins por um computador ou um celular, sem precisar de bancos. Aí é que começa a maior disrupção. As lojas já estão começando a aceitar fortemente a criptomoeda como forma de pagamento. Empresas como Amazon, CVS, Victoria Secrets, Subway, Target, Tesla, Expedia. com e outras milhares já aceitam bitcoins. No Brasil, empresas como OLX e Tecnisa já aderiram também, mas ainda é um desafio popularizar.
Bancos digitais: Apesar de ainda se depararem com as regras internacionais das bandeiras (Visa, Master, Amex, entre outras), algumas soluções inovadoras estão pingando aos poucos.
Os dois casos mais interessantes são: o Simple (americano) e o Nubank (brasileiro), que são de fato a nova geração de serviços financeiros mobile. O Nubank, por exemplo, não cobra tarifa para a manutenção do seu cartão de crédito.
Ainda não se caracterizam uma prática de desintermediação pela forma e atuação, pois respeitam uma bandeira (Mastercard, no caso do Nubank) e contas bancárias (no caso do Simple). Entretanto, já são um ensaio para virarem a chave para a independência.
Crowdfunding: Aí está um negócio que evidencia a quebra do intermédio bancário: o crowdfunding.
No Brasil, plataformas como Kickante e Catarse já começam a dar as caras de gente grande. Para citar um exemplo, o jogo Caçadores das Galáxias, publicado pelo designer de games Daniel Alves, atingiu o valor de R$218 mil de arrecadação para viabilizar a sua criação. Imagina se o Daniel vai ao banco pedir essa quantia para financiar a produção do game?
Já a banda de indie rock Dead Fish conseguiu R$200 mil para fazer o novo disco através do Catarse. Qual banco financiaria esses dois projetos?
Empréstimos Peer to Peer (P2P Lending): Os empréstimos peer-to-peer, ou simplesmente “empréstimos sociais”, são operações de crédito onde pessoas físicas fazem a intermediação. Uma pessoa concede, a outra pessoa contrai.
Tudo isso sem a ação intermediadora de um banco. Pessoas querendo ganhar algum dinheiro encontram, nessa forma, pessoas querendo empréstimos mais acessíveis. Tudo isso de uma forma extremamente barata.
E por que o empréstimo P2P é gigantesco? Porque, na prática, isso já acontece no mundo todo. Aquele seu amigo que quer dinheiro emprestado nem imagina que você está pensando nesse momento em formalizar, por meio de uma plataforma simples de crédito, essa transação. Esse mercado já é alvo inclusive do Google, que investiu no Lendind Club, plataforma líder de empréstimos sociais. Aqui no Brasil, por enquanto, nem sinal desse mercado.
Financiamento da cadeia logística (Supply chain financing): algumas indústrias já praticam (em grandes volumes) essa modalidade de financiamento, sem a interferência de um banco.
Não se trata de um empréstimo, mas sim de uma prática para equacionar pagamentos e recebíveis de uma determinada indústria. Os agentes desse financiamento são: vendedor, comprador e uma “fatura comercial”. Os setores automotivo, industrial, óleo, gás e varejo usam dessa prática para equalizar o fluxo financeiro de compra e venda de serviços ou produtos. É o chamado factoring reverso.
Revolução na economia -os dois lados vencem -:Você não deve aceitar contratos onde somente um lado ganhe, mesmo que esse lado seja você.
Não é sustentável qualquer tipo de relação que comece dessa forma. Lembre-se: quem dita as regras do mundo capitalista no final são os consumidores, não as empresas. E a maioria dos consumidores não vai aceitar um consumo que não seja o sustentável.
Em alguns tipos de produtos, não é possível a digitalização, mas, mesmo assim, está ocorrendo uma migração para um modelo de acesso. É o caso dos clubes de assinaturas.
Bons exemplos do modelo de membership economy (economia de membros) são clubes e associações de classe. Elas só existem por conta da entrada de um grupo de pessoas que fazem a criação e viabilização dessa comunidade. Basta que cada membro contribua financeiramente para viabilizar qualquer projeto. Todos ganham.
Se contarmos com o custo de aquisição versus seu uso prático, não faz sentido comprarmos um item como uma furadeira. Faz sentido usar a furadeira no modelo de acesso (alugando-a) e só pagar pelo uso quando necessário. Afinal, quantas vezes no ano usamos uma furadeira?
Seja no caso de furadeiras, aluguel de roupas de gala, helicópteros, aviões, carros (em alguns casos), barcos ou motos, a economia do compartilhamento é o elo para consumo sustentável de tudo.
O Uber é talvez o caso mais atual da nova economia, quando se trata de novos modelos de negócio. Independente do futuro da empresa, o que se sabe é que o modelo já está provado no mundo todo. E novos “Ubers” vão saltar rapidamente no mundo todo.
Já o Airbnb é o apartamento as a service. Para que alugar ou reservar um hotel, se por algum motivo sua viagem acontece do lado de fora da hospedagem? O Airbnb é o principal exemplo da utilidade de um serviço versus experiência de uso.
Exemplos como Uber e Airbnb vão brotar daqui para a frente, pode acreditar. É um começo de um novo formato de emprego, de uma nova forma de se ganhar dinheiro e de se criar modelos sustentáveis de negócio.
Não confunda modelo de assinatura com venda recorrente. Nem sempre empresas recorrentes adotam o modelo de assinaturas. É bem mais profundo que isso. Empresas recorrentes são aquelas que vendem para o mesmo cliente sempre.
Exemplos como o Clubeer (assinatura de cerveja), Dollar Shave Club e cases de consumo como a Glambox (assinatura de cosméticos) capitanearam uma nova forma de consumir produtos. A experiência vale tanto quando o produto.
O modelo de propriedade via assinatura não é nenhuma novidade. Antes mesmo dos jornais e das revistas, era comum (hoje é menos comum) assinatura de pão e leite. Com o modelo, idêntico ao de assinaturas, milhões de pessoas puderam acessar academias de ginástica, coisa até então exclusiva para pessoas com mais poder aquisitivo. É a maior mudança de consumo que o serviço já viu nos últimos tempos.
É tudo acesso. Você não tem propriedade de nada.
O que pretendo nos próximos parágrafos é elaborar uma série de técnicas e experiências que aprendi com os milhares de negócios recorrentes que vi surgir diante da Vindi, onde eu, como empreendedor, aprendo diariamente. Esses casos, de gigantes multinacionais a startups de assinaturas, me influenciaram e ajudaram a entender como criar um negócio que pode faturar sempre, de forma recorrente.
Quem tem a capacidade de criar comunidades em volta de si e do próprio negócio tem, fatalmente, uma grande capacidade de vender qualquer coisa de valor a esse grupo em formação.
A capacidade que alguns empreendedores têm em criar comunidades é diretamente ligada em seu conhecimento em alguns assuntos. É o fator “autoridade”. Ser autoridade em algum assunto pode ajudar na criação desse grupo e, ainda assim, atestar a venda de produtos e serviços dentro desse ambiente.
As empresas podem ser divididas em duas categorias: remédios e vitaminas.
Remédios são startups que “estancam sangramentos”, que resolvem problemas graves no mundo ou no país de origem. Normalmente, essas empresas já nascem com uma grande necessidade de uso. O WhatsApp é um exemplo fácil. Resolve um baita problema que é a comunicação e, ainda por cima, gratuitamente.
As vitaminas, por outro lado, são aquelas startups que “potencializam” algo já em andamento. Apesar de serem completamente necessárias, muitas delas não são indispensáveis.
Seja uma disfunção, uma deficiência ou numa lacuna genética, elas possibilitam a melhora na situação. Olhe para o caso de aplicativos como iFood, potencializando um negócio de delivery que já existia. Sem ele, bastava pedir comida pelo telefone, por exemplo.
Faça essa pergunta para si mesmo: meu negócio é vital para meus clientes? Se a sua conclusão for “minha empresa é uma vitamina”, procure criar um mercado com isso.
Todo negócio deve ter o propósito de ajudar os clientes, e mais do que isso: deixá-los felizes. Uma lição grandiosa é fazer seus clientes crescerem mais que você. Se você está criando um software, um e-commerce ou qualquer negócio escalável, essa deve ser a missão desse negócio. Não há mais sucesso do que fazer o seu cliente crescer. Se você já tem essa certeza e esse gosto: parabéns.
Seja no uso de um produto ou serviço, o sucesso do cliente é a sustentabilidade de um negócio recorrente.
Um dos grandes diferenciais de startups que estão inovando em seu segmento e sustentando a liderança é exatamente ter o domínio da técnica. Como um laboratório médico, que detém alguma fórmula para combater doenças, a startup que quiser se manter no topo por grande parte do tempo deve ter o desenvolvimento de tecnologia proprietária.
Na prática, isso limita a entrada de concorrentes no mercado dessa empresa, dificultando a fácil replicação do modelo e aumentando a barreira de entrada. Algumas startups conseguem meses de vantagem tendo e usando tecnologias proprietárias. Outras ganham anos.
As coisas estão ao nosso redor, em constante transformação, e tudo será impactado por tecnologia. Bancos, escolas, empresas e empregos não serão mais como estamos acostumados a compreender.
Para nossos pais, será um absurdo pensar em abdicar de posses, títulos e nomeações. Para nossos filhos (e para alguns de nós), o que vai importar é a experiência. A propriedade é passado. O acesso é o que de fato vai prevalecer. O uso de algo material deverá ser algo extremamente necessário. Ainda bem. Quem sabe assim não é possível quebrar monopólios, construir empresas que geram valor através de causas sustentáveis e preparar o terreno para novas gerações? Assim todo mundo ganha.
Parte dos ensaios deste livro foi escrita no Sonho Grande, um laboratório em formato de blog, onde o autor registra experiências, discute e ensina muito sobre empreendedorismo. Não deixe de conferir!
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Rodrigo Dantas é empreendedor. Fundador da Vindi, a plataforma de pagamento líder no segmento de serviços e assinaturas no país, também é o criador do Assinaturas Day, o evento oficial para o mercado SaaS e de as... (Leia mais)
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