Dom Casmurro - Resenha crítica - Machado de Assis
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Dom Casmurro - resenha crítica

Dom Casmurro Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ficção e Hackeando o ENEM

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Principis

Resenha crítica

Do título

Toda a história é narrada aos leitores pelo próprio Dom Casmurro – um homem de meia idade que exerce a advocacia e, nesta fase da vida, encontra-se angustiado pela lembrança de seus amores juvenis.

Dom Casmurro revisita os anos de sua juventude a fim de entender os motivos que o levaram a se tornar um homem quieto, calado, encerrado em si mesmo, isto é um casmurro. Desde a infância, Bento Santiago (este é seu nome de batismo) estava ciente de que deveria se tornar um padre.

Dona Glória, sua mãe, perdera o primeiro filho e, para evitar que o mesmo sucedesse em sua segunda gravidez, prometeu aos céus que, se o próximo filho “vingasse”, seria encaminhado ao serviço eclesiástico.

O pai de Bento faleceu prematuramente e, assim, sequer teve tempo de se inteirar da estranha promessa de Dona Glória. Como o parto de Bentinho correu bem e a criança esbanjava saúde e vitalidade, seu destino estava traçado.

Embora Dona Glória demonstre arrependimento por ter comprometido a liberdade do filho, a força dos costumes religiosos se impunha. Afinal, uma dívida com o Criador jamais poderia ser desonrada.

Chegando à adolescência, a intimidade de Bentinho com a menina Capitu chama a atenção de José Dias – agregado e suposto médico que vive de favores em sua casa – que, temendo uma evolução amorosa deste relacionamento ainda infantil, aconselha Dona Glória a enviar o filho, sem demora, ao seminário.

Sensações alheias

Bentinho, escondido atrás da porta, ouviu as advertências de José Dias e passou a considerar as palavras do agregado. De fato, ele havia crescido ao lado de Capitu e, com o passar do tempo, desenvolveram uma bela amizade.

Como eram vizinhos e havia um portão que ligava os pátios de ambas as casas, sua comunicação era extremamente facilitada, de modo que sempre brincavam juntos, conversavam frequentemente e, na prática, não se desgrudavam.

Embora fossem apenas duas crianças – ele contava com 15 anos de idade e ela, 14 – Bentinho não podia deixar de encontrar alguma verdade nas afirmações de José Dias, afinal, o rubor em suas faces e o acelerar do coração sempre que se encontrava diante de Capitu claramente indicavam-lhe que existia algo mais do que uma mera amizade entre vizinhos.

Na rua

À medida que vão crescendo, fica cada vez mais claro que Capitu é totalmente diferente de Bentinho: resoluta e intensa, age sempre por livre e espontânea vontade. Essas características fazem com que ela seja vista, sobretudo por Dias, como ambígua e dissimulada: nunca é fácil descortinar, a partir de suas atitudes, quais são as suas verdadeiras intenções.

Quando Bentinho comunica a amiga que, dentro em pouco, terão de separar, pois ele será encaminhado ao seminário a fim de sagrar-se padre, Capitu escreve seus nomes em um muro, gesto que leva Bentinho a acreditar que os seus sentimentos amorosos eram correspondidos.

O primeiro beijo

Alguns dias depois, Capitu rouba um beijo de Bentinho, enquanto ele penteava-lhe os cabelos. O pai da menina entra abruptamente na sala, mas Capitu consegue disfarçar a situação com gracejos e brincadeiras, deixando Bentinho embasbacado com seu atrevimento e esperteza.

Quando voltam a ficar sozinhos, Capitu revela estar indignada com Dona Glória, que lhe privaria de seu doce convívio com Betinho. Ela sugere ao rapaz que peça a José Dias para convencer sua mãe a abrir mão da promessa.

Quando procurado por Bentinho, Dias confessa que fazer sua mãe mudar de ideia não seria nada fácil, pois Dona Glória era religiosa ao extremo.

Juramento de amor

Antes de ser enviado ao seminário, Capitu e Bentinho trocam juras de amor e o compromisso de se casarem algum dia.

Durante seus estudos, Bentinho entabula amizade com o jovem Escobar – rapaz bonito, agradável e de personalidade cativante – que, assim como ele, não deseja se tornar padre.

Essa nova amizade transcende os bancos escolares e Escobar passa a frequentar a casa do amigo durante as férias. Capitu aproveita a ausência de Bentinho para ganhar a confiança de sua mãe, convencendo-a de que, caso mudasse de ideia e permitisse que o filho seguisse uma vida leiga, ela seria a nora perfeita.

Primeiro filho

Angustiado por encontrar uma solução que o tirasse do seminário, Bentinho é inspirado por Escobar a convencer a mãe a cumprir sua promessa com Deus, oferecendo-lhe um menino desabrigado como padre, em vez do filho.

Ambos os amigos conseguem sair do seminário. Escobar realiza seus desejos e se torna comerciante, enquanto Bentinho estuda e se forma como advogado. Depois de alguns anos, retorna e se casa com Capitu.

Escobar, por sua vez, se casa com Sancha – a melhor amiga de Capitu. A amizade dos quatro se aprofunda ainda mais. Após algum tempo, Sancha dá à luz uma linda menina, batizada de Capitu.

Após alguns anos, Bento também se torna pai de um menino batizado com o primeiro nome de seu amigo, qual seja, Ezequiel.

A catástrofe

O filho de Capitu cresce e adquire traços muito similares aos de Escobar, o que faz com que Bento fique desconfiado de uma traição. Com cinco anos de idade, Ezequiel adquire o hábito de imitar as pessoas ao seu redor. Em tais ocasiões, todos se impressionam com a semelhança entre o menino e o amigo Escobar.

Esse estado de coisas não demorou a culminar em tragédia. Certo dia, enquanto nadava, Escobar se afoga. Esse falecimento precoce afeta a todos, especialmente Capitu. Durante o velório, Bento nota o olhar apaixonado de sua mulher para o morto, e isso gera, em sua mente, ideias suicidas.

Sentindo-se traído e profundamente amargurado, Bento compra veneno, com vistas a tirar sua própria vida. Porém, ao observar a grande semelhança de seu filho com o falecido amigo Escobar, tenta oferecer bebida envenenada a Ezequiel, que se recusa a ingeri-la.

O regresso

Quando percebeu o que ocorreu, Capitu se revolta e questiona o marido. Bento revela que sabe da traição e de que Ezequiel não é seu filho biológico. Se sentindo profundamente ofendida, Capitu diz que os ciúmes de Bento não poupam nem os mortos.

Segue-se uma intensa briga e Capitu decide ir embora com o filho para a Europa, de onde envia muitas cartas para Bento. Fazendo jus ao seu apelido, Casmurro não responde nenhuma delas e, mesmo viajando ao Velo Continente diversas vezes, não se dispõe a visitá-la.

Amargurado, Casmurro se entrega à devassidão, mas nenhuma mulher é capaz de fazer com que se esqueça de Capitu que, após alguns anos, falece. Ezequiel retorna ao Brasil para procurar seu pai.

O reencontro gera ainda mais tristeza em Bento que, vendo o filho crescido, têm a impressão de estar diante de um Escobar revivido, tamanha a semelhança com o amigo morto.

O reencontro dura pouco. Depois de passar alguns dias na casa paterna, Ezequiel se despede e também morre logo depois. Bento paga todas as despesas do velório e do funeral, confessando que pagaria o triplo para nunca ter de vê-lo novamente.

A história se encerra melancolicamente do ponto de onde se iniciou. Bento é, verdadeiramente, Dom Casmurro, um homem triste, solitário e encerrado em si mesmo.

Notas Finais

Nostálgico e tristonho, o narrador reconstrói a casa de sua infância. A própria obra é, em certo sentido, uma chance de resgatar o sentido íntimo de sua vida e, sobretudo, de seu ser.

Curiosamente, o narrador menospreza a sua própria criação. No fim, se convence de que, agora, o melhor a ser feito é elaborar outro livro acerca da história dos subúrbios.

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Quem escreveu o livro?

Machado de Assis foi considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira. Quiçá, o maior. Hoje, suas obras são estudadas e analisadas por diversos crític... (Leia mais)

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