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Este microbook é uma resenha crítica da obra: The everything answer book: how quantum science explains love, death and the meaning of life
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978.85.7657.424.8
Editora: Goya
No passado, acreditava-se que a relação dual entre mente e corpo seria capaz de explicar todas as questões inerentes à condição humana. Entretanto, as conquistas das neurociências tornaram inquestionável o fato de que o surgimento de nossas mentes deve ser buscado na complexidade crescente das integrações neuronais.
Isso significa que quanto mais sinapses e neurônios, mais complexa é a mente humana. Desse modo, a dualidade consciência-mente depende, como conceito, da anterioridade da matéria.
É justamente esse o ponto inicial dos questionamentos de Goswami, quais sejam, os níveis moleculares da matéria. Afinal, se o encéfalo realmente deve ser considerado o forjador de nossas mentes, quem deve ser definido como o verdadeiro forjador dos encéfalos?
Há inúmeras dúvidas geradas, no nível molecular, pelas partículas subatômicas. Porém, é por meio de tais dúvidas, alicerçadas fortemente sobre uma enorme gama de fórmulas matemáticas altamente precisas, que o nosso autor constrói as bases de seu pensamento, afirmando que a consciência não é a mente.
Para ele, a consciência transcende a mente, na medida em que ela é a responsável pela fixação da matéria no cosmo.
O mundo contemporâneo está saturado de confusão: a fé que temos nos elementos espirituais da vida vem sendo corroída pelos ataques implacáveis promovidos pelo materialismo científico.
Se, por um lado, recebemos alegremente as vantagens fornecidas pela ciência, que assume para si a visão mundial do materialismo, por outro, essa visão hegemônica não é capaz de corresponder às nossas intuições a respeito do significado da vida.
Nos últimos 4 séculos, adotamos paulatinamente uma crença segundo a qual os conhecimentos científicos devem ser edificados sobre a ideia de que todas as coisas são feitas de matéria (os chamados “átomos”) que habitam um espaço vazio.
Passamos, então, a aceitar o materialismo, fazendo dele uma espécie de dogma, ignorando por completo sua ineficiência em oferecer explicações plausíveis para as mais simples experiências cotidianas. Temos, em suma, uma visão de mundo profundamente incoerente.
As tribulações que vivenciamos criaram a exigência de novos paradigmas, de visões unificadoras do mundo que integram espírito e mente na ciência. Nenhum paradigma desse tipo, contudo, emergiu até o presente momento.
Para o nosso autor, a consciência deve ser entendida como um agente que, ao afetar objetos quânticos, faz que o comportamento seja apreensível por nossos sentidos.
Desde o tempo de Isaac Newton, a Física se adequa ao sistema filosófico realista-materialista. Os chamados físicos clássicos (também chamados de físicos materialistas) consideravam que, se pudéssemos conhecer um ponto ocupando um determinado espaço, seríamos capazes de prever facilmente a forma pela qual ele se comportaria em qualquer momento no futuro.
Portanto, Deus era apenas o maior matemático de todos. Convém ressaltar que o universo passou a ser decifrado, na prática, por meio da genialidade de Newton: o cosmo, encarado como um relógio gigantesco, fazia parte da noção de que, com o passar do tempo, os homens chegariam à “equação do Tudo”.
Assim, essa equação provaria a existência de Deus. Albert Einstein dedicou parte considerável de sua vida à procura da equação divina. Não obstante, deslindou apenas equações menores, embora absolutamente revolucionárias, como o E=M.C², que explica um dos mais importantes avanços intelectuais da história do pensamento humano.
Todavia, Einstein vivenciou as glórias da Teoria da Relatividade e, também, as questões perturbadoras da física quântica. Seu sistema filosófico, articulado à relatividade, alterou a nossa forma de enxergar o universo, introduzindo caos onde antes reinava a inabalável ordem propiciada pelo grande relógio de Newton.
À medida que físicos como Heisenberger e Bohr adentravam o interior da matéria, explicando as interações entre partículas subatômicas, foram apresentados à noção de um universo escorregadio, fugaz, evasivo e totalmente imprevisível.
Partículas que, supostamente, são feitas de matéria (como os elétrons), apresentavam comportamentos que negam, categoricamente, todos os pressupostos da física clássica e, consequentemente, da filosofia materialista. Elas implodem, sem o menor pesar, a nossa arrogância matemática voltada à realização de previsões 100% corretas.
Cada objeto quântico pode, efetivamente, ocupar mais de um lugar em um mesmo instante, o que é inadmissível sob a perspectiva das leis científicas baseadas no grande relógio. Se desejamos afirmar, por exemplo, a existência real de um elétron, devemos levar em consideração a presença de, pelo menos, um observador, isto é, de uma consciência.
É amplamente reconhecido pela comunidade científica que, a depender da natureza da pesquisa e do aparelho usado para investigar o comportamento de um elétron, é possível afirmar que, em determinado momento, ele é, de fato, uma partícula e, em outro, se comporta como uma onda.
Os objetos quânticos não se manifestam no espaço-tempo enquanto não os observarmos como partículas e, nesse ponto, é a consciência que produz um colapso na onda.
Esses objetos parecem ultrapassar os limites espaçotemporais, o que significa que, ao receber uma certa quantidade de energia, os elétrons podem saltar, atingindo outras camadas do átomo e chegando a outras eletrosferas.
Sem embargo, as medições efetuadas nos laboratórios mais modernos não conseguem detectar com exatidão o trajeto percorrido pelos elétrons pelo espaço interveniente – o chamado salto quântico.
Dito de outra forma, os comportamentos desses minúsculos pontos de matéria são absolutamente estranhos, podendo compará-los a uma pessoa que, estando em Salvador, repentinamente aparece em São Paulo sem que, para isso, tenha que transitar pelo espaço que separa os dois pontos.
Segundo Goswami, os pressupostos desenvolvidos pela física quântica deveriam nos fazer refletir mais profundamente sobre todas essas questões. Infelizmente, contudo, esse campo da ciência só pode ser analisado dentro do microuniverso dos elétrons e dos átomos.
Apenas os investigadores da área são movidos por essas constatações, que engendram tsunamis filosóficos no interior de suas mentes. Logo, há poucas pessoas aptas a dialogar com fundamento a respeito das questões quânticas.
Há certos físicos que chegam a sustentar que os desdobramentos filosóficos acerca de nós mesmos são de tal intensidade e tão perturbadores que muitos não teriam a estrutura psicológica necessária para lidar com questões geradas por essas descobertas.
Mas, por que existe tanto consenso entre os cientistas? Para o nosso autor, isso acontece porque o mundo dos fenômenos nos é apresentado como algo terrivelmente objetivo.
Os corpos clássicos são possuidores de massas imensas, ou seja, suas ondas quânticas são espalhadas com uma enorme lentidão, tornando previsíveis as trajetórias de macro objetos, gerando, desse modo, uma impressão de continuidade.
O conceito de “transcendência” vem sendo utilizado com frequência nos trabalhos e pesquisas de física. Não do modo como se costuma empregá-lo, de forma inconsequente, no anseio de explicar o que, para a maioria de nós, permanece inexplicável, parece que falta um trecho concluindo aqui. Algo com "mas da forma…."pra fechar o "não do modo"...dito acima. Para os físicos de partículas, a transcendência carrega em si uma ideia matematicamente provada. No momento em que realiza o seu salto quântico, para onde o elétron vai?
Ninguém sabe ao certo. Desde uma perspectiva matemática, porém, está comprovado que o elétron não está no espaço e, tampouco, no tempo. Dessa forma, há físicos que argumentam que os elétrons transcenderam o espaço-tempo.
A diferença entre os textos de física quântica e os textos esotéricos carentes de fundamentação é que os primeiros não fazem afirmações descabidas acerca do local de destino dos elétrons. Os cientistas tendem a se deter no abismo aberto pela transcendência, admitindo humildemente suas limitações intelectuais.
Se para indivíduos comuns e não versados em ciências esses questionamentos não causam perturbação, é porque tais conceitos não chegam aos veículos dedicados à divulgação científica.
Perceba como a progressão de um conceito micro pode atingir o macro: os átomos são compostos de elétrons; os elétrons transcendem os limites do espaço e do tempo; os átomos, quando unidos, formam as moléculas que, ao se unirem, formam animais, plantas e pedras.
Não se pode afirmar que a física de partículas vale para os átomos, mas não para as moléculas, uma vez que os elétrons compõem tanto uns quanto outros.
Considerar que um mesmo objeto quântico possui atributos tão contraditórios quanto fixidez e ondulação pode soar perigoso para quem deseja manter a sua sanidade mental.
O autor propõe que, à medida que a matéria é transcendente e instável, é necessário existir uma consciência capaz de paralisá-la momentaneamente e criar a ilusão de estabilidade.
Para Goswami, os seres humanos são como uma película, um filme de cinema. Entre cada uma das fotos há um abismo que transcende a não-foto. Entretanto, a velocidade de nossas percepções não nos possibilita notar as permanentes trocas entre não-fotos e fotos; notamos apenas a continuidade dos filmes.
Similarmente ao que sucede no cinema, o mundo da matéria é instável e oscila em virtude das regras quânticas. Porém, nossa percepção não é capaz de conceber tal instabilidade da matéria. A consciência maior ata nossa compreensão em apenas uma das possibilidades.
Cumpre ressaltar, por fim, que Amit Goswami permanece transitando pela ciência ortodoxa, porém, ela tem passado por um conturbado período de franca crise existencial.
Nesse contexto, nosso autor trabalha para inserir, por meio dos referenciais acadêmicos da física teórica, a ideia de que Deus é o elemento fundamental da matemática probabilística – cerne de sua nova física.
Desse modo, Goswami estreita as lacunas entre religião e filosofia, representando, a seu modo, um novo movimento filosófico: o idealismo monista.
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Amit Goswami é um físico nuclear e membro da Universidade de Oregon Institute for Theoretical Physics desde 1968. Dr. Goswami é um revolucionário em um corpo crescente de cientistas renegados que nos últimos anos se aventuraram no domínio do espiritual em uma tentativa tanto para interpretar os resultados aparentemente inexplicáveis de seus experimentos e validar suas intuições sobre a existência de uma di... (Leia mais)
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