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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN:
Editora: Ciranda Cultural
Há muito e muito tempo, existia uma rainha de um reino muito distante, que adorava bordar ponto cruz todas as tardes, logo após o chá das cinco. Ela costumava bordar em uma bela poltrona Louis XV, logo atrás de um janelão de beiral de ébano, no alto do castelo. De lá, ela também contemplava a fascinante paisagem, até o pôr do sol.
Num certo dia, era inverno vigoroso e estava nevando muito. Ela parou para admirar os planaltos e pinheiros todos cobertos de neve, que formavam um colossal tapete, que de tão branco encandeou-lhe a vista, e por isso, espetou o dedo com a agulha.
Nesse momento, três gotinhas de sangue chiringaram sobre o beiral da janela que estava coberto de neve. O vermelho carmim em cima do branco com o fundo escuro formou um contraste tão lindo que a rainha desejou: "Eu quero ter uma filhinha assim, branquinha como a neve, corada como o sangue e com os cabelos negros como o ébano… E ela atenderá pelo nome de Branca de Neve."
Pouco tempo depois, a rainha engravidou, e então, teve uma linda menininha, branquinha como a neve e corada como o sangue, cujos cabelos eram tão negros quanto o ébano, e ela era tão bela quanto o seu coração. A rainha muito feliz com o desejo realizado, batizou a princesinha de Branca de Neve. Mas infelizmente, morreu de parto, logo depois de amamentá-la.
Um ano mais tarde, o pai da princesinha casou-se novamente, pois o povo não podia ficar sem rainha, e um rei não podia estar só. A nova rainha era a mulher mais bela de todos os reinos, porém o seu coração era cheio de orgulho, vaidade e prepotência. Ela tinha um espelho mágico que ganhara de um certo feiticeiro, e nele escovava os seus cabelos 100 vezes por dia, e depois sempre o indagava:
— Espelho, Espelho meu, existe uma mulher mais bela do que eu?
— Não, minha rainha, não existe mulher no mundo mais bela que Vossa Senhoria. — respondia o Espelho.
Então, a rainha ficava aliviada e satisfeita, porque sabia que continuava sendo a mais bela mulher, já que o Espelho sempre dizia a verdade.
Mas o tempo foi passando, e Branca de Neve foi crescendo e se tornado cada vez linda. E num certo dia, quando a rainha o interrogou:
— Espelho, Espelho meu, existe uma mulher mais bela do que eu?
O espelho deu-lhe outra resposta:
— Sim, minha rainha! A Branca de Neve, sua enteada, é a mais bela de todos os tempos.
A rainha, surpresa com a resposta, engoliu em seco, e não pôde suportar o fato de existir uma mulher mais bela do que ela. Depois disso, cada vez que olhava para a Branca de Neve, não podia conter-se, sentia tanta raiva da menina que seus batimentos cardíacos aceleravam. Os sentimentos de inveja e ciúme, cresceram tanto dentro do coração da rainha, que ela não conseguia ter um momento de sossego, nem de dia e nem de noite, e isso despertou-lhe a crueldade.
Então mandou chamar o caçador e ordenou-lhe que a levasse para o fundo da floresta, e lá a matasse. E pediu-lhe que lhe trouxesse o coração da menina, como prova de que a ordem foi cumprida.
Embora não quisesse, o caçador obedeceu. Mas quando puxou sua sua faca de caça e ergueu o braço para atravessar o coração da inocente Branca de Neve, ela gritou:
— "Por favor, senhor caçador, não faça isso comigo!"
E começou a chorar, dizendo:
— Deixe-me viver! Eu fujo para o fundo da floresta e nunca mais voltarei para o Castelo.
O caçador, que já não concordava com tal injustiça, comoveu-se, e caiu em grande tristeza por ter que cumprir a ordem de sacrificar a menina mais bela e inofensiva de todos os tempos. Então decidiu:
— Vá, pobre menina! Fuja para o fundo da floresta, e nunca mais se deixe ser vista pela sua madrasta. Corra!
E lá se foi Branca de Neve, chorando e correndo para o fundo da floresta o mais rápido que podia. O caçador olhou ela sumindo por entre as árvores e caiu de joelhos, suplicando: "Ser Supremo, por favor, proteja-a dos animais selvagens!"
Logo depois, um alce saiu correndo da floresta, e o caçador, não perdendo tempo, o capturou, tirou-lhe o coração, e levou-o até a rainha, para enganá-la de que havia cumprido a ordem. Então a rainha, sem remorso algum, sentiu um alívio profundo, por saber que agora voltara a ser a mulher mais bela de todos os reinos.
Enquanto isso, Branca de Neve fugia ansiosamente, penetrando cada vez mais na floresta, sem saber para onde ir. Apavorada, assustava-se com tudo: com as folhas se movimentando com o vento, com o ruído dos galhinhos espalhados pelo chão que inevitavelmente quebravam quando ela pisava. E com o barulho de alguns animais da floresta. Corria, corria, passando por cima de afiadas pedras e por entre moitas espinhentas. Os animais da floresta passavam por ela sem fazer-lhe mal algum, era como se eles não a vissem. O coração dela quase parou de tanto susto, quando corria desesperadamente, e se deparou com uma enorme coruja de olhos bem arregalados, que pousava em um galho baixo.
Correu até as pernas já não aguentarem, e já perto do pôr do sol, completamente ofegante, parou um pouco para respirar, e quando menos esperava, avistou lá no fundo uma casinha, foi até lá, e resolveu entrar para descansar um pouquinho.
Quando entrou, olhou em volta, e ficou admirada! Lá dentro tudo era bem pequenininho, mas de muito bom gosto, e limpo de fazer gosto! "Que casinha charmosinha!", pensou. Nela havia de tudo o que uma casa precisava. A mesa, estava forrada com uma toalha branca toda bordada de richilieu e muito bem posta, com sete pratinhos, sete garfinhos, sete faquinhas, sete colherinhas e sete tacinhas, cada lugar com seu guardanapo de linho branco. No cômodo ao lado, havia um aposento com sete caminhas, perfeitamente alinhadas, cada uma com seu travesseirinho, e cobertas com lençóis e fronhas de seda branca imaculada.
Branca de neve estava com muita fome e muita sede, mas não queria comer a comida toda de ninguém, então resolver beliscar um pouquinho de cada um dos sete pratos, e assim, ninguém ficaria sem comida. E assim fez, uma colher de sopa de cada pratinho, um pedacinho de pão de cada um, e um gole de suco de cada tacinha. E então satisfeita, poderia descansar. Foi até o aposento, e observou as caminhas, todas elas eram pequenas, porém umas eram compridas e estreitas, outras curtas e largas, então resolveu deitar em cada uma, até que encontrou a lhe servia perfeitamente. Nela se ajeitou, fez suas orações agradecendo e pedindo, e depois caiu em sono profundo.
Horas mais tarde, chegaram os donos da casa segurando lampiões, cada um com suas pás ou picaretas. Eram sete anões. Eles trabalhavam em uma mina de diamantes numa caverna entre as montanhas.
Logo que entraram, perceberam que as coisas não estavam exatamente como tinham deixado antes de irem para a mina. Viram que faltava um pouco de sopa em cada prato, um pouco de suco em cada taça, e cada pão tinha uma mordida... "Que estranho!", um deles falou. Então eles foram entrando e observando o ambiente, tentando entender o que estava se passando.
Quando um deles entrou no aposento, viu uma donzela deitada em sua cama, dormindo profundamente. Espantado, chamou os irmãos, que logo chegaram com seus lampiões, e os levantaram bem alto por cima da Branca de Neve, e puderam vê-la nitidamente: pele branca como a neve, corada como o sangue e cabelo negro como o ébano. No mesmo instante, em coro uníssono gritaram:
— Oh! Meu Deus do céu! Que menina linda!
— E parece muito cansada, disse um deles.
Decidiram não acordá-la, e o anão que ficou sem cama para dormir decidiu dormir no sofá.
Assim que o sol nasceu, Branca de Neve acordou e tomou um susto quando viu os sete anões, mas eles a acalmaram e disseram-lhe que era bem-vinda. E então perguntaram:
— Qual é o seu nome?
— O meu nome é Branca de Neve, respondeu.
— Encantados em conhecê-la, Branca de Neve. E como você chegou até aqui, no fundo da floresta, e veio parar na nossa casa?
Então Branca de Neve explicou-lhes, contando tudo o que tinha acontecido. Falou da crueldade da madrasta ao ordenar matá-la, da piedade do caçador por poupá-lhe a vida, e do desespero ao fugir, até que finalmente encontrou aquela casinha. Os anões se compadeceram da menina, e disseram:
— Não, se preocupe, Branca de Neve, você pode ficar aqui o tempo que for preciso, e nada lhe faltará.
— Muito, muito agradecida, bondosos anões. Prometo não lhes desapontar! — Agradeceu-lhes a Branca de Neve.
— Nós trabalhamos na mina do nascer ao pôr do sol, e chegamos já à noite. Então tome cuidado enquanto estiver sozinha, pois você não conseguirá se esconder da madrasta por toda vida, um dia ela descobrirá onde você está. Nunca deixe ninguém entrar! — Instruiu-lhe os anões.
— Sim, obrigada pelo cuidado! Enquanto vocês trabalham, posso cuidar da casa, lavar, passar, cozinhar, costurar e cezir as roupas e deixar tudo bem limpinho e arrumado. — Prometeu a Branca de Neve, como uma forma de agradecer ao favor lhe prestado pelos anões.
E assim foi, a Branca de Neve ficava tomando conta da casa, e quando eles voltavam do garimpo, o jantar já estava pronto, e a mesa impecavelmente posta.
Lá no Castelo, a rainha estava tão feliz, até o dia em que, para alimentar a própria presunção, perguntou ao Espelho Mágico:
— Espelho, Espelho meu, existe nos reinos alguém mais bela do que eu?
Para sua surpresa, o espelho que não mentia nunca, respondeu:
— Sim, Vossa Majestade. Lá no fundo da floresta, na casa dos anões garimpeiros, está a mais bela de todas as belas, a Sua Alteza Branca de Neve.
A rainha ficou furiosa, por ter sido enganada pelo caçador, e mais uma vez, encheu-se de inveja, e não conseguia mais ter paz. Então, para assegurar que não mais existia mulher mais bela do que ela, ela mesma elaborou um plano para matar a Branca de Neve. Pintou o rosto, colocou um lenço na cabeça, vestiu um vestido que deixava apenas as mãos e a cabeça à mostra, colocou uns trecos numa trouxa presa em uma vara apoiada nos ombros. Voilà! Estava disfarçada de uma velha mercadora.
Irreconhecível, a rainha foi até a floresta procurar a casa dos sete anões. Quando já não aguentava mais andar, com os pés cheios de bolhas, e depois de ter atravessado duas montanhas, encontrou a casinha. Cheia de maldade no coração, bateu levemente à porta: "Muitas mercadorias! Quem quer comprar? Boas, bonitas e baratas!", anunciava a rainha.
Branca de Neve, olhou pelo olho mágico da porta, e viu que era uma velha mercadora, e ingenuamente pensou: "Esta senhora tem um ar tão honesto, não parece fazer mal" então abriu a porta, e disse:
— Bom dia, senhora, o que tendes para vender? Podes entrar!
— Corselets lindos, vindos da França. — Respondeu ela, já entrando. E tirou um corselet em seda rosa da trouxa e entregou-o à Branca de Neve, e disse: "Vá, pode provar!"
Branca de Neve vestiu-o, mas não conseguia dar o laço nas costas. A velha aproveitou a oportunidade e disse:
— Venha cá, minha filha, deixe-me dar o laço para você!
Quando a Branca de Neve deu as costas para que a velha desse o laço, ela aproveitou e puxou o cadarço do corselet com tanta força e rapidez, que Branca de Neve ficou sem fôlego e caiu desmaiada. A rainha achou que ela tivesse morrido, e pensou: "Agora você não é a mais bela de todos os reinos." E partiu de volta ao Castelo, correndo como uma raposa.
Pouco tempo depois, os anões chegaram, e encontraram a princesa desmaiada no chão. Caíram em desespero, achando que ela estivesse morta. Quando a levantaram do chão viram que o corselet estava apertado demais, e cortaram o cadarço, então a Branca de Neve aos poucos foi retomando o fôlego, e quando estava reanimada, contou-lhes o que tinha acontecido, e os anões disseram:
— Não seja tão ingênua, Branca de Neve, aquela velha era a rainha disfarçada de mercadora. Agora seja mais prudente, e não deixe ninguém entrar em casa.
Quando a malvada chegou no Castelo, foi direto para frente do Espelho Mágico para consultá-lo:
— Espelho, Espelho meu, existe nos reinos alguém mais bela do que eu?
Para sua surpresa, o espelho que não mentia nunca, novamente respondeu:
— Sim, Vossa Majestade. Lá no fundo da floresta, na casa dos anões garimpeiros, está a mais bela de todas as belas, a Sua Alteza Branca de Neve.
Seu plano fracassara! E a rainha ficou ainda mais furiosa e persistente em seu desejo cruel de matar a pobre princesa de uma vez por todas. Não perdendo tempo, elaborou um novo plano. No dia seguinte, novamente disfarçada de velhinha mercadora de um jeito diferente, lá se foi até a casa dos sete anões. Chegando lá, bateu na porta anunciando: "Muitas mercadorias! Quem quer comprar? Boas, bonitas e baratas!", anunciava a rainha. Branca de Neve, olhou pelo olho mágico da porta, e disse:
— Não posso deixar ninguém entrar, vá embora!
— Mas você pode olhar, não pode? Veja que pente bonito! — disse-lhe a velha, tentando persuadí-la.
A menina viu o pente pelo olho mágico da porta, e gostou tanto, que se distraiu e abriu a porta. Efetuou o pagamento, e a velha ofereceu:
— Deixe-me pentear seus cabelos, linda menina, preciso certificar que a madeira está bem polida e não vai lhe machucar.
— Obrigada, pode deixar que eu mesma me certifico. — respondeu Branca de Neve, e penteou os seus cabelos.
Nesse momento, Branca de Neve caiu desmaiada novamente, pois o pente estava envenenado. A rainha acreditando na morte da Branca de Neve, fugiu.
Felizmente, logo chegaram os anões, e quando viram a princesa desmaiada, deduziram que tinha sido obra da rainha. Então examinaram a Branca de Neve e encontraram o pente ainda em seus cabelos, e quando o retiraram, a menina reanimou. Mais uma vez, eles a advertiram que ela não deveria abrir a porta para ninguém.
Quando a rainha chegou no Castelo, correu novamente até o espelho, e perguntou:
— Espelho, Espelho meu, existe nos reinos alguém mais bela do que eu?
Para sua surpresa, o espelho que não mentia nunca, novamente respondeu:
— Sim, Vossa Majestade. Lá no fundo da floresta, na casa dos anões garimpeiros, está a mais bela de todas as belas, a Sua Alteza Branca de Neve.
Ouvindo isso, a rainha foi tomada pelo ódio, e gritou:
— Não pode ser! Branca de Neve tem que morrer a todo custo, nem que custe a minha própria vida.
No dia seguinte, lá se foi a rainha novamente, sendo que desta vez, disfarçada de camponesa, carregava em uma cesta de vime belíssimas maçãs de um vermelho tão intenso, que chegavam à cintilar, porém uma das duas bandas eram envenenadas. Ao chegar, bateu à porta novamente. E Branca de Neve gritou:
— Não posso deixar ninguém entrar. São ordens dos donos da casa.
— Tudo bem! Eu não quero entrar! Sou camponesa, e sempre compartilho um pouco de minha colheita com os vizinhos, num gesto de gentileza. Venha, receba uma maçã! — Ofereceu a rainha.
— Não posso, não posso aceitar nada. — Disse Branca de Neve.
— Ah, está como medo de que ela lhe faça mal? — Indagou a rainha. Não se preocupe, vou cortá-la ao meio, assim você come uma banda e eu a outra. Veja! — Nesse momento a rainha mordeu uma das bandas da maçã, mas nada lhe ocorreu, pois ela sabia reconhecer o lado não envenenado.
Branca de Neve, desejosa por comer da linda maçã, abriu a janela, recebeu a outra banda e agradeceu. A rainha pediu:
— Por favor, dê-lhe uma mordida! Gostaria de saber sua opinião, se ela é macia e docinha.
Branca de Neve, deu uma generosa mordida. E Nesse momento, caiu imóvel no chão. Dessa vez, quando os anões chegaram da mina, não conseguiram reanimá-la, não acharam corselet apertado, nem pente nos cabelos, não acharam nada, nenhum ferimento sequer, ela estava intacta, parecia apenas dormir.
Ela estava tão linda, o rosto branco como a neve e lábios vermelhos como sangue, emoldurados pelos cabelos negros como o ébano, que os anõezinhos não quiseram enterrá-la, pois parecia estar viva. Resolveram colocá-la num esquife de cristal no alto de uma colina, e assim o fizeram com uma inscrição em ouro na tampa, dizendo:"Branca de Neve, filha de rei".
Os anões e os animaizinhos da floresta, os alces, lebres e esquilos, pássaros e corujas amigos da Branca de Neve, choraram por ela, e revezavam-se entre si para guardar o esquife dia e noite.
Enquanto isso, lá no Castelo, a rainha interrogava o Espelho Mágico:
— Espelho, Espelho meu, existe nos reinos alguém mais bela do que eu?
Para sua surpresa, o espelho que não mentia nunca, agora respondeu:
— Não, Vossa Majestade, és a mais bela entre todas.
Então o coração invejoso da rainha sossegou.
O tempo passou, e Branca de neve continuava lá. Até que num certo dia, um príncipe foi caçar no topo da colina onde a princesa estava. Chegando lá, ao vê-la, logo pensou: "Oh, que beleza igual não há! Que menina bela!" "Mas porque ela está em um esquife, se mais parece estar dormindo?" perguntou para si mesmo em pensamento. Então pediu aos anões permissão para levá-la até o consigo, na esperança de poder encontrar uma cura, e trazê-la de volta à vida.
Os anões, não tendo escolha, como uma última centelha de esperança, consentiram. E assim aconteceu.
Os sete anões ajudaram o príncipe a retirar a Branca de Neve do alto da colina. Na descida, um deles tropeçou, e provocou um certo abalo no esquife, que fez com que o pedaço da maçã envenenada que ainda estava preso na garganta da Branca de Neve fosse arremessado para fora da boca dela, e no mesmo instante ela tornou a vida, abriu a tampa do esquife, ficou de pé, e perguntou:
— O que aconteceu? Onde estou?
Os anões e o príncipe maravilhados e como os olhos cheios de lágrimas começaram a comemorar e então lhe explicaram o que tinha acontecido.
O príncipe então se declarou para a Branca de neve, dizendo que a amava mais que tudo na vida, e para não mais perder tempo, ajoelhou-se e pediu-a em casamento. Ela aceitou com muita felicidade. Então logo começaram os preparativos para o casamento real. Os convites foram distribuídos, e entre os convidados, lá estavam o rei, pai da Branca de Neve junto com sua esposa, a madrasta malvada.
A cruel rainha, presunçosa como sempre, estando pronta para a festa como um lindo vestido e luxuosas joias, foi até o espelho, e fez a mesma pergunta:
— Espelho, Espelho meu, existe nos reinos alguém mais bela do que eu?
Para sua surpresa, o espelho que não mentia nunca, agora respondeu:
— Sim, Vossa Majestade! A doce Branca de neve, é a mais bela entre todas, e tão bela quanto ela, não mais haverá, a não ser a sua própria descendência.
Tomada por tanta raiva, a rainha teve um ataque do coração e morreu.
A Branca de Neve e o príncipe tiveram o casamento mais lindo de todos os tempos. E foram felizes para sempre!
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Os autores desse livro são Jacob e Wilhelm, mais conhecidos como os Irmãos Grimm. Acadêmicos, linguistas, escritores que nasceram no Condado de Hesse-Darmstadt, atual alemanha. Ded... (Leia mais)
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