A Natureza Humana e o Estado de Natureza
No 'Leviatã', Hobbes explora a ideia de que os seres humanos, em seu estado natural, são movidos por interesses próprios e estão constantemente em conflito uns com os outros. Essa visão pessimista da natureza humana sugere que, sem uma autoridade central, a vida seria 'solitária, pobre, sórdida, brutal e curta'. Hobbes argumenta que para evitar esse caos e garantir a segurança de todos, é necessário um governo forte que possa impor a ordem. Essa perspectiva serve como base para sua defesa da monarquia como a forma de governo mais eficaz.
O Contrato Social como Fundamento do Governo
Hobbes introduz a ideia do contrato social como um acordo entre indivíduos para formar uma sociedade e estabelecer um governo que possa protegê-los de um estado de guerra constante. Ele vê o contrato social como uma maneira de legitimar a autoridade de um soberano absoluto, que teria poder suficiente para manter a paz e a estabilidade. Ao fazer isso, Hobbes sugere que a monarquia, com um líder forte, é a forma de governo mais adequada para garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos, já que concentra o poder necessário para executar e fazer cumprir as leis.
A Monarquia como Garantia de Unidade e Estabilidade
Hobbes defende a monarquia como a forma de governo que melhor garante a unidade e a estabilidade de um Estado. Ele argumenta que, ao concentrar o poder em um único soberano, a monarquia evita as divisões e conflitos de interesse que podem surgir em sistemas democráticos, onde múltiplas vozes e opiniões competem por influência. Para Hobbes, um monarca absoluto que age como o 'Leviatã' pode tomar decisões de maneira mais eficiente e manter a ordem social, proporcionando uma liderança clara e decisiva que é essencial para a prosperidade e segurança de um país.
