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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-02-09535-9
Editora: Novos Mercados
Ações são títulos negociáveis que representam uma mínima fração dos capitais sociais de empresas de capital aberto, isto é, de empresas que se enquadram na categoria S.A. (Sociedade Anônima).
Quando, por exemplo, você decide adquirir uma ação, digamos da Vale PN, isso implica na compra de uma parte mínima dessa organização. Dessa forma, você se torna um pequeno “sócio” dela. Como tal, tem o direito de receber as partes correspondentes dos lucros da empresa – se ela vier a ter algum lucro.
O melhor a se fazer, segundo ao autor, é realizar uma acurada pesquisa de mercado, a fim de saber quais são as melhores empresas para fazer parte.
Quando uma empresa demonstra interesse na captação de novos recursos, a fim de investir em modernização e crescimento (seja a curto, médio ou longo prazo), ela tende a recorrer aos empréstimos. Todavia, essa é uma alternativa de elevado custo, devido aos altos juros cobrados em nosso país.
Lançar ações na Bolsa é outra opção para arrecadar capitais que permitam que a empresa fique livre dos juros praticados pelas financeiras e pelos bancos. Cada um dos compradores desses papéis, por menores que sejam, estão se tornando, conforme mencionado, novos sócios, pois estão investindo capital próprio nessa estruturação.
À medida que as empresas obtêm lucros, partes deles também são repassados (proporcionalmente) a cada acionista, sob a forma de dividendos. A partir desse processo, a empresa ganha (ao crescer e ter a possibilidade de elevar seu faturamento, conquistando novos mercados) e os investidores, por sua vez, também ganham ao receber esses dividendos.
Além disso, caso a empresa apresente resultados satisfatórios e fundamentos sólidos, articulados à credibilidade de sua gestão, as ações podem seguir o mesmo rumo, isto é, aumentar de valor e, assim, gerar ainda mais lucro aos seus acionistas.
Este esquema serve para elucidar os processos de abertura de capital. No entanto, são uma forma simplificada e utilizada por Piazza para que seus leitores comecem a entender melhor as engrenagens do mercado financeiro.
Há, obviamente, muitas exigências que devem ser cumpridas, sobretudo, no que tange aos aspectos legais de cada tipo de operação, assegurando que somente empresas sólidas, transparentes e promissoras se projetem no mercado.
Essa pergunta, apesar de muito comum, apresenta várias respostas possíveis. O autor concentra-se, principalmente, em três respostas que considera essenciais:
Já existem pessoas, no Brasil, que acompanham, em tempo integral, a Bolsa de Valores pelo home broker e, inclusive, fazem disso a sua fonte principal de renda. Não se esqueça, contudo, de que o investimento em ações representa somente uma pequena parte das várias alternativas, atualmente disponíveis no Brasil, de investimentos em renda variável.
Se analisarmos com profundidade os mecanismos de venda e compra de papéis na Bolsa, notaremos que os preços sobem ou descem (fenômeno conhecido como “volatilidade”) segundo a baixa ou a alta quantidade de vendedores e compradores, respectivamente.
Isso significa que, caso muitos indivíduos estejam interessados em adquirir ações da Embraer S.A. (Empresa Brasileira de Aeronáutica), a quantidade de compradores excederá a de vendedores. Estes, ao saberem que a procura por seus papéis é grande, somente aceitarão prescindir deles por bons preços.
Seguindo esse exemplo, os vendedores lançam, portanto, preços de venda mais elevados, pressionando o aumento da cotação dos papéis. É possível, também, que ocorra o inverso, sobretudo, durante as quedas. Afinal, é a lei de oferta e procura em ação. Quando as procuras são maiores, os preços sobem; quando as ofertas são maiores, os preços caem.
Essa dinâmica é brilhantemente ilustrada pelo autor como a luta entre touros, que simbolizam a força compradora, e ursos, que simbolizam a força vendedora.
Acertar o momento exato da venda e da compra de uma determinada ação é o que realmente determinará o seu nível de êxito em uma operação. Certos papéis podem variar imediatamente de preço após a compra, ao passo que outros podem se manter estáveis ao longo de dias ou, até mesmo, semanas.
Os investidores conscientes precisam estar preparados para todas as eventualidades possíveis antes de executar suas ordens de compra. “Antes”, talvez seja, segundo o autor, a palavra-chave. Tenha em mente o que deve ser feito quando os seus papéis se valorizarem, desvalorizarem ou permanecerem estáveis por longos períodos – o que pode ser um problema.
Entretanto, por que você deveria se preocupar com esse assunto antes de efetivar a compra? A resposta é simples: a partir do momento em que você observar o seu dinheiro “se movimentar” em tempo real, para baixo ou para cima, entrará em campo o seu maior rival: o fator emocional, que é capaz de prejudicar toda a operação.
A resposta para a questão “em quanto tempo posso obter lucro?”, portanto, aponta para a inexistência de um tempo padrão ou certo. Os lucros virão de acordo com a sua habilidade de lidar com os desafios inerentes ao mercado de renda variável.
Você pode, por exemplo, comprar uma ação assim que pregão abrir, momentos em que os preços passam por volatilidade extrema, realizando uma venda apenas 10 ou 15 minutos depois, com grandes lucros.
Tudo, em suma, dependerá do seu perfil como investidor, podendo ir de arrojado – tal qual no exemplo que acabamos de ver – moderado ou conservador, dando preferência às aplicações de longo prazo.
Tal como os pilotos de avião devem conhecer a força e o sentido dos ventos antes de decolagens e pousos, os investidores devem avaliar as reais condições do mercado antes de se decidirem.
Um modo de fazer isso consiste em observar indicadores e índices – ferramentas que servem para apontar sentidos prováveis, em busca de aumentar estatisticamente as probabilidades de acerto.
Existem, na atualidade, inúmeros indicadores e índices. Cada um deles expressa uma perspectiva particular do mercado. É natural que cada investidor tenha preferência por um outro, segundo o seu grau específico de confiabilidade.
É possível, ainda, combinar diferentes ferramentas para tentar reforçar os resultados. Entre as principais, destacam-se: o Ibovespa, o IFR, o Volume, o Ibovespa Futuro e o índice Dow Jones.
Ibovespa é o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo. Ele mensura a lucratividade de carteiras hipotéticas, usadas como parâmetros para calcular os rendimentos que os investidores teriam se as possuíssem, a partir de ações mais negociadas, rentáveis e seguras para investir no momento.
Cada ação que o integra recebe um peso – atribuído sob a forma de pontos – que podem variar segundo a sua liquidez (ou seja, o grau de facilidade em se converter em ativos, como imóveis, ações ou dinheiro vivo).
A cada quadrimestre, os pesos e a composição do Ibovespa são mudados para representar com maior precisão o mercado de ações, motivo pelo qual ele é utilizado como um importante indicador, à medida que age como ponto de referência para o mercado financeiro no Brasil.
O IFR é um dos indicadores mais utilizados por analistas técnicos. Ele mensura a aceleração de movimentos, utilizando uma escala que vai de 0 a 100. Acredita-se que, ao ultrapassar os 80 pontos, o mercado se aproxima de um topo e, logo, tende a cair.
Quando o IFR está abaixo de 20, a interpretação corrente é a de que o mercado tende a finalizar a queda e voltar a ascender. Isso é bem fácil de ser visto na prática: a maior parte dos gráficos de ações vem com IFR visível.
A avaliação do volume representa, também, um sinalizador de vital importância para compreendermos o mercado. Se os movimentos são acompanhados por um crescente volume estes indicam a força ou permanência dessa tendência.
A redução do volume, por sua vez, indica que a dinâmica pode estar se aproximando de uma inversão em sua tendência. Tal como o IFR, esse indicador já vem demonstrado em grande parte dos gráficos disponibilizados pelas corretoras de investimentos.
O Ibovespa futuro é um índice que, de certa forma, “sente” os impactos de notícias (negativas ou positivas), antecipando o que o mercado espera que aconteça em curto prazo. Por esse motivo, é considerado um indicador bastante confiável pelos investidores em geral.
O índice estadunidense Dow Jones representa, desde um ponto de vista global, aquilo que o Ibovespa significa para o Brasil. Quaisquer movimentações consideráveis nesse índice tendem a carregar consigo grande parte dos mercados ao redor do mundo.
Assim, analisar frequentemente as tendências expostas pelo índice Dow Jones é um hábito que pode ajudar na redução de eventuais em suas operações.
Os preços de todas ações são fortemente influenciados pelos noticiários ou pelas informações que, de uma forma ou outra, circulam pelo mercado. Não obstante, afirmar que esse é o único fator que determinada a variabilidade dos preços deve ser considerado um exagero.
Com efeito, se isso ocorresse, os mercados se moveriam apenas quando notícias relevantes surgissem a respeito de uma determinada empresa. Até os investidores menos experientes, porém, são capazes de ver que não é assim que as coisas se dão na prática.
Tomar decisões embasadas apenas em notícias, logo, é algo irracional, uma vez que a movimentação dos preços depende de “algo a mais” do que simples fatos. Para o autor, há certo consenso no mercado que indica que esse “algo” é representado pelas expectativas.
Não importa que essas expectativas sejam fundamentalmente subjetivas, elas são tão importantes que superam, em termos de eficiência, a realidade dos fatos. Assim que novas expectativas são instauradas nos bastidores, podemos observar um intenso movimento de elevação de preços ao longo dessa tensão que, no entanto, pode se desfazer mediante a confirmação (ou negação) das expectativas em questão.
A conquista do chamado “grau de investimento” por nosso país é um bom exemplo desse fenômeno, elevando o Brasil ao status de “seguro e confiável” para receber capitais advindos de investidores estrangeiros. Muitos creem que os preços vinham sendo lentamente inflados no último período, em razão da expectativa de que esse nível de classificação fosse conquistado pelo Brasil.
Assim que a primeira agência internacional concedeu tal certificação ao nosso país, novas expectativas surgiram, o que seria crucial para que fundos de pensão dos EUA passassem a destinar parte de seus imensos recursos ao mercado financeiro do Brasil.
Sem embargo, ao conquistarmos tal posição, presenciamos um generalizado desânimo no mercado de ações que, de algum modo, ficou sem fôlego para dar o prosseguimento necessário à tendência de ascensão.
Caso todos queiram ganhar e, teoricamente, recebem notícias similares pelos meios de comunicação, a capacidade de se antecipar passa a ser mais relevante do que apenas esperar pela concretização das informações.
Nesse ponto, o investidor mais bem relacionado passa a projetar acerca do que pode ocorrer em breve, tomando suas decisões baseando-se nessa análise. Por tal motivo, criou-se o ditado, segundo o qual, “o mercado sempre se antecipa aos fatos”.
Para Piazza, essa máxima faz todo o sentido. Portanto, preste mais atenção às expectativas que vão se formando do que nos próprios fatos em si. O melhor é ficar sempre de olho!
Comece, de agora em diante, a descobrir o seu lado negociador. Uma boa ideia de Piazza é obrigar-se, ao menos, a fazer uma tentativa de se envolver no mercado de ações.
Não fique preocupado se for necessário afastar-se dele por um certo período. O mais importante é ter uma atitude aberta e positiva em relação à Bolsa, em vez de solidificar uma visão negativista, como muitos fazem apenas por desconhecerem o assunto.
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Marcelo C. Piazza é o autor do presente microbook, além de ter escrito livros como "Ganhe Mais Investindo em Opções", ou "O Melhor da Análise Técnica de Ações". Sendo ele um operador da Bolsa de Valores, esc... (Leia mais)
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