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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Blue ocean shift: beyond competing
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-4310-556-7
Editora: Editora Sextante
Primeiro, precisamos diferenciar bem um oceano azul de um oceano vermelho em sua empresa. Pode acontecer com qualquer negócio, em todos os segmentos. Quando se navega por um oceano vermelho, as expectativas não são nada boas. As contas não fecham, surgem despesas de todos os cantos e o lucro é apenas um sonho, enquanto o dia a dia da administração é um pesadelo na vida do empreendedor.
Por sua vez, o oceano azul é o caminho navegado por quem dispõe de boa saúde financeira e por isso pode vislumbrar novos rumos e planejar o crescimento, expansão e diversificação de atuação. Evidentemente, esse mar de prosperidade não surge de uma hora para outra e precisa de trabalho duro para ser conquistado.
Quando se fala em transição para o oceano azul, devemos pensar em transferir sua organização da competição no mercado para a criação do próprio mercado. Não é simplesmente lutar por um lugar ao sol, mas descobrir as melhores formas de se posicionar para ter bons momentos de descanso na sombra em dias mais quentes.
Mas criar um mercado nem sempre significa destruir ou gerar uma disrupção no setor da sua empresa. Não é necessário abalar um mercado existente para gerar um novo. Essa tarefa tampouco implica, necessariamente, em inovação. Muito menos se resume ao empreendedorismo e domínio de todas as técnicas do setor.
Na verdade, criar um mercado é juntar todas essas estratégias e dominá-las. Você precisa entender quem é seu público-alvo, para traçar mecanismos de divulgação e vendas sem erro, de maneira a falar a linguagem de quem se interessa por seu produto ou serviço.
É preciso extrair o melhor das principais estratégias para entender como sua empresa é capaz de inventar o próprio meio de subsistência. A melhor resposta para uma atuação convincente não vem de uma única atitude empresarial, mas do conjunto de todas elas, aplicadas às necessidades específicas de cada setor.
Bons estrategistas veem novas oportunidades e vislumbram um oceano azul onde a concorrência só é capaz de enxergar o mar vermelho de lucros em declínio e encolhimento constante, sem perspectiva de melhora. Isso ocorre porque eles não se deixam iludir pelo que outros aceitam cegamente, sem coragem de mudar para enfrentar os obstáculos.
Para criar uma nova expectativa nos cenários adversos, é preciso adotar uma nova visão, fazer perguntas diferentes e ser capaz de perceber e avaliar possíveis falácias no meio do caos. Os bons competidores têm outro olhar, sabem que não devem se apegar a lugares-comuns, sentem ânsia por pensar fora da caixa em busca de outros pontos de vista.
Um bom estrategista não é conformado com o que tem em mãos. Está sempre buscando novas respostas e lições. Se você é daqueles que se apegam apenas ao que está dado certo, sem buscar novos olhares sobre cenários ruins, é melhor rever seus conceitos.
Quando pensamos em novas estratégias e rumos para a empresa, é preciso levar em conta o fator humano. Muitas vezes, novos métodos milagrosos de atingir resultados incríveis não dão certo pelo esquecimento de que há seres humanos envolvidos no processo.
Em todos os níveis de hierarquia na empresa, é preciso respeitar as pessoas que fazem os produtos e serviços chegarem ao público-alvo, do começo do processo até a entrega final. Elas precisam ter a confiança de que seu talento está sendo extraído na totalidade para oferecer algo de propósito aos clientes.
Mais que executivos ou funcionários, são pessoas lidando diariamente com pessoas, oferecendo algo a outras pessoas. Mesmo as mais fortes passam por maus momentos, que precisam ser bem interpretados para impedir que problemas pessoais interfiram diretamente no rendimento profissional.
Chegamos à metade deste microbook. Já ficou claro que mudanças são necessárias para completar a transição em busca de navegar por um oceano azul de muita prosperidade. Para isso, trouxemos cinco dicas bem simples para aplicar em sua empresa. A caminhada precisa de algumas mudanças na forma de trabalhar. Vamos conhecê-las?
Primeiro é importante perguntar: por onde começamos? Afinal, quem não sabe para onde quer ir, caminha incessantemente e nunca sabe qual é o destino final.
Nesse caso, a resposta é simples. Para iniciar o processo, defina o escopo do projeto e quais negócios ou ofertas de produtos e serviços serão abordados. Concentre-se no produto final, deixe o seu negócio com foco específico na área de atuação e tome cuidado para não dispersar os trabalhos. Este é apenas o começo, mas vamos prosseguir com essa caminhada.
Agora, é preciso traçar um quadro simples, expressando sua estratégia geral, de forma que todos os funcionários entendam o foco da empresa e falem a mesma língua, atuando em prol de um mesmo objetivo. Defina como deve ser a atuação e quais os resultados esperados por cada setor.
Um único colaborador remando contra a maré é capaz de desestruturar todo o planejamento rumo ao sucesso. Nem é por maldade, mas por não entender quais são os rumos da empresa, tomando atitudes que contrariam as ambições de todo o coletivo.
A visão de toda a equipe deve ser a mesma e os executivos precisam entender qual a melhor estratégia a ser adotada, tanto em grupo quanto individualmente. Tendo em mente qual o cenário atual e até onde se deve chegar, a caminhada vai ficando mais produtiva.
Já sabe em que patamar sua empresa pode chegar? Chegou a hora de imaginar. Comece a traçar uma meta, o lugar que a empresa quer alcançar. O cenário global deve ser levado em consideração na hora de pensar em uma boa estratégia de sucesso.
Todas as premissas de sua área de atuação não podem ser esquecidas ao colocar para a equipe quais serão os desafios enfrentados. Assim, é possível de antemão entender novas ideias pertinentes aos desafios enfrentados e as que devem ser descartadas.
Também é necessário definir quais são os pontos de dor na empresa, ou seja, aspectos de um negócio, produto ou serviço que os compradores, conscientemente ou não, são obrigados a tolerar e que acabam por prejudicar a utilidade da oferta para os clientes ou são tão inconvenientes que os não clientes procuram alternativas.
Uma pergunta terá de ser respondida por qualquer empresa, mais cedo ou mais tarde: como reconstruir as fronteiras do mercado e mudar o discurso sobre onde estão as oportunidades?
Quando um projeto está em processo de transição para o oceano azul, toda a equipe deverá enfrentar essa questão de frente. Como trabalho conjunto, os membros do time precisam ter total compreensão de como as ferramentas devem ser usadas, fortalecendo a confiança e desenvolvendo um nível de percepção sobre o mercado maior do que a concorrência.
Ao firmar um compromisso com a transição, a descoberta sobre os caminhos a serem tomados acontece dia após dia. É possível ter que mudar de rumos quando as coisas não saem como o esperado. E essa decisão é mais ágil quando se sabe, de maneira coletiva, onde se quer chegar.
Agora que você já entendeu em que patamar sua empresa está, quais os caminhos a serem seguidos e de que forma passar todas as estratégias para chegar ao oceano azul, não há mais desculpas para ficar parado.
Para cada opção estratégica, é preciso haver uma mensagem consistente, com perguntas e respostas sobre as variáveis de cenários que podem surgir no meio do caminho. Com todo o perfil do público-alvo bem delineado e uma equipe coesa na atuação diária, fica mais fácil ir caminhando e tomando as decisões corretas.
Não há mais o que fazer senão seguir adiante. Nessa jornada, o aprendizado diário vai mudar a sua vida e a de todos os participantes desse processo. O quinto passo não significa que está tudo bem o tempo todo. Quando necessário, volte a repensar os planos desde o começo, mantendo toda a equipe entrosada nos objetivos, com foco em navegar em um oceano azul de prosperidade, realizações e sucesso diante da concorrência.
A transição para o oceano azul depende da aplicação de boas estratégias, mas não só isso. Também é necessário manter uma equipe entrosada, focada nos mesmos objetivos e consciente da necessidade de entender os propósitos de cada produto ou serviço vendido. Tudo sem perder de vista o aspecto humano dos colaboradores. Não é uma missão para ser cumprida de uma hora para outra, mas pode perfeitamente ser planejada e alcançada.
Em Aprenda a negociar como os tubarões, você é apresentado às técnicas mais utilizadas para conseguir os melhores resultados em negociações duras. Vale a pena conferir este microbook.
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Renée Mauborgne é co-diretor do INSEAD Blue Ocean Strategy Institute e The INSEAD Distinguished Fellow e professor de estratégia no INSEAD. Mauborgne atuou no Conselho de Assessores do Presidente Barack Obama sobre Universidades e Universidades Historicamente Negras (HBCUs) nos dois mandatos do presidente. Ela também é membro do World Economic Forum. Seu livro Blue Ocean Strategy, de co-autoria com W. Chan Kim, vendeu 3,6 milhões de cópias e é um best-seller em 5 continent... (Leia mais)
Kim é o professor responsável pelas cadeiras de estratégia e gestão internacional na INSEAD França e co diretor do Instituto da Estratégia do Oceano Azul. Antes de se juntar a INSEAD, ele era professor na Univer... (Leia mais)
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