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Este microbook é uma resenha crítica da obra: La maternidad y el encuentro con la propia sombra
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-465-0021-5
Editora: BestSeller
Quando refletimos acerca do nascimento de um filho, parece óbvio pensar em separação. Afinal, o corpinho que, dentro de sua mãe, se alimentava do mesmo sangue, agora deve se separar e começar a viver de forma independente.
O bebê tem de colocar em funcionamento os seus mecanismos de ajuste da temperatura, digestão, respiração e tudo o mais que for necessário para sobreviver em um novo ambiente.
Estamos tão acostumados a ver somente com os olhos que acreditamos que o nascimento de um novo ser humano pode ser compreendido em termos de desprendimento físico.
Entretanto, se elevarmos nossos raciocínios, poderemos imaginar que o recém-nascido não pode ser resumido em termos materiais, pois trata-se, também, de um corpo espiritual, emocional, sutil. A despeito do fato de que, efetivamente, ocorre uma separação física, subsiste uma união de outro tipo.
Com efeito, a mãe e o seu bebê permanecem fundidos emocionalmente. Essa criança recém-nascida, saída das entranhas espirituais e físicas da mãe, ainda integra seu entorno emocional.
Uma vez que ainda não iniciou o desenvolvimento intelectual, o bebê conserva as suas capacidades sutis, telepáticas, intuitivas, que estão fortemente entrelaçadas com a alma materna. Logo, essa criança constitui-se de um sistema representativo da alma de sua própria mãe.
Dito de outra forma, o recém-nascido vive como próprio tudo o que a mãe recorda e sente, as coisas que ela rejeita ou pelas quais se preocupa, como dois seres em um.
O parto só acontece quando a mãe abre o seu corpo físico para dar passagem ao corpo de seu bebê, viabilizando um certo rompimento. Se pararmos para pensar sobre o assunto, perceberemos a realização de outro rompimento, mais sutil, correspondente à estrutura emocional.
Algo se desestrutura ou se quebra para permitir a transição entre o “ser um” para o “ser duplo”. Hoje em dia, infelizmente, a maioria das mulheres passa pela experiência do parto com uma consciência limitada acerca de suas limitações e poderes. Vivenciá-los plenamente possibilitaria, também, que as mães se “quebrassem” completamente.
Afinal, o parto nada mais é do que uma abertura, um corte forçado, similar a um vulcão que entra em erupção e que, ao expelir seus conteúdos mais profundos, necessariamente rompe a solidez aparente e cria, nesse movimento, uma estrutura renovada.
Nos dias atuais, a pressa, as analgesias e anestesias rotineiras e o parto conduzido não convidam as mães a desfrutarem desse momento fundador da vida e a utilizá-lo como ponto de partida para entender e fortalecer suas verdadeiras estruturas emocionais.
Nossa autora sustenta que todas as mães são capazes de amamentar seus próprios filhos. Em vez de conversar sobre mamilos, posições, horários e técnicas, é preciso falar de amor. Para ela, a tarefa de amamentar será mais simples quando as mães perceberem a semelhança com o ato sexual: no início, a mulher precisa se conhecer.
Para fazer isso é preciso estar sozinha e não ter pressa. Semelhante às relações amorosas (e amamentar é isso mesmo), a mulher precisa de privacidade e de tempo.
Assim como é necessário se comunicar com o parceiro para aceitar a prática sexual, o bebê deve estar amparado pelo corpo materno, em verdadeira comunhão, a fim de sentir o contato íntimo e poder sugar. O mesmo tempo é necessário para que as mulheres produzam leite e gerem amor.
Existem preparações para a maternidade que consideram apenas os aspectos físicos. Há outras que fornecem algumas informações generalizantes sobre expulsão e puxo, dilatações, além de noções básicas sobre lactação e puericultura.
Não obstante, é possível encontrar profissionais que atuam seriamente, orientando a preparação da mãe no sentido de um sólido encontro com sua própria sombra.
Esses profissionais estão acostumados a se depararem com muitas mulheres imersas em um estado infantil, isto é, “protegidas” pelo marido ou pela família para não saberem ou se inteirarem a respeito da própria gravidez mais do que consideram conveniente.
Os nove meses representam um tempo mais do que suficiente para que a mulher se prepare para a ruptura de seu corpo físico e a quebra de sua alma. Essa crise poderá ser aproveitada à medida que a futura mãe esteja disposta a vislumbrar as partes temidas ou obscuras de si própria.
Essa tarefa não pode ser desempenhada por uma “menina crescida”, pois requer uma mulher adulta e amadurecida.
Ao longo dos nove primeiros meses de vida as necessidades básicas do bebê são, fundamentalmente, similar àquelas que eram comodamente satisfeitas no ventre materno, como:
Trata-se da comunicação constante com a mãe, por meio do amor, da presença, das palavras e do olhar. O recém-nascido constitui sua humanidade ao entrar em comunicação total com o outro, preferencialmente, a mãe.
A constância dessa comunicação significa que ela ocorre a todo tempo, 24 horas de ritmo, movimento, abrigo, calor e colo.
A criança, idealmente, deveria ficar apoiada nos braços de sua mãe na maior parte do tempo, sendo fisicamente apoiado, tocado e, inclusive, apertado, como estava no interior do útero materno.
É necessário que as vivências do bebê se assemelhem às vivências uterinas, pois isso gera confiança e segurança para ele, permitindo que fique em contato com outro corpo que o abriga, balança e protege.
O bebê encontrava-se em movimento contínuo ao longo de sua vida intrauterina. Não apenas pelos movimentos realizados pela mãe ao escrever, dormir, se sentar ou caminhar, mas porque o feto estava em permanente contato com os movimentos realizados pelos órgãos da mãe (tanto de circulação cardíaca, respiração ou digestão).
Alimentação permanente implica que, tal como sucedia no útero, a necessidade de alimentação é quase ininterrupta. A possibilidade de ingerir, sugar e satisfazer sua fome deve estar disponível sempre que a criança pedir.
Você já notou a facilidade com a qual algumas mães negam-se a oferecer o peito ao bebê por que ele “já comeu”? Devemos refletir acerca do poder que, como adultos, exercemos sobre ele, definindo arbitrariamente quando é correto ceder alimentos e quando isso não é merecido ou adequado. A espera não existia no útero!
O papel de um pai amadurecido evolui em dois tempos:
No que se refere ao apoio emocional, estamos diante de um conceito que não é de fácil compreensão para pais e mães da atualidade. Ele se refere ao suporte e ao cuidado que o pai deve oferecer à mãe, a fim de que ela tenha condições de cumprir suas funções de maternagem.
Para que a mãe possa submergir nessa fusão, ela deve se livrar de todas as preocupações mundanas e materiais, delegando as tarefas que não sejam indispensáveis para a sobrevivência do bebê, isto é, tudo que não se refere a apoiar, alimentar, higienizar, acalmar, ninar e amamentar a criança.
Os afazeres domésticos, a atenção dispensada aos filhos mais velhos, a organização da casa, as preocupações com dinheiro, os conflitos com terceiros, os relacionamentos entre os membros da família e as decisões intelectuais devem, segundo a autora, ser de responsabilidade do pai, cuja maior atribuição é libertar a mãe desse reino terrestre.
Para a puérpera, essa fase é simplesmente celestial, na qual a sua consciência trabalha para além da causalidade e da lógica. Ela deve se livrar do pensamento racional e admitir que atravessa uma realidade profundamente milagrosa.
O dia a dia seguirá com seus ritmos e exigências, e a tarefa do pai é a de se encarregar da administração e da organização do cotidiano doméstico.
Os fatos do mundo adquirem significado material a partir do momento em que os percebemos no campo das ideias. Reconhecemos facilmente os processos funcionais, porém, fazemos confusão entre aquilo que vemos e o que é apenas representado. O termômetro, por exemplo, representa a temperatura corporal, mas não a produz.
A consciência é, via de regra, o ponto inicial, a emissora das informações: quando o modelo é harmonioso, o chamamos de saúde e, quando não é equilibrado, chamamos de doença. Não obstante, ambos os termos não se referem a nada concreto – como nos acostumamos a pensar.
Todas as coisas que você ignora a respeito de si mesma se traduzirá pelo corpo dos seus filhos. Se estiver muito afastada de sua essência, você não estará sequer em condições de se questionar ante as manifestações incômodas ou dolorosas das suas crianças.
Será preciso que alguém lhe dirija esses questionamentos, que a incite a buscar possíveis respostas em seu âmago e vele para não descartar precocemente as primeiras sensações.
Considere a mãe que se angustia por ter se afastado do bebê para voltar a trabalhar. Certamente, ela se convencerá da inadequação desse sentimento, convencendo-se de que providenciaria tudo o que a criança precisa.
Ao se afastar de seus verdadeiros sentimentos, estamos, na realidade, obrigando-os a reaparecerem no corpo do bebê. Por outro lado, aceitar a verdade propicia a paz de espírito, ainda que a verdade em questão não seja bela ou agradável.
Para Gutman, a verdade acumula pedras no caminho e, com o tempo, dá a sensação de que “temos muito azar”.
Em algumas ocasiões, iniciamos a vida em meio a águas poluídas e, assim, nossa energia é obstruída e nossa busca e criatividade são prejudicadas gravemente: abandonos emocionais, maus-tratos, tristezas, pobreza, pais ausentes, falta de afeto.
Com o tempo, voltamos a encontrar essa mesma sombra nas crises. É justamente nos piores momentos que as experiências ou as recordações desagradáveis afloram, como se tivessem voltado à realidade.
Todavia, nada disso combina com a idade adulta. A maturidade traz consigo a certeza de que há outras possibilidades em nosso ser, esperando o momento de se revelarem. São espaços preexistentes, prontos a serem inundados por nossos mais genuínos desejos e nos ajudar a construir o nosso lugar no mundo.
Por esse motivo, é crucial entender que esses espaços existem em nossa mente, apenas esperando um sinal dado por decisões conscientes para, enfim, se transformarem em realidade.
A obra de Laura Gutman é, a um só tempo, profunda e provocativa. Se você deseja se aprofundar ainda mais nas concepções dessa autora assista “O poder das mães para mudar o mundo”.
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Laura Gutman, a autora da presente obra, é uma terapeuta especializada na maternidade, e se formou na Université Paris 8. Hoje, ela já escreveu diversos livros, e dentre eles "A Biografia Humana" e "... (Leia mais)
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