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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Zero to sold: How to start, run, and sell a bootstrapped business
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-3-9821957-2-8
Editora: Arvid Kahl
“Bootstrapping”, traduzido do inglês, é aquela espécie de alça presente na parte de trás de vários modelos de botas. Sua função prática é a de ajudar a calçar os sapatos com mais facilidade e sem precisar sujar as mãos. Como expressão linguística significa algo como “puxar a si mesmo para cima pela alça de suas botas”.
No empreendedorismo, o termo se popularizou ao ser utilizado para definir uma startup independente, que não precisa de investimentos de terceiros. Nesse sentido, bootstrapping significa criar um negócio com recursos próprios, minimizando os vários riscos ao depender e ter de responder a investidores. Segundo o autor, é mais que uma técnica, é um estado mental focado em eficiência, sustentabilidade e controle total sobre decisões e crescimento do seu trabalho.
Há algumas variações importantes nesse estilo de empreendedorismo.
A fase inicial de qualquer negócio começa com uma ideia. No entanto, um erro comum de muitos fundadores é começar a procurar um mercado para um produto só depois de sua idealização. Kahl defende que o caminho certo é justamente o inverso: começa-se com uma audiência, com uma espécie de conversa e pesquisa com o potencial mercado consumidor para descobrir um problema real para esse grupo. Isso é uma oportunidade.
Compreendidas as dores e como resolvê-las, valida-se uma solução e só então se constrói um produto. Essa inversão da lógica evita o risco de construir algo que ninguém quer ou precisa, gastando recursos preciosos de maneira equivocada. Isso é importante principalmente para o empreendedor solo, como é o caso no bootstrapping.
O primeiro passo, portanto, é identificar um nicho. Nichos são grupos coesos que possuem diversas características em comum, como classe social, raça, ambiente geográfico, linguagem própria, objetivos e problemas. Focar em um nicho específico facilita diversas etapas na construção e manutenção de uma startup, passando pela área de marketing e chegando até a fidelização do cliente. Um bom nicho precisa ser grande o suficiente para sustentar um negócio, mas pequeno o bastante para evitar a entrada de grandes concorrentes e manter a coerência.
Depois de definido o público-alvo, o próximo passo é descobrir alguma dor que essa audiência enfrenta. O problema ideal é aquele que ocorre com frequência, causa frustração e/ou perda de tempo e dinheiro e não pode ser ignorado. Além disso, ele deve ser compartilhado por esse nicho, afinal não estamos buscando a solução para um problema individual, mas para algo que ocorre com um grupo de pessoas.
A validação deve ser feita por meio de conversas reais com potenciais clientes, sempre buscando entender o impacto dessa necessidade em suas rotinas e verificando se estariam dispostos a pagar por uma solução. Não adianta resolver um problema “pequeno” com um produto pelo qual ninguém está disposto a pagar. Seja esperto!
Com sua proposta validada, o empreendedor deve propor uma solução simples e eficaz. É fundamental entender que uma solução ainda não é um produto. Só depois de validar o impacto real da proposta é que se desenvolve o que chamamos de MVP, produto mínimo viável — que deve resolver diretamente aquele problema com o menor esforço possível.
Leve esse nome ao pé da letra. Ou seja, desenvolva apenas o mínimo que o seu produto inicial precisa para ser funcional e demonstrar corretamente sua usabilidade e propósito. Preocupações com escala, design polido ou funcionalidades secundárias devem ser evitadas para não atrasar as próximas etapas do processo.
Após o lançamento do produto, o foco do fundador deve ser conquistar os clientes pagantes identificados na primeira parte da pesquisa, preferencialmente de forma recorrente.
Nessa fase, é normal sentirmos insegurança, o peso das limitações de nossos recursos e a sobrecarga de trabalho. Por isso, costuma ser a fase em que muitos negócios fracassam. O empreendedor precisa encontrar uma maneira de equilibrar a evolução do produto com: atendimento ao cliente, marketing, vendas e ainda cuidar da própria saúde mental, que o autor ressalta ser de extrema importância, ainda que tantas vezes acabe sendo negligenciada.
Mesmo com a realização do MVP, é normal que o produto precise de um ajuste ou outro após o lançamento. Ouça seus primeiros clientes com cuidado e atenção, isso é essencial para realizar mudanças rápidas e manter sua solução no mercado sem grandes prejuízos.
O feedback permite entender melhor quais funcionalidades fazem diferença, quais processos precisam ser automatizados e quais estratégias de comunicação geram mais conversões. O autor destaca que o segredo não está em agradar a todos, mas em manter o foco na proposta de valor principal, sempre levando em consideração as necessidades do nicho que você definiu anteriormente.
Nesse estágio, o produto evolui de forma controlada. O empreendedor precisa priorizar funcionalidades com base em impacto e simplicidade de implementação, pensando sempre em uma abordagem prática. O objetivo é desenvolver sistemas que otimizem tempo e esforço, em vez de perseguir metas abstratas que não se baseiam em dados empíricos. Automatizar tarefas repetitivas e documentar processos ajuda a aliviar a carga operacional, além de preparar o negócio para escalar de forma sustentável.
A precificação é outro tema importante. Muitos fundadores têm medo de cobrar muito, errar e de alguma maneira arruinar seu negócio. Não se preocupe, é uma preocupação comum. Kahl nos alerta que o preço inicial sempre estará errado, e tudo bem. O importante é começar cobrando algo, mesmo que simbólico, e ajustar conforme o valor percebido aumenta.
Quando seu negócio atingir uma receita constante capaz de sustentar a empresa de modo tranquilo, seu foco deve passar a ser a estabilidade. É ela que vai permitir estruturar melhor sua empresa, melhorar os processos e, finalmente, pensar no longo prazo. É o momento de criar sistemas sólidos, delegar responsabilidades e ampliar a retenção de clientes.
A construção de relacionamento com os consumidores deve seguir passos estratégicos. O suporte deve ser eficiente e escalável, priorizando sempre a autonomia dos usuários, afinal, você não quer “travar” a compra das suas mercadorias por algum mau funcionamento do SAC.
Já o seu produto precisa estar sempre evoluindo para se tornar cada vez mais confiável, integrado e extensível. Isso inclui tomar decisões técnicas mais robustas, eliminar recursos desnecessários e investir em usabilidade, sempre de forma alinhada com as necessidades e desejos dos seus clientes.
Nessa fase, muitos fundadores precisam enfrentar o dilema entre crescer ou manter o negócio estável. Independentemente da sua escolha, o autor recomenda que devemos agir como se fôssemos vender a empresa: sempre documentar tudo, organizar as finanças, definir procedimentos padrão e reduzir a dependência dos fundadores. Esse é o primeiro passo para qualquer um dos dois caminhos que você possa vir a escolher e valoriza seu negócio diante de potenciais compradores.
A criação de uma marca forte é importante desde o primeiro momento, mas agora vai se tornando cada vez mais urgente. O marketing é um aliado essencial para o futuro da sua empresa e vai ajudar na hora de refinar o posicionamento, estabelecer uma voz consistente e construir uma comunidade em torno do produto. Uma marca bem definida não só fideliza clientes como atrai novos talentos e potenciais compradores.
Ao atingir a fase de crescimento, o fundador se vê diante de uma decisão importante que já o assombrava desde a fase anterior: expandir a empresa ou vendê-la. Ambas as opções são legítimas, e o autor detalha o que deve ser considerado em cada caso.
Se vender for o objetivo, é necessário preparar o negócio para esse fim desde o início, com métricas claras, processos bem documentados e uma operação que funcione sem o fundador. Portanto, comece a se questionar sobre o futuro da sua empresa desde os primeiros passos, assim economiza tempo e evite passar por estresses no futuro.
O processo de venda envolve etapas como due diligence, negociação, definição de cláusulas de earn-out e a transição para os novos donos. Vender pode ser uma forma de buscar novos desafios, recuperar tempo pessoal ou simplesmente colher os frutos do seu trabalho árduo. Lembre-se de buscar um conselheiro jurídico de confiança, seguindo sempre suas recomendações.
Por outro lado, continuar com o seu negócio pode significar expandir a equipe, investir em novos mercados ou até mesmo em produtos complementares. Em ambos os casos, o importante é que o empreendedor tenha clareza de seus objetivos pessoais e profissionais.
Para muitos fundadores, especialmente após a venda, surge o desejo de ajudar outros empreendedores — atuando como mentor, investidor ou autor, como é o caso do próprio Kahl neste livro.
Grande parte dos ensinamentos do livro vem da experiência do autor com o Feedback Panda. Criado junto com sua parceira Danielle Simpson, o software nasceu da necessidade real de professores de inglês que precisavam escrever relatórios após cada aula on-line.
Ao automatizar esse processo, o produto gerou um ganho de tempo imediato para seus usuários, passando a ser adotado rapidamente por milhares de professores, graças ao compartilhamento orgânico em suas comunidades.
Sem grandes investimentos em campanhas publicitárias, a empresa cresceu com base no boca a boca, reforçado por um efeito de rede criado pela possibilidade de compartilhar templates entre os professores. Enquanto esteve nas mãos de seus criadores, o negócio foi totalmente gerido por eles, sem contratação de equipe, e vendido após dois anos com uma receita mensal recorrente de 55 mil dólares.
A principal lição desse caso é que resolver um problema real de um grupo bem definido pode gerar uma empresa extremamente valiosa, mesmo com estrutura mínima e orçamento enxuto. Não subestime as necessidades do seu cliente. Se o problema for real, as pessoas estão dispostas a resolvê-lo.
Arvid Kahl nos mostra que empreender sem investidores é uma maneira viável e gratificante de tirar seu negócio do papel — desde que haja, claro, foco em resolver problemas reais, uma validação contínua com clientes e a construção de um sistema sustentável.
O autor valoriza o caminho do empreendedor autodidata, que aprende fazendo, compartilhando e servindo sua comunidade — caminho que ele mesmo escolheu há alguns anos, quando abriu seu próprio negócio.
Para quem deseja empreender com autonomia, sem depender de rodadas de investimento ou modismos, o livro oferece direções claras: comece pequeno, valide rápido, ouça seus clientes e construa com intenção.
Para empreender no formato bootstrapping, uma característica se torna essencial para o futuro empresário: a autoconfiança. Como leitura complementar, que vai te ajudar a criar coragem para finalmente correr atrás dos seus sonhos, recomendamos o microbook “Ouse crescer”, de Tara Mohr. Aqui no 12min!
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Empreendedor e fundador do FeedbackPanda, o autor possui formação como engenheiro de software e tem como seus assuntos principais os negócios digitais e bootstrapping. Acredita na ideia de construir junto com o usuário e c... (Leia mais)
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