What You Do Is Who You Are - Resenha crítica - Ben Horowitz
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What You Do Is Who You Are - resenha crítica

What You Do Is Who You Are Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Cultura Corporativa & Comunicação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: What You Do Is Who You Are

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9780062871336

Editora: Harper Business

Resenha crítica

Cultura e Revolução: a história de Toussaint Louverture

Em nossa longa História, houve apenas uma revolução de escravos realmente vitoriosa e que tenha levado ao surgimento de um Estado independente no Haiti. Certamente, existiram revoltadas dos escravos da dinastia Han e dos escravos cristãos do Império Otomano.

Há, além disso, numerosos relatos de rebeliões de alguns dos 10 milhões de africanos mantidos em cativeiro no próspero comércio de escravos do século XV ao XIX. Mas, apenas uma revolta teve sucesso.

Com efeito, uma forte motivação alimentou todas as tentativas: não há causa mais inspiradora do que a liberdade. Então, por que apenas uma vitória? A escravidão, entre outros aspectos, sufoca o desenvolvimento da cultura, desumanizando os cativos. Para o autor, culturas destruídas não vencem guerras.

Enquanto escravo, nenhuma de suas atividades geram frutos para si mesmo, de modo que não é necessário se preocupar em fazer as coisas de modo ponderado ou sistemático, pois tanto você quanto seus familiares podem ser vendidos ou mortos a qualquer momento.

Para impedir que você aprenda sobre outros modos de vida, se comunique com outros escravos ou saiba que os seus senhores estão fazendo, é proibido aprender a ler e, assim, adquirir as ferramentas necessárias para acumular conhecimentos. Um escravo, afinal, pode ser estuprado, açoitado ou desmembrado, já que se encontra inteiramente à mercê.

Essa constelação de atrocidades leva a uma cultura com baixos níveis de educação e confiança, além de um foco de curto prazo na sobrevivência. Então, como um homem nascido na escravidão, pode reprogramar a cultura escravista?

Como Louverture reprogramou uma cultura escravocrata?

No ano de 1707, em meio à grande revolta de homens e mulheres reduzidos à escravidão, Louverture demonstrou que, além de liderar tropas, também podia inspirar e persuadir os civis com a sua visão de um novo modo de vida.

Muitos de seus princípios podem ser aproveitados na construção de um forte senso de comunidade e equipe em contextos empresariais, entre os quais, destacam-se:

  • manter o que funciona: para criar seu exército, Louverture começou com 500 homens, escolhidos a dedo, que aprenderam a arte da guerra por meio de treinamentos assíduos. Deste modo, ele conseguiu edificar uma nova cultura com divergências mínimas;
  • criar regras chocantes: para incutir confiança em todo o exército, Louverture estabeleceu uma regra tão chocante que gerava questionamentos constantes do tipo “Por que temos essa norma?”. A regra proibia que oficiais casados tivessem concubinas. Se a equipe não pode confiar em alguém incapaz de manter a palavra dada à própria esposa, há um claro indicativo de que essa pessoa poderia, também, trair seus companheiros de armas;
  • manter a coerência: nenhuma cultura floresce sem a participação entusiasmada de seu líder. Não importa quão bem projetados, cuidadosamente programados e reforçados, novos elementos culturais não vigoram em meio a ambientes liderados por homens inconsistentes ou hipócritas. Embora Louverture exigisse muito de seus soldados, estava pronto a dividir com eles cada tarefa ou atividade.

Tenha em mente que uma conduta ética requer escolhas difíceis. Por mais difícil que seja manter a honestidade e a lisura no trato diário com os seus colaboradores, clientes, investidores ou parceiros, nada será tão desafiador quanto implantar valores éticos em um exército de ex-escravos durante uma guerra.

O Caminho do Guerreiro

Os samurais, classe guerreira do Japão feudal, tinham um código bastante estrito e poderoso, o “Bushido” (ou “Caminho do Guerreiro”, em tradução livre). Ele permitiu que os samurais governassem o Japão de 1186 a 1868 – quase 700 anos – e seus valores sobreviveram, até mesmo, ao seu longo reinado.

De fato, os samurais integram a raiz principal da cultura japonesa até os dias atuais. Alguns dos princípios do Bushido, resultado sincretismo entre o confucionismo, o budismo e o xintoísmo, têm milhares de anos.

No entanto, a cultura perseverou por tanto tempo justamente porque forneceu uma estrutura para lidar com todas as situações difíceis ou dilemas éticos que você possa encontrar. 

Os ditames do Bushido eram nítidos, coerentes e abrangentes. Sem embargo, a abordagem meticulosa dos samurais para construir uma cultura de 360 graus é extraordinariamente aplicável à vida moderna.

Definindo as virtudes

O código samurai se apoia em 8 virtudes: retidão ou justiça, coragem, honra, lealdade, benevolência, polidez, autocontrole e veracidade ou sinceridade. Cada uma delas foi cuidadosamente definida e, posteriormente, reforçada por meio de um intrincado conjunto de princípios, práticas e histórias.

Todos atuaram juntos como um único sistema, equilibrando-se de forma a impedir que quaisquer dificuldades ou virtudes pessoais fossem mal interpretadas ou mal utilizadas.

Horowitz ressalta, contudo, 3 virtudes do Bushido que ele considera essenciais para as culturas organizacionais contemporâneas:

  • honra: os samurais definiam a honra como a parte imortal de si mesmos, pois, sem ela, todas as outras virtudes seriam inúteis;
  • polidez: essa virtude consiste em uma articulação complexa de regras que determinam como um samurai deve se comportar em todas as situações, incluindo andar, se curvas, se sentar e, até mesmo, como tomar chá;
  • veracidade ou sinceridade: a cultura da veracidade era tão forte que a palavra de um samurai era tomada como verdade absoluta, de tal forma que os acordos escritos eram desnecessários.

O Bushido teve um impacto tão profundo na sociedade japonesa porque os samurais desenvolveram e refinaram essa cultura por um período muito longo. Empregaram, para tanto, uma variedade de técnicas psicologicamente sofisticadas para fazer seus valores parecerem indeléveis, inevitáveis e completamente naturais.

O guerreiro de uma maneira diferente: a história de Shaka Senghor

Shaka Senghor nasceu em uma família de classe média na cidade de Detroit (EUA), durante a década de 1980. Após fugir de um lar abusivo aos 14 anos, foi persuadido a entrar no tráfico de drogas, sendo aliciado por traficantes mais experientes.

No ano de 1991, ele atirou em um homem, levando-o à morte. Processado e condenado pelo crime, passou 19 anos por diferentes prisões de Michigan, 7 dos quais em regimes de solitária. Desses 7 anos, 4 e meio foram consecutivos! Sua libertação ocorreu em 2010.

O código moral 

As prisões norte-americanas são fortemente marcadas pelos grupos que se formam entre os presidiários. Senghor integrava um grupo denominado “Melanics”, cujo código de valores baseava-se na responsabilidade de cada indivíduo pela segurança e bem-estar (tanto quanto possível em um contexto prisional) de todos os membros do grupo.

Se alguém de fora atingisse um de seus membros, toda a organização se levantaria contra o agressor, o que significava que ele nunca mais estaria seguro em nenhuma prisão, uma vez que os Melanics estavam presentes em praticamente todos os presídios do país.

Enquanto integrante, você tinha o dever de prestar auxílio a qualquer membro necessitado que fosse tido como um “irmão digno”. Caso um membro fosse considerado, por um motivo ou outro, indigno – na maioria das vezes, por não ter ajudado um companheiro – ele perderia imediatamente sua proteção.

Senghor, então, concentrou-se nos seguintes princípios básicos:

  • nunca tire proveito dos membros de seu grupo;
  • nunca os ameace ou agrida fisicamente;
  • trate-os da forma que você gostaria de ser tratado.

Após perceber que algumas mudanças significativas precisavam ser realizadas no grupo, Senghor, já tornado líder, enfrentou a necessidade de alinhar melhor a sua equipe.

Para atingir esse objetivo, utilizou uma das melhores técnicas para mudar uma cultura, qual seja, o contato constante. Ao exigir que sua equipe almoçasse, trabalhasse e estudasse junta, ele a tornava cada vez mais conscientes das mudanças culturais promovidas.

Portanto, lembre-se: nada indica a importância de um assunto como a promoção de reuniões diárias sobre ele.

Genghis Khan, Mestre em Inclusão

Genghis Khan foi o líder militar mais eficaz da História. Ele conquistou mais que o dobro do que qualquer outra pessoa e faz isso em uma série de campanhas surpreendentes.

Com efeito, Khan subjugou cerca de 20 milhões de quilômetros quadrados – uma área aproximadamente do tamanho da África, estendendo-se do Golfo Pérsico ao Oceano Ártico – com um exército de apenas 100 mil homens.

Atualmente, a maioria das empresas enfrenta sérias dificuldades para criar uma cultura inclusiva, mas Khan dominou essa arte há quase mil anos. Em seu império, foram incluídos chineses, persas e europeus, muçulmanos, budistas, cristãos e, até mesmo, canibais. Tudo isso dentro de um único reúno construído em bases tão sólidas que, após sua morte, ainda continuaria crescendo por 150 anos.

Meritocracia

As mulheres mongóis já eram tratadas incomumente bem para a época, mas Genghis Khan aboliu os títulos aristocráticos herdados e eliminou a hierarquia de castas: todos os homens passaram a ser iguais em direitos e deveres. Pastores e cuidadores de camelo, por exemplo, podiam ascender ao generalato.

Khan chamou todos os seus súditos de “o Povo das Paredes de Feltro” (material usado para a construção das tendas (as “yurts” dos povos nômades da Mongólia). Isso conferiu-lhes, por mais simples que possa parecer à primeira vista, a identidade necessária para que se vissem como um único clã, por mais extenso que fosse.

Para solidificar sua nova meritocracia, Khan instituiu que todos os líderes regionais ou de clãs locais fossem eleitos pelo povo, em vez de basear a legitimidade política em termos de ancestralidade familiar, no conceito de “sangue real” ou “nobreza”.

Ele, portanto, foi o primeiro líder político a introduzir um novo conceito: o Estado de Direito, justamente em um período no qual os governantes se consideravam acima das leis de seus povos.

Incorporando as lições históricas às suas práticas de gestão

O primeiro passo para implementar a cultura que você quer em sua empresa consiste em saber realmente o que você deseja. Sim, isso parece bastante óbvio. E é mesmo. Ademais, parece fácil, mas não é.

Com possibilidades aparentemente infinitas para escolher, como você projetaria uma cultura que oferece à sua organização as vantagens necessárias, criando um ambiente digno de orgulho e – o mais importante – que possa ser efetivado na prática?

Para ajudá-lo, o nosso autor destaca alguns pontos a serem lembrados: não importa se o seu negócio é uma startup ou uma empresa de 100 anos, delinear a sua cultura organizacional é igualmente relevante.

Lembre-se de que as culturas, assim como as organizações que as criam, devem evoluir para enfrentar novos desafios, à medida que todos os valores são, por definição, aspiracionais.

Nosso autor relata ter atuado com milhares de empresas e nenhuma delas atingiu total conformidade ou harmonia cultural. Em uma empresa de porte significativo, sempre haverá violações. O que mais importante, aqui, não é a perfeição, mas conseguir ser sempre melhor hoje do que ontem.

Por fim, para que você possa se inspirar em outras culturas, não deve tentar adaptar os caminhos trilhados por outras empresas. Para que a sua cultura seja vibrante e sustentável, ela deve vir, segundo o autor, do “sangue” e da “alma” das pessoas que se engajam em seu crescimento e sucesso profissional.

Notas finais

A edificação da cultura organizacional começa a partir da definição do que você mais valoriza. Nesse sentido, o mais indicado é ajudar todos na sua empresa a praticar comportamentos que reflitam essas virtudes. Se, porventura, alguma se mostrar ambígua ou simplesmente contraproducente, você precisará alterá-la.

Quando sua cultura demonstra carecer de elementos cruciais, você deve adicioná-los, prestando atenção ao comportamento do seu time, mas, principalmente, ao exemplo que você oferece a cada colaborador. Isso, para o autor, resume o significado profundo de ser um líder de sucesso!

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Quem escreveu o livro?

Ben Horowitz é um empreendedor, investidor, blogueiro e autor americano. Ele é co fundador da Andreessen Horowitz, um dos mais renomados fundos de Venture Capital do mundo. Ben começou sua carreira no Empreendedorismo fundando a Opsware e posteriormente vendeu a empresa para a HP por U$ 1.6 bilhões de dólares. É o autor best-seller de The Hard Thing About Hard Things, que agora está disponível em mais de 16 idiomas. Ele também atuou c... (Leia mais)

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