Warren Buffett e a análise de balanços - Resenha crítica - Mary Buffett
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Warren Buffett e a análise de balanços - resenha crítica

Warren Buffett e a análise de balanços Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Investimentos & Finanças

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Warren Buffett and the interpretation of financial statements

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5564-061-8

Editora: Sextante

Resenha crítica

A descoberta de Benjamin Graham

As bolsas de valores funcionam como gigantescos cassinos. Os especuladores apostam na direção da cotação das ações. Normalmente, eles compram quando as notícias são boas e vendem quando são ruins. Se o preço de um ativo não se valoriza, eles o vendem em busca de outro. O foco é o lucro rápido.

A euforia especulativa acontece há muito tempo. No início da década de 1930, o jovem investidor Benjamin Graham percebeu que os grandes investidores de sua época não davam importância para os aspectos econômicos de longo prazo das ações que compravam e vendiam. Ele também percebeu que parte das mudanças nas cotações se devia a comportamentos dos próprios investidores.

Quando entravam na loucura especulativa, os investidores faziam com que as cotações subissem e caíssem a níveis ilógicos para as perspectivas de longo prazo das empresas. Nesses valores insanamente baixos residiam as oportunidades mais lucrativas do mercado financeiro. 

Indo além do mentor

Benjamin percebeu que, em algum momento, o mercado perceberia o erro de abrir mão de empresas com cotações muito abaixo do seu valor intrínseco de longo prazo e reavaliaria o valor de suas ações para cima. Por isso, investir nelas era uma boa ideia. Quando a cotação mudasse, ele poderia vendê-las com lucro.

Ao fazer isso, Benjamin criou o “investimento em valor”. Warren Buffett aprendeu o investimento em valor com Benjamin, quando estudou na Universidade de Columbia na década de 1950. Depois, trabalhou como analista em sua firma em Wall Street. No entanto, Warren aperfeiçoou o método de Benjamin.

Ele descobriu que várias empresas que Benjamin julgava não ter potencial prosperavam alguns anos mais tarde. Estudando a fundo, percebeu que isso se devia a suas vantagens competitivas. Quando uma empresa tinha um diferencial durável, então seu valor subjacente continuaria a crescer durante os anos. Por isso, fazia sentido investir pelo maior tempo possível.

O investimento em valor e o pensamento de longo prazo

Warren descobriu que analisar investimentos ia além de determinar a solvência financeira e a capacidade de gerar lucros de uma empresa. Ele se diferenciou de seu mentor e encontrou um estilo próprio de investimentos. 

Benjamin não distinguia as empresas que tinham vantagem competitiva de longo prazo das que não tinham. Ele só queria saber se a empresa era capaz de gerar lucro suficiente para cobrir as deficiências econômicas que levaram à queda na cotação de suas ações. 

Warren foi um passo além. Ele descobriu que empresas que demonstram vantagem competitiva de longo prazo em relação à concorrência são promissoras. Isso significa que quanto mais tempo mantivermos a participação em uma empresa do gênero, mais ricos nos tornaremos. Empresas com diferenciais competitivos poderosos têm modelos de negócio robustos, o que reduz drasticamente as chances de declarar falência. Isso significa que quanto mais para baixo os especuladores jogarem o valor de suas ações, mais lucrativa ela se torna.

Indo além dos ativos subvalorizados

Warren percebeu que era possível ter lucro a longo prazo ainda que o ativo não estivesse tão subvalorizado quanto Benjamin exigiria para considerá-lo promissor. Era possível fazer excelentes negócios, ainda que pagando um preço justo. 

Para identificar uma boa oportunidade, o investidor foi além de seu mentor. Ele não só era capaz de perceber se uma empresa tinha potencial para vencer seus problemas econômicos, mas também sabia o nível de vantagem competitiva que um negócio tinha e usava isso como critério ao investir. 

Para Warren, marcas promissoras são as que têm potencial de geração de riqueza a longo prazo. Isso requer uma vantagem competitiva durável e um bom nível de ceticismo em relação às manipulações do mercado financeiro. Enquanto Benjamin focava em empresas tão subvalorizadas que eram praticamente dadas de graça, Warren focou em uma abordagem mais ampla — marcas com características únicas e duradouras que eram capazes de ocupar uma posição dominante no mercado.

Vencendo Wall Street

Warren percebeu que a prática convencional de Wall Street está equivocada. Os especuladores acreditam que ganhos altos são proporcionais a um maior risco subjacente. Quando ele investiu em empresas com risco baixo de falência e alto valor intrínseco, contrariou essa máxima e foi capaz de bater todos os outros investidores.

A meta passou a ser encontrar investimentos nos quais enquanto o risco diminui, o potencial de ganhos aumenta. Ele também percebeu que se mantivesse o dinheiro investido por muito tempo, poderia adiar os impostos sobre os ganhos de capital, permitindo que sua aplicação fosse isenta enquanto fosse mantida.

Em 1973, Warren investiu 11 milhões de dólares no jornal “The Washington Post”, por reconhecer uma vantagem competitiva durável nele. 35 anos depois, o jornal passou a valer 1,4 bilhão. Por nunca ter vendido uma única ação da marca, Warren ainda não pagou um real de imposto sobre o seu lucro, enquanto o valor cresce ano a ano.

Onde Warren começa sua busca por uma empresa excepcional

Para Warren, existem três tipos de empresa nas quais vale a pena investir:

  • as que vendem um produto exclusivo;
  • as que prestam um serviço exclusivo;
  • as que compram e vendem a baixo custo um produto ou serviço que as pessoas sempre precisam.

Cada um desses princípios levam a marcas extremamente bem-sucedidas. 

Entre as empresas que vendem um produto exclusivo, aparecem:

  • Coca-Cola;
  • Pepsi;
  • Hersheys;
  • Budweiser;
  • The Washington Post.

A necessidade, a experiência do cliente e a promoção publicitária fizeram com que as histórias desses produtos ficassem em nossas mentes. São produtos que nunca precisam ser modificados.

Entre as empresas que vendem um serviço exclusivo, aparecem:

  • American Express;
  • Moody’s;
  • H&R Block;
  • The Service Master.

Esses são modelos de negócios com alto potencial de lucro. Uma empresa do tipo não precisa investir muito reprojetando seus produtos, criando uma fábrica ou armazenando estoque.

Entre as empresas que compram e vendem um produto ou serviço que as pessoas sempre precisam, estão:

  • Walmart;
  • Costco;
  • Nebraska Furniture Mart;
  • Borsheim’s Jewelers.

Todas essas marcas são compradores e vendedores a baixo custo, trocando grandes margens por volume.

Onde o ouro está escondido

Já passamos da metade do microbook e os autores contam que as análises de demonstrações financeiras são o lugar em que Warren garimpa as empresas que têm uma vantagem competitiva duradoura. São três tipos:

  • demonstração do resultado do exercício;
  • balanço patrimonial;
  • demonstração do fluxo de caixa.

A demonstração de resultado do exercício mostra quanto uma empresa lucrou em um período. Com essa análise em mãos, Warren determina parâmetros, como: margens das vendas; retorno sobre o patrimônio; constância e direção dos lucros.

O balanço patrimonial mostra:

  • quanto uma empresa tem no banco;
  • suas contas a receber;
  • seus estoques;
  • sua propriedade, chamada de “ativo”;
  • quanto ela deve.

Quando subtraímos o passivo do ativo, obtemos o patrimônio líquido, o valor que os sócios têm investido nela.

Por fim, a demonstração do fluxo de caixa mostra o dinheiro que entra e sai da empresa. Isso é útil para conferir quanto a marca está gastando em melhorar seus ativos fixos e também as vendas e recompras de títulos e ações.

O papel da constância

Warren evita colocar dinheiro em empresas que investem pesado em pesquisa e desenvolvimento. Seu foco é a constância. Então, ele prefere marcas como a Coca-Cola, líder do setor que usa a mesma fórmula secreta há mais de um século. 

Se compararmos com a montadora General Motors, por exemplo, a Coca-Cola tende a ser um investimento melhor. Isso porque a tecnologia automotiva evolui a partir de um investimento massivo em pesquisa e desenvolvimento para que a GM não se torne obsoleta no mercado. 

Warren também evita empresas com despesas pesadas com depreciação e juros. Seu foco é o retorno sobre as receitas. Ele divide o lucro líquido pela receita e dá preferência às marcas nas quais esse retorno é superior a 20%. Se ele estiver constantemente abaixo de 10%, significa que ela provavelmente opera em um setor altamente competitivo.

Analisando ativos e passivos

Um balanço mostra os ativos, passivos e o patrimônio líquido, resultado da subtração dos ativos pelos passivos. Nessa conta, o ativo circulante mostra o dinheiro em caixa, os investimentos líquidos, os estoques e as contas a receber dos clientes em um ano. Ele varia de acordo com as operações da empresa.

O passivo circulante, por sua vez, inclui as dívidas que vencem em um ano, despesas provisionadas, contas a pagar e o endividamento de curto prazo. Warren dá preferência a empresas com caixas e investimentos líquidos sólidos, com poucas dívidas a saldar. 

Ele também opta por marcas que geram caixa suficiente para fugir das dívidas a longo prazo. Essa relação entre ativo circulante e passivo circulante é o “coeficiente de liquidez”. Na análise tradicional, optamos por coeficientes de liquidez altos. No entanto, é comum Warren apostar em empresas que sejam sólidas a ponto de não precisar de um colchão de liquidez tão alto.

O lucro acumulado

O lucro acumulado é fruto do lucro líquido que a marca reinveste em suas operações, em vez de gastá-lo recomprando ações ou pagando dividendos. Eles são um componente do patrimônio líquido: quanto maior o lucro, maior o patrimônio líquido dos acionistas.

Para Warren, empresas com crescimento rápido de lucro acumulado também tendem a mostrar uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes de longo prazo. Ele dirige a Berkshire Hathaway, uma holding de investimento de capital aberto. Sua prática padrão é não pagar dividendos aos acionistas.

Em sua visão, é mais lucrativo recomprar as próprias ações — um caminho para aumentar o lucro dispensando a necessidade de subir proporcionalmente o rendimento líquido. A lógica aqui é aumentar o lucro por ação, aumentando também o valor da ação como consequência.

Os equity bonds

Quando fazemos um investimento de longo prazo em uma empresa com vantagem competitiva sustentável e substancial, a tendência é que suas ações se valorizem ao longo do tempo. A esse tipo de ação ele chamou “equity bonds”. 

Na década de 1980, por exemplo, Warren comprou ações da Coca-Cola a uma taxa de retorno inicial baixa por ação. Alguns anos mais tarde, ele viu essa taxa subir exponencialmente. Para ele, quanto mais tempo você mantiver a participação em uma empresa rentável, melhor será o resultado.

Warren vê a aposta em ações de empresas competitivas a longo prazo como um investidor convencional vê a renda fixa. O lucro antes dos impostos é o equivalente ao pagamento de juros em um título comum. No entanto, em vez de o valor ser fixo, ele continua crescendo ano após ano, o que aumenta o valor da participação patrimonial.

A hora de vender

São poucas as situações em que Warren vende sua participação em alguma empresa. A razão é que quanto mais tempo mantivermos o dinheiro em uma empresa competitiva de longo prazo, melhor será o resultado. 

Vender pode ser uma boa ideia em três situações:

  1. caso você precise de dinheiro para investir em uma empresa ainda mais excepcional a um preço melhor;
  2. caso você perceba que a empresa perderá a vantagem competitiva durável. Isso acontece periodicamente em mercados com um alto nível de volatilidade, como os jornais e os canais de televisão. Eles eram negócios robustos, até o surgimento da internet, que pôs sua vantagem competitiva em cheque;
  3. caso você perceba que a cotação está muito acima do potencial econômico de longo prazo. Isso acontece quando os mercados estão em alta e a bolsa de valores entra em um movimento especulativo de compra. Com o tempo, o mercado trará a cotação de volta para um patamar realista. Então, vale aproveitar a oportunidade.

Notas finais

Warren Buffett e a análise de balanços mostrou a importância de evitar o imediatismo, pensar a longo prazo e não se deixar enganar pelos altos e baixos do mercado financeiro.

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Quem escreveu o livro?

Mary Buffett é palestrante internacional, consultora empresarial, empreendedora e ativista polít... (Leia mais)

David Clark é especialista nos métodos de investimento de Warren Buffett. É também inve... (Leia mais)

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