Uma terra prometida - Resenha crítica - Barack Obama
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Uma terra prometida - resenha crítica

Uma terra prometida Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: A promised land

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-3593-396-3

Editora: Companhia das Letras

Resenha crítica

A aposta 

Obama começa seu relato comentando sobre os cantos da Casa Branca que mais gostava. Durante os oito anos em que exerceu o cargo de presidente, a passarela da colunata oeste era seu lugar preferido. Diariamente, dava uma caminhada de um minuto ao ar livre, fazendo a trajetória entre sua casa e o gabinete e vice-versa.

Todas as manhãs, ele passava por ali para sentir o primeiro sopro do vento do inverno ou o calor do verão. Era um cantinho em que organizava as ideias, programava a agenda de reuniões e elaborava argumentos para os parlamentares ou eleitores ansiosos por alguma decisão perante as crises. 

Nos últimos dias por lá, não deixou de lembrar um dia sequer de quando ainda era uma aposta na política do Partido Democrata. Desde cedo, queria fazer a diferença dentro do sistema, com pouco espaço para políticos negros como ele. Sempre foi sonhador. E Michelle o ajudou demais a chegar ao topo do mundo. 

Obama e Michelle

A história de amor entre Barack e Michelle Obama parece um conto de fadas, mas é mais real do que parece. Ele era um jovem buscando se encontrar na vida, depois de uma adolescência confusa, cheia de percalços e dificuldades. 

Os dois se conheceram em um escritório de advocacia em Chicago. Obama entrou como um estagiário, enquanto Michelle passou a atuar como sua mentora. Ambos cursaram Direito na faculdade de Harvard. 

Desde os primeiros contatos, Barack achava Michelle uma mulher muito original, de personalidade forte. Começaram o relacionamento no ano de 1989. O casamento foi em 1992. Tudo corria bem, até ele se candidatar ao cargo de senador estadual em 1997, em seu estado natal, Illinois. 

Em todas as decisões tomadas na carreira política do marido, Michelle o questionava sobre a mania de escolher o caminho mais difícil. Barack tinha que viajar entre as cidades de Springfield e Chicago, onde sua esposa ainda morava e trabalhava como advogada. 

No ano seguinte à primeira eleição, nasceu Malia Ann, primeira filha do casal. No começo, houve dificuldades para conciliar a vida pública com a de pai, motivando muitas discussões entre eles. Aos poucos, tudo foi se ajeitando. 

Quando Barack concorreu ao senado federal em 2004, Natasha já era nascida e Michelle deixou claro que aquele seria seu último apoio a uma empreitada na política do marido. Ele venceu. Quatro anos depois, Michelle não queria que ele se candidatasse a presidente, sempre criticando a megalomania de Barack. Mas ela não deixou de estar ao seu lado, como protagonista, tomando decisões e estando sempre como a base da família. 

Sim, nós podemos 

Quando conta sobre a campanha presidencial de 2008, em que usou o famoso slogan para unir a população dos Estados Unidos, Obama pensa em mudança de paradigmas. Foi a primeira eleição em que o uso da internet e das redes sociais foi feito de forma mais profissional.

Ele lembra exatamente o dia em que anunciou sua candidatura. Foi numa manhã de céu límpido, em fevereiro de 2007. Sua fala aconteceu em um palco diante do Velho Capitólio em Springfield, onde Abraham Lincoln havia pronunciado o discurso intitulado “A casa dividida”, quando era senador pelo estado de Illinois. 

A temperatura rondava os dez graus negativos e havia o medo da equipe de que o frio espantasse o público. Ledo engano. Obama falou para mais de 15 mil pessoas, presentes não só na praça, diante do palco, mas também nas ruas vizinhas.

O clima era de festa. Cartazes com o famoso “yes we can” podiam ser vistos, erguidos por pessoas embrulhadas entre gorros e casacões, além dos protetores de orelha para amenizar o frio da região Centro-oeste dos Estados Unidos. 

Seu discurso foi transmitido pela tevê a cabo e teve como principais temas a necessidade de reformas fundamentais, de atacar problemas a longo prazo, como a assistência à saúde, as mudanças climáticas, a busca por superar a velha divisão partidária em Washington e como a cidadania precisava ser ativa e engajada. 

O discurso tocou milhões de corações. Não foram à toa seus mandatos tão marcantes para uma geração buscando por esperança. 

A solidão no poder

Como senador, Obama havia visitado a Casa Branca diversas vezes. Mas só entrou no famoso Salão Oval depois de ser eleito presidente da república. O lugar é menor do que parece, mas o teto alto e grandioso era frequentemente encarado pelo então presidente antes dos grandes discursos.

Obama relata a admiração pelos sofás e poltronas espaçosos para dar lugar aos assessores do presidente, as portas quase invisíveis dando para a sala de jantar privada e o escritório do chefe do executivo, além dos quadros, esculturas e pinturas que marcam todo o local. 

Também sentia uma alegria genuína ao ver crianças visitando a casa do presidente, por vezes brincando ao redor do lugar onde tantas decisões seríssimas eram tomadas. 

Mas em todas as decisões, a solidão o preenchia de cima a baixo. Mesmo com os conselhos de toda a equipe, de Joe Biden, seu vice, mesmo diante dos relatórios demonstrando o que deveria ser feito, a decisão era sempre assim. Solitária como o poder não deixa de ser. 

O mundo como ele é 

Passamos da metade do microbook e agora Obama fala do poder como ele é. Nas reuniões da cúpula dos países mais influentes do mundo, sempre havia um padrão. As autoridades chegam com limusines em um grande centro de convenções repleto de fotógrafos, parecendo o tapete vermelho de Hollywood. A diferença é não haver roupas extravagantes e pessoas bonitas.

Obama relata a necessidade de ter traquejo com líderes de outras nações para negociar o que fosse melhor para seu país. Cita, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na primeira vez que o viu, no mês de março do seu primeiro mandato, teve uma boa impressão do ex-líder sindical. 

Obama define Lula como um político cativante e entusiasmado com as reformas que melhoraram as taxas de crescimento da economia brasileira, bem como a ampliação da classe média e a melhora de condições de vida entre os pobres. Também ressalta os boatos de clientelismo governamental, negócios por baixo do pano, propinas na casa dos bilhões e os supostos escrúpulos de um mafioso.  

Durante visitas ao Brasil, Obama negociou meios de aprimorar as relações comerciais entre o país e os Estados Unidos. Ele fala com carinho de uma palestra que deu no Rio de Janeiro para mais de duas mil pessoas, entre líderes políticos, da sociedade civil, e do mundo dos negócios, mencionando os desafios e oportunidades divididos pelos dois países. 

E foi numa dessas visitas que recebeu notícias sobre a Líbia. A mais de oito mil quilômetros de onde estava, mísseis cortavam o ar num bombardeio em um confronto com o ditador Muammar al-Gaddafi, morto naquele 2011. 

Mais uma vez, a solidão tomava conta de quem, em poucos passos, definia um ataque a uma distância tão longe dali. O mundo como ele é tem muitas crueldades, decisões difíceis e capazes de causar nervosismo até para os mais preparados líderes mundiais. Obama soube disso do começo ao fim de seus mandatos. E em sua passagem pelo Brasil, aproveitou o tempo livre para passear com a família, conhecendo o Cristo Redentor e outras paisagens. O mundo vai além da política. 

A toda prova 

Na política, especialmente quando se exerce um cargo como o da Presidência de uma república tão influente quanto os Estados Unidos, é normal passar por etapas difíceis. As crises podem ser consequência de erros estúpidos, imprevistos, decisões sensatas mas impopulares, ou falhas de comunicação. Com manchetes negativas, o público fica insatisfeito.  

Quando se corrige os erros, é comum a imprensa parar de fazer críticas após duas semanas. Mas em situações terríveis, o noticiário ruim segue por muito tempo, não dão sossego e podem levar a uma queda de popularidade. 

Obama precisou de traquejo para lidar com os efeitos da crise financeira de 2008, que atingiu em cheio seus dois mandatos. Ao longo do tempo, passou a entender como se desesperar pelos maus momentos não leva a nada, não soluciona os problemas. 

Na corda bamba

Obama ressalta o quanto a região do Oriente Médio é um barril de crises a serem estouradas a qualquer momento. Pelos interesses dos Estados Unidos naquela região, o monitoramento sempre foi constante, com várias possibilidades de ataques terroristas e outras crises instaladas por ali, onde o exército estadunidense tem suas bases. 

E não foram poucas as decisões que ele precisou tomar rapidamente, envolvendo países como o Iraque, o Irã e o Iêmen. Relatórios sobre movimentações da Al-Qaeda precisavam ser analisados rapidamente até tomar as atitudes julgadas necessárias, sem desespero ou demonstração de pânico por parte do líder dos Estados Unidos. 

Porque exercer um cargo de muito poder é assim. Exige rapidez, raciocínio rápido, decisões mais rápidas ainda. Tudo isso sem descuidar das relações entre políticos do próprio país e negociando com outros líderes. Sem contar a necessidade de tomar conta da própria família, que não pode ser deixada de lado. Obama precisou de sensibilidade para viver esses anos como presidente. 

Notas finais 

Quando nos deparamos com um pouco dos bastidores da história de vida, e de política, de uma das personalidades mais marcantes do século, é impossível não refletir sobre o momento atual do mundo. Em seu relato, Obama demonstra uma sobriedade que nos faz sentir falta de quando a política não era dominada pelos discursos de medo e ódio. O ex-presidente estadunidense prova que outro caminho é possível. 

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Quem escreveu o livro?

Barack Hussein Obama II é um advogado e político estadunidense, o 44º presidente dos Estados Unidos entre os anos de 2009 a 2017, se... (Leia mais)

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