Trump vs Musk: o que está acontecendo? - Resenha crítica - 12min Originals
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Trump vs Musk: o que está acontecendo? - resenha crítica

Trump vs Musk: o que está acontecendo? Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

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ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Em menos de um ano, Elon Musk saiu do centro estratégico do governo Trump para virar seu crítico mais barulhento.

De aliados de campanha a protagonistas de um divórcio político exposto na imprensa, o rompimento entre os dois líderes virou assunto global.

O que aconteceu entre Trump e Musk?

Spoiler: não foi só ego. Teve orçamento, poder e o futuro da NASA na jogada.

O que é isso, afinal?

A parceria entre Elon Musk e Donald Trump começou como uma aliança estratégica, mas terminou como uma guerra aberta. Até o início de 2025, Musk era visto como um dos aliados informais mais influentes do governo Trump. Sua atuação não tinha cargo oficial, mas seu alcance era real: participava de reuniões, opinava em nomeações e ajudava a moldar o discurso do governo, principalmente nos temas ligados à tecnologia, inovação e liberdade de expressão.

O estopim para o rompimento foi o novo projeto de lei orçamentária, apresentado em abril de 2025. O documento previa cortes bilionários em áreas como ciência, educação e tecnologia — setores que, até então, tinham apoio irrestrito de Musk. Mas o que realmente acendeu o pavio foi a inclusão de medidas de vigilância digital: o governo propunha mecanismos de monitoramento de plataformas e comunicações, sob a justificativa de “segurança nacional”. Musk não só discordou como foi à público chamar essas medidas de “repugnantes” e “inaceitáveis para uma democracia”.

A resposta de Trump veio nos bastidores: distanciamento, silenciamento e, depois, ataques públicos. Já Musk, rompido com o governo, passou a mobilizar sua base para pressionar o Congresso contra o plano. O bilionário trocou os bastidores por holofotes — e a aliança virou oposição declarada.

De onde veio essa história?

A relação entre Elon Musk e Donald Trump não surgiu do nada — ela foi construída com interesses mútuos, alinhamento ideológico em alguns pontos e, sobretudo, uma visão compartilhada sobre o papel da tecnologia na sociedade. Em 2023, quando Trump começou a se reposicionar politicamente para disputar as eleições de 2024, Musk se tornou um interlocutor importante. À frente do X (ex-Twitter), Musk defendia pautas como liberdade de expressão irrestrita, oposição à “censura” nas redes e um Estado menos intervencionista — tudo isso casava bem com a retórica trumpista.

Os dois começaram a conversar com frequência, principalmente sobre regulação da inteligência artificial, arrecadação de fundos no Vale do Silício e a construção de uma base conservadora mais alinhada com a inovação tecnológica. Musk não só abriu portas entre bilionários de tecnologia como também influenciou o tom de campanha nas redes. Seu apoio foi visto como uma virada estratégica para Trump, que precisava de credibilidade entre empresários e tecnólogos.

Com a vitória republicana, Musk passou a frequentar reuniões de alto escalão, sugeriu nomes para cargos-chave (como a NASA e o Departamento de Energia), e até mesmo ajudou a moldar diretrizes para projetos de infraestrutura e conectividade. Tudo caminhava bem — até os cortes orçamentários entrarem em cena e colocarem essa aliança à prova.

Por que isso voltou a circular agora?

O rompimento entre Elon Musk e Donald Trump não foi só uma notícia passageira — virou um episódio com desdobramentos quase diários. Desde que Musk oficializou sua saída das articulações com o governo, no início de maio de 2025, a tensão entre os dois escalou em público e nos bastidores. O que parecia uma divergência técnica sobre o orçamento se transformou numa guerra simbólica, com impacto direto nas bases eleitorais, nos aliados políticos e na imagem internacional dos dois.

A reviravolta mais recente foi uma sequência de eventos entre os dias 30 de maio e 3 de junho que reacendeu a cobertura da mídia. Primeiro, Trump convocou uma coletiva para minimizar a saída de Musk, dizendo que o bilionário era “irrelevante” e que “estava se achando maior que o cargo”. No dia seguinte, o governo retirou a nomeação de Jared Birchall — braço direito de Musk — para a NASA, cortando publicamente os laços com o círculo do empresário.

Musk, por sua vez, respondeu no X com frases duras. No dia 2, chamou o plano de Trump de “aberração moral” e convocou empresários e cidadãos a pressionarem o Congresso. No dia 3, radicalizou: “Não aguento mais. O que esse governo está propondo é uma abominação.”

Esse tipo de conflito, vindo de duas figuras com milhões de seguidores, não passa despercebido. A imprensa internacional tratou como um divórcio definitivo. A disputa virou notícia de capa no New York Times, Le Monde e Financial Times. Mais do que uma briga de egos, o que está em jogo agora é quem vai liderar a narrativa da direita tech nos Estados Unidos — e, talvez, no mundo.

Quem está no centro dessa história?

No epicentro da crise estão dois protagonistas com perfis completamente distintos, mas historicamente complementares: Elon Musk e Donald Trump. Musk, conhecido por sua genialidade impulsiva e atuação em setores como carros elétricos, espaço e redes sociais, tem uma legião de seguidores que o veem como símbolo da inovação e da liberdade. Já Trump representa o populismo conservador, o nacionalismo econômico e a retórica agressiva — mas eficaz — com sua base fiel.

Durante boa parte de 2023 e 2024, os dois formaram uma dobradinha poderosa: Musk trazia o Vale do Silício, os nerds libertários e uma imagem de futuro. Trump trazia o palanque, a máquina eleitoral e a capacidade de mobilização em massa. Essa combinação foi estratégica para ambos. Mas quando os interesses se chocaram — principalmente no que diz respeito ao controle digital e financiamento da ciência — a relação ruiu.

Além deles, outros personagens foram tragados pela disputa. Jared Birchall, CEO da Neuralink e homem de confiança de Musk, perdeu a indicação para a NASA, sinalizando que o governo Trump estava disposto a romper com todo o ecossistema de influência de Musk. A base conservadora, por sua vez, se dividiu: parte seguiu Trump cegamente, outra começou a ecoar as críticas de Musk, especialmente nos círculos mais tecnófilos.

Já os democratas assistem de camarote. A cisão na direita enfraquece a frente adversária e dá espaço para explorar as contradições entre discurso e prática no campo republicano. Nos bastidores, estrategistas democratas veem o episódio como uma oportunidade de ouro para conquistar o centro político, especialmente entre eleitores independentes que flertavam com Musk, mas não com Trump.

O embate deixou de ser sobre políticas públicas e passou a ser sobre poder simbólico: quem representa o futuro? Quem pode falar em nome da inovação? E quem vai moldar o discurso da direita nos próximos anos?

Como isso funciona na prática?

A saída de Elon Musk não foi apenas um gesto simbólico. Ela gerou impactos práticos e imediatos na engrenagem do governo Trump — especialmente nos setores que dependiam de articulação com a elite tecnológica. Um dos efeitos mais visíveis foi o esfriamento das relações com grupos de lobby do Vale do Silício. Muitos desses grupos, que haviam reaproximado laços com Washington por conta da presença de Musk, agora suspenderam apoio institucional e doações.

A perda também se fez sentir nas campanhas de arrecadação de fundos: eventos que antes contavam com a presença ou endosso de Musk tiveram queda no interesse e na adesão de investidores. Há um vácuo de liderança no campo tech conservador. E, embora o governo tenha tentado substituir Musk com outras figuras da tecnologia, nenhum nome até agora conseguiu gerar a mesma comoção ou tração popular.

No Congresso, o projeto de orçamento — que era visto como “quase certo” — passou a enfrentar resistências, inclusive dentro do próprio Partido Republicano. Parlamentares que eram próximos de Musk começaram a vocalizar críticas às propostas de vigilância digital e cortes em ciência e educação. Nos bastidores, Musk continua atuando: mantém diálogos com senadores e representantes influentes e tem articulado reuniões privadas para tentar barrar os pontos mais críticos do plano.

Do lado de Trump, a estratégia parece ser endurecer o discurso para manter o apoio de sua base mais fiel, mesmo que isso signifique perder setores moderados e parte do empresariado. Ao afastar Musk, Trump aposta numa narrativa de autoridade e lealdade — mas isso pode ter custo político alto, especialmente entre os independentes e os jovens, que viam em Musk uma ponte entre tecnologia e política.

Quem se beneficia, quem perde e quem nem sabe que foi afetado?

Todo racha de alto nível tem vencedores e perdedores — e no caso de Trump vs. Musk, os impactos vão muito além dos dois.

Ganha, primeiro, o Partido Democrata. Não por mérito direto, mas por consequência: a oposição está rachada, e isso cria uma vantagem competitiva natural. Um campo adversário dividido significa menos foco, menos alinhamento de discurso e menor capacidade de mobilização. É o tipo de presente que qualquer estrategista eleitoral gostaria de receber a um ano da eleição.

Também ganham os setores acadêmico e científico, que agora têm um aliado inesperado: Elon Musk. Ao se posicionar contra os cortes em pesquisa, educação e ciência, Musk atraiu simpatia de professores, pesquisadores e defensores da inovação — grupos que tradicionalmente votam à esquerda. Essa reconexão, ainda que temporária, cria novas pontes de diálogo e reposiciona Musk como alguém disposto a defender princípios acima de alianças políticas.

Musk também sai ganhando em imagem. Embora tenha perdido influência institucional, reforçou sua reputação como um outsider com valores. Para sua base mais fiel, isso é ouro: ele não se curvou ao poder, defendeu suas convicções, e ainda enfrentou Trump — algo que poucos fazem publicamente e sobrevivem politicamente para contar.

Perde, evidentemente, Donald Trump. A saída de Musk quebra a imagem de força e coesão que o governo tentava transmitir. Além disso, o ex-presidente perde acesso a uma ponte direta com o Vale do Silício — um setor que, mesmo não sendo majoritariamente republicano, estava começando a ceder à influência trumpista por pragmatismo financeiro e regulatório. A perda de Jared Birchall também é significativa: ele era peça-chave para costurar acordos entre governo e empresas de tecnologia.

Outro grupo prejudicado são os aliados de Musk que ainda estavam em cargos ou processos de nomeação. Alguns deles já foram demitidos, outros estão com sua permanência ameaçada. Em governos populistas, lealdade é moeda — e, neste caso, a lealdade a Musk virou ônus.

E quem nem sabe que foi afetado? A maioria da população. Muitos eleitores que acreditavam na ideia de “inovação dentro do governo” agora veem esse projeto em colapso. Pequenas startups, por exemplo, que dependem de verbas públicas para pesquisa e desenvolvimento, estão na linha de fogo sem nem perceber. Cortes no orçamento significam menos editais, menos bolsas, menos apoio — e isso vai impactar diretamente a base de inovação no país nos próximos anos.

E o Brasil com isso?

À primeira vista, uma briga entre Elon Musk e Donald Trump pode parecer distante da realidade brasileira. Mas num mundo globalizado — e hiperconectado — os efeitos simbólicos e práticos de uma ruptura como essa se espalham com rapidez. No Brasil, a imagem de Musk vinha sendo usada há anos por políticos e influenciadores da direita como ícone de liberdade de expressão, combate à “censura” digital e defesa de um Estado enxuto. Seu rompimento com Trump bagunça essa narrativa.

Deputados e senadores que antes citavam Musk como referência começaram a silenciar. O X (ex-Twitter), rede que concentra boa parte do debate político nacional, também sentiu: perfis que ecoavam discursos de Musk começaram a perder força ou moderaram o tom. A quebra entre o bilionário e o ex-presidente americano lançou dúvidas sobre a viabilidade de uma aliança entre ultraliberalismo tecnológico e conservadorismo autoritário.

Por outro lado, o rompimento abriu espaço para que grupos mais ligados à ciência e à moderação digital se reapropriassem da imagem de Musk. Universidades e centros de pesquisa passaram a citar sua defesa da inovação. Até parlamentares de centro e centro-esquerda começaram a usar seus posicionamentos para embasar discursos contrários à vigilância digital e aos cortes em ciência — algo impensável meses atrás.

O caso também serve de alerta para o empresariado nacional. A atitude de Musk mostra que é possível romper com governos ideologicamente próximos quando os valores centrais — como liberdade, inovação e ética pública — são ameaçados. Esse movimento pode inspirar empresários brasileiros a assumirem posturas mais autônomas, mesmo sob governos com os quais compartilham pautas.

No fundo, o episódio reforça que a política atual é mais fluida do que nunca. E que as figuras públicas, sejam elas presidentes ou bilionários, serão cobradas por coerência, não apenas por alinhamento. O Brasil, como país que importa narrativas e estratégias dos EUA, não passa imune a essa nova dinâmica.

O que pode acontecer agora?

A ruptura entre Elon Musk e Donald Trump parece definitiva — mas os desdobramentos ainda estão em aberto. Há pelo menos três caminhos possíveis, e cada um deles carrega implicações profundas não só para os EUA, mas para o cenário político global.

O primeiro cenário é o surgimento de uma nova ala política, liderada ou inspirada por Musk. Não necessariamente um partido formal, mas uma força cultural e econômica com peso suficiente para moldar o debate público. Musk já se mostrou capaz de mobilizar opinião, influenciar mercados e pautar discussões sobre liberdade digital, inteligência artificial, espaço e educação. Ao se posicionar como uma figura libertária e crítica a governos autoritários — mesmo quando são de direita — ele pode atrair uma geração de eleitores cansados da polarização tradicional. Jovens, tecnólogos, empreendedores e defensores da privacidade digital seriam os primeiros a aderir.

O segundo caminho é Trump dobrar a aposta. Ele pode radicalizar o discurso, apresentar novas propostas ainda mais duras e tentar consolidar sua base mais leal, mesmo que isso custe a perda de aliados moderados ou empresários como Musk. Essa é uma estratégia típica do ex-presidente: transformar crise em narrativa, oposição em “traição”, e usar o confronto como motor de engajamento.

O terceiro cenário é um racha mais profundo no Partido Republicano. A briga com Musk é só o sintoma de algo maior: tensões internas sobre o futuro do partido, especialmente após os anos Trump. Há uma ala que quer se modernizar, atrair o setor de tecnologia, promover inovação e liberdade com responsabilidade. E há outra que aposta no confronto, no ultraconservadorismo e no populismo de choque. A crise atual pode influenciar desde a escolha de vice na chapa de 2026 até o próprio controle da legenda nos próximos anos.

Globalmente, o caso serve de alerta para todos os países que hoje dependem de parcerias com os EUA em áreas como ciência, defesa, internet e energia. A instabilidade nas relações políticas entre líderes carismáticos pode desestabilizar acordos, frear investimentos e comprometer projetos estratégicos. E, acima de tudo, mostra que nem mesmo os bilionários estão imunes ao custo de discordar do poder.

O que começou como uma aliança pragmática virou um duelo ideológico. E o mundo inteiro está assistindo.

No fim das contas, o rompimento entre Musk e Trump não é só uma briga entre gigantes — é um espelho do nosso tempo. Um tempo em que alianças se desfazem ao vivo, em threads e coletivas, e onde ideologia já não basta para manter coalizões de pé. O embate escancara que, na política do século XXI, valores como inovação, liberdade e ética digital estão em disputa real. E o que acontece quando o futuro entra em conflito com o poder? A resposta está se desenhando agora. Em tempo real.

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