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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
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ISBN:
Editora: 12min
A retórica anti-imigração de Trump não surgiu do nada — mas foi ele quem a transformou em pilar central de campanha.
Durante a eleição de 2016, Trump ganhou atenção com frases como:
Quando o México manda seu povo, eles não estão mandando os melhores. Estão trazendo drogas, estão trazendo crime. São estupradores."
Com esse discurso, ele ativou um medo antigo nos EUA: o de perder a identidade, os empregos e o “controle” das fronteiras. A ideia do “invasor” se tornou um inimigo conveniente.
Mas a crise migratória já existia antes dele. Desde 2001, os EUA vinham endurecendo suas políticas de fronteira, especialmente após o 11 de setembro. O que Trump fez foi acelerar esse processo com mais força e menos filtro.
Nos primeiros dias de governo, ele assinou ordens executivas para:
Proibir a entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana
Construir um muro na fronteira com o México
Reduzir drasticamente o número de refugiados
Priorizar a deportação imediata de imigrantes ilegais
Além disso, separou crianças de seus pais em centros de detenção — o que gerou revolta internacional. Apesar das críticas, Trump fortaleceu sua base, mostrando que estava “cumprindo o que prometeu”.
A imigração, antes vista como um problema humanitário ou administrativo, virou arma política.
Donald Trump é o rosto da política migratória radical, mas o ecossistema ao redor envolve uma série de agentes.
No fim, o tema virou símbolo. Trump não precisava resolver a imigração — bastava parecer duro com ela.
Na prática, a política migratória de Trump teve dois pilares: endurecimento legal e teatro midiático.
1. O muro:
Foram construídos 727 km de barreiras — em boa parte reforçando trechos onde já havia cercas. O custo foi de bilhões, parte redirecionado do orçamento militar. O muro virou mais símbolo do que solução: em muitos trechos, imigrantes ainda passavam por túneis, drones ou escaladas.
2. Ordens executivas e mudanças de regra:
Trump não precisou do Congresso para mudar muita coisa. Ele usou ordens executivas para barrar entrada de muçulmanos, reduzir vistos de trabalho e suspender DACA (programa para jovens imigrantes). Cortou também a cota de refugiados de 110 mil para 15 mil por ano.
3. Prisões e deportações:
Houve aumento de prisões em massa, inclusive de pessoas sem antecedentes criminais. Centros de detenção superlotados e denúncias de maus-tratos ganharam as manchetes. Separações familiares traumáticas deixaram milhares de crianças sem registro ou reconexão com os pais.
4. Retórica constante:
Trump usava cada caravana migrante como espetáculo político. Em 2018, mandou tropas para a fronteira com o México para conter uma “invasão” — mesmo sem evidência real de ameaça.
Na prática, o que mudou foi menos a estrutura legal e mais a atitude do Estado diante dos imigrantes: de acolhimento, para punição.
A política migratória de Trump não foi só sobre fronteiras. Foi sobre quem merece estar dentro.
E quando o “dentro” é definido por cor, sotaque ou país de origem — o dano é mais profundo do que parece.
A política migratória dos EUA tem reflexo direto no Brasil e na América Latina. Muitos brasileiros também tentam entrar nos EUA — legal ou ilegalmente — e sentiram na pele o endurecimento das regras.
1. Brasileiros deportados:
Durante o governo Trump, o número de deportações de brasileiros cresceu mais de 200%. Muitos foram presos em voos clandestinos, rotas ilegais e fronteiras terrestres.
2. Refugiados barrados:
Políticas que dificultaram a entrada de haitianos, venezuelanos e nicaraguenses também afetaram brasileiros que cruzavam rotas semelhantes. O fechamento de fronteiras legais impulsionou redes de coiotes e rotas perigosas.
3. Imagem internacional:
O Brasil, como país historicamente receptor de imigrantes, passou a ser também exportador de mão de obra informal — e viu parte de sua população ser tratada como ameaça por autoridades americanas.
4. Referência política:
O discurso de Trump inspirou políticos no Brasil que passaram a associar imigração à insegurança, drogas e “descontrole”. A retórica ganhou eco em debates sobre venezuelanos em Roraima, por exemplo.
5. Mercados e relações diplomáticas:
O endurecimento migratório afetou acordos de trabalho, vistos e intercâmbios, principalmente para estudantes e trabalhadores temporários.
Mais do que uma pauta americana, a imigração virou termômetro global.
E o que Trump plantou, muitos outros políticos ainda tentam colher.
Com as eleições americanas se aproximando, a imigração voltou ao centro do debate. E se Trump for reeleito, é provável que:
Mesmo sob Biden, a imigração continua um problema sem solução clara. O número de imigrantes na fronteira bate recordes. E os democratas sofrem pressão: se forem duros, desagradam sua base; se forem brandos, alimentam a narrativa da “fronteira aberta”.
O mais provável é que a polarização aumente:
A verdade é que a imigração nos EUA nunca foi só sobre entrada ou saída de pessoas.
É sobre quem tem o direito de “ser americano”.
E essa resposta muda conforme o governo, a crise e o medo do momento.
Porque a forma como um país trata seus imigrantes diz muito sobre como ele trata sua própria humanidade.
A política migratória de Trump expôs mais do que um muro — expôs cicatrizes sociais:
o medo do outro, o culto à força, a construção de inimigos imaginários.
Mas também deixou perguntas que todo país deve fazer:
O Brasil tem vivido seus próprios debates migratórios — com venezuelanos, haitianos, indígenas deslocados e até brasileiros tentando voltar.
A forma como olhamos para essas pessoas muitas vezes espelha o que aprendemos assistindo os EUA.
O perigo está em achar que imigrante é estatística.
Ou problema.
Ou ameaça.
Imigrante é gente.
E quando a política é feita com base em pânico moral, o preço se paga em silêncio — nas histórias que ninguém quer ouvir, nas famílias que ninguém quer ver.
Entender a política migratória de Trump é entender como narrativas constroem realidades.
E como toda decisão — mesmo as que parecem “distantes” — dizem muito sobre o tipo de sociedade que estamos topando construir.
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