Por que os generalistas vencem em um mundo de especialistas - Resenha crítica - David Epstein
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Por que os generalistas vencem em um mundo de especialistas - resenha crítica

Por que os generalistas vencem em um mundo de especialistas Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Range: Why generalists triumph in a specialized world

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-860-4703-5

Editora: Globo Livros

Resenha crítica

O culto da vantagem inicial

Para o autor, tanto a especialização quanto os esforços para progredir cedo na vida são objetivos superestimados. Nem sempre podemos confiar em parâmetros familiares para responder às nossas perguntas.

Problemas complexos, geralmente, se apresentam sem regras ou estruturas e, portanto, devemos acreditar nos processos contínuos de tentativa e erro. Os generalistas tendem a possuir uma ampla gama de conhecimentos e experiências, além de serem hábeis ao absorverem práticas de uma determinada área e aplicá-las em outra.

A especialização ainda é importante, sobretudo, porque nos ajuda no desenvolvimento das competências necessárias para reconhecer padrões. No entanto, em ambientes que carecem de simplicidade e consistência, é altamente recomendável dispor de conhecimentos e habilidades variados.

Como o mundo perverso foi criado

Você já ouviu falar no “efeito Flynn”?  O conceito refere-se ao aumento nas respostas certas dos testes de QI em cada nova geração, ao longo de todo o século XX.

Dito de outra forma, ele diz respeito à observação de que nós, como espécie, estamos ficando mais inteligentes ou, pelo menos, melhores em testes cognitivos. James Flynn, psicólogo estadunidense que estudou o fenômeno, constatou um aumento médio de 3 pontos por década.

Notavelmente, esses ganhos foram obtidos em construções abstratas, ou seja, em conhecimentos que não são tradicionalmente ensinados nas escolas. Seguramente, há várias razões para esse efeito.

Epstein explica que essa progressão deve ser entendida como um reflexo das demandas colocadas no pensamento e na solução de problemas, em decorrência da necessidade humana de sobreviver e se adaptar em um mundo cada vez mais complexo.

Compreender os detalhes é relevante, porém, o valor da aprendizagem focada pode ser exponencialmente elevado quando o indivíduo consegue visualizar o panorama geral e o contexto de cada situação.

A experiência é o que nos permite fazer isso, viabilizando a realização de conexões em diferentes domínios. Assim, conseguimos formular melhores questionamentos e, consequentemente, encontrar novos padrões.

Generalistas com uma base ampla de conhecimentos são comprovadamente mais capazes de encontrar soluções autodirigidas aos diferentes tipos de problemas, uma vez que são, também, cognitivamente flexíveis.

Uma forma eficiente de atingir esse nível consiste em seguir alguns dos conselhos do renomado físico italiano Enrico Fermi e começar a dividir quaisquer problemas que encontrar em partes menores.

Quando menos do mesmo é mais

A lição mais importante desse capítulo pode ser encontrada na afirmação de que os avanços não são pré-requisitos para dominar uma determinada área. Vários músicos talentosos, como Yo Yo Ma e Django Reinhart, passaram por um “período de experimentação”, tocando diversos instrumentos no início de suas carreiras.

Além de experimentar uma variedade de instrumentos, muitos dos grandes talentos foram autodidatas. Afinal, quando você é autodidata, tende a experimentar mais, tentando encontrar o mesmo som em lugares distintos, isto é, aprende a solucionar problemas de modo criativo e inovador.

Quanto algo é apreendido em distintos contextos, maiores serão as chances de a pessoa em questão criar modelos abstratos e independentes de qualquer modelo específico. O resultado é o aprimoramento na aplicação dos conhecimentos em diferentes cenários.

Aprendizado: rápido e talento

O melhor caminho para o aprendizado é lento, ineficiente e frustrante. Isso mesmo, a luta diária é real e você deve encarar esse desafio. “Dificuldades desejáveis” é o conceito de Epstein para identificar os obstáculos que tornam o aprendizado mais árduo no curto prazo e mais gratificante no longo prazo.

Metas de aprendizagem longas resultam em melhores resultados. Isso requer um tipo de aprendizado diferente do que a maioria das pessoas está acostumada. Quando lutamos para gerar uma resposta de modo independente, mesmo que estejamos errados, os aprendizados subsequentes serão aprimorados.

Portanto, o autoteste é importante, ainda que você erre a resposta. Ao lutarmos para recuperar informações por meio de tentativas iniciais, preparamos o cérebro para os aprendizados subsequentes.

“Espaçamento”, termo para práticas distribuídas (ou seja, ter intervalos entre as práticas), é outra dificuldade desejável que promove aprendizagens duradouras. Para a maioria, isso pode parecer ineficiente, entretanto, o autor garante que os resultados a longo prazo são excelentes.

Outro ponto que merece a nossa atenção é o de que desempenho e aprendizado são ideias que não podem, de modo algum, serem confundidas. Notas, pontuações e certificações não refletem a sua capacidade de pensar.

Para que os conhecimentos sejam flexíveis, eles devem ser apreendidos em uma variedade de condições. Essa prática é chamada, pelo nosso autor, de “intercalação”.

Pensar além da experiência

Quanto mais detalhes um indivíduo pondera acerca de um determinado tópico, tanto mais discricionários se tornam os seus julgamentos. Em outras palavras, pensar em analogias nos permite entender o que, de outro modo, não entenderíamos. Isso nos permite raciocinar conceitualmente, “conectando os pontos”.

Os bons solucionadores de problemas identificam a sua estrutura subjacente antes de criar estratégias para resolvê-los. Pensamos na ciência como uma espécie de “Santo Graal” da objetividade, mas existe preconceito em laboratórios nos quais os cientistas têm formações semelhantes.

Em centros de pesquisas compostos por acadêmicos de origens diversas, a identificação de padrões alternativos é acelerada, sendo mais improvável que os elementos importantes passem despercebidos.

O problema do excesso de garra

Há uma famosa citação de Winston Churchill: “nunca desista”. Todavia, o final da frase contém a seguinte afirmação “a não ser quando informado pelo bom senso ou pela convicção”.

Angela Duckworth, renomada psicóloga, apresenta uma avaliação de determinação com dois componentes. O primeiro mensura a ética e a resiliência no trabalho. O outro mede a “consistência de interesses” (saber o que se deseja).

Caso os seus interesses mudem de um ano para o outro, você terá uma pontuação mais baixa na autoavaliação proposta por Duckworth. Em muitos casos, a decisão mais prudente é se abandonar o seu atual projeto é a melhor escolha. Para Seth Godin, “fracassamos quando insistimos em tarefas das quais não temos coragem de desistir”.

Agora que chegamos à metade da leitura, vamos nos aprofundar em conceitos fundamentais para o sucesso dos generalistas. Dessa forma, você entenderá melhor como o desenvolvimento de habilidades, práticas e conhecimentos múltiplos é crucial para o sucesso pessoal e profissional.

Flertando com seus possíveis eus

Uma estratégia de sucesso pode ser aprimorada ao deslocar o seu foco para as metas de curto prazo, em detrimento de objetivos mais longos. O que você almeja pode mudar com o passar do tempo, então, seja flexível.

Ser resoluto é importante para obter sucesso a longo prazo, no entanto, a qualidade mais importante, segundo o autor, é a adaptabilidade. Em vez de perguntar se alguém é decidido e inflexível, seria melhor perguntarmos quando ele é assim.

Ora, o contexto é importante. As personalidades mudam em diferentes ambientes, em decorrência de diversas experiências pelas quais os indivíduos passam. A professora de comércio internacional Herminia Ibarra esclareceu esse ponto ao sustentar que “aprendemos quem somos na prática, não na teoria”.

Em vez de fazer grandes perguntas como “quem eu quero me tornar?”, prefira questões menores que possam ser rapidamente testadas e avaliadas, a fim de atingir progressos mensuráveis e concretos.

A vantagem do outsider

A vantagem do outsider é a de encontrar soluções em experiências que transcendem os treinamentos focados em problemas específicos. A síntese de informações requer a colaboração com pessoas de fora do seu círculo de relacionamentos pessoais e/ou profissionais.

Até mesmo os especialistas se beneficiam da terceirização de suas consultas. As pessoas que você considera “estranhas” podem, na verdade, apenas ter uma perspectiva diferente. Se a sua mente estiver aberta, esse novo ponto de vista será valioso.

Epstein sustenta que a chave para a solução criativa de problemas é, justamente, obter informações de terceiros. Nesse sentido, o ideal é “avançar olhando para trás” – os conhecimentos antigos podem ser ainda mais vantajosos quando empregados de uma maneira diferente.

Pensamento lateral com tecnologia obsoleta

O tempo dedicado a pensar e assimilar informações deve ser levado em consideração, devido à sua importância. Contudo, as ideias podem surgir “do nada”, não é mesmo? Os especialistas são mais eficazes quando trabalham em um ambiente familiar, com poucas incertezas.

Por sua vez, os generalistas experientes e com maior amplitude de conhecimentos são, via de regra, mais capazes de pensar lateralmente (ressignificar informações em novos contextos).

Um dos mais interessantes relatos da presente obra é a de um grande pensador lateral, Charles Darwin. O maior naturalista de todos os tempos deixou anotações com evidências de suas correspondências com 231 personalidades científicas de todo o mundo.

Parte dessas cartas, cortadas e coladas em seus diários, refletem um pouco da curiosidade que o tomava enquanto ele buscava a opinião de outras pessoas, nas mais variadas áreas de estudo.

Enganado pela especialização

Os nossos argumentos podem ser muito mais convincentes quando tentamos apreciar e aprender com os interlocutores. Evidentemente, todos possuem seus pontos cegos (assuntos que você acha muito difícil de entender, às vezes, porque não está disposto a tentar).

Precisamos, inicialmente, identificar quais são os nossos pontos cegos, visando nos ajustar conforme necessário. Em certas ocasiões, o aprendizado exige colocar nossas experiências pregressas totalmente de lado.

As pessoas que são melhores em realizar prognósticos e previsões demonstram três qualidades distintas: mantêm a mente aberta; são curiosos sobre tudo e consideram suas ideias como meras hipóteses que precisam ser testadas antes de obterem validação.

Aprendendo a abandonar suas ferramentas conhecidas

Não concorde e, tampouco, se conforme, em detrimento do pensamento crítico. Com frequência, ao ponderar grandes questões e tomar decisões importantes, faltarão informações.

Nesses momentos, dedique-se à formulação de melhores questionamentos, no intuito de descobrir quais dados devem ser buscados. Para Richard Feynman, vencedor do Prêmio Nobel de Física, quando não temos informações suficientes, devemos usar a razão.

O historiador britânico Arnold Toynbee também pensava assim. De acordo com sua experiência e estudos, concluiu que não existem ferramentas onicompetentes. Desse modo, não há uma chave mestra que seja capaz de destrancar todas as portas do conhecimento.

Amadores propositais

Outro vencedor do Prêmio Nobel, o biólogo japonês Yoshinori Ohsumi disse, em seu discurso de premiação, que as descobertas científicas verdadeiramente originais são frequentemente desencadeadas por pequenos avanços inesperados.

A sociedade atual é obcecada pela eficiência. Esse objetivo é perseguido ao custo de perdermos informações importantes. Nesse cenário, Epstein advoga a necessidade de reduzirmos o ritmo, garantindo o tempo necessário para o surgimento de reflexões inquisitivas.

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que a importância de brincar e se divertir permanece algo fundamental na vida adulta. Não apenas por questões atléticas ou de saúde: a criatividade e a inovação se beneficiam de ambientes e tempos que não são formalmente estruturados.

Dica do 12’

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Quem escreveu o livro?

David Epstein é jornalista investigativo, autor premiado e repórter da organização sem fins lucr... (Leia mais)

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