O último sopro de vida - Resenha crítica - Paul Kalanithi
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O último sopro de vida - resenha crítica

O último sopro de vida Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: When breath becomes air

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8543103730

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

O diagnóstico

Quando olhou as imagens da tomografia computadorizada, Paul Kalanithi sabia que os pulmões estavam tomados por vários tumores, a coluna deformada, um lobo do fígado destruído e o câncer largamente espalhado. Nos seis anos anteriores, ele estudou muitos exames como aquele. 

O neurocirurgião estava ao lado da esposa Lucy naquele momento decisivo. Buscaram ver algo que alterasse o diagnóstico, mas não tinha jeito. É a partir daí que começa a colocar no papel suas memórias e reflexões. 

Primeiras recordações

Paul não acreditava que seria médico, profissão seguida por muitos familiares. Quando muito novo, tinha dúvidas sobre qual ofício escolher. Sobre a medicina, só sabia que por causa dela o pai se ausentava da família. O trabalho de cardiologista era árduo e exigia dedicação.

A família tinha mudado para uma cidade no estado do Arizona, com características desérticas. Por lá, os cachorros da família, Max e Nip, corriam e curtiam a liberdade. Viviam aventuras e levavam para casa a pernas de um veado, pedaços de coelho, crânio de cavalo ressecados e até mandíbulas de coiote. 

Na infância, Paul se via como um explorador. E tomava sustos com aranhas e outros bichos. Demorou a entender o que levou os pais a se mudarem para um lugar tão longe de tudo. 

Leituras no deserto

A revolta adolescente fez a mãe de Paul pedir conselhos a amigos e parentes da Costa Leste. Os dois filhos queriam estudar. Foram ajudados com livros para que ler e compreender melhor a própria vida.

Foi assim que o autor teve contato com clássicos como 1984, O conde de Monte Cristo, Edgar Allan Poe, Robinson Crusoé, Ivanhoé, Gogol, O último dos moicanos, Dickens, Twain, Austen, Billy Budd, O príncipe, Dom Quixote, e tantos outros. 

Nas crises de adolescente, Hamlet foi seu guia inspirador. Numa viagem a Las Vegas, a cidade grande mais próxima de onde moravam, foi incentivado pela mãe a fazer muitos testes vocacionais. 

Encontrando a vocação

Paul chegou a estudar literatura inglesa e biologia humana. Tinha a intenção de entender o que dava sentido à vida. Quanto mais perto estava da formatura, mais se sentia perdido internamente. 

Enquanto a maioria dos amigos da juventude seguiram carreiras artísticas, Paul se embrenhou no estudo da medicina. Antes, ele chegou a ser aceito num mestrado em literatura inglesa. Porque para Paul, a linguagem do corpo estava presente ali naquele ofício tanto quanto na literatura que ele sempre amou. 

Vida e morte no novo ofício

Desde o começo dos estudos na medicina, Paul percebeu que cortar uma pessoa morta parecia normal. As luzes brilhantes, as mesas de aço inoxidável e os professores de jaleco branco faziam tudo soar naturalmente. 

Foi quando entendeu melhor a conexão entre vida e morte. Percebeu o relacionamento humano entre médico e paciente mais forte que tudo que leu durante a vida acadêmica. A morte confronta os médicos todos os dias, a responsabilidade sobre a vida alheia é gigantesca. Mas era ali que ele se encaixava.

Paul e Lucy

Chegamos na metade do microbook e vamos falar de amor. O relacionamento de Paul com Lucy começou no primeiro ano da escola de medicina. Ela se tornaria sua esposa e estaria ao seu lado até o fim. 

Os dois estudaram com professores de altíssimo nível, alguns com livros publicados sobre a morte no dia a dia dos médicos. Lucy mostrou a Paul uma capacidade de amar quase infinita e foi a maior professora da vida do neurocirurgião. 

Durante os sete anos de estudo juntos, a reflexão sobre viver e morrer foi um tema tratado com naturalidade.

Nascimentos e mortes

Depois de muito estudo, Paul colocou o aprendizado em prática numa clínica e num hospital. Viu o primeiro parto de perto e se emocionou. Foi capaz de lembrar com detalhes todo o processo, desde as primeiras dilatações até à nova vida chegando ao mundo. Uma experiência muito além dos livros. 

Lá, também presenciou a morte de uma senhora de 82 anos, baixinha, elegante e saudável antes de se submeter a uma cirurgia. A vida e a morte estavam ali, dando as caras, se cruzando e mostrando a renovação constante desse ciclo. Num hospital, o residente se forma como profissional, mas também como pessoa. 

Não parar até morrer

Antes de receber o diagnóstico, Paul e Lucy choraram juntos por entender as imagens da tomografia computadorizada. Lucy declarou todo o amor que tinha pelo marido. Paulo deixou claro o medo da morte iminente. 

Doenças graves não são obstáculos que alteram a vida. Elas despedaçam a vida. Tanto do doente quanto dos familiares. Cientes disso, procuraram os melhores especialistas em oncologia em busca dos tratamentos mais avançados. 

Paul não se entregou, mesmo que a vitória contra o câncer beirasse o impossível. 

Posteridade

Depois do diagnóstico, Paul e Lucy foram a um banco de esperma. O plano do casal era ter filhos depois do período de residência de um pós-doutorado em neurocirurgias. O câncer estraçalhou os planos. 

A chance de morrer em menos de dois anos era de 80% e os medicamentos teriam efeitos imprevisíveis sobre a fertilidade de Paul. A esperança de deixar sua marca para a posteridade foi num procedimento que acelerasse as coisas. 

Tratando e estabilizando o câncer

Boa parte dos dias de Paul após o diagnóstico foram na fisioterapia. Sentia um gosto de sal quando tomava soro intravenoso. O cérebro ia bem, mas não era o mesmo de antes. Tinha onze anos de prática clínica, mas a experiência de ser um paciente terminal é única. 

Chegou a se sentir humilhado ao sentir dificuldades para tentar levantar pesos e vomitar com frequência. Só depois de dois meses de tratamento parou de se sentir cansado à toa e voltou a encontrar os amigos para jantar. 

Paul evoluiu bem e os remédios fortes estabilizaram o câncer. Isso deu esperanças à família, que viu as imagens do pulmão com apenas um nódulo, e não salpicado de tumores, como no exame inicial. Aquilo deu um novo ânimo para Paul, mesmo sabendo que não havia cura. 

Durante a missa

Parte da família de Paul Kalanithi é católica, apesar da ascendência indiana. Foi por isso que uma missa com os pais e a esposa foi um dos dias mais comoventes de toda a vida. O autor tinha começado sessões de quimioterapia pouco antes do momento de reconexão com os mais próximos. Por mais que pareça simples, foi um dos dias que ele mais guardou na memória em meio aos dias tão difíceis que vivia. 

O parto e o fim

Quando Cady Kalanithi nasceu, Paul tinha perdido 20 quilos desde o começo dos tratamentos. Estava com o peso da época da escola, sentindo-se alerta, mas abatido. Dava pra ver os ossos aparecendo sob a pele. Ele se sentia uma radiografia viva. 

Só de levantar a cabeça, já se sentia cansado. Mas antes de morrer conseguiu ver o fruto do seu amor com Lucy ali, à sua frente. Paul morreu em março de 2017 aos 37 anos, quase dois anos depois de ver as imagens da doença se espalhando pelo corpo. 

Notas finais 

É para respirar fundo antes de seguir em frente. A coragem de rememorar a própria vida chegando ao fim não é para qualquer um. Que a lição de força dada por Paul Kalanithi siga viva. Encarar os dias com vontade de querer mais, mesmo sabendo que o prazo está chegando ao fim, é uma lição de como lidar bem com o pior. Aproveite cada sopro, um deles será o último.

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Quem escreveu o livro?

O neurocirurgião Paul Kalanithi teve seu diagnóstico aos 36 anos e seu amor pelas let... (Leia mais)

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